Capítulo XXXVI
Uma lua já havia se passado e com ela só não tinha ido embora a sede de vingança de Mustafá e do turco que agora trabalhavam juntos pensando em como acabariam com a união do sheik e da princesa.
A viagem deles estava muito próxima e os homens já estavam sendo recrutados para invadir a Índia. O turco tinha mais planos do que realmente contara ao novo parceiro, não queria apenas destruir o casamento do sheik, queria acabar com a vida dele e tomar o trono indiano também.
Mas diferente do que ocorria no império vermelho, na Índia Said andava de um lado a outro aflito e confuso em sua sala, sendo observado por Zayn que permanecia sentado o fitando com profundo desgosto.
- Eu lhe avisei, Said. - O amigo o advertiu rebecendo do sheik um olhar gélido - Não adianta me olhar assim. Eu lhe avisei que odaliscas eram traiçoeiras e você como se não bastasse se envolver com uma, manteve um romance durante cinco anos! E agora terá um filho! - Bufou completamente exasperado - Por Allah! As lâmparinas do seu juízo se apagaram?
- Lá lá! - Said negou - Eu sei! Eu sei de tudo isso Zayn... só não sei o que fazer. - Respondeu sentando desajeitado na poltrona.
- Sua esposa já fez o que deveria fazer, Said - comentou desgostoso - Fez o que você deveria ter feito. O que estava pensando? Iria jogar a odalisca no deserto?! - Perguntou novamente alterado - Esqueceu de tudo o que eu te ensinei durante aqueles anos no exército? Seja homem Said! - Zayn bateu com força na mesa fazendo o sheik arregalar os olhos com o impacto.
- Eu não esperava que isso fosse acontecer... eu.. eu.. - Tentou mas não conseguiu encontrar as palavras e então suspirou exausto daquele dia.
- Você atraiu contenda para sua casa, desarmonia para sua vida - Comentou outra vez - Allah tenha piedade de você no dia do juízo, Said. Seu coração é egoísta. - Soltou aquelas palavras fazendo com que Said o olhasse com mágoa.
No fundo o sheik não culpava o amigo de sentir tanta raiva dele. Zayn mais do que ninguém havia o alertado inúmeras vezes e ele com sua alma jovem e rebelde nunca quis dar ouvidos. Said sabia que as palavras duras do comandante eram nada menos que zelo e carinho que o amigo nutria por ele. Zayn tinha razão, ele sempre tinha.
E Said mais do que nunca se sentia culpado.
Logo o comandante se cansou dos sermãos que prontamente eram ignorados pelo sheik e se retirou da saleta deixando-o sozinho em seus próprios martírios.
- Comandante - Foi cumprimentado pela princesa Layla enquanto atravessava o corredor dos quartos de hóspedes. - Boa tarde
- Senhorita - Disse de volta formalmente - Como se sente esta tarde? - Perguntou buscando nos olhos dela alguma pista sobre seu estado de saúde.
- Vou bem, senhor. - Respondeu com um breve riso - Sei que lhe interessa, e apenas por isso contarei, consegui prender a respiração por cinco segundos como me ensinou - Disse esperando ansiosa por uma resposta dele.
- Com sua licença, princesa - Se despediu sem dar importância ao que a princesa havia falado, seguindo em direção aos seus aposentos.
- Ei! - Ela o chamou, não obtendo resposta imediata. Logo se colocou as pressas atrás do comandante, segurando em um dos braços o parou - Pensei que se importava com minha saúde - Perguntou confusa pela reação dele.
Zayn riu por dentro, vendo os olhos azuis procurarem por uma explicação dele.
- Não, eu não me importo. - Respondeu frio tentando voltar ao seu caminho, mas novamente foi parado por ela.
- E porquê não? - Então um vinco de dúvida e irritação se formou na testa de Layla
- Princesa... - Ele disse se aproximando dela fazendo com que Layla insistivamente desse alguns passos pra trás sendo parada apenas pela parede - Você mandou eu me afastar, se esqueceu? Deixou bem claro que não gosta da minha presença. - Falou próximo o suficiente pra que ela sentisse seu hálito fresco bater contra sua face.
