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Capítulo III

O dia amanheceu sem pressa no palácio de Omã, onde as vastas paredes de mármore e os jardins cuidadosamente cuidados estavam imersos em um silêncio reverencial. Safira, no entanto, não compartilhava a mesma calma. Em seu quarto, o tempo parecia escorregar por entre seus dedos, e o peso da responsabilidade sobre seus ombros se fazia cada vez mais presente.

Ela se levantou apressada, sentindo os primeiros sinais de ansiedade. Hoje seria o dia em que o destino começaria a se desenrolar diante de seus olhos. O salão de dança a aguardava, as mulheres esperavam por ela para dançarem a tradicional dança do ventre. Mas o tempo, como sempre, parecia não se alinhar com seus desejos.

— "Eu não posso me atrasar", pensou, ajustando o tecido do vestido de seda com dedos trêmulos. Soraia, sempre eficiente, entrou no quarto, já sabendo que a princesa precisava de toda a ajuda para estar pronta a tempo.

— Tudo está preparado, senhora. O seu vestido de dança, a música, as dançarinas... só falta a senhora —, disse Soraia, com um sorriso suave que, por um momento, tentou acalmar Safira.

Mas a princesa não estava tranquila. Ela sabia que aquela dança significava mais do que simplesmente entretenimento. Era a forma de mostrar ao povo sua preparação para o papel que teria no futuro, como a esposa do homem que em breve se tornaria o líder de seu mundo. Mas isso não aliviava a ansiedade que a consumia. Ela sentia que o peso do palácio a observando, com seus olhares exigentes, a incomodava cada vez mais.

Com pressa, Safira se arrumou e foi conduzida até o salão. O ar fresco da manhã se tornou abafado à medida que ela atravessava os corredores ornamentados, cada passo ecoando como um lembrete do que estava por vir. O salão de dança estava repleto de mulheres, algumas de olhos ansiosos, outras de rostos curiosos. Elas sabiam que a princesa precisaria mostrar sua destreza, mas também estavam ali para avaliar o que ela representava, além da figura que viria a ser a esposa de um homem poderoso.

Mas algo não estava certo. A dança, a música, a expectativa... tudo isso parecia distante de sua mente. Ela mal conseguia se concentrar. Em vez disso, sua mente se voltava para outra coisa. O homem que seria seu marido em breve, mas ainda um completo desconhecido.

Enquanto Safira lutava contra a ansiedade que a dominava, Said, por outro lado, já enfrentava sua própria tensão. A viagem que fizera para Omã havia sido longa e cansativa, e o choque da mudança de ambiente o deixava desconfortável. Mas ele sabia que aquilo fazia parte de sua responsabilidade. Ele precisava cumprir os deveres que seu nome e sua posição lhe impunham, e isso significava a reunião com o pai de Safira.

O brilho das carruagens e o som dos cascos dos cavalos ecoavam pelo caminho, anunciando a chegada do Sheik Said e sua família. O Sheik Said, junto com seus pais, seu irmão Khalid e suas duas irmãs mais novas, Nubia e Ranya, estavam chegando para a tão esperada visita. 

Said e Khalid eram gêmeos idênticos na aparência, mas suas personalidades eram opostas. Khalid era conhecido por seu espírito provocador, enquanto Said era mais reservado e contemplativo.

— Aposto que a sua noiva é feia — disse Khalid, com um sorriso travesso, na expectativa de provocar seu irmão logo cedo.

— Khalid! — repreendeu Nubia, a irmã que sempre se esforçava para manter a paz entre os irmãos. — Não fale isso. Não ligue para ele, Said. Tenho certeza de que a sua prometida é muito bela — disse, lançando um olhar de apoio para o Sheik.

— Talvez ela tenha um nariz grande... — disse Ranya entre risos, referindo-se ao estereótipo que ela mesma havia escutado sobre as mulheres da região.

— Ranya! Por Allah... o que há com vocês dois hoje? — reclamou Nubia, claramente frustrada com os comentários de seus irmãos.

— Deixe-os, minha irmã, não adianta — disse Said, tentando manter a calma. — Chegamos — e respirando profundamente, saiu da carruagem, absorvendo a grandiosidade do palácio dos Al-Amin. O palácio dos Al-Amin era deslumbrante, com sua arquitetura majestosa e decoração opulenta que competia com a de seu próprio reino.

O conselheiro do sultão os recebeu com uma calorosa recepção.

— Ahlan! Sejam bem-vindos. É uma honra recebê-los em nosso reino, Sheik Said — disse o conselheiro, fazendo uma reverência exagerada. — Vou acompanhá-los até seus aposentos. Sigam-me, por favor.

O homem de pele bronzeada vestido com as típicas vestes brancas, guiou a família Mamun pelo palácio de Omã. A cada cômodo que passavam, o fascínio aumentava. Desde a tapeçaria rica e luxuosa até os grandes lustres que iluminavam os corredores, cada detalhe parecia exibir a riqueza e o prestígio dos Al-Amin.

