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Capítulo Seis

- Querida, se ele for remotamente parecido com Ben Leicester pode passar meu contato e dizer que estou livre. – Will falou enquanto pintava a unha do dedão do meu pé de roxo. Eu havia feito o mesmo com as unhas dele, mas havia usado esmalte incolor.

- Ele não é nada parecido com Ben.

E não era mesmo. Ben e Luke eram opostos. Um com olhos azuis e o outro mais para o mogno. Ben respirava seriedade e ternura, Luke transpirava certeza sobre si mesmo, como se fosse o único paraquedas em um avião caindo.

- Isso não quer dizer que seja feio. – Will continuou.

- Não faz o m-seu tipo. – quase falei meu, mas me corrigi a tempo.

- Desde quando eu tenho um tipo? Ok, quanto mais musculoso, bronzeado, cafajeste e hétero melhor, adoro os héteros, mas não dispenso os que não se encaixam nas qualificações. Todos têm direito a um pouco de Will.

Eu ri e troquei o pé, para que ele finalizasse o outro. Meu celular tocou e eu o atendi no alta voz para não estragar o esmalte das mãos.

- Oi, Jay. Tá ocupada? – era Ben.

- Estou com o Will. Vamos fazer maratona de Supernatural.

- Hola, amigo! – Will gritou com um sotaque mexicano.

- Cuidado com a minha garota, pancho.

- Sua garota, nesse momento, está usando um short com bolinhas, camiseta da Disney e está dançando sensualmente para mim e, acredite, não despertou meu tesão.

A parte da roupa era verdade, mas se eu tentasse dançar sensualmente, pareceria com um filhote de avestruz aprendendo a caminhar.

- Espero que seu tesão continue adormecido. – Ben respondeu rindo.

- Estamos prestes a ver Dean Winchester matar alguma criatura dos infernos. Apenas um vislumbre da orelha daquele homem sobe minha temperatura. Julia prefere o Sam.

- Porque o Sam me lembra alguém. – sorri para o celular. – Quer vir assistir com a gente?

– Na verdade liguei para a gente sair. Luke quer dar uma volta, então...

De jeito nenhum eu vou sair com aquele... idiota.

- Não se mexa! – Will reclamou para mim.

- Acho que seu irmão vai preferir que vocês saiam sozinhos. – falei, mantendo o pé quieto.

- A ideia foi dele. Eu pensei que você poderia chamar uma amiga...

- Mas eu já tinha marcado com Will... – fiz um sinal com a mão para que ele colaborasse.

- Isso foi um convite? Claro que vou junto! – Will bateu palmas. Eu dei um tapa na minha própria testa e o fuzilei com o olhar.

- Passo para pegar vocês em meia hora. – Ben falou do outro lado da linha.

- Se esticar o tempo para quarenta e cinco minutos, posso te entregar uma femme fatale. – Will ofereceu, guardando o esmalte.

- Não quero você de batom vermelho, Will, sem ofensa.

- Eu estava falando da Jay, mas não seria uma má ideia...

- Até daqui a pouco.

- Espera, Ben!

Mas ele desligou. Me virei para Will.

- Por que você concordou em ir? Eu te falei sobre o Luke!

- Exatamente por isso que eu quero ir. Preciso ver esse espécime de mau caminho com meus próprios olhos. – ele mordeu o dedão e sorriu para mim. - Ok, agora vamos nos transformar em caça homens!

Bufei. Sair com Luke Hemmings era a última coisa que eu escolheria fazer. Mas ele era o irmão do Ben. Eu podia suportar aquilo, por uma noite.

- Você pode pegar alguma coisa para eu vestir? Não quero estragar as unhas.

Will levantou e foi até meu closet. Remexeu lá dentro um pouco, então soltou um gritinho e virou para mim, segurando um vestido.

- Esse não, Will.

- Mas foi meu presente de aniversário. E tá guardado há quase um ano.

Era verdade, meu aniversário de dezoito já estava chegando.

- De jeito nenhum. – falei olhando para o vestido. Era apertado, preto, costas nuas e com alças fininhas.

- Mas você nunca usou!

- Não faz o meu estilo.

- Se não usar vai ferir meus sentimentos.

Estreitei o olhar para mostrar que aquilo era golpe baixo.

- Eu vou me sentir desconfortável.

- Desconfortavelmente sexy.

Revirei os olhos. Uma única noite, Julia, e ele não poderá mais te chantagear. Peguei o vestido e apontei para a porta. Foi a vez dele de revirar os olhos.

