Capítulo XXX
O capítulo é dividido em várias cenas, fiquem atentos a isso.
Boa leitura ❤
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- O que está olhando, criada? - O turco perguntou se sentindo incomodado sob o olhar frio de Soraia - Se pensas que conseguirá algo ficando em silêncio ou destinando olhares de ódio para mim está muito enganada.
A carruagem chacoalhava tendo a areia fofa se espalhando ao redor, a força do vento desértico fazia os finos cristais de areia baterem nas janelas escuras do veículo.
Haviam se passado três dias de viagem e Soraia permaneceu amarrada e em profundo silêncio apreciando a contra gosto a presença do turco. Nas cinco vezes em que o comboio parara um dos soldados se encarregara de levar comida e água para ela. Embora estivesse sofrendo com as amarras que pinicavam e apertavam seus pulsos e tornozelos, e com as inúmeras provocações do turco, permanecia com as feições inabaláveis.
- Por quê você não fala? - Ele perguntou raivoso - Você irá me ajudar a conquistar a princesa e fazê-la minha rainha. Quando chegarmos ao império te prenderei junto aos meus aposentos e somente sairá quando Safira estiver comigo. - Ele informou observando - e esperando - as reações da criada.
No entanto nada veio. Soraia permaneceu estática, firme e dentro dela vibrava fé de que Allah a livraria das mãos daquele homem mau e que nada atingiria sua menina Safira. Resolveu ignorar o turco e seus olhos desviaram dele se concentrando no que acontecia do outro lado.
Os prisioneiros andavam acorrentados uns aos outros sendo arrastados pela areia. Os soldados - muitos deles cruéis - batiam com chicotes naqueles que ousavam parar a caminhada.
As crianças haviam sido deixadas em Omã e com elas ficaram ainda poucas mulheres, mas juntos daqueles homens prisioneiros pelo menos duas dúzias de donzelas haviam sido levadas também.
No meio do caminho haviam passado por Kuwait e por lá deixaram um rastro de destruição mais uma vez, assim como novos prisioneiros foram feitos aumentando em números significativos o comboio.
Soraia observava tudo pela janela da carruagem, sentindo uma tristeza muito grande a atingir ao ver tanta maldade para com o povo. Estavam a poucos quilômetros da saída de Kuwait quando começou a escutar uma gritaria vinda do lado de fora.
No meio das novas prisioneiras uma senhora de muita idade já com os cabelos brancos e vestes tão escuras quanto a noite gritava palavras desconhecidas. Os soldados que acompanhavam aquele grupo tentavam contê-la mas parecia em vão e ela continuava a gritar forçando e puxando as algemas de ferro contra si.
- Morte! Morte! Morte! Ele vai morrer! Os homens de longe virão nos buscar!
Aquelas foram as únicas palavras que Soraia havia entendido e por mais louca que a velha parecia ser preferiu se apegar à aquelas palavras jogadas no vento. Se Allah quisesse alguém iria os libertar.
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- Comandante Zayn - Um dos soldados o cumprimentou - É uma honra lutar ao seu lado mais uma vez.
- Não vamos lutar, soldado - Ele respondeu sério - Estamos em um resgate, não quero que sujem as espadas com sangue. - Informou ao homem e logo se afastou.
Zayn suspirou, ajeitou a postura e se colocou a caminhar pela faixa de areia com as mãos atrás do corpo. Em sua cabeça repassava cada parte do plano feito por ele e Said, e mesmo confiando em suas qualidades como comandante e estrategista não deixava de se preocupar com possíveis erros.
Antes de partir da Índia juntamente com parte de seu exército precisou se livrar de tudo o que lembrava as terras européias, a casaca de pelos era pesada e quente demais para o deserto, a barba comprida e os longos cabelos soltos ao vento atrapalhavam o seu respirar e a visão além de contribuírem para aumentar o calor que sentia. Então ali naquele instante já se via um novo homem, porque mesmo que lembrasse muito o Zayn de seis anos antes já não era mais o mesmo.
Olhando em seu relógio solar percebeu que já era hora de retomarem a caminhada. O quanto antes chegassem às terras turcas o mais rápido voltariam para casa.
