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Capítulo Vinte e Quatro

O lugar chamado The Vine era pior do que eu esperava. Tudo bem, o espaço era maneiro, mas estava cheio de crianças e não havia nada com álcool no bar. Foda-se, eu não estava ali para ficar bêbado.

Dei uma volta pelo lugar, me sentindo no jardim de infância com todas aquelas cabeças batendo no meu ombro. Definitivamente eu era o mais alto e mais velho por ali.

Ocupei um dos lugares no bar, com uma boa visão da entrada. O barman tentou me vender algo, mas neguei com um aceno de mão. Conferi a hora no meu jaeger-lecoultre recém-adquirido. Ainda era cedo, mas esperava que os dois não fossem demorar muito, por ser dia de semana.

Percebi um grupo de garotas me lançando olhares e sorrisinhos. Todas pareciam ainda mais novas que Julia. Se a polícia baixar aqui vai me acusar de pedófilo. Que merda eu estou fazendo em um bar para menores de idade? Minha cabeça girou para o lado sem minha permissão, em um daqueles momentos em que sentimos alguém nos olhando. Encontrei meu par de olhos favoritos.

Nos encaramos por um minuto, então passei a avaliá-la. Julia usava um vestido preto e branco de renda. A parte superior cobria o necessário, mas eu podia ver sua pele exposta mesmo com a distância. A saia ia até o meio dos joelhos. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo baixo e simples. Ela usava brincos e pulseira, o que não era comum.

Estava a ponto de sorrir, aprovando o que via, mas então notei Patrick ao seu lado. O garoto não havia me visto. Ele pegou a mão de Julia e a levou para a pista de dança.

A música que estrondava meus ouvidos era uma batida complicada, cheia de efeitos. Observei Julia mover seu corpo no ritmo, parecendo meio hesitante. Patrick sorria e a incentivava. Ele estava totalmente solto, se movendo com naturalidade e confiança. Na segunda música, o imbecil começou a ganhar confiança, ao ver Julia mais à vontade. De vez em quando, tentava segurá-la pelos ombros ou pela cintura, mas Julia o afastava. Quase não consegui me manter no lugar. Meu maxilar começou a protestar, em algum momento, por o estar apertando com muita força.

No fim da quarta música, Julia se inclinou para falar algo no ouvido de Patrick. Ele concordou com a cabeça e ela desviou das pessoas para chegar ao bar, o mais longe de mim quanto possível. O barman lhe passou uma latinha de refrigerante. Ela a abriu e deu um longo gole. Eu detestava refrigerante, mas poderia apostar que teria um gosto muito melhor na boca dela.

Julia se virou, me lançando um olhar feio, claramente não esperava me ver ali. Pisquei para ela e sorri. Pensei em me aproximar, mas o estorvo apareceu, puxando ela de volta para dançar.

- Você não parece estar se divertindo.

Desgrudei o olhar de Julia e encontrei um decote absurdamente profundo. O vestido tinha que estar, de alguma forma, preso ao corpo dela para que seus peitos não pulassem para fora. Ergui os olhos. Rosto oval, nariz fino, maçãs proeminentes, olhos marrons, cabelo cor de cobre. Cacete, ela era linda.

- Esse não é meu habitat natural. – respondi, sorrindo.

- E o que faz aqui?

Dei de ombros.

- Quis variar um pouco.

- Sorte minha. – a ruiva ocupou o lugar ao lado e cruzou as pernas bronzeadas. – Gostaria que esse também não fosse meu habitat, nada interessante.

- Deixa eu adivinhar. Ainda não tem vinte e um. – estava na cara que não. Deveria estar entre os dezoito e dezenove.

- Infelizmente. Não vejo a hora de ir para festas de verdade. – ela me olhou e sorriu. – Talvez eu possa entrar em algum lugar mais animado, com você.

- Desculpe, não vai rolar.

- Namorada?

Meus olhos foram para a pista, procurando Julia, mas ela não estava lá. Olhei por cima da cabeça da ruiva, me perguntando onde ela estaria, mas logo a encontrei, há alguns metros, me observando.

- Algo assim. – sorri para a garota na minha frente.