- Eu... não.. - Ela disse fitando seus olhos escuros. - Eu não mandei..
- Sim... você mandou - Ele voltou a afirmar, alternando seu olhar nas esferas azuis e nos lábios róseos e pequenos de Layla.
Uma das mãos de Zayn apoiava o peso de seu corpo contra a parede, mantendo assim Layla sem muitas chances de saída para o outro lado do corredor. A outra mão por instantes que não foram calculados pela princesa se destinou a face atalcada dela, deixando ali um mínimo carinho com a ponta dos dedos.
- Eu pedi que não dormisse mais em meu quarto - Falou quase em um sussuro - Não que parasse de se importar - Disse com certa mágoa
- E você quer que eu me importe, princesa? - Disse chegando muito mais próximo fazendo os olhos de Layla finalmente enxergarem seus lábios. - Você quer minha presença em sua vida?
- Eu...
- Diga que sim - Ele disse tocando novamente a face dela, dessa vez com mais posse.
- Sim, eu quero... - respondeu num sussurro
E assim como em um passe de mágica o beijo aconteceu. Os lábios ainda desconhecidos não demoraram muito para encontrarem um ritmo confortável para os dois e prendendo Layla ainda mais contra a parede o comandante juntou seus corpos, segurando com umas das mãos a cintura da princesa e com a outra passeava pelo pescoço longínquo.
Certamente Layla não sabia se queria que Zayn se importasse ou se queria um beijo. De todo modo e para a felicidade dela, o comandante parecia disposto a cumprir os dois pedidos e de fato notou que a respiração da princesa estava muito melhor depois do longo beijo.
- Isso é errado - Layla disse com um sorriso no rosto. Um sorriso que não concordava com suas palavras - Não podemos... não deveríamos nos beijar. É haraam.
- Eu sei - O comandante concordou encostando suas testas um na outra - Me desculpe por isso, princesa.
- O qu..? - Layla não teve tempo de falar pois outro beijo invadiu sua boca.
Certo ou errado não parecia importar naquele momento. Mas até quando?
*
Os dias passavam lentamente, Safira estava certa de que não perdoaria o sheik tão cedo, embora no fundo acreditasse que todos aqueles acontecimentos não eram de fato culpa dele, mas não deixava de pensar que talvez o marido ainda nutrisse algum sentimento pela odalisca. Se Said havia escondido dela tantas coisas, poderia muito bem mentir sobre o seu amor.
A gravidez e a confusão entre as duas mulheres se arrastavam pelas semanas e a cada dia a convivência se tornava insuportável. Naquela tarde Safira já não aguentava mais ficar trancada no quarto e desesperadamente precisava ver a luz do dia. Decidiu que iria sair, dar um passeio pela vila e depois se destinaria para a biblioteca, pois desde seu aniversário ainda não havia voltado lá.
A princesa havia se mudado para o quarto do outro lado do palácio longe o suficiente de Said e de Mahira, pois não queria vê-los ou esbarrar com eles pelos corredores. O caminho era um pouco mais distante do salão principal e enquanto passava pelos imensos corredores acariciava a sua barriga já com pouco mais de quatro luas e imaginava um pequeno menino correndo pelo castelo no futuro.
Certamente terá os cabelos negros de Said - Ela pensou - Talvez tenha meus olhos azuis. - E sorriu com a visão que tinha do filho que carregava no ventre.
No meio do caminho resolveu passar pelo cozinha que cheirava a doce de tâmaras - o seu preferido - e teve o desprazer de encontrar Mahira que andava com toda pomposidade pelo castelo vindo do jardim de lavandas, tendo um sorriso vitorioso que enfeitava sua face bronzeada carregando algumas ervas na mão que logo entregou a uma das criadas na cozinha. A mulher vestia um suntuoso vestido de linho de cores claras e andava lentamente por conta do peso da imensa barriga, seu bebê nasceria em poucos dias.
Safira tentou fingir que não a tinha visto, mas foi em vão.
