Capítulo XXXIV
⚠ Rainha Fátima e o Turco na mídia
*
- Você parece distante, Said... - Comentou Safira ao ver o sheik olhar estaticamente para o prato de café da manhã - Aconteceu alguma coisa?
- Está tudo bem - Ele respondeu suspirando profundamente - Só estou pensando nos problemas que teremos pela frente com a reconstrução dos reinos... meus olheiros disseram que Omã está em completa ruína... Kuwait perdeu boa parte das plantações, e bem... muitas vidas foram perdidas naquele incêndio.
- O que você fará? - Perguntou interessada
- Começaremos por Kuwait... mandarei alguns soldados pra que reconstruam os armazéns e plantem novamente os cereais nas terras. - Disse passando a mão nos cabelos - Não podemos deixar que os habitantes que restaram morram de fome.
- E depois? Vai reconstruir Omã? - Perguntou curiosa
- A intenção é começar do zero... o prejuízo foi imenso. Duvido que iremos conseguir levantar o castelo em menos de cinco anos. - Desta vez bufou irritado. - Aqueles malditos turcos destruíram tudo...
- Said? - Ela chamou a atenção do sheik
- Sim? - Disse olhando para ela
- Há alguma chance.. de eu subir ao trono de Omã em breve? - Perguntou nervosa - Eu posso ser nomeada sultana nos próximos dias... já que o reino está sem governantes?
- É um direito seu, habib. Na verdade agora se tornou um dever, o reino é de sua família. - Ele respondeu - Embora creio que isso vá demorar ainda alguns anos, mas sim um dia o trono será seu. Por quê está perguntando isso?
- Soraia comentou outro dia, e você falou sobre eu ser uma sultana no dia de meu aniversário... fiquei e estou confusa com tudo... nunca imaginei que isso fosse acontecer.. quero dizer, meu pai não teve filhos homens e eu sabia que um dia ele não estaria mais aqui, só não esperava que fosse tão cedo.
- Não se preocupe com isso agora, habib, ainda temos longos anos pela frente. - Disse acarinhando o rosto dela - Vamos nos preocupar com o nosso bebê agora - Falou com o brilho nos olhos que logo foi perdido.
- O que foi? Voltou a ficar sério... - Perguntou vendo que ele estava pensativo e distante mais uma vez - Está tudo bem mesmo?
Said suspirou mais uma vez, amassando com força o pedaço de papel que estava ao lado de sua xícara na mesa e respondeu:
- Não é nada... só preocupações. Não se estresse com isso - Disse tomando um gole do chá de ervas - Preciso ir para as reuniões, habib. Tenha um bom dia, se sentir algo mande me chamarem. - Se despediu dela com um beijo na testa levando consigo o papel massado.
- Está bem, tenha um bom dia, Said. - Desejou, mas sentia que ele escondia algo.
Estou grávida... é normal me sentir assim desconfiada, não é? - Pensou sozinha.
*
Os véus coloridos flutuavam pelo salão e as moedas douradas cacoalhavam com o movimento dos quadris e braços das belas dançarinas, assim como a música alta trazia alegria aos ouvidos das mulheres.
- Vamos Safira! - Layla reclamou pela décima vez ao ver que a irmã não se levantaria da poltrona - Vamos dançar! Anekin está sendo uma ótima aprendiz.. veja - Falou mostrando a criada que se divertia com ela.
- Me sinto enjoada, Layla - Safira respondeu sentindo náuseas e tonturas pelo corpo - Por Allah isso é horrível.. - Reclamou
- Vai passar senhora Safira - Anekin falou - Depois da terceira lua cheia os enjoos passam.
- Como sabes? - Perguntou sentindo o estômago embrulhar mais uma vez
- Tenho seis filhos, princesa - a criada respondeu recebendo dois pares de olhos arregalados olhando em sua direção, fazendo a princesa mais nova parar de dançar.
- Seis?! - Safira e Layla perguntaram ao mesmo tempo, causando uma crise de risos em Anekin.
- Me casei muito cedo, senhoras. - Respondeu dando de ombros.