Ela se inclinou um pouco.

- Quem disse que ela precisa saber?

Eu ri, vendo-a logo atrás.

- Acontece que ela está aqui. E ela é bem violenta, sabe.

A garota me olhou esquisito. Julia resolveu se aproximar, parando junto a mim.

- Oh, ela chegou. – falei, segurando uma risada.

A ruiva a olhou da cabeça aos pés.

- Tem certeza que ela bate em você?

- É muito ciumenta. – balancei a cabeça.

Ela se virou.

- Você não deveria fazer isso ou, ao menos, tente não marcar esse rosto.

- Eu vou lembrar de mirar em outros lugares. – Julia respondeu, com um sorriso dissimulado.

A ruiva levantou, se despediu de nós dois e foi embora. Julia cruzou os braços e olhou para mim.

- O que está fazendo aqui? – exigiu saber.

- O mesmo que todo mundo. – eu a olhava inocentemente.

Ela pegou meu braço e me arrastou para o outro lado da pista de dança, próximo aos banheiros.

- Não quer que o seu amigo nos veja?

- Não acredito que você me seguiu!

- Eu cheguei aqui antes de você. – apontei.

- Mas você sabia para onde estávamos vindo. Eu falei o nome, no Comic’s.

Ela esperou que eu falasse algo, mas estava muito ocupado traçando os desenhos da renda de seu vestido com meu dedo.

- Eu disse que era só uma saída de amigos.

- E eu disse “ok”.

- Então por que está aqui, Luke?

Parei o movimento do dedo para me concentrar em seus olhos.

- Por três motivos. Primero, não confio no garoto dos guardanapos. Segundo, quero olhar para você, mesmo que seja de longe e, terceiro, tenho que admitir que esse lugar não é tão ruim, as garotas que frequentam são adoráveis. – sorri.

- Isso quer dizer que vai ficar?

- Isso incomoda você?

Passei a acariciar seus braços, descendo dos ombros aos pulsos. Minha pele já sentia falta da dela.

- Não. – ela resmungou. – Mas você vai ficar sozinho?

Dei de ombros.

- A não ser que queira se juntar a mim.

Coloquei mais pressão em meu toque e a vi fechar os olhos. Julia se esticou, sua boca quase alcançou a minha, mas eu empurrei seus lábios com o dedo.

- Ah, sinto muito, mas você ainda não voltou para mim.

- Eu estou aqui. – ela reclamou.

- Não do jeito que eu quero. – beijei a ponta do seu nariz. – Vou esperar que você termine de fazer caridade. Posso te levar para casa.

Ela desviou o olhar, estava irritada.

- Patrick me leva, eu vim com ele.

Aquilo azedou meu humor.

- Detesto imaginar você em um carro, usando esse vestido, com aquele imbecil.

- Não seja... Não vai acontecer... Ugh, nem sei o que falar para você!

- Diga que mudou de ideia e que vai vir comigo.

- Ir com você para onde?

- Raymond Chandler com a 27. Apartamento 14.

Julia estava indecisa, eu podia ver aquilo. Eu tinha certeza que iria convencê-la, mas Patrick nos encontrou.

- Ei, Julia, pensei que tinha ido embora. – ele falou, os olhos em mim.

- Eu encontrei o Luke e parei para dizer oi. – explicou, desviando o olhar do meu.

- Que coincidência, não? – o garoto não parecia acreditar naquilo.

- A cidade é pequena. – falei.

- Ainda bem que esse lugar tem espaço suficiente. Vamos, Jay. – ele pegou a mão dela e a puxou. Eu agarrei a outra.

- Estamos no meio de uma coisa. – falei.

- Cara, por que você não vai dar uma volta e nos deixa em paz?

Soltei Julia e empurrei o peito de Patrick.

- Por que você não vai dar uma volta antes que eu limpe o chão desse lugar com a sua língua?

Julia se meteu no meio.

- Parem. Agora.

- Qual é a dele, Jay? Por que ele tá aqui, em primeiro lugar?

- Eu vim buscar ela, babaca.

- Ela tá comigo, ainda não percebeu?

Soltei uma risada.