- Eu quero seus peitos para mim, querida, não olhar para eles. – resmungou, antes de me entregar e sair.

Tirei minhas roupas e coloquei o vestido. Fui até o espelho de corpo inteiro e me olhei em todos os ângulos possíveis. Não estava mal. Fiquei surpresa por ainda servir.

- Eu estou ficando velho, aqui. – Will falou do outro lado da porta.

- Pode voltar!

Ele entrou, me avaliando.

- Onde está meu celular?

- Na cama, pra quê...

Will correu até lá e ativou a pesquisa por voz.

- Jamie Dornan. Sem camisa. – ele observou o resultado, suspirou e sentou na cama, dramaticamente.

- O que foi tudo isso? – perguntei.

- Garota, você quase me fez hétero.

Alcancei a almofada onde estava sentada no chão e joguei nele, rindo.

- Você acha que Ben vai gostar? Ele é tão reservado. – aquilo realmente me preocupava um pouco.

- Querida, está na hora de apimentar a relação de vocês. Juro que o namoro da minha sobrinha de doze anos tem mais fogo que o de vocês. Ben te beija como se fosse a prima dele.

- Porque ele é cavalheiro.

- Não, porque ele quer ser cavalheiro com você, mas no fundo se esconde um potro selvagem como em qualquer homem. A questão é que você deve mostrar que ele pode avançar alguns limites.

- Eu não quero que ele avance. Em público.

Ben apareceu para nos buscar na hora marcada, junto com Michael. O garoto platinado (agora com uma parte do cabelo pintado de preto) e com piercing na sobrancelha me cedeu o banco do carona e sentou atrás com Will, mas sua conversa era com Ben. Eles tagarelavam sobre uma guitarra desde que entramos no carro.

- Eu preciso conseguir a grana, cara. – Michael ia falando, enfiado entre os bancos dianteiros.

- Quanto falta? – Ben perguntou, parando em um sinal.

- Cem dólares. Eu vou ter que cortar muita grama dos meus vizinhos. Mas a sra. Perkins enxerga muito mal, talvez ela me dê uma nota de 50 pensando ser uma de 20.

- Você roubaria sua vizinha idosa? – perguntei, virando para olhá-lo.

- Ela não é tão idosa... – Michael falou.

- Tá brincando, cara? Ela tem uns 80 anos! – Ben riu, voltando a mover o carro.

- Ela tem todos aqueles gatos, isso significa que seu dinheiro é mal gasto.

- Qual a lógica disso? – Will perguntou, desviando os olhos do celular.

- Se ela pode alimentar tantos gatos, também pode alimentar meu talento, a lógica é essa.

- Talvez se você prometer tocar pra ela, a sra. Perkins doe o dinheiro. – falei.

- Frank Sinatra? Não mesmo.

Entramos na rua do pub e Ben procurou um lugar para estacionar. Quando o carro parou, me perguntei como iria descer sem mostrar o que não deveria para todos na rua, no fim dei um jeito. Ben logo chegou ao meu lado e passou os olhos por toda minha extensão, sorrindo aprovativo, mas um pouco contido. Aquele era meu Ben, tímido até mesmo para olhar para a própria namorada.

- Você está... nossa, Jay, você está fantástica. – falou por fim. Seus olhos pareciam sempre voltar para o vestido.

- Obrigada. Você também está lindo. – falei, avaliando sua camisa polo azul escuro e jeans.

Will fez um sinal positivo por trás de Ben e saímos da beira da calçada. Pensei que iríamos entrar na longa fila, mas Luke Hemmings apareceu logo em seguida, se abanando com as entradas. Seus olhos caíram em mim, aumentando um pouco, então se estreitaram, como os de um gato, e sorriu, mal erguendo os cantos da boca. Ao se aproximar de nosso grupinho, falou para Ben:

- Você disse que ela iria trazer uma amiga.

- Ele é a amiga. – Ben apontou para Will, não escondendo o riso.

- Não se preocupe, não sou exclusividade da Jay. – Will falou, piscando um olho com purpurina.

Luke o encarou, perdendo o traço de divertimento e puxou Ben para longe da gente.

- Ele é quente! – Will comentou, devorando Luke com o olhar.

- Will, não quero você perto daquele cara. – avisei, virando o rosto dele para mim, antes que começasse a lamber os lábios ou babar.

- Por quê? Acha que os Leicester são todos seus, queridinha? Que gulosa!