- Por Allah... terei apenas esse - Comentou a princesa
- Com tanto trabalho que vejo que as crianças dão e esses enjoos que você anda tendo... se um dia eu me casar não terei filhos - Disse Layla decidida.
A princesa e Anekin não tiveram tempo para responder pois logo o comandante adentrou no salão acompanhado de Soraia. Zayn carregava uma bandeja de chás e biscoitos em suas mãos enquanto Soraia andava em sua frente com um sorriso esperto no rosto.
- Princesas, Anekin.. - cumprimento-as ao mesmo tempo que deixava a bandeja na mesinha.
- Boa tarde, comandante - responderam em uníssono.
- Está trabalhando na cozinha, senhor? - Perguntou Layla divertida ao se sentar na almofada colorida.
- Apenas por hoje, senhorita - Ele respondeu no mesmo tom.
- O comandante Zayn estava passando pela cozinha quando pedi que me ajudasse a trazer o lanche - Soraia interveio - Shukran senhor pela ajuda.
- Porque não se senta conosco para o chá? - Safira perguntou - Há uma almofada vazia ao lado de Layla - Indicou com os olhos.
- Princesa... não seria certo... - Respondeu desconcertado
- Também acho que não seria - Layla respondeu se ajeitando desconfortavelmente em sua almofada - É haraam ficar conversando com homens que não são da família, Safira - Disse estreitando os olhos para a irmã.
- Bobagem! Logo Said chegará também e se juntará a nós.. além disso o comandante é praticamente da família - Safira deu de ombros vendo um vinco de confusão se formar na testa de Layla - Sente-se comandante, queremos conhece-lo melhor.
- Não queremos não - Layla disse baixinho, o suficiente para fazer Zayn olhar em sua direção e sorrir.
- Sinto muito se minha presença não lhe agrada, princesa - Respondeu com um sorriso torto - O que querem saber? - Perguntou destinando sua atenção às outras mulheres.
Layla revirou os olhos irritada. A verdade era que nos últimos dias havia acordado sendo observada pelo comandante, que insistentemente dizia que era apenas precaução com a saúde dela.
Estou ótima, respirando como um passarinho. - Pensou - Quem ele pensa que é? Ora... um pervertido isso sim. Não posso nem acordar em paz que logo tenho que ver sua cara fechada e malditamente bonita.
A conversa prosseguiu durante todo o fim da tarde e o comandante parecia cativar todas as mulheres do salão, arrandando-lhes diversas risadas e suspiros ao contar suas histórias.
Menos Layla.
É um aparecido mesmo... o que acha que vai ganhar com isso? Homens... - Bufou irritada revirando os olhos mais uma vez.
- Vai acabar ficando cega se continuar a revirar os olhos - Zayn disse chamando sua atenção. - Deveria se acalmar, princesa. Sua saúde não está totalmente recuperada - Alertou
- Quem disse isso? - perguntou nervosa - O senhor por acaso é médico, comandante? - Perguntou levantando as sobrancelhas.
- Não sou médico.. mas..
- Então não se meta - O cortou rapidamente - Pare de dormir em meu quarto - O avisou, se dando por exausta daquela conversa e se retirou do salão sem se despedir de ninguém.
- O que houve com ela? - Safira perguntou preocupada sem entender o que havia acontecido.
- A princesa se sente indisposta - Zayn respondeu, o que pareceu convencer as mulheres que logo voltaram a trocar conversas.
Zayn sorriu. Sorrir tinha se tornado muito comum pra ele nos últimos dias, de alguma forma a princesa Layla causava isso nele. Mesmo que na maioria das vezes ela o aguardasse com vinte pedras nas mãos.
*
Império Otomano
De longe os criados ouviam o bravejar da fúria do turco. Muitos dias haviam se passado desde a invasão noturna em seu castelo e um novo estardalhar de objetos sendo lançados nas parades era ouvido todos os dias.
- DESGRAÇADOS!!!! - O turco gritava várias e várias vezes - Como ousam entrar em meu castelo e roubar meus prisioneiros?! MALDITOS! - Gritou mais uma vez, arremessando um vaso de flores na porta de madeira.
