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O4.

dois de dezembro  


Era cansativo, essa rotina de show após show. Mal ficar em casa, nem ter tempo com minha família. Eu sinto falta de casa. Mas esse era meu sonho. Eu sou feliz. E uma das coisas que aprendi, é que não dá pra ter tudo na vida.  

Eu amo a companhia dos fãs, aquela energia. Quando eu fecho os olhos, e ouço aquela multidão cantando as minhas músicas, é uma sensação surreal. Amo quando elas me abraçam. Como se eu fosse o mundo das minhas fãs. Acho seu choro de emoção tão lindo e fofo, mesmo não sabendo reagir. Amor de fã é tão puro como o de mãe. E eu amo isso. Amo meus fãs. É tão verdadeiro quanto o ar que eu respiro.  

Depois de mais um show cansativo e maravilhoso, que começou no dia um, fui tomar meu banho, e meu pensamento viajou pra uma pessoa específica. Fazia um mês que a Jade desabafava comigo. Ela estava bem triste nos últimos dias. Ela já sofreu tanto. E eu não respondia, por simplesmente respeitar o espaço dela. Fiquei louco quando ela foi no meu show. Mas aquele dia foi bem triste. Eu não tinha visto a Jade em canto nenhum.  

Depois do banho, peguei meu livro. Queria esperar um tempo pra checar o celular. Depois de ler, não aguentei de ansiedade. Eu precisava ver se Jade tinha mandado algo.  
 
   @ajademagalhaes
   Acho que isso é um adeus. 

   @ajademagalhaes
Obrigada por me aguentar até aqui. 

 O que? Não! 

Jade não poderia ter feito isso. E mais um sofrimento para ela? Por que homens ainda não respeitam o espaço das mulheres? Não veem que não somos donos delas? Não veem que não temos o direito de fazer o que bem entendemos?  

São três da manhã, não vou ligar para a Arleyde agora. Eu precisava procurar a Jade. Eu precisava dizer antes que fosse tarde que eu estava lá por ela. É muito triste que eu não tenha respondido. Será que se eu tivesse respondido teria evitado?  

Decidi pelo menos tentar responder, se ela visse...  

 @luansantana
Ei, Jade. Não faz isso. Eu tô aqui por você.  

@luansantana
Sua mãe e a Beatriz estão certas. Denuncie esses monstros. Se eu soubesse quem é...  

@luansantana
Jade, fica aqui comigo.  

 E ela não respondia. O que mais eu poderia fazer? Dane-se o sono da Arleyde. Disquei seu número. Ela atendeu no quarto toque.  

— Luan?  

— Lele, desculpa o horário. Preciso da sua ajuda.
  
— Não pode esperar não?  

— Arleyde, é urgente. Eu sei que é dezembro, minha agenda está lotada. Mas preciso achar uma pessoa.  

— Oi?  

— Uma fã, Arleyde. Ela me mandava directs no Instagram há um mês.  

— E cadê a novidade? Todas não fazem isso?  

— Arleyde, eu acho que ela se matou.  

— Ah Luan. E o que você quer fazer em relação a isso?  

— Eu preciso dar uma assistência pra mãe dela. Ela já perdeu o marido e uma filha.  

— Luan, vai dormir, você tem shows TODOS os dias esse mês. Eu vou ver o que posso fazer por você.  

— Obrigado, Arleyde. Te mando por mensagem o Instagram dela.  

Depois de desligar a ligação, eu não sabia o que fazer. Abri o Instagram da Jade. Coisa que não tinha feito ainda. Ela era linda. Tinha um brilho próprio. Morava em Londrina. Eu vivia em Londrina. Fazia shows lá direto. Até morei por um tempo.  

Depois de desligar o celular, eu tentei de tudo. Mas não dormia, minha cabeça não parava de pensar na Jade. Será que ela teria colocado fim na própria vida?  
 

nove de dezembro

 
Uma semana que eu não dormia. Uma semana que eu mandava mensagens todos os dias no direct da Jade. Até pensei em contatar a Beatriz, que achei através do Instagram da Jade, mas a Arleyde disse que daria um jeito. 

Eu não dormia, mal comia. Quando chegava uma notícia que uma fã tinha morrido, era um pedaço meu que ia junto. Essa dúvida se a Jade tinha morrido ou não, me matava um pouco a cada dia. O que me segurava, era minhas outras fãs. Durante os shows, era a energia do público que me movia. Eu estava emagrecendo e até as fãs mais próximas estavam percebendo. Eu recebia comentários como: "Luan, tá tudo bem?" "A gente tá aqui pra você, tá?" 

E era o que estava não me deixando louco. Arleyde me disse que não tinha conseguido nada ainda, que estava tentando descobrir o endereço, uma conversa pessoalmente com a família. Ela estava certa, mas cada dia me doía mais não saber da Jade. 
 

vinte de dezembro 

Arleyde conseguiu o contato da patroa dela. Por que eu não pensei nisso antes? Aline Ribeiro. Uma estilista famosa. Minha irmã já tinha usado alguns vestidos que ela fez. Aline disse que a Jade estava de licença médica. Arleyde disse pra eu ficar tranquilo. Mas eu queria saber da própria Jade. Por que ela não me respondia. 

Eu estava desesperado. Por sorte, a rotina de shows estava me distraindo. Depois que Arleyde tinha me dado notícias, já conseguia comer, e dormir. Meus fãs perceberam a mudança também. Diziam que ficaram feliz de me ver bem. Mas eu não estava bem ainda. Eu precisava falar com Jade. 

vinte e cinco de dezembro.
 

Papai Noel veio, e de presente me trouxe a agenda da semana. Minha família decidiu passar o Natal no Rio comigo, já que tinha show lá. Arleyde me mandava a agenda da semana todos os dias. Porque a cabeça aqui, se perdia. 

 Arleyde: 

25/12 — Rio de Janeiro; 
26/12 — Bonito; 
27/12 — São José dos Campos; 
28/12 — Curitiba; 
29/12 — Londrina; 
30/12 — Águas de Lindoya; 
31/12 — Salvador. 

Dia 29 teria show em Londrina. E eu não iria ficar tranquilo, se não visse Jade. Arleyde já tinha dito que não iria ficar atrás da Jade pra mim. Teria que colocar outra pessoa no plano. E só tinha uma possível. Minha parceira de arte desde crianças, aquela que me irritava ao máximo, mas estava ao meu lado pra tudo. Minha irmã, Bruna.
 
— Pi. 

— Oi Luan. 

— Preciso de você. 

Resumi a história pra ela. Que achou que eu estava apaixonado. Mas não. Não é isso. É o simples fato de eu estar preocupado. 

— O que você quer, Luan? 

— Liga pra Aline, e pede o endereço da Jade. 

— Você acha mesmo que Aline Ribeiro vai me passar informações pessoais de funcionários dela? 

— Você está certa. Então vamos comigo pra Londrina. Marca um horário com ela, eu te dou um vestido de presente. Só tenta ver e falar com a Jade. 

— Lu, eu iria amar, mas a Aline está no exterior. E a empresa está em férias coletivas. Eu vou pensar e vejo no que posso te ajudar. 

— Bruna. Você é a melhor. 

— Eu sei, Pi. 

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