- Julia só aceitou sair com você por pena. Mas a filantropia acabou, ela vem comigo. – tentei segurar o braço dela, mas ela o puxou.

- Não fale por mim. Eu digo para onde vou ou não!

- Você não vai ficar com esse sacana!

- Ah, não vou?!

Eu odiava quando ela era teimosa. Se não queria estar com ele, por que simplesmente não vinha comigo?

- Só venha comigo, Julia. – falei, entre os dentes.

- Ela já disse que não! Você tem merda nos ouvidos ou o quê? – o garoto gritou.

Troquei meu olhar para ele, sem acreditar que tinha ouvido aquilo mesmo. Agarrei a frente de sua blusa e o puxei para cima.

- É melhor você dar o fora daqui antes que as suas mini bolas sejam a próxima encomenda que eu levarei na minha moto.

Patrick tentou se soltar, mas estava praticamente na ponta dos pés. Julia interviu.

- Luke! Solta ele! Agora!

- Você vai ficar aqui?

- Eu vim com ele, caramba! Que parte você ainda não entendeu?

- A parte em que você decidiu sair com esse elfo doméstico!

- Vocês são dois sacos de testosterona. Eu não vou ficar aqui sendo mijada!

A garota me empurrou e começou a se afastar. Só então notei o grupo de pessoas que haviam parado de dançar para nos olhar. Larguei Patrick e fui atrás dela.

- Então a sua resposta é não? – perguntei, fazendo-a parar.

- Eu não disse que não.

- Isso está fodendo com a minha cabeça, eu juro. – grunhi, então segurei seus ombros, aproximei nossos rostos, nossos narizes quase se tocando. – Poderíamos ter a noite toda se você disser a palavra. Vamos, me dê a luz verde.

Julia me olhou e, por um segundo, acreditei que ela diria que sim.

- Conversamos amanhã, ok?

Levei um minuto para aceitar a rejeição, pareceu... errado. Eu a larguei e deixei meus braços caírem ao lado do corpo. De repente me senti cansado.

- Eu não quero mais jogar esse jogo. – falei, olhando por cima da cabeça dela. – Parece que estou correndo atrás de algo que nunca está ao meu alcance.

- Luke, eu prometo que amanhã...

Ergui uma mão, pedindo que ela parasse.

- Só..  esquece, Evans.

As ondas batiam na areia sem cessar e com um determinado ritmo. Eu estava deitado no chão, olhando para o céu escuro, com meus pensamentos indo e vindo, girando ao redor do mesmo assunto: Julia Evans.

Como aquela garotinha tinha tanto poder sobre mim? Sim, ela era linda, sua cabeça inteligente me intrigava e divertia e seu corpo me provocava desejos, mas e daí? Não existiam milhares de mulheres assim? Muitas delas já haviam passado por mim, algumas até comprometidas, e eu nunca me importei em saber se havia outro cara para elas. Mas Julia era diferente, eu queria ela só para mim, que estivesse só comigo. A ideia de outro bastardo poder tocá-la revirava minhas tripas. Quando se tratava dela, eu era o maior puta egoísta do mundo. Aquilo era tão errado assim? Para mim, não parecia ser. Mas e para ela?

Porra, menina, por que você precisa atrair tanta atenção? Soquei a areia e sentei. Julia não é sua. A verdade daquilo me deixou mais puto. Claro, se fosse minha eu teria um motivo para ir e quebrar alguma coisa daquele filho da puta. Mas ela não era... Onde eu estava com a cabeça? Perto da bunda? Cheguei mesmo a pensar que por ter beijado algumas vezes aquela linda boca ela seria exclusivamente minha? Julia era livre para estar com quem ela quisesse. Ela havia beijado Patrick no Comic’s antes de mim? Merda, talvez tivesse saliva do imbecil na minha boca. Cuspi na areia e instantaneamente me senti mal. Estava tratando-a como alguém que não era. Ela não era assim, não mesmo. Então... Inferno, ele é importante, tive certeza. Se preferiu ficar com ele...  Mas por que, então passava o tempo comigo? Quer dizer, não jogávamos cartas, não éramos amigos, nem mesmo entramos nessa etapa. Julia gostava quando eu a beijava, sentia isso quando ela correspondia. E sobre aquela noite? Aquilo não significou nada? Foi realmente só sexo, como havia cuspido na minha cara? Eu estava fodidamente confuso.