Lancei um olhar de exasperação para ele.

- Luke é problema, olha para ele.

Will obedeceu, avaliando seu alvo dos pés à cabeça.

- Eu luto bravamente com esse problema entre quatro paredes. – concluiu.

Suspirei, queria agarrá-lo pelos ombros e sacudi-lo até que a razão entrasse naquela cabeça com gel modelador, mas já sabia que era uma batalha perdida. Notei que Michael também observava Luke.

- Você já o conhece? – perguntei.

- Não. Ben comentou que o irmão tinha aparecido, mas ao que parece Luke não se envolve muito com os Leicester.

- O que você acha dele? – lancei um olhar para Luke. Ele era todo look escuro, corrente de prata e cabelo com ondas.

Michael se limitou a dar de ombros.

Ben retornou com as entradas e distribuiu entre a gente. Luke entrou sem falar nada. O seguimos a tempo de vê-lo se perder entre as pessoas dançando.

- Vão buscar a massa de biscoitos porque meu forno está quente! – Will gritou eufórico.

- Boa caçada! – gritei de volta, rindo.

- Oh, bebê, será. Já tenho um alvo! – ele piscou e seguiu o rastro de Luke.

Ben pegou minha mão e me arrastou para o bar, nos afastando de Michael. Sentei em uma banqueta e estudei o lugar enquanto ele pedia duas cocas.

O pub era espaçoso e com teto abobado, com placas de vidro multicoloridas. Tudo cheirava a novo. O bar partia o lugar ao meio, com um espaço de um metro dando passagem para o outro lado. As bebidas ficavam escondidas por baixo do balcão, por isso o barman precisava se abaixar a cada pedido. Estava lotado, os corpos dançando praticamente colados. Ben me passou a latinha e eu sorri, agradecendo. Ele parecia deslocado naquele lugar e eu mais ainda. Nossos passeios de casal eram sempre em lugares menos cheios, alguns restaurantes, exposições, a praia, cinema ou um barzinho tranquilo.

Não era muito fácil conversar com a música tão alta, então preferimos ficar calados, observando o lugar e bebendo nossa coca. Depois de um momento, percebi que Ben estava estranho.

- Você está desconfortável? – perguntei.

- Não.

- O que houve? – ele fingiu não escutar. Levantei e virei seu rosto para mim.

- Eu queria te fazer uma pergunta, na verdade. – falou por fim.

- Vá em frente. – encorajei. Ele se remexeu na cadeira e coçou a nuca.

- Bem, é sobre Will.

- O que tem ele?

- Você, sabe, tem certeza que ele é gay? Tipo, cem por cento gay?

Eu não sabia se alguém poderia ser mais ou menos gay, mas aquele não era o foco. Tentei entender o sentido por trás da pergunta. Ben conhecia Will desde que entramos no ensino médio. Qual era a sua dúvida? Já o havia visto de fada e Dolly Parton no Halloween. Ele atirava comentários a cada ser humano do sexo masculino que lhe cruzava o caminho e tentou puxar o cabelo da única garota que lhe roubou um beijo.

Encontrei o dito cujo na pista de dança, rebolando como uma dançarina de twerk na frente de um amigo novo. Apontei para que Ben o visse também.

- Está convencido agora? – perguntei rindo.

- É, acho que sim.

- O que foi, Ben? Porque essa dúvida repentina?

Ele tomou outro gole de sua latinha. Pensei que não responderia, mas acabou falando.

- Luke disse... deixa pra lá.

Luke?

- O que ele disse?

Ben passou os braços por minha cintura e me puxou para mais perto.

- Ele disse que nunca deixaria sua garota fazer festa do pijama com outro cara.

Fiquei muda de descrença por um segundo. Qual era o problema daquele garoto?

– Qual é, Ben, é o Will!

- Eu sei, Jay, é só que... sei lá, eu nunca tinha parado pra pensar nisso direito. Você precisa admitir que é um pouco estranho.

Pensei em dizer que seria estranho se eu tivesse várias amigas mulheres e ainda assim escolhesse passar tanto tempo com Will, mas notei que pareceria que o estava usando como única opção, e não era verdade. Eu o amava como amigo, e não o trocaria por ninguém. Por sorte, Ben pareceu estar disposto a mudar de assunto. Ele apertou meu corpo contra o dele, procurando minha boca e me beijou.