- Boa tarde, princesa - Cumprimentou cínica demais para o gosto de Safira, fazendo com ela parasse no caminho antes de chegar ao tão desejado doce - Não a vejo a alguns dias... como se sente? - Perguntou com um falso sorriso esticando uma das mãos para tocar na barriga de Safira. - E o bebê?
Imediatamente Safira se afastou.
- Não encoste em mim - Alertou visivelmente incomodada pela ação da odalisca. - Deixei que ficasse no palácio, isso não significa que gosto ou quero ter contato com você. - Falou amargamente.
- Não precisa me odiar Safira... - Disse com os olhos marejados - Nós duas seremos mães dos próximos sheiks, temos que ser amigas. Sei que mudará de ideia e me deixará ficar depois que o meu bebê nascer.
- Você não tem vergonha? - Safira perguntou incrédula - Invade o meu castelo, tenta se casar com o meu marido e agora quer ser minha amiga?! - Bufou irritada - Saia da minha frente, Mahira. Tenho mais o que fazer do que trocar palavras com você.
- Não! - Mahira a puxou pelo braço - Eu não estou aqui para brincar, princesa. Não me ameace... - Falou perdendo sua máscara de bondade. - Seremos amigas sim... - Disse com ódio nos olhos castanhos.
- Você é louca! Me solte! - Safira ordenou com raiva - Me solte antes que eu mande que te joguem no calabouço.
- O que está havendo aqui? - Said chegou na cozinha e se deparou com a cena entre as mulheres - Porquê está segurando o braço de Safira? - Perguntou à odalisca
- Said, querido - Respondeu meiga - Eu apenas estava dizendo a Safira que ficasse para tomar um chá comigo. Quero agradece-la por me deixar ficar no castelo... sei que é difícil para ela saber de nós dois. - Disse batendo os cílios e logo afrouxando o aperto do braço da princesa.
- Safira? É isso mesmo? - Perguntou olhando para a princesa que continuava a fitar Mahira com os gélidos olhos azuis.
- Sim, apenas isso - Respondeu sem destinar o olhar para o sheik. - Pode ir, Said. - Falou friamente
Mahira logo abriu novamente seu sorriso pertubado, indicando a princesa que se sentasse na mesa da cozinha enquanto ela arrumava a mesa para o chá.
- Pelo visto não é obediente e verdadeira com o seu marido, não é Safira? - A odalisca disse enquanto de costas preparava o chá, observando a princesa sob os ombros. - Espero que tenha entendido o que eu disse, princesa.
- O que sou ou deixo de ser não lhe diz respeito, Mahira. - Respondeu amarga - O que você quer? Diga de uma vez. - Falou sem paciência para aquela cena que a odalisca havia montado.
- Diga a Said que não quer mais ser casada com ele - disse ainda virada para a pia da cozinha, o que impedia Safira de ver suas feições.
- O que?! - Safira perguntou com certa confusão - Você só pode estar brincando - Riu nervosa - Eu não farei isso, Said é meu marido e não deixarei ele.
- Você mesma disse que não confia mais nele - Se virou carregando a bandeja com chá indo em direção à mesa. - Todos em Omã sabíamos sobre sua aversão ao casamento... está tendo a chance agora de se livrar. - A olhou cinicamente.
- Eu já disse que não - Safira se levantou e bateu na mesa fazendo as louças balançarem - Não me separarei de Said, esqueça isso! - Disse visivelmente alterada.
Logo uma tontura atingiu a princesa fazendo-a se sentar novamente. Respirando de maneira pausada enquanto os ávidos olhos de Mahira a fitavam atentos. E então mais uma onda de tontura veio fazendo Safira tombar no chão.
*
O médico indiano havia chegado naquela tarde no castelo, logo após de ser chamado as pressas por Soraia depois de encontrar Safira desmaiada no chão da cozinha. As consultas de Safira deveriam ser feitas a cada mês, mas antes do esperado o doutor estava lá para fazer alguns exames de emergência.
- Como ela caiu? - Ele perguntou examinando com a pequena lanterna abrindo os olhos de Safira que se encontrava ainda desmaiada.