Levantei e encarei o mar escuro mais uma vez. A lua estava escondida por uma nuvem solitária. Peguei o capacete na areia e comecei a caminhar para onde havia deixado minha moto.

Enquanto dirigia de volta para San Mateo, revezei entre xingar dentro do capacete, imaginando onde as mãos do filho da puta estariam naquele momento, e xingar os motoristas que dirigiam como lesmas fodidas. Eu podia lembrar perfeitamente do seu corpo ganhando vida enquanto era tocado por mim, seus seios pequenos e sensíveis, implorando minha atenção, o formato de sua boca entreaberta, sua pele ficando suada... eu podia ver tudo, mas agora o bastardo ocupava o meu lugar sobre ela.

- Vá se foder! – gritei para um carro que havia tentado impedir minha ultrapassagem. O motorista mostrou o dedo do meio para mim.

Acelerei, pensando em continuar na interestadual até o Colorado, deixar toda aquela merda para trás, mas lembrei que não podia largar minha guitarra.

Cheguei ao apartamento um pouco mais calmo, a adrenalina da estrada ajudou a queimar a raiva em meu sangue. Escolhi as escadas, pois não quis parar de me mover, e subi os três lances correndo, tentando lembrar quanto álcool tinha guardado lá dentro. Eu só queria ficar bêbado.

No meu andar, passei para o corredor, respirando duro pelo esforço, e paralisei. Julia estava sentada no chão, as costas apoiadas na minha porta. Quando me notou, levantou rapidamente.

- Oi. – falou.

Caminhei até meu apartamento em silêncio. Destranquei a porta e entrei, deixando-a aberta. Fui direto até o armário e peguei a garrafa de vodka. Olhei ao redor, até lembrar que não tinha copos. Abri e virei o gargalo na boca. Ardeu como o inferno, fazendo meus olhos se enxerem de lágrimas.

- Cacete. – xinguei, com uma careta. Quando me recompus, notei Julia ali parada, me observando.

- Você veio até aqui pra ser um item de decoração na minha sala? – perguntei, me apoiando no armário.

- Não, eu... – ela desviou o olhar. – Eu só...

Dei a volta na bancada, passei por ela e me sentei no sofá. Julia se virou na minha direção.

- Desculpe. – falou, por fim.

- Pelo o quê?

Ela suspirou e sentou ao meu lado.

- Eu não sabia que você iria ficar tão... incomodado.

- Não sabia que eu iria ficar incomodado em ver você com outro cara?

- Patrick é só meu amigo.

- Foda-se a sua amizade com o Patrick. Não vou fazer parte desse joguinho.

- Não há joguinho algum.

- Ah não? Por que parece que você está sempre jogando em duas pontas.

Eu a vi apertar as mãos em punhos.

- Eu nunca estive com dois caras ao mesmo tempo. Não aconteceu nada entre a gente enquanto eu estava com Ben.

- Foda-se o Ben também, o que me importa ele? Estou falando de mim!

- Pelo amor de Deus, não aconteceu nada com o Patrick! Por que você não acredita em mim?

- Você preferiu ficar com ele.

- Pra acabar com a sua pose machista!

- Então foi um jogo? – ergui as sobrancelhas.

Aquilo calou a boca dela por um minuto. Dei outro gole na vodka, já sentindo um pouco do efeito. Coloquei a garrafa na mesa de centro.

- Você tem razão, chega de tudo isso. – ela voltou a falar. – Eu fiz o que eu tinha que fazer. Mas eu vim até aqui, não vim?

- Eu só ainda não entendi pra quê.

Julia pareceu decidir algo, então seu peso estava sobre mim. Eu nem a vi se mover e sua boca já estava na minha, ávida e desesperada. Levei um segundo para me recompor, então coloquei as mãos em suas coxas e subi, agarrando sua bunda por baixo do vestido, odiando o short que encontrei no caminho. Sem hesitar, o puxei para baixo, junto com sua calcinha. Ela se moveu, me ajudando a se livrar deles e voltou a me beijar. Deslizei outra vez as mãos, agora sentindo sua pele, e apertei sua bunda, começando a ficar duro. Porra, ela me acende tão rápido.

