21.
— Ontem a noite era pra ter sido incrível. Mas você fez dela mais que incrível.
— Aí, Luan, para com isso, me deixa tímida. — Ela me respondeu, com o rosto corado.
— Jade, eu preciso que você me escute.
— Tá bom.
— Eu planejei mil coisas, e pra variar, você mudou meus planos. Deixando tudo ainda mais perfeito. Porque eu planejava sim me apaixonar, mas nem tão rápido sim. Eu queria alguém pra ser minha, mas você chegou de maneira inusitada. Eu planejava mil coisas. Mas a única coisa que planejo agora é você. É você na minha vida. Com seu jeito, com seu sorriso, com sua risada. No seu tempo, do seu jeito. Pode parecer rápido, mas se estiver no seu tempo eu queria que você fosse minha namorada. Pra te amar, te respeitar. Pra te mimar, porque eu amo te mimar. Pra trabalhar uma vida juntos. Pra fazer parte dos seus planos. E então, você aceita ser minha namorada?
— Já posso falar agora? — Ela perguntou, com um sorriso no rosto, apesar das lágrimas tímidas nos cantos dos olhos.
— Pode. Lógico que pode.
— Eu quero sim ser sua namorada. Mas não quero que você faça parte dos meus planos, quero planejar a vida com você. Eu e você, — ela pegou a minha mão — juntos, trabalhando pra uma vida.
A puxei pra mais perto, a beijei, e ficamos ali, abraçados, dentro da piscina, naquela manhã quente em Fernando de Noronha. Nossas férias estavam acabando. Ela voltaria pra Londrina, e eu pra minha rotina louca. Não queria me afastar dela. Mas seria necessário. Me doía já, só de pensar. Ela tinha tornado os meus dias mais do que perfeitos. Aqueles sorrisos, e a sua mão na minha. Era tudo que queria pra minha vida.
Nossos momentos eram preciosos. Nossa sintonia. Nossa harmonia. Ela era uma luz que eu nem sabia que precisava. Ela era a calmaria no meio do meu caos. Ela tinha seu próprio caos, seu próprio furacão. E mesmo assim, trazia amor e paz pra uma vida sem calma nenhuma. Ela era o meu equilíbrio.
×
Estava passando nossas fotos, enquanto estávamos indo embora, já no bicuço. Dormiriamos em São Paulo, e Jade já iria embora no dia seguinte. Ela tinha que trabalhar no próximo dia. Assim como eu.
— Gostei dessa. — Ela apontou uma foto em que estávamos na piscina. Eu nadando, e ela de pé, me olhando.
— Mesmo?
— Sim.
— Vou postar então. — Brinquei. Sabia que era um dos medos da Jade. Que o Brasil soubesse dela.
— Pode postar.
— O que?
— É sério, Luan. Eu amo você. Eu quero estar ao seu lado. Quero poder ir aos seus shows com você. Não só como amiga da Bruna. Quero sair por aí de mão dada. Não sei se estou pronta. Sei que suas fãs poderão me retalhar. Mas eu tenho um excelente psicólogo. E se me incomodar a gente vê o que faz.
Eu não sabia como reagir. Nem eu sabia se estava pronto pra gente assumir tudo. Mas saber que ela estava ali do meu lado. E que queria estar comigo. Me fez o mundo de outra forma. Aos olhos de Jade, até a realidade era mais bonita. Eu a beijei.
— Ainda quero ter você pro algum tempo só pra mim.
— Tá bom — Ela respondeu, em meio a risadas. — A hora que você estiver pronto pra me dividir, eu te apoio.
— Será que não é melhor esperar você estar pronta, Jade?
— Luan, talvez eu nunca esteja pronta. De qualquer forma, eu quero arriscar.
A puxei pra mais perto. Ela era mais incrível que qualquer pessoa poderia existir.
×
Pousamos em São Paulo. Queríamos jantar fora, e Jade me olhou com uma carinha triste, de como quem sabe que não poderíamos ficar juntos. Mas eu estava cagando pra isso. Eu só queria a minha namorada comigo. Entramos no carro e enquanto íamos em direção ao restaurante, Jade conversava animadamente com a Bruna. As duas estavam falando de tendências de moda que jamais usariam. Aproveitei que ela estava distante, e postei a foto. Desliguei o celular e a abracei.
— Não importa onde estivermos, você vai ser a minha namorada. Não largo da sua mão pra nada. — Falei sussurrando em seu ouvido. Enquanto apertava sua mão.
Chegamos no restaurante, e fiz questão de sentar ao lado dela. Bruna no outro.
O celular da Bruna não parava de tocar. Assim como dos meus pais.
— Eu não acredito. — A Bruna falou, olhando o celular enquanto os pedidos não chegavam. Eu já imaginava do que se tratava. - Luan, tem várias pessoas da imprensa me perguntando de vocês. Por que você mesmo não responde?
— Porquê eu quero curtir a minha namorada. E desliguei meu celular.
— Luan, já viram a gente junto.
— Já mesmo, Jade. Eu postei a foto. Pra poder curtir você até quando eu puder.
Meu pai respondeu aos jornalistas.
"Sim, eles estão namorando. E no momento apropriado, o Luan falará mais. Nós a amamos como nossa filha, e vemos quão bem um faz para o outro. Estamos curtindo em família. Desejamos que os fãs do Luan a recebam com grande amor. Sem mais."
Depois de jantarmos, todos com os celulares desligados, inclusive a Jade, fomos para casa. Eu dormi abraçado com ela, uma última noite antes de ela partir. Já sentia falta dela. Sem ao menos ela ter ido embora. Ter elas nos meus braços fazia os dias difíceis valerem a pena.
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