- Lá! Eu não sei - Soraia respondeu - Quando cheguei na cozinha ela já estava lá assim dura no chão.
- Ela estava sozinha na cozinha?
- Evet, não havia ninguém lá doutor - Soraia respondeu mais uma vez - Porque faz essas perguntas?
- Apenas rotina, senhora. - Disse conferindo a pulsação da princesa - Não é certo que ela fique sozinha, mesmo no castelo. A primeira gravidez é sempre a mais frágil, o corpo está se acostumando a tantas novidades... ela sentirá muitos enjoos e tonturas ainda, por isso é necessário que esteja sempre acompanhada.
- Entendo doutor... vou cuidar disso. - Disse preocupada com a sua menina.
- Onde está o sheik? - O médico perguntou
- Sheik Said saiu durante a tarde para suas reuniões diárias... eu nem consegui avisá-lo - Disse pesarosa - Ele deve chegar depois do pôr do sol.
O médico apenas assentiu, tocando levemente a barriga já protuberante de Safira. Tentando ver se havia algo de errado que tivesse sido ocasionado pela queda.
- Ela está estável, o bebê também. - Disse com um sorriso contido - Mas ela vai ter que ficar de repouso por alguns dias, ela precisa descansar. Está abatida e com olheiras - Ele ponderou - Eles estão com problemas no casamento? - perguntou curioso
- Ah.. não senhor - Soraia disse falsamente - A princesa costuma ler durante as madrugadas, desde novinha tem olheiras pela falta de sono. - Tentou explicar.
- Tem certeza? Alguns demaios são ocasionados por extremo estresse... se há problemas no casamento isso fará mal à princesa. - Insistiu mais uma vez.
- Lá lá! - Soraia negou - Não há nada acontecendo, doutor. O sheik ama muito a princesa assim como espera ansioso pela chegada do filho.
- Entendo... - Ele concordou organizando o material em sua maleta - Eu voltarei na lua minguante para conferir se está tudo bem com ela e com o bebê. Até lá repouso total - Alertou Soraia.
- Claro senhor, vou te acompanhar até a saída - Disse se despedindo de Safira com pesar, vendo que ainda dormia.
Do outro lado da porta do quarto Mahira ouvia tudo, sentindo ódio se apoderar de seu ser. Said não demonstrava qualquer entusiasmo com o filho que ela carregava, não chegava perto dela e nem comemorava como fazia com o filho de Safira.
Voltou ao seu quarto, sentindo-se devastada e invejando a princesa no âmago do seu ser.
Isso não vai ficar assim... - Pensou.
Deveria ter morrido quando a deixei caída na cozinha...
*
Safira estava deitada repousando a mais de uma semana, levando a risca as recomendações do médico sobre a gravidez. Soraia e sua irmã todos os dias iam visita-la nos aposentos e se não fosse as insistentes recusas de Safira elas se mudariam para o quarto também. Suas tonturas haviam melhorado, mas o corpo ainda doía assim como a cabeça vez ou outra latejava por conta de mais uma queda.
Said também passava pelo quarto da princesa, embora fizesse isso apenas quando a mesma estava em sono profundo, sempre deixando um beijo em sua face e outro em sua barriga. Ele evitava ir aos aposentos durante o dia pois Safira o olhava com mágoa e aquilo partia o coração do sheik.
Naquela tarde ensolarada, foi acordada de seu leve sono por batidas insistentes em sua porta.
- Posso entrar? - ouviu perguntarem.
- Sim - respondeu a princesa sonolenta, se ajeitando na cama pra que ficasse sentada. Imaginou que era Soraia mais uma vez trazendo deliciosos biscoitos de mel, pois o cheiro atrás da porta indicava isso.
Mas era Mahira que adentrava no quarto carregando uma enorme bandeja de biscoitos de mel e uma xícara de chá, fazendo com que a princesa fechasse o seu sorriso.
- O que está fazendo aqui? - perguntou Safira desconfiada. - Já não está feliz de me ver nesse estado? O que quer mais? - Sabia que estava sendo arisca, mas não era pra menos. Mahira a havia tirado do sério, fazendo com que a tontura viesse ocasionando o desmaio.