Julia sentou sobre minhas pernas. Eu tirei meu relógio e ela empurrou a jaqueta dos meus ombros e depois se livrou da camisa também. Se inclinou para beijar meu peito, subindo para meu ombro e pescoço. Seus lábios roçaram a barba que começava a apontar na minha mandíbula.

Puxei seu vestido para cima, ela se contorceu para sair dele, estava sem sutiã. A visão de seus seios me fez desejar estar sem jeans. Derrubei-a no sofá e ela ficou lá deitada enquanto eu me livrava da calça e da boxer. Sua visão me fez ganhar mais alguns centímetros. Deitei sobre ela, sentindo seu corpo se moldar ao meu. Era a melhor sensação que já havia experimentado, saber que ela e eu nos encaixávamos.

O beijo se aprofundou, minha língua explorava cada lugar de sua boca, enquanto sentia suas mãos deslizarem por minhas costas, suas unhas me provocando. Seu cheiro estava em todos os lugares. Eu queria poder respirá-la, queria senti-la em cada centímetro do meu corpo, imprimir tudo o que eu era em sua pele.

Levei minha boca para o seu seio esquerdo, lembrando exatamente do que ela gostava. Usei a mão livre para brincar com seu outro seio, tocando o mamilo como havia tocado seu clitóris na outra noite, mesma pressão, mesmos movimentos. Ela aprovou aquilo com um gemido rouco.

- Eu não quero que isso acabe. – murmurrei, voltando para o seu pescoço. Havia um lugar atrás de sua orelha que parecia concentrar o cheiro do cabelo dela.

- Acabamos de começar.

- Não estou falando do sexo.

Julia deslizou sua mão até a minha nuca e a apertou.

- Não tem porquê acabar.

Me separei dela para poder olhá-la. Seu rosto estava grave, decidido e cheio de anseio. Eu entendi. Ou ao menos me convenci que ela havia me escolhido. Mas eu precisava da certeza.

- Quer dizer que...

Ela balançou a cabeça.

Esmaguei meus lábios contra os dela, pela primeira vez sabendo que eles eram meus. Assim como seus olhos, seu pescoço, suas mãos, suas pernas, seus pés. Ela. Que filho da puta sortudo eu sou. Mordi seu lábio antes de deixá-lo para descer para o sul. Ignorei seus seios, tracei o caminho com a língua, até o seu monte de Vênus. Julia agarrou meu cabelo quando cheguei lá. Suas costas se arquearam com a antecipação de algo que não veio. Eu sentei, com um sorriso maldoso nos lábios. Ver o quanto ela desejava o prazer que eu lhe oferecia era o mais excitante que experimentei na vida.

- Por que você parou? – ela reclamou, se apoiando nos cotovelos para me olhar.

Procurei meu jeans no chão, peguei minha carteira e tirei de lá um preservativo. Eu o balancei para ela.

- Já estamos prontos para isso. – falei.
Julia olhou para a minha ereção. Quis fazer alguma piada ao ver que ela ainda ficava um pouco envergonhada com tudo aquilo, mas mais do que isso, eu queria me enterrar nela de uma vez.

Abri e deslizei o preservativo rapidamente, voltando para onde havia parado. Ela caiu de costas assim que minha língua a tocou. Explorei, com movimentos de cima para baixo, provando sua excitação. Senti seu clitóris pulsar, então passei para ele. Não demorou muito até eu senti o corpo dela se tensar, se preparando para o orgasmo. Parei.

- Não tão rápido. – falei, com o meu melhor sorriso de bastardo.

Julia levantou, estava irritada. Empurrou meus ombros para trás, me fazendo sentar. Se moveu, ficando sobre mim e me olhou nos olhos enquanto nos unia como um só, em um movimento um tanto brusco. Ela soltou um lamento de dor e fez uma careta.

- Cuidado, devagar. – falei, segurando sua cintura. Aquilo não tinha sido nada inteligente. – Você está bem?