Sua cabeça doía ao pensar nos acontecimentos daquela noite. Toda vez que lembrava de ser acordado pelos gritos assustados das criadas em seus aposentos sentia suas veias saltarem. Rapidamente havia colocado seu roupão de cetim e os sapatinhos vermelhos e fora ver o que estava acontecendo.
Lembrava-se claramente do momento em que foi impedido de sair dos aposentos por um dos guardas.
- Não podes sair, senhor - O soldado disse a ele
- E porquê não? O que está acontecendo no meu castelo? - Perguntou confuso
- Uma invasão. O senhor deve permanecer no quarto.
- Estão invadindo o meu império e você está aí parado? - perguntou incrédulo - Me deixe passar, homem! Vamos! Saia da minha frente.
Mas não importava o que o turco dissesse, o soldado não abria passagem para ele. Hakan estava cumprindo sua promessa a Soraia, ela sairia com vida daquele lugar.
Malditos - O turco pensou se jogando em sua poltrona felpuda.
Estava cansado, não comia a dias trocando as manhãs quentes pelas noites frias, se embebedava sem qualquer limite deixando os rastros de vinho tinto mancharem o tapete claro do salão.
- Eu vou matar Said... eu vou matar aquele Kuwaitiano desgraçado. - Ele dizia para si mesmo - Safira ainda será minha, custe o que custar. Ela ainda será minha rainh..
Tentou completar a frase mas foi interrompido pelo retumbe das portas se abrindo.
- Ela será sua rainha? - Fátima adentrou o salão com um cínico sorriso em seu rosto - Até quando vai continuar com essa ideia absurda?
- Fátima... - Ele disse o nome dela se deleitando de como as sílabas saiam doces de sua boca. - Fátima... - Ele repetiu dessa vez com um risada rouca implorando para sair de sua garganta. - Já lhe avisei para não se meter em meus assuntos.
- Você é patético - Ela devolveu com ódio dele - Um porco! A dias não toma um banho, está fedendo a vinho e suor. Ninguém aguenta mais ouvir os seus surtos! - Ela o olhava com nojo - Acha que a princesa vai querer alguém como você? Já lhe avisei que a única rainha sou eu!
- Fátima... - Ele falou mais uma vez rindo enquanto balançava entre os dedos a taça de vinho - Vá embora daqui antes que eu me irrite com você - Ele disse despreocupado observando o líquido tinto se mover no interior dourado da taça - Não quero mais olhar essa sua cara maldita e nem ver esses cabelos malditamente vermelhos que você tem. Vá embora daqui! - Disse fazendo sinal com a mão indicando a porta do salão.
- Eu não sairei daqui - Ela o enfrentou - Este trono é meu! - Gritou irritada
- Fátima... levar o sobrenome Ibrahim não lhe faz dona deste reino. - Disse ao se levantar vacilante na direção dela. - Quantas vezes terei que te lembrar que o seu marido morreu? Quantas vezes terei que te lembrar que és mulher e não tem direito a nada?
- Eu sou a rainha! - Gritou mais uma vez o que causou uma nova onda de risos do turco.
- Você não é nada! Não passa de uma odalisca que se aproveitou da burrice de meu irmão para chegar ao trono - Falou perdendo a paciência - O que você quer, Fátima? Me irritar? Fazer com que eu perca a cabeça? Quer jogar na minha cara que é rainha? - Disse se aproximando ainda mais dela - Vai Fátima, grita pra todo mundo ouvir que você é a rainha - Falou dando uma gargalhada sepulcral - Mas até quando?! - Disse voltando à sua ira ao apertar o rosto dela com a mão.
- Me solta.. - Ela disse no que parecia um sussuro por conta do aperto na face.
- Sabe o que eu deveria fazer com você? - Perguntou arqueando uma das sobrancelhas e abrindo seu sorriso mostrando alguns dentes dourados - Eu deveria te matar... deveria acabar com essa sua vida medíocre - Disse quase cuspindo na cara da rainha.