- Homens! - Ele gritou - Avante! Prossigam para o norte!
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- Me solta! Seu imbecil, abutre! Estou andando como todas a outras, não precisa me tocar! Não é assim que se trata uma mulher! Vá para o inferno com esse seu chicote, maldito!
Soraia escutava aquelas e diversas outras ofensas serem destinadas aos soldados otomanos, mas estava concentrada demais em gravar o caminho por onde era levada para prestar atenção na voz de quem gritava aquelas blasfêmias.
De relance observou uma fila de mulheres sendo levadas ao outro lado do castelo e entre as cabeleiras negras e castanhas avistou a senhora louca e ao seu lado uma moça de vestes floridas e com os fios louros escapando do véu. Se entristeceu ao ver que alguém que parecia exalar felicidade pelas vestes tivesse sido levada como prisioneira, mas embora quisesse observar melhor a fim de ver a face da jovem, foi empurrada pelo guarda que a levava a fazendo assim desviar o seu olhar para o próprio caminho.
- É melhor você se comportar - O soldado disse - O imperador não gosta de mal criações, estou sendo gentil com você durante toda a viagem mas garanto que outro soldado ou ele não serão. Se quer ficar viva, é melhor permanecer quieta e evite olhar demais para onde não lhe interessa.
Soraia apenas balançou a cabeça em confirmação, não podia e não queria morrer naquelas terras malditas.
O castelo era escuro, feito de grandes pedras empilhadas uma sob as outras e batidas com tegume. Não tinha uma área tão grande quanto os outros reinos, mas em suas verticais imensas torres eram erguidas e o subsolo escondia os mais terríveis segredos dos Otomanos.
Soraia continuou o caminho pelo corredor extenso até se deparar com uma pequena escadaria. O guarda indicou com a cabeça que ela deveria subir e assim o fez até chegar à primeira e única porta que havia ali.
- Que lugar é este? - Ela perguntou ao guarda, sentindo sua garganta coçar pela falta de água e pela quantidade de tempo que passara quieta.
- Os aposentos não oficiais do Imperador. - Ele respondeu e viu um misto de confusão no rosto dela - O imperador só vem aqui quando deseja se aliviar - Explicou, no entanto ao ouvir aquilo Soraia desejou não ter sabido.
Ficou parada até que o soldado abrisse a porta para que ela entrasse. O quarto era pequeno, tão escuro quanto tudo no castelo. A decoração era escassa e o cheiro de sexo se fazia presente no ambiente fazendo Soraia torcer o nariz ao observar a cama com os lençóis amarrotados, imaginando as cenas deploráveis e pecaminosas que ocorreram ali.
- Ele ordenou que não arrumassem nada - O soldado disse como se tivesse lendo os pensamentos dela - Você ficará ali - Apontou para uma outra porta no cômodo - É o anexo, está limpo. Ele não entrará se a porta estiver trancada - Olhou pra ela com a feição quase culpada, embora não tivesse de fato culpa das ações de seu senhor.
- Shukran - Soraia agradeceu e com um último olhar entrou no anexo e trancou a porta.
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O barulho das taças se quebrando podia ser ouvido do salão principal. Safira e a criada bordavam juntas uma colcha de inverno e se assustaram com o baque das vidrarias na porta do escritório do sheik.
A princesa imediatamente se levantou indo em direção ao cômodo mas ao chegar logo a porta se abriu revelando um Said transtornado e visivelmente bêbado.
- Said? O que aconteceu? - Perguntou preocupada ao vê-lo daquela maneira. - Você bebeu?
Para os muçulmanos a ingestão de bebidas alcoólicas era haraam, e a princesa sabia o quanto o marido seguia a religião devotamente o que lhe causava tremendo espanto escontra-lo bêbado.
- Você se importa, princesa? - Ele respondeu enfatizando a posição de Safira, a mesma formalidade que ele tanto insistiu em esquecer.
- Said? - Perguntou confusa - Eu não.. deixe-me te ajudar - Falou se aproximando dele - Você está cheirando a vinho, vamos.. vou colocá-lo no banho.
- Me solte! - Ele disse se desvenciliando dela - Não aja como se eu tivesse alguma importância pra você!
