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O9.

trinta e um de dezembro

Virada de ano. Uma coisa que desde que Safira morreu não tinha significado. Mas esse ano tinha. Eu tinha renascido.

Mamãe estava estranhamente mais alegre, disse que tinha uma surpresa no jantar. Bia decidiu passar a virada com a gente, já que seus pais tinha viajado e ela quis ficar.

A tradição é usar branco, mas eu detestava tradições. E como esse ano eu não ia passar a virada na minha cama chorando, por ordens médicas, e decisão própria, fiz um vestido na minha velha máquina de costura. Ele era azul claro. Iríamos passar em casa. Eu já tinha deixado claro que ia assistir o show da virada, a única forma de ver o Luan, já que ele estava a km de distância.

Bia insistia que nossa relação era mais que ídolo e fã, e eu estava passando a acreditar. Era lógico que eu e o Luan estávamos nos tornando amigos. Nada mais, não que me importasse.

Ajudei mamãe com a cozinha o dia todo. Ela disse que tinha uns convidados, mas eu desconfiava que aquela comida daria pra um batalhão. Minha mãe devia ter convidado a cidade inteira.

Às 18h tudo já estava pronto, minha mãe marcou pras 21h, Bia chegou, e minha mãe convocou a Beatriz para arrumá-la.

Dona Sofia não era de maquiagem. Ela era linda, cuidava do corpo. Se vestia bem, mas maquiagem era só um batom e olhe lá. Ela estava alegre e nervosa. E eu não entendia o porque. Bia quis me arrumar também. Mas eu não deixei. Se deixasse na mão de Beatriz, minha maquiagem iria pesar, era olhão, bocão. Tudo muito marcado. Enquanto eu prefiro algo mais leve e natural.

As 20h já estávamos as três prontas. Bia só tinha largado o celular pra se arrumar, e não me deixava ver com quem estava conversando. Ela estava com um vestido colado no corpo, branco. Ela estava bronzeada, o que deixava o vestido ainda mais destacado. Mamãe tinha optado por um macacão branco, que a deixava elegante, maquiada de uma forma linda, como eu nunca tinha visto. Bia conseguiu não pesar na mão. Deixava minha mãe ainda mais bela, mas mostrando que não era uma menina. E eu com meu vestido de tecido leve, colado no busto, mas rodado da cintura pra baixo.

Eu podia notar a felicidade da minha mãe. Ela não fazia jantar de ano novo fazia um tempo, e mamãe amava comemorar feriados. Eu ajudava minha mãe arrumar a mesa, ao todos éramos seis pessoas, enquanto Bia não desgrudava do celular.

— Jade, como foi a consulta ontem? — Bia perguntou.

— Bom, Dra. Gizela ficou feliz com o progresso, disse que vai manter a dosagem, e que por ela eu posso voltar a ter celular, mas com aplicativos restritos. Tipo, sem redes sociais. Só para me comunicar com as pessoas mais próximas.

— Acho que isso é bom, né?

— Eu ainda estou pensando nisso, seria legal poder falar com você sem pedir o celular da minha mãe. E dia sete volto a trabalhar também, então eu acho que vou acabar comprando um novo.

Minha mãe ouvia nossa conversa em silêncio. Ela ainda estava com o pé atrás. Perto das 21h eu fui ao meu quarto, e decidi colocar a pulseira que o Luan tinha me dado. Era um pedacinho dela comigo, e uma lembrança que dois dias antes tinha sido real. Olhei o bilhete novamente, e tive a certeza que iria comprar um celular.

Quando cheguei de volta a sala, Bia colou os olhos na minha pulseira. Minha mãe então perguntou.

— O que é isso no seu pulso?

— Uma pulseira.

— Eu sei o que é, Jade. Só quero saber de onde veio.

— Foi o Luan que me deu. — Respondi com um sorriso tímido.

Bia chegou mais perto, examinou.

— São pedras preciosas isso aqui, Jade. Deve ter custado uma grana danada. Que joia é essa? A pedra de Jade eu sei que não é. Então, qual é?

— São pedras de Safira. — Minha mãe respondeu antes de eu abrir a boca. Ela olhava pra mim como se perguntasse a si mesma se eu estava bem. Enquanto Bia me olhava daquele jeito, quando disse que o Luan olhava diferente pra mim. Como se ele estivesse apaixonado por mim.

Assim que os convidados chegaram, eu vi a surpresa de mamãe.

— Jade, Bia, quero apresentar pra vocês Felipe, — apontou para um rapaz que tinha mais ou menos nossa idade, ele era alto, moreno, de cabelo e pele, tinha olhos verdes, e um corpo com músculos definidos, nada grande, apenas definido. — Carolina, — Ela já aparentava ter uns 15 anos, só de olhar dava pra ver que era irmã de Felipe, era a versão feminina dele. Com cabelos longos. — Eles são filhos do Miguel. — Apontando pro homem que estava na nossa frente. A única coisa que os filhos não tinham herdado dele, eram os olhos verdes. Miguel tinha olhos azuis.