No início, foi como qualquer outro beijo, seus braços ao meu redor, sua boca gentil, mas então senti uma mão descer para a base de minha cintura e a outra deslizar alguns centímetros por minhas costas nuas. Vacilei por um segundo e ele automaticamente parou também. Por um segundo nossos lábios ficaram colados, mas imóveis. Lembrei das palavras de Will e voltei a beijá-lo com mais vigor. Notando a sutil permissão, Ben deslizou outra vez sua mão, subindo até minha nuca e então descendo. Arqueei minhas costas, pressionando mais ainda contra ele. Quando sua língua encostou na minha, praticamente derreti em seu peito. A verdade era que éramos muito contidos em público. Will tinha razão, precisávamos relaxar.

Cedo demais precisamos de ar desesperadamente, e nos afastamos um pouco. Olhei Ben nos olhos e rimos. Ele tomou o resto da coca e levantou.

- Preciso ir ao banheiro. – anunciou.

- Te espero aqui.

Antes de se afastar, ele se inclinou para mais um beijo, curto daquela vez.

Não levou nem dois minutos para a banqueta ao meu lado ser ocupada novamente.

- Devo admitir que você me surpreendeu aceitando meu convite. – Luke comentou calmamente, tomando minha latinha e virando na boca sem cerimônia. Ele vez uma careta e chamou o barman. – Whisky.

- Sua identidade, por favor. – o homem pediu.

Luke revirou os olhos, puxou a carteira de motorista do bolso e a mostrou ao barman, então voltou a guardar.

Claro, se o sr. Leicester engravidou a esposa e a mãe de Luke ao mesmo tempo, ele já tinha vinte e um, como Jacky.

- De que convite está falando? – perguntei, me sentindo atrasada.

- O do panfleto.

- Eu não aceitei.

- Então, o que faz aqui?

- Ben me convidou.

- E quem convidou Ben? - os dedos longos agarraram o whisky e ele virou o copo na boca, fazendo outra careta. – Eu sabia que você viria com ele.

- Eu estou com Ben. – falei, esperando que ele entendesse o duplo sentido.

- Está dizendo que veio até o lugar que eu a convidei e isso não tem nada a ver comigo? – seu sorriso era totalmente provocante.

- Eu nem conheço o lugar daquele panfleto... – comecei a responder, mas o sorriso debochado dele me fez parar.

- Ei, irmão, qual o nome desse lugar? – perguntou para o barman.

- O Império! – gritou de volta o homem. Notou o copo vazio e o voltou a encher.

Pensei no panfleto que havia encontrado no carro e lembrei da palavra “Império” em vermelho. O reconhecimento deve ter brilhado na minha cara, pois Luke sorriu novamente e deu outro gole na bebida.

- Eu nem sabia que lugar era esse. – falei aborrecida.

- Tem certeza?

- Tenho!

Luke deixou o copo sobre o balcão e se aproximou mais, seu rosto centímetros separado do meu. Prendi a respiração e, de repente, esqueci de algumas coisas. Aqueles olhos tão claros prenderam os meus por um longo minuto. Oh, Deus.

- Pare com isso. – falei, o afastando.

- Parar com o que, Evans? – sua voz terminava com um leve chiado ao dizer meu nome.

- Pare de... Pare de dar em cima de mim!

Aquilo o fez rir, o que me irritou mais.

- Quando eu fiz isso?

- Agora mesmo. E no jardim.

- No jardim eu apenas lhe ofereci chocolate e constatei dois fatos, nada mais. Acho que alguém tem um narciso dentro de si.

Senti meu rosto queimar de raiva. Eu não era narcisista, ele havia se insinuado e eu o faria admitir.

- Não pense que eu não vi seus olhos na minha bunda quando fui embora.  – sibilei. Normalmente, falar sobre a minha bunda com um cara que mal conhecia me deixaria mortificada, mas estava irritada demais para ligar.

Luke voltou a rir, com mais vontade. Ficou de pé, apoiou um cotovelo no balcão e se inclinou outra vez para perto. Eu podia sentir o cheiro de whisky em sua respiração.

- Aquele seu vestido de menininha não era nada atrativo, mas aquelas manchas amarelas na sua bunda pediam para serem olhadas.

Manchas amarelas? Então lembrei de Max e suas mãos sujas. Uma onda de calor invadiu meu rosto, daquela vez de pura vergonha. Luke seguiu.

- Mas acredite, Evans, esse vestido é quente.

Engoli saliva e o ar saiu fazendo barulho. Aquele