E saiu cambaleando pelo salão, seguindo pela escadaria que levava ao quarto. Safira tentou o seguir, mas a criada a impediu.
- Senhora - A criada disse segurando um dos braços da princesa - É melhor que o deixe sozinho. Pedirei a um dos criados que o ajude.
- Mas... - Safira tentou argumentar, sem entender o que havia acontecido com ele. - O que eu fiz? - Perguntou com os olhos marejados.
- Senhora.. venha, vou levá-la até um dos quartos. Melhor que fique distante do sheik por esta noite.
- O que eu fiz? - Ela repetia aquela pergunta várias e várias vezes enquanto era levada até um dos dormitórios.
Eu o magoei tanto assim? - Pensou, já muito arrependida de suas palavras.
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- Qual o seu nome? - A jovem perguntou a velha que acabara de sentar no tapete estendido no chão da cela.
O burburinho de vozes e choro era ensurdecedor e o agitar das grades das celas constante. A jovem se sentara também no último tapete disponível posto no chão frio do calabouço.
- Me chamo Nazira - A senhora respondeu - Tenho anos demais antes que me pergunte e venho de Kuwait.
A jovem arqueou as sobrancelhas surpresa com a maneira direta da senhora falar, mas sorriu pois seria bom ter alguém pra conversar enquanto estivesse ali.
- Eu sou..
- Eu sei quem você é - A velha respondeu com um breve sorriso.
- Mas .. como? - Perguntou confusa
- CALADAS! - Um dos soldados ordenou ao passar pela cela - Calem a boca vocês duas antes que eu arranque suas línguas com a espada. - Disse ameaçador. - TODOS VOCÊS CALEM-SE! SE QUISEREM VIVER. - Ordenou a todos os prisoneiros.
Logo o silêncio se fez e a escuridão tomou conta do lugar após apagarem as tochas de iluminação. A jovem moça havia se deitado e já não enxergava a senhora estranha que dividia a cela, mas sabia que ela estava lá por ouvir o som da respiração fraca da mesma.
O ambiente era muito úmido e o cheiro putrefato incomodava suas narinas. Ao longe se ouviam pingos de água colidirem nos baldes de metal espalhados pelo corredor do calabouço e então o ronronar dos guepardos soltos também.
-Eles virão.. os homens de longe virão nos libertar.. Eles virão
A jovem ouvia a senhora repetir baixinho para não chamar atenção dos guardas e depois do que pareceu uma longa prece resolveu perguntar.
- Quem virá?
- Eles virão.. os homens de longe - A velha respondeu
- Quem são eles?
- Eu não consigo os ver.. - Ela disse em sussurros - Mas eles virão.. acredite.. ele virão.
Não conversaram mais durante aquele noite e durante os dias que se passaram trocaram poucas palavras enquanto a velha não estava repetindo as mesmas frases de antes. A jovem pensou que se ficasse lá por mais algum tempo certamente ficaria louca também.
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Naquela noite pela primeira vez escutara passos firmes vindo do outro quarto. Já era tarde e as criadas já haviam deixado a comida em sua porta horas antes. Tremeu de antecipação ao pensar que poderia ser o turco, os passos ficavam cada vez mais fortes e próximos da porta do anexo e então viu pelas frestas da madeira velha a chama de uma lamparina acesa.
Se encolheu na cama que ficava encostada à parede de pedras e cobriu ainda mais o corpo com o cobertor de lã. E então a porta se abriu e conseguiu respirar calmamente ao ver que era apenas o soldado que a levara até lá dias antes.
- Vai morrer se não comer - Ele disse entrando no quarto observando as inúmeras bandejas cheias de comida abandonadas no chão. - Eu trouxe o seu jantar - Falou sentando-se na outra ponta da cama e apoiando a bandeja no colchão.
- Não sinto fome - Ela disse.
- Senhorita..?
- Soraia.. é o meu nome - Ela falou seu nome pela primeira vez desde que fora pega pelo turco.
- Pois bem senhorita Soraia, precisa comer. - Ele disse sério
- Por quê? - Ela perguntou
- É o meu trabalho te manter viva, e não comer a senhorita morre. - Ele deu de ombros. - Se você morrer, eu também morro.