Subiram as escadas situadas na ala leste, destinada aos visitantes. O corredor era extenso e elegante, com quinze quartos ao todo. Cada membro da família ficou em um quarto distinto, com um criado e uma serva para atendê-los.

Said chegou ao último quarto do corredor e se deparou com um verdadeiro espetáculo. O quarto estava adornado com véus e almofadas coloridos, uma enorme cama com dorsel e uma mesa repleta de iguarias deliciosas. A peça central era uma banheira de ouro, que fez Said sorrir com um misto de surpresa e divertimento.

— Por Allah... uma banheira de ouro — murmurou Said para si mesmo, achando a ostentação um tanto quanto exagerada.

Depois de um banho revigorante e vestindo novas roupas, Said decidiu explorar o palácio um pouco antes de seu encontro com o sultão. Era uma oportunidade de conhecer melhor o lugar e absorver a cultura local.

Enquanto ele se dirigia pelos corredores que davam ao escritório do pai de Safira, seus pensamentos estavam longe de tudo isso. A reunião era importante, sem dúvida, mas não era o que o inquietava naquele momento.

O pai de Safira, o sultão, recebeu Said com toda a pompa que a ocasião exigia. Era um homem de autoridade, que falava pouco, mas com palavras sempre pesadas de significado. Said teve que se ajustar ao formalismo do momento, e logo se viu envolvido em discussões sobre detalhes financeiros, alianças, e as futuras responsabilidades do casamento. A tensão na sala estava palpável, como se o futuro já estivesse sendo escrito em cada palavra trocada.

Durante a reunião, a mente de Said vagava, a cada frase do sultão, à imagem da mulher que em breve se tornaria sua esposa. Ele sabia que o casamento, embora estratégico, tinha um peso maior. Mas quem seria ela? O que ele realmente sabia sobre Safira? As poucas informações que lhe foram passadas não revelavam muito além do básico: uma jovem princesa, bela e reservada. Ele não sabia o que esperar, mas algo dentro dele começava a questionar o que ele realmente queria de uma esposa. Aquela conversa com o pai de Safira parecia, para ele, um mero formalismo, uma repetição dos mesmos acordos que se faziam em outros cantos do mundo.

Após horas de diálogo, a reunião chegou ao fim, e Said, agora mais pensativo, seguiu de volta aos seus aposentos. Era quase noite, e o jantar especial que ele aguardava com certo desconforto se aproximava. Essa seria a primeira vez que ele se encontraria com a mulher que seria sua esposa. Ele sabia que seria uma noite importante, mas também não sabia o que esperar. Havia tantas incógnitas.

No salão de dança, Safira já havia se recuperado um pouco da tensão inicial. O ritmo da música a envolvia, e a dança do ventre começou a se desenrolar de forma mais natural. Ela não sabia como, mas a leveza da dança parecia dissipar o peso de suas preocupações. Seu corpo fluía com graça, e, por um momento, ela se permitiu esquecer o futuro, deixar-se levar pela dança, como se o tempo parasse para ela.

Mas foi então que, sem querer, ela percebeu que algo estava diferente. Ela sentiu olhares intensos se voltando em sua direção. Ela seguiu com os passos da dança, mas, por um breve segundo, notou que um homem, alto e de presença imponente, parecia estar completamente hipnotizado pelo movimento de seu corpo. Seus olhos se fixavam nela com uma intensidade rara, como se ele estivesse absorvendo cada gesto, cada curva. Safira sentiu uma mistura de desconforto e curiosidade, mas seguiu em frente, tentando manter o foco na dança.

Said, por sua vez, sentia algo que não conseguia explicar. Ele estava ali, em pé entre os convidados, tentando parecer à vontade, mas sua mente estava completamente absorta na dançarina à sua frente. Ela dançava com uma graça sobrenatural, cada movimento de sua cintura parecia hipnotizar seus olhos, e a maneira como os braços se moviam com fluidez o deixava sem palavras. Ele jamais havia visto algo tão impressionante. A beleza dela era inegável, mas havia algo mais, algo que o prendia de maneira inexplicável.

Era como se o tempo tivesse parado naquele instante. A música, a festa, o casamento... tudo se dissolvia enquanto ele olhava para ela. E, apesar de não entender o que o prendia, algo dentro dele sabia que aquele momento significava mais do que qualquer outro. Em sua mente, um único pensamento surgia: "Quem é ela?"

E embora ele não soubesse, aquele momento, aquele olhar trocado na dança, ficaria marcado na memória de ambos, como se o destino já estivesse se preparando para guiá-los até o inevitável encontro de suas vidas. Said jamais esqueceria aqueles olhos cor de safira.





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