- Estou. – e parecia estar mesmo, não estava bancando a corajosa.

Beijei sua clavícula e ela começou a se mover, as mãos apoiadas nos meus ombros. Sua cabeça pendeu para trás, com um suspiro pesado.

Minhas mãos tocaram cada parte de sua linda pele, massageando e apertando, enquanto ela mantinha o ritmo. Suas mãos também se moviam por meu torso e rosto, com gestos inquietos que entregavam seu descontrole. Comecei a empurrar de volta, indo de encontro a ela, sentindo que me aproximava da borda. Os músculos das minhas pernas se enrijeceram, meu corpo vibrava, toda a tensão se concentrando em um ponto, então eu me desmanchei nela, chamando seu nome de uma maneira meio confusa.

Julia era erguida um pouco a cada respiração minha. Estava deitada sobre o meu peito, fazendo círculos na minha barriga, de forma distraída. Eu acariciava suas costas nuas, desde a nuca até o final da coluna. Tudo estava tão quieto, era um tipo de paz que eu nunca havia experimentado antes. Gostaria de mantê-la ali para sempre, não precisaríamos nos mover de volta para o mundo e suas merdas.

Baixei o olhar para ver seu rosto. Ela estava com os olhos fechados, mas não dormia. Era tão linda, como se cada partezinha de seu rosto houvesse sido modelada. Os cantos de seus lábios subiram, em um pequeno sorriso.

- O que foi? – perguntei, baixinho. Estava com medo de quebrar aquele momento.

- Minha barriga acabou de roncar.

- Eu não ouvi. – estava distraído demais.

- Sério? E eu pensando que havia acordado os seus vizinhos. – o sorriso dela se transformou em uma risada
.
Senti que ela iria se mover e apertei os braços ao seu redor, abraçando-a com força.

- Não se mexa, por favor. – pedi.

Julia enterrou o rosto em meu pescoço.

- Você está me cheirando? – perguntei, rindo.

- Você cheira bem.

Levei o meu nariz para o topo de sua cabeça e inspirei.

- O seu cheiro é... porra, é incrível.

- Você sabe como elogiar uma mulher, Hemmings.

- Eu sei fazer muitas coisas com uma mulher, Evans.

Ela voltou a aparecer, seu queixo apoiado no meu peito. Os olhos estavam brincalhões e ousados.

- Que tipo de coisas?

Abri um sorriso.

- Eu posso mostrar para você depois. Mas antes...

- Antes? – suas sobrancelhas subiram.

- Antes vou alimentar você.

- Agora me senti como um hamster.

- Você é um hamster adorável. – me estiquei para deixar um beijo em seus lábios antes de me mover.

Nós dois sentamos e o humor mudou. Julia pareceu lembrar que estava sem roupas, meu olhar a deixou desconfortável.

- Eu adoraria ver você desfilar nua pelo meu apartamento, mas... – recolhi do chão minha blusa e lhe entreguei.

- Obrigada.

Ela a vestiu e ficou de pé, me puxando junto. Deixei meu corpo encontrar o dela e a beijei por todo um minuto. Fomos interrompidos pelo seu estômago revoltado.

- Ops. – falou, rindo.

- Vamos ver o que há para comer. – lhe dei um beijo rápido antes de me mover.

- Luke! – ela me parou.

- Hum?

Julia se abaixou e voltou com minha boxer na mão.

- Você não vai vestir isso?

Olhei para mim mesmo.

- Estou bem cômodo assim, obrigado. Pode pegar emprestado.

- Eu não vou vestir sua cueca. E você não vai cozinhar para mim pelado.

- Por que não?

- Vista. – aquilo era uma ordem. Peguei a boxer de sua mão e vesti.

- Satisfeita?

- Não. Ainda estou com fome.

Agarrei sua cintura e a joguei no meu ombro. Julia gritou surpresa quando lhe dei um tapinha de brincadeira na bunda.

- Não seja mal criada, garota.

Ela riu.

Cruzei o apartamento e a coloquei no chão da cozinha.

- O que você quer comer? – perguntei.

- O que você tem aí?