- O que quer dizer com isso? - Perguntou confusa
- O imperador deseja te usar para conseguir se casar com a princesa de Omã... se você morrer por qualquer motivo estando sob a minha supervisão antes do plano dele se concretizar... de que vale o meu trabalho? Aqui funciona assim.
- Me desculpe mas eu prefiro morrer do que ser usada por aquele maldito. Minha menina jamais será dele.
- Não é sua filha, porque se importa tanto? - O soldado perguntou
- Eu a criei como se fosse, eu a vi nascer, vi quando ela deu os primeiros passos, ouvi quando me chamou de mãe pela primeira vez mesmo que isso tenha me causado diversas chicotadas de Zúria. - Ela suspirou - É a minha menina... eu faço tudo por ela, até mesmo dou a minha vida em seu lugar.
- Espero que isso não seja necessário - O soldado disse ao se levantar da cama.
- E porquê se importa, soldado..?
- Soldado Hakan, senhorita - Ele respondeu - E eu me importo pois me afeiçoei a você. Espero que um dia possa ser livre - Ele disse - Coma o seu jantar, fique viva Soraia.
E assim ele se retirou, deixando Soraia com um misto de dúvidas em sua mente. Em seus quase quarenta e cinco anos de idade nunca havia trocado tantas palavras com homens que não eram de sua família ou o sultão. Sequer deixou que seus pensamentos a levassem a alimentar tais coisas como um relacionamento, sua vida sempre fora dedicada a servir a família Al-amin e depois que Safira nasceu ocupou todos os seus dias cuidando dela. Mas sorriu com a possibilidade, embora tivesse quase certeza que não veria a luz do dia novamente, de que pudesse se encontrar novamente com o soldado muito longe daquelas terras.
Hakan... é o nome dele. Significa imperador - Riu com a ironia do significado - Seria muito melhor se fosse ele o imperador dos turcos. - Pensou enquanto se forçava a olhar e comer a comida em sua frente.
*
Fátima arrastava seu longo vestido vermelho pelo piso pedregoso do castelo, os cabelos flamejantes como fogo se misturavam ao tom do tecido dando a sensação de que a rainha queimava por onde passava.
Logo os soldados que guardavam o salão do trono abriram passagem e ela entrou no recinto encontrando o turco sentado em seu trono.
- Fátima.. - Ele cumprimentou - É uma honra ter a sua presença tão cedo. O que deseja? - Perguntou enquanto se ajeitava preguiçosamente no trono confortável.
- O que você fez? - Ela perguntou raivosa - Por quê temos novos prisioneiros e essa gritaria não para? De onde essas pessoas vieram?!
- Se acalme.. - Ele disse - Está tudo sob controle, faz parte do meu plano.
- Que plano? - Ela perguntou desconfiada
- Vou me casar com Safira e subir nos tronos de Omã e Kuwait, e na Índia todo o comércio e a liderança conquistada pelo sheik também serão meus.
- Ficou louco? Como vai fazer isso? Nosso exército não tem homens o suficiente para uma guerra dessas.
Ele gargalhou assustadoramente.
- Fátima... você está atrasada. O que tem de bela tem de burra. Já tenho meu trunfo e logo a princesa subirá ao trono deste império comigo.
- Está muito enganado se pensas que vai tirar minha autoridade aqui. Este império é meu! Se quer se casar com ela, faça! Mas vá para outro lugar! - Gritou.
Então ele se aproximou dela com ódio.
- Meu irmão não está mais entre nós, Fátima. Você não passa de um enfeite aqui, é rainha mas não manda em nada. É mulher, não é ninguém! EU MANDO AQUI! Você devia me agradecer, Fátima.. vou matar o homem responsável pela morte do seu marido.
- Eu tenho nojo de você - Ela cuspiu na cara dele - Que Allah te jogue nos mármores do inferno! - Bravejou, saindo do salão cheia de fúria.