- E o que está esperando pra fazer isso? - Ela perguntou em desafio
- Você é patética, Fátima. Uma burra e patética odalisca.
- É só isso? É tudo o que sabe dizer? - Desafiou mais uma vez - O único patético aqui é você. Não passa de um estorvo, um fardo que seu irmão teve que carregar.
- CALA BOCA! - Gritou dando um tapa no rosto da rainha - VOCÊ NÃO SABE DE NADA, SUA DESGRAÇADA!
- Vai ter que fazer melhor que isso, seu porco nojento - Ela respondeu limpando o filete de sangue que escorria do canto dos lábios - É difícil, não é? Escutar a verdade... - disse com um riso amargo - Você não passa de um abutre, um inseto em busca de riqueza e poder. Mas sabe qual é o problema? Insetos não comandam, eles são pisoteados e destruídos - Falou o ameaçando - Isso tudo não vai ficar assim... ou eu não me chamo Fátima Ibrahim, rainha deste Império.
Assim ela saiu do salão, arrastando o pomposo vestido vermelho sangria, fazendo os cabelos ruivos balançarem contra suas costas e os saltos baterem no piso.
*
Said não conseguia se concentrar na reunião. Passara a tarde com os pensamentos longe, o impedindo de continuar ali.
- Senhores, faremos uma pausa agora. Retornamos mais tarde. Assim que tiverem um novo plano de importação das pérolas de Kuwait conversamos. - Informou os outros líderes e representante, e se retirou da saleta no conselho indiano.
O sheik foi então até a sacada do prédio e num cantinho repleto de poltronas em marfim sentou-se. Olhou o céu alaranjado e lembrou-se dela. Lembrou-se da última vez que a tinha visto, naquele dia ele pensou que seria o fim de tudo entre eles. Mas pegando a carta amassada em seu bolso entendeu que ainda não havia acabado.
Com as mãos trêmulas desfez o amassado do papel e começou a reler aquelas palavras que o faziam tão mal toda vez que as lia.
"Said, meu querido sheik
A muitos meses venho tentado escrever esta carta mas apenas agora criei coragem e força para isto. Sei que faz muito tempo e que agora você mora na Índia, mas há algo que eu preciso lhe contar.
Estou grávida.
Espero um filho seu. Um filho nosso... descobri dias antes do seu casamento mas não tive coragem de falar... não sabia qual seria sua reação.
Faltam apenas duas ou três luas para a chegada dele e agora mais do que nunca esse bebê precisa de um pai. Você é o pai Said. Espero que assuma sua responsabilidade nisso, não por ser uma obrigação mas por amor.
Por amor a mim, pois sei que o seu coração ainda é meu.
Escrevo de Portugal nesse momento, estou passando um tempo com meu irmão mas em breve voltarei ao oriente. Espero uma resposta sua. Espero te encontrar.
Com amor, sua Mahira"
Cada palavra escrita cortava sua alma. Mais do que nunca se sentia perdido, Safira estava grávida, Mahira estava grávida e sua vida uma completa confusão. Não havia respondido a carta, nem mesmo procurado saber do paradeiro da odalisca. Said não sabia o que fazer, não sabia o que pensar e nem como agir.
Toda vez que olhava para a princesa se sentia mal por esconder dela tudo aquilo. Tinha medo de Safira não entender, tinha medo do escândalo que seria um filho bastardo. Tinho muito medo de tudo.
Said estava perdido.
*
Império Otomano
O turco havia se recuperado do momento de fúria. Fátima o tirava do sério sempre que conseguia, o fazia perder toda a paciência que possuía. Sentado em sua mesa calculava as finanças do império, vendo o saldo negativo aumentar cada vez mais.
O incêndio e a perda de muitos soldados e prisioneiros tinha causado um verdadeiro rombo nas contas turcas e as terras áridas e sem vida não permitiam outras fontes de renda como as plantações de cereiais de Kuwait. Lhe restava apenas o tráfico de escravos e estes estavam escassos naquele momento.
Coçava a cabeça num gesto nervoso, batia o tinteiro na mesa e de maneira insistente arrancava as penas de pavão de seu turbante. Estava irritado, frustrado e inconformado por seus planos terem ido por água abaixo.