Abri o armário e encontrei outra garrafa de vodka e uma caixa de cereal. Passei para as próximas portas, mas estavam vazias. Julia foi verificar a geladeira.

- Não acredito que você tem seis marcas diferentes de cerveja aqui. – ela falou.

- Variedade. – dei de ombros.

- Onde está a variedade de comida? Aqui só tem uma garrafa de leite.

- Eu geralmente como fora. Não sei cozinhar.

Julia se inclinou para alcançar a garrafa de leite. Girou a tampa e cheirou.

- Não está estragado. – comprovou. – Leite com cereal, então.

- Eu vou pedir comida pra gente.

- Não, vai levar uma eternidade para chegar.

- Você está com pressa?

Ela se esticou para beijar meu queixo. Me dobrei um pouco para ajudar.

- Estou.

Peguei a caixa e a mão dela e fomos para o meu quarto. Julia escalou a cama, apoiou o leite entre as pernas. Eu lhe entreguei o cereal e ela começou a comer com a mão e a tomar direto da garrafa. Fiquei de pé, ao lado.

- Eu me sinto uma cavernícola. – reclamou. - Que foi? – perguntou, ao notar meu olhar.

- Só estou olhando para você.

- E por quê?

- Não é todo dia que eu tenho uma cavernícola usando uma blusa grande demais na minha cama.

Fui para o seu lado e abri os braços. Ela encostou as costas no meu peito. Enquanto comia, encontrei um elástico na minha mesinha de luz e prendi meu cabelo. Estava quente ali.

- Que horas são? – Julia se afastou de mim, procurando ao redor. – Onde está o seu celular?

- Na sala, acho. O que foi?

- Não posso demorar muito.

- Você não vai ficar? – a decepção na minha voz era clara.

- Não posso, minha tia está me esperando.

- Ligue para ela. Diga que vai dormir na casa de alguma amiga. – comecei a beijar seu ombro e seu pescoço.

- Eu não tenho amigas tão próximas. Só o Will.

Parei a trilha de beijos.

- Você dorme na casa do garoto purpurina?

- Já fizemos festa do pijama no meu quarto. – ela viu meu olhar. – Com a porta aberta.

- Sua tia deixou que um cara...

- Will. E foram meus pais. – Julia encarou a caixa de cereal. - a irritação, que começava a borbulhar em mim, sumiu. Fiz carinho em sua bochecha. – A condição foi que ele teria que dormir com o Calum, tenho certeza absoluta que esse foi o motivo para ele aceitar.

- E seu irmão?

Julia sorriu enquanto guardava tudo na mesinha.

- Calum ficou louco. Dormiu completamente vestido. Ele colocou até um cachecol! – ela riu, relembrando, eu a acompanhei.

- Gosto do seu irmão.

- É, ele é incrível. – Julia me olhou. – Não sei se ele vai gostar de você.

- Nós já nos conhecemos. – falei, confuso.

- Mas ele não sabe que nós...

Então eu entendi.

- Ah. Você acha que vai ser um problema?

- Não sei. Ele nunca criou caso com... – ela parou, mas ambos sabíamos de quem estava falando. – Luke, vai ser difícil.

- Não se preocupe, eu converso com o Calum. Posso aguentar um soco ou dois. – brinquei, mas ela continuou séria.

- Não é só o Calum.

- Sua tia? Bom, logo você vai fazer dezoito, não é? Quando é o seu aniversário?

- Não, não é só isso. Estou falando... – ela parou, mordendo os lábios e olhando para baixo.

- Do Ben.

- Eu não quero magoar ele.

- Vocês terminaram há semanas. Ele não tem mais nada a ver com você.

- Ele tem a ver com você. Ele é seu irmão.

Merda. Tinha esquecido desse detalhe. Pensei por um momento.

- O garoto vai ter que engolir. – decidi.

Não queria estragar aquele nosso momento falando sobre Ben. Segurei o rosto dela e o puxei para o meu. Julia estava com gosto de Cheerios. Ela se deixou beijar por um instante, então se afastou.

- Você realmente não se importa nem um pouco? – perguntou.

- Não. – deitei sobre ela, explorando seu pescoço.

Julia me empurrou, até que eu me erguesse para olhá-la.