Fátima era uma mulher má, tudo o que sabia havia aprendido com o falecido marido e estar nas mãos do cunhado era o pior de seus pesadelos. Por dentro ela sentia vontade de se vingar dos kuwaitianos, exterminar aqueles que arrancaram dela o seu grande amor. No entanto conforme o tempo passava e se via cada vez mais presa no castelo sentia que não teria sua vingança e todos aqueles anos vivendo em cárcere mostraram a ela que o seu pior inimigo vivia ao seu lado.
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- Quanto tempo ainda falta, comandante? - Zayn ouviu um dos soldados perguntar.
- Algumas horas - disse olhando o horizonte - Vê aquelas montanhas? - Perguntou apontando na direção da imensa cadeia de montanhas que avistava ao longe - O castelo otomano fica logo atrás delas.
O soldado assentiu voltando ao seu posto. Junto deles viam todos os outros, alguns carregando os suprimentos, outros as armas e os últimos traziam as carroças.
- Comandante? - Outro se aproximou - Não tenho certeza se temos carroças o suficiente. Os olheiros disseram que o comboio turco passou também por Kuwait e fizeram mais prisioneiros. Não temos como salvar todos.. e se houverem feridos.. teremos que os deixar para trás.
- Salvaremos o quanto for possível, soldado. - Respondeu sucintamente - Se concentre em chegar lá, apenas isso. Avise aos outros que chegaremos ao anoitecer, não façam barulho.
Zayn prosseguiu sentindo o suor escorrer pelas laterais de seu rosto, a cicatriz no olho esquerdo coçava e os pulmões reclamavam por conta da areia que inalava. O comandante esperava que seus planos dessem certo, devia isso a Said e devia a si mesmo. Enfrentar os turcos era sempre uma questão de honra.
Aquela emboscada na calada da noite era apenas parte da vingança que vinha guardando a muitos anos. Por sua família Zayn continuava a viagem e se tivesse alguma sorte, além de salvar os prisioneiros e a criada da princesa, também tiraria a vida do turco que outrora destruira a vida de toda sua família.
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De um lado deitada na cama não tão confortável, Safira sofria sem ter notícias de Soraia, Layla e de seu povo. Sofria por Said a ignorar e evitar a sua presença por estar magoado com ela.
De outro lado o sheik morria aos poucos sentindo a culpa e seu passado lhe consumirem. O vinho que o embebedara mais cedo o fizera dormir profundamente, mas não controlava seus pesadelos, aquela carta de Mahira estava o atormentando, achava que Safira estava infeliz ao seu lado e que por sua culpa tantos reinos sofriam com os ataques turcos.
No calabouço do império, a velha de cabelos brancos prosseguia dizendo que o resgate logo viria e a jovem de vestes floridas e cabelos dourados se sentia cada vez mais fraca sem comida e sem água presa a dias naquela cela.
Soraia orava e jejuava ajoelhada na cama, pedindo incessantemente a Allah que tivesse misericórdia de sua vida, da vida daqueles prisioneiros e de sua princesa.
O exército de Zayn chegava a última curva das montanhas e os grandes muros de pedra cinzenta já estavam ao alcance de seus olhos.
O turco dormia satisfeito, certo de que seus planos em breve se concretizariam. Sonhando em ter Safira em seus braços.
Fátima andava de um canto a outro em seus aposentos, incomodada com o barulho vindo do calabouço. Atormentada com a gritaria dos prisioneiros e pensando em diversas formas de se livrar do cunhado.
Naquele anoitecer todos tinham seus próprios problemas e tormentas, mas durante aquela madrugada tudo iria mudar.
O destino.
A vida.
A morte.
Em uma questão de segundos tudo poderia mudar. Mas você caro leitor, já sabe disso.
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Eeeeita que eu amo um capítulo ❤
Bom como avisei lá no comecinho, dividi em várias cenas o capítulo pra que vocês soubessem o que estava acontecendo em cada parte dos reinos durante aqueles dias desde o ataque a Omã até o dia do resgate.
Deixem seus comentários, a participação de vocês é muito importante para que eu continue escrevendo o livro.
Essa semana vou publicar uma novidade sobre a continuação da série Jóias do Deserto ❤👀
Capítulo que vem teremos grandes emoções. Vamos torcer pra tudo dar certo. 👳👸
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