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Capítulo Trinta e Um

Joguei minha moto de qualquer jeito no chão da garagem do meu prédio e subi até o meu andar pelas escadas, para não parar de me mover. Tentei abrir minha porta, mas a chave acabou presa. Comecei a esmurre a madeira, repetidas vezes, até que ela abriu.

- Mas que porra você... – Ashton parou quando eu passei esbarrando nele. – Luke? – sua voz estava alarmada. Minha cara devia estar como a merda.

Ignorei ele e me sentei no sofá. Minhas mãos tremiam, em punhos, querendo socar algo. Não, querendo socar alguém.

- Isso é sangue?! – Ashton perguntou tentando tocar minha mão. Notei que havia sangue nelas. Sangue do filho da puta. – Porra, Luke! Fala alguma coisa!

Eu deitei, a cara contra as almofadas. A imagem voltou a me atormentar. Julia deixando aquele bastardo de merda devorar sua boca. O bastardo é você, Hemmings.

A decepção cortava fundo, queimava. Há quanto tempo ela estava jogando com os dois? Não, Patrick sabia, o único imbecil era eu. Inferno! Inferno! Inferno! Mas eu vou encontrar você, cretino filho da puta!

Alguma coisa estava se movendo. Inferno, alguma coisa estava me fazendo tremer. Parei por um minuto, até perceber que quem tremia era eu. Não sabia quando havia começado a chorar, talvez já estivesse quando Ashton abriu a porta, não lembrava. Mas ali os soluços eram como convulsões. Na minha cabeça eu amaldiçoava o filho da puta, mas o que saía por minha boca era um som estranho, gutural, abafado pelas almofadas e pelo meu celular que não parava de tocar.

O rosto dela me invadiu, com todos os seus detalhes. Era como se ela estivesse bem ali na minha frente. Aquela imagem fez minha raiva desabar, restando apenas um gosto amargo de traição. Inferno, garota, por que você fez isso? Senti um nariz gelado tocar minha orelha e recebi uma lambida.

Girei, ficando de barriga para cima. Petunia havia apoiado a cabeça no sofá e me olhava fixamente. Pelo canto do olho, vi Ashton sentado na mesinha de centro, olhando para mim como se não fizesse a menor ideia do que fazer. Ele abriu a boca para falar, mas fui mais rápido.

- Vá se foder. – aquela era a minha voz? Uma coisa quebrada e fodida? Como estaria a minha cara? Como a merda.

- Cara, o que aconteceu?

Não respondi. Por que inferno ele vivia na minha casa?

- Luke, você precisa falar. Aconteceu alguma coisa, não foi? Foi com a sua mãe?

Fechei os olhos, tentando bloquear qualquer pensamento.

- Julia. – soltei, seu nome pesou em minha língua. Minha garganta parecia inchada. Pisquei, para afastar as malditas lágrimas e travei o maxilar, impedindo outro soluço. Basta.

- Ela está bem? Ah, merda, o que aconteceu?

Por que você é tão cativante, garota? Até o imbecil do Ashton se importa com você.

- Eu a vi. Com Patrick.

Ashton pareceu precisar de um minuto para entender o sentido daquelas palavras.

- Juntos? Quer dizer, você tem certeza?

- Se eu tenho certeza de ter visto a língua dele na garganta dela? É, eu tenho. – na verdade eu não havia visto nada, estava escuro, mas entendi bem a situação. Cobri os olhos com o braço, como se aquilo impedisse as fodidas lágrimas.

- Cara, eu não... Se fosse qualquer outra garota, mas Julia?

Voltei a ver tudo em minha cabeça. O restaurante vazio, as luzes apagadas, os dois naquela parede.

- Eu a machuquei. – falei, ao mesmo tempo que percebia aquilo.

- Você bateu nela?!

- Eu a empurrei, quando ela tentou me afastar do filho da puta. Ela caiu por cima de alguma coisa.

Era possível que eu sentisse culpa por aquilo? Sim, era. Inferno! Ela havia me feito de idiota, andava se agarrando com aquele garoto bem debaixo do meu nariz e eu estava preocupado se a machuquei? Depois dela ter fodido com a minha cabeça?

- Seu celular não para de tocar, deve ser ela, ou seja, Julia está bem.

Seu comentário me fez perceber que realmente o celular ainda estava tocando. Puxei ele do bolso e joguei contra a parede. Ele se partiu em alguns pedaços. Petunia choramingou e foi para Ashton.

- Eu vou para casa. – decidi, sentando. Minha cabeça girou.

- Luke, você já está...

- Acha que eu fiquei retardado? Eu sei onde estou. Eu vou para casa.

- Luke, me escuta. Sério, eu não consigo imaginar Julia fazendo algo assim. Talvez tenha sido um engano...

- Um engano? Um fodido engano? Acha que ela estava apenas contando os dentes do infeliz com a língua?

- Não foi isso que eu quis dizer. Olha, se ao menos fosse o Ben, eles foram namorados, sei lá. Mas quem é esse tal de Patrick?

- Um dos garçons. Eu devia ter desconfiado. Ele sempre andou atrás dela, desde a época do Ben. E ela aceitou sair com ele, não aceitou? Merda, eu fui muito burro.

Fiquei de pé, enojado. Queria encontrar o cretino outra vez.

- Eu vou embora.

- Tudo bem, vamos pegar nossas coisas. – Ashton também levantou.

- Não, eu vou desaparecer por uns tempos. O filho da puta vai até  polícia, com certeza.

- Rivers.

Balancei a cabeça.

- Eles vão falar com o velho, ele vai dar o nome da minha mãe. Eu não posso estar lá.

- Então você vai virar um o quê? foragido?

- Algo assim. Por um tempo. Você pode ficar com a Petunia? Ela vai gostar do Ka-zar.

- Claro, cara.

- Valeu. – me agachei. Petunia veio até mim. Coçei suas orelhas e dei alguns tapinhas na cabeça dela. – Eu vou buscar você, garota. Eu prometo.

Quando levantei, Ashton me abraçou.

- Para onde você vai?

- Eu não sei. Por aí.

Ele me soltou e deu um passo para trás.

- Então... se cuida, irmão.

Acenei com a cabeça, sem olhar para ele. Fui até o canto da sala, onde mantinha minha guitarra. Coloquei a case nas costas e fui embora.

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