- Vim em paz - alegou a mulher - Quero apenas saber se o bebê está bem... afinal agora nossos filhos serão irmãos. - Suspirou se sentando na poltrona ao lado da cama. - Sabe Safira? Temos que nos dar bem... receio que começamos de maneira errada, nos conhecemos a muitos anos. Se tivesse se casado com meu irmão seríamos cunhadas... - Comentou vendo Safira a olhar incrédula - Não vê que de uma maneira ou de outra Allah juntaria nossas vidas? - Disse esboçando um sorriso.
- Não, a única que vê isso é você. Mahira, por favor saia do meu quarto. - Pediu sentindo sua cabeça doer mais uma vez.
- Eu trouxe um chá que tomei durante toda a gravidez, me ajudou com os enjoos e com as tonturas.. - Comentou entregando a Safira a xícara com o chá - Podemos ser amigas Safira... me expressei mal no outro dia... espero que possa me desculpar. - Disse com certo tom de arrependimento na voz.
Safira não notou nenhuma maldade nas palavras de Mahira, pensando que talvez agora que seriam mães de fato poderiam tentar uma aproximação, pelos filhos. Não confiava na mulher e não tinha interesse algum em ser amiga dela, mas não podia apagar o fato de que ela esperava um filho de Said.
- Shukran - agradeceu, pegando a xícara de chá e dando um gole.
Tinha gosto de framboesa e frutas vermelhas, com um leve sabor de canela. Era muito bom, fazendo Safira beber todo o líquido do recipiente.
- Isso tome tudo.. te fará muito bem. - Disse observando a princesa atentamente - Você logo vai melhorar...
- Obrigada mais uma vez pelo chá, Mahira - disse agradecida - E pelos biscoitos de mel. - Sorriu brevemente, sentindo mais uma vez a forte dor na cabeça lhe atingir.
- Não me agradeça.. - sorriu a mulher - Esse bebê merece o melhor - disse tentando acariar a barriga de Safira outra vez - Bem.. agora vou te deixar descansar novamente. - E assim se retirou do quarto, deixando a princesa sozinha.
Será que ela estava sendo sincera? - Safira pensou incerta sobre o que pensar em relação a odalisca. Suas palavras nunca pareciam ter verdades, mas talvez tivesse se tornando paranóica e desconfiada. Afinal, ela mesma havia deixado a mulher ficar no castelo.
Logo Safira adormeceu mais uma vez, deixando que seu corpo descansasse dos ferimentos que eram muito mais emocionais do que físicos. Durante aquelas horas voltou a imaginar um pequeno príncipe brincando no imenso castelo alvo, correndo atrás de Said segurando uma espada de brinquedo, enquanto o sheik se esquivava dos golpes inocentes do menininho.
Não pode deixar de notar que sorria, estava feliz em ver aquela cena. Mesmo que ela estivesse apenas em seus sonhos.
Já era madrugada quando Safira acordou com uma dor surreal semelhante às cólicas quando era época de suas regras virem, levantou-se da cama se contorcendo de dor na ponta da barriga. Suava cada vez mais que as contrações em seu ventre aumentavam e sentiu seu corpo desfalecer ao perceber que escorria sangue entre suas pernas, manchando da cor rubra a sua camisola branca.
-SAID! SAID! - Ela gritava sem saber ao certo o que acontecia - Said! Por Allah, o que está acontecendo? Allah.. me ajude - suplicava sozinha - SAID!! - Gritava pelo marido pois sabia que ele passava por seu quarto por aquelas horas todas noites.
- Safira? O que houve? - O sheik abriu a porta do quarto fazendo um estrondo, entrou no quarto rapidamente indo direto para sua esposa, arregalando os olhos ao ver tanto sangue descer pelas pernas da princesa.
- Meu bebê.. - ela choramingou - Acho que estou perdendo o bebê. - Disse em desespero se apoiando na cama enquanto segurava o tecido da camisola ensaguentada.
*
Não me odeiem 💔
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Um beijão 💋
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