Logo uma batida na porta foi ouvida por ele.
- Entre - respondeu impaciente
- Senhor - O guarda disse ao entrar no salão - Há um homem que deseja falar-lhe.
- Estou ocupado, não tenho interesse em comprar ouro ou prata. Mande que vá embora - Disse sem importar.
Comerciantes... sempre oferecendo seus mercadorias pra arrancar mais e mais dinheiro de nossos bolsos. - Pensou
E novamente o guarda retornou ao salão.
- Senhor, ele insiste em falar-lhe - disse já preocupado com a reação do turco - Disse que é um assunto de seu interesse.
- Já disse que não estou interessado em comp.. - disse mas foi imterrompido pela voz do visitante
- É sobre Said - o homem falou fazendo com que o turco levantasse o olhar até ele. - O que venho falar é de seu interesse.
- Deixe entrar - Ordenou ao guarda que até então impedia que o visitante se aproximasse - Sente-se, senhor...? - Perguntou curioso
- Mustafá, meu nome é Mustafá Malin - Respondeu ao se sentar na poltrona em frente a mesa do turco.
- Muito bem... senhor Mustafá - repetiu o nome tentando estudar o homem a sua frente - O que tem para me contar? E porque eu devo acreditar em você? - Perguntou desconfiado.
- Conheço a princesa desde a minha infância - começou e logo chamou a atenção do turco. - Nós..
- Espere - o turco o interrompeu - Conhece Safira?
- Sim... como eu dizia, somos amigos ou éramos amigos desde crianças.
- Eram? - perguntou interessado.
- Tivemos uma discussão e ela pouco tempo depois se casou com o sheik. Nunca mais nos falamos.
- Interessante... mas no que isso me ajuda? Se está aqui sabe muito bem o que eu quero. Sabe muito bem dos últimos acontecimentos... não sabe? - Perguntou arqueando a sobrancelhas enquanto tamborilava os dedos na mesa.
- Sim, tenho ciencia do que aconteceu em Omã. E sei que seu plano não deu certo. Todos no deserto falam do incêndio em seu calabouço e de como o exercíto do sheik invadiu o castelo. - Falou vendo o turco torcer a boca em desgosto.
- E.. continue.. - o turco incentivou
- Eu tenho uma informação que pode mudar tudo. Uma informação que pode fazer o casamento de Said acabar.
- O que seria isso? Tem que ser algo muito grave... sabe que o divórcio não é permitido no reino... a menos que algo o torne o casamento ilegítimo.. - disse pensativo.
- Sim, tem razão. O que eu sei acabará com a aliança entre eles. E conhecendo a princesa como eu conheço... sei que ela mesma desejará anular o casamento.
- Fale de uma vez, o que sabe? - perguntou já irritado - Não me enrole...
- Antes proponho um acordo.
- Que acordo? - o turco perguntou
- Quando se casar com Safira, me colocará na corte do império... como um conselheiro.
- Mas é claro... - disse o turco com um sorriso falso - Isso é muito simples. Temos um acordo.. agora fale de uma vez. O que sabe sobre Said?
- Said esconde um segredo. - disse lentamente.
- Que segredo? - o turco perguntou com os olhos atentos - Fale homem, fale de uma vez!
- Um filho. O sheik tem um filho.
- O que? Como sabe disso? - perguntou incrédulo - Não é possível...
- A criança nascerá em breve. Said tem um filho antes do casamento com a princesa, o que pode muito bem anular o casamento dele com a princesa.
- Muito bem... - respondeu abrindo um sorriso vitorioso - Mas e você o que ganha com isso? Não era amigo da princesa? Porque trai a confiança dela.
- Vingança - Mustafá respondeu - Quero vingança por ter perdido o que deveria ser meu.
Mustafá e o turco desejavam a mesma coisa, a mesma pessoa. Desejavam Safira.
- Guardas! - o turco gritou - Preparem-se, vamos visitar a Índia. - disse gargalhando.
*
Eita que por essa vocês não esperavam...
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