— Prazer, sou a Jade. — Os cumprimentei com beijos no rosto. — E essa minha melhor amiga Beatriz.

— Podem me chamar de Bia.

Minha mãe explicou que Miguel também era viúvo, e eles se conheceram no trabalho dela. Ele era um dos clientes mais fiéis, e acabou se tornando amigo do seu Arthur, patrão da minha mãe. Disse que eles acabaram se tornando amigos. Nessa hora Bia me olhou e cutucou. Eu entendi os pensamentos dela. Era como "Amigos. Uhum."

Nos sentamos no sofá, conversando. De cara percebi que Felipe dava umas olhadas diferentes para Bia e sabia que ela estava gostando.

— Jade, sua mãe me disse que você trabalha com a Aline Ribeiro. — Miguel comentou.

— Sim, sou uma das assistentes dela.

— Carol adora os vestidos que ela faz.

— Dona Aline é uma inspiração. Ela realmente faz lindos vestidos. Tanto para festas, quanto pro dia a dia.

— E você sabe como está a agenda dela? Estamos planejando a festa de 15 anos da Carol, quem sabe não fazemos um vestido com ela.

— O ateliê volta dia sete, posso ver a disponibilidade e informo. Quando será a festa?

— Junho.

— Temos tempo.

E então as conversas se dissolveram. Minha mãe e Miguel ficaram conversando entre sim, Carol no celular. Enquanto Bia, Felipe e eu conversávamos. Bia apesar de presente, checava o celular o cada dois minutos, e aquilo me dava nos nervos.

Falamos de faculdade, eu e Bia acabamos de nos formar moda, enquanto Felipe cursava arquitetura em Curitiba. Ele tinha mais um semestre.

Às 23h decidimos jantar, aqui ninguém aguentava esperar até as 00h.

Depois de comermos, Miguel se aproximou de mim em determinado momento, e perguntou se podíamos conversar. Nós fomos para fora de casa, para que ninguém ouvisse.

— Então, Jade. Eu estou me apaixonando pela sua mãe. — Eu quase engasguei com o suco que eu tomava, e ele percebeu. — Eu queria saber se tudo bem, pra você... Não quero me envolver com ela, e ter você contra mim.

Eu pensei um pouco, desde que papai morreu, mamãe não tinha se envolvido com ninguém. Eu já era adulta, não tinha que me incomodar. Minha mãe merecia ser feliz mais que qualquer pessoa que eu conhecia.

— Bom, o senhor...

— Por favor, me chame de Miguel e você. Sem essa de senhor.

— Bom, você só vai me ver contra você caso machuque minha mãe, me ouviu? — Ele sorriu e me abraçou. Voltamos pra sala. Escutei os fogos lá fora, mas quis ver os da TV. Todos beberam chapamgne, eu não quis, apesar de minha mãe ter comprado sem álcool pra eu poder beber por causa dos remédios.

Perto da 1h Miguel, Felipe e Carolina foram embora. Bia trocou número de telefone com Felipe e eu sabia no que ia dar...

De repente o telefone de Bia toca.

— Ele mal foi embora e já está te ligando?

— Jade, acho que essa ligação é pra você.

Eu a olho questionando. Quem ia me ligar no celular dela? Ela então me obriga a atender.

— Alô. — Digo, confusa.

Desculpa estar uma hora atrasado, mas é que eu estava trabalhando.

— Luan? — Pergunto, querendo ter a certeza que é ele mesmo e não uma alucinação da minha cabeça.

Sou eu mesmo Jade. Queria ligar pra te dar Feliz Ano Novo, como você não tem celular, decidi pedir ajuda para Bia.

E olhei pra Bia que sorria pra mim, como se ela fosse a dona da razão.

— Ah, obrigada. Feliz Ano Novo pra você também.

Você está linda viu, gostei que está usando o presente que eu te dei.

— Beatriz. — Falei, ao mesmo tempo chamando ela, que ria, e já entendendo como ele sabia que eu estava usando.

Ela me mandou umas fotos de vocês.

— Imaginei.

Olha, Jade, tenho que dar entrevistas, tive que ligar rapidinho, mas não queria deixar em branco.

— Obrigada Luan. Significou muito pra mim.

Eu não queria desligar. Ele também não. Mesmo assim desligamos. Entreguei o celular na mão de Beatriz que já estava indo pro quarto de hóspedes, que era mais um quarto dela.
Fui para o meu, troquei de roupa. Tirei a maquiagem. Guardei a pulseira. Estranhamente, dormi sorrindo.

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