- O que foi? – perguntei, antes de procurar sua boca e voltamos a nos beijar. Ela pareceu esquecer o que estava pensando e passou os braços por meu pescoço. Enfiei as mãos por baixo da camisa.

- Luke. – ela puxou minhas mãos para longe e me empurrou outra vez, até que pudesse sentar.

- Qual o problema?

- Você pode parar de enfiar as mãos aí?

- Não é algo que eu queira realmente parar de fazer. Você não gosta?

- Não é que eu não goste.

- Então...?

- A gente estava conversando.

Diminui o espaço entre nós, pegando suas mãos.

- Eu adoro tocar você.

- Luke...

- Nada de toques? Não me diga que você é uma daquelas pessoas que pensam em “se guardarem” até o casamento. – soltei uma risada.

Ela me olhou parecendo confusa, como se tentasse entender minhas palavras. Em que ela está pensando? Decidi que não era realmente importante, aproveitando para voltar a beijá-la. Logo minhas mãos começaram a levantar a blusa, mas só chegaram até a cintura.

- A gente precisa conversar.

Suspirei e sentei. Meu corpo já estava alerta, e parar me deixou de mau humor.

- Tem que ser agora?

- É sobre agora.

- Sobre o “não até depois do casamento”? Já é um pouco tarde, não acha? Eu não sou o que se pode chamar de paciente.

Julia me lançou um olhar que me fez perceber que havia falado merda.

- Você está dizendo que não me esperaria? – ela perguntou.

- Para onde você estaria indo? – tentei brincar, mas ela não riu. – O que estou dizendo é que não pretendo chegar ao altar, nem arrastado, então que bom que eu e você já resolvemos isso.

Algo nela havia mudado. Eu esperava um pouco de discussão, mas ela estava mordendo o lábio como se hesitasse em dizer algo.

- O que foi? – perguntei, começando a ficar ansioso.

- Luke, eu nunca...

- Você nunca o quê?

Ela abriu e fechou a boca. Nenhum som saiu.

- Droga, Julia, cospe logo.

-  Eu nunca disse que não... Que era...

Gelei, meu cérebro tentava me dizer algo, mas eu não podia acreditar que era aquele o significado de suas palavras.

- O que você quer dizer? – ela não respondeu, apenas corou profundamente. – Você não era virgem?

Julia balançou a cabeça. Encarei o chão como se precisasse ter certeza que ele ainda estava lá. O mundo pareceu ter dado um solavanco, deixando meus pensamentos confusos.

- Fala alguma coisa. – ela pediu, me fazendo perceber que estava quieto há algum tempo.

- Foi com o Ben?

- Ele foi meu único namorado.

Concordei com a cabeça.

- Há quanto tempo?

- Isso importa?

- Importa, porra! – gritei ficando em pé.

- Por quê?!

- Eu não sei! Eu só... Porra, Evans, só porra!

- Qual é exatamente o seu problema?! – ela gritou de volta.

- O meu problema? O meu problema é que acabei de descobrir que minha namorada fodeu com meu irmão!

- Eu não era sua namorada, idiota! Eu não traí você! Droga, eu nem conhecia você!

- E todo aquele lance de esperar?

- Não era uma prioridade para mim. Eu estava apaixonada por ele, ele me transmitia confiança, aconteceu!

Caminhei até a parede e me encostei ali, de costas pra ela, o braço dobrado e a cabeça apoiada nele.

- Por que você nunca me contou?

- O assunto nunca surgiu. E eu não tenho culpa se você chegou a uma conclusão...

- Você pode ir embora. – eu a cortei. Deveria ser uma pergunta, mas saiu como uma ordem. Não me importei.
Julia ficou em silêncio por um minuto.

- Luke...

Não respondi.

- Droga, Luke, eu não me importo se você dormiu com metade do país!

- É diferente.

- Isso é sobre sua masculinidade, não é? É o lance de “Eu fui o primeiro”, que coisa mais estúpida! Quer saber? Você não foi o primeiro, nem deveria ter sido o segundo!

Continuei de costas até ouvi a porta do quarto bater com força. Agarrei o abajur da mesinha e o joguei contra a parede.

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