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22.

vinte e dois de fevereiro.

Cheguei em casa com a comitiva me esperando. Obviamente, eles queriam saber de tudo. Resumi o pedido. Resumi a viagem.

— Agora, parem de me encher. Tenho terapia ainda hoje.

Fui pro meu quarto, deixando mamãe, Felipe, Bia e Miguel na sala. Falando que agora eu seria famosa. Ainda faltavam algumas horas pra minha terapia. Secretamente abri o Instagram. Não iria me logar, mas queria ver a imagem, legenda e comentários. Eu não tinha olhado nada ainda.

🖤curtido por brusantanareal e outras pessoas
luansantana: ela é a responsável pelo meu
sorriso ♥️ te amo, Ga.

Era incrível a capacidade daquele homem de me fazer sorrir. Eu não devia, mas mesmo assim li os comentários. Muitos eram perguntando quem eu era. Outros dizendo que torciam para nossa felicidade. Ri com a Bia e a Bruna dizendo que não viam a hora da gente acontecer e que finalmente podiam shippar por aí. Bia até disse que faria um fã clube do casal. Mas muitos, muitos mesmo, eram falando que eu era interesseira. Que eu estava me aproveitando. Pro Luan me largar, que eu não o merecia. E esses ainda eram os mais leves. Eu li comentário por comentário. Até aqueles que me chamavam de vagabunda e afins. Eu não acreditava que o ser humano fosse tão cruel com palavras.

— Então o Luan Santana te assumiu pro Brasil. — Meu psicólogo perguntou.

— É, Rafael. — Eu disse, desanimada.

— E porque esse desânimo?

— Você viu a postagem... Você viu os comentários?

— Você viu?

— Vi. Me chamam de tudo que é coisa, Rafael. O mais leve é interesseira e vagabunda. Sem graça também.

— E você é essas coisas, Jade?

— Não...

— E por que você está deixando isso abalar seu relacionamento? Essas pessoas não te conhecem. Essas pessoas sabem quem é você. Você sabe quem é. Pelo menos é pra saber. E o Luan sabe. Acima de qualquer coisa. Ele não te pediria em namoro se não soubesse.

— Mas eu não mereço ele.

— Isso é o que você acha? Ou o que outras pessoas estão dizendo? Jade, você suportou tanta coisa, e ainda tá aí, viva. Você merece toda a felicidade do mundo. Toda alegria.

— Você só diz isso porque é meu psicólogo.

— E por isso mesmo eu sei. Olha o quanto você avançou. Não deixe que outros te coloquem pra baixo e nos façam voltar de onde começamos.

— Tá...

— Agora quero que me conte da viagem.

Pro Rafael eu não resumi. Contei a briga, contei a reconciliação. Contei da nossa noite. Me senti mais leve e feliz.

— É nisso, Jade, nisso que você tem que focar. E agora repete comigo. Eu, Jade Magalhães,

— Eu, Jade Magalhães,

— Não olharei

— Não olharei

— Mais os comentários

— Mais os comentários

— Do Instagram do meu namorado

— Do Instagram do meu namorado.

— Pronto. E se alguém te disser algo, você liga pra mim, tá?

— Tá bom, me responde uma coisa?

— Sim.

— O que você acha que funciona pras pessoas pararem de me ver como uma pessoa ruim?

— Se expor.

— O que?

— É Jade. Expõe você e o Luan, deixa as pessoas te conhecerem. Mostra seu trabalho. Mostra o seu caráter. Mostra o quão apaixonada é por ele. Acho que está na hora de você logar no seu Instagram e deixar as pessoas te verem.

— Mas vão me humilhar no meu Instagram também.

— Limite, Jade. Limita os comentários, limita quem pode te enviar mensagem.

Sai da terapia mais leve. Sabia que tinha coisas a fazer. Só que antes. Eu tinha muito trabalho.

vinte e três de fevereiro

— Jade, a coleção está incrível!

— Obrigada, Dona Aline.

— Primeiro, já não sou mais sua patroa, pode me chamar de Aline. Somos sócias agora.

— Tá bom. Aline. É força do hábito.

— A coleção é incrível. Tudo é incrível. A demanda tá muito grande. Nem lançamos e já temos muitas encomendas.

—  Então mãos a obra.

Todos os dias, o Luan me mandava um trecho de uma música que ele lembrava de mim quando escutava. Era a coisa mais linda do mundo ser amada por aquele homem. Já fazia uma semana que não nos víamos. E eu sentia falta dele todinho. Eu não sabia que amar era tão incrível quanto ser amada.

Entrei em casa e deparei com Miguel, Felipe e Carolina sentados a mesa, perto da minha mãe, que estavam sorrindo.

— Oi Jade.

— Oi.

— Temos novidades.

— Quais? — Perguntei ao meu padrasto. Que sorria nervoso.

— Eu pedi sua mãe em casamento. E ela aceitou.
Eu não consegui segurar o grito de felicidade. Abracei os dois e parabenizei. Mais do que qualquer pessoa, minha mãe merecia toda felicidade do mundo.

Me sentei na minha cama, tentada a abrir o Instagram novamente e ler todos aqueles comentários. A voz do Rafael ecoava na minha cabeça. Não olhar.

Meu celular tocou. Era o Luan. Ele nunca me ligava.

— Oi, meu amor.

Oi, Gatinha.

— O que devo a honra de uma ligação?

Saudade da sua voz.

— Só da voz? Porque eu tô com saudade de tudo.

Saudade de tudo também. Queria conversar com você.

— Sabia que não era só saudade. O que aconteceu?

A reação dos meus fãs. Grande parte reagiu bem. Mas antes que você veja, que alguém te mostre, alguns não reagiram tão bem assim.

— Luan, eu já vi. Eu abri o Instagram e vi.

Jade, e como você está?

— Eu falei com o Rafael sobre isso, e ele me fez enxergar que eu não sou nada daquilo. Dói, machuca. Mas eu já esperava isso. Só não esperava que fosse me afetar tanto.

Jade, você quer que eu apague?

— Não. Conversei com ele sobre isso também, qual seria a solução. E ele acha que é expor.

Expor?

— Me expor, Luan. Voltar as redes sociais, deixar que as pessoas me conheçam.

Jade, é uma solução excelente. A gente pode se expor juntos. Nossa rotina. Nossa vida.

— É, mas a gente nem sempre tá junto. É bem difícil mostrar a nossa vida em comum. Até porque ela mal existe, né...

E se ela existisse, Jade?

— Como assim?

Vem pra São Paulo. Vem morar comigo.

— Luan, não é assim. Eu tenho um trabalho, eu tenho a minha vida. Minha mãe. Minha melhor amiga, que é quase a minha irmã. Tá tudo construído aqui.

Mas você pode manter tudo isso Jade. Só vem pra perto de mim.

— Luan, não é fácil assim. Minha carreira tá decolando agora. Eu não vou simplesmente mudar e pronto.

Parece que as coisas aí são mais importantes que a gente, Jade.

— Luan, são. E são mesmo. Aqui é minha vida toda. Tudo que eu construí. Você chegou agora. E eu te amo. Demais. Mas eu estou em um momento que não posso largar tudo aqui e simplesmente ir pra São Paulo.

Tá bom então. - Ele disse meio grosso.

— Sério Luan?

Ah Jade. Eu só achei que estávamos na mesma sintonia.

— E eu acho que você tá apressando demais as coisas.

Bom, só queria saber como você estava mesmo. Tchau.

— Tchau, Luan. Eu te amo, viu.

E então ele desligou. Como se tudo tivesse que ser do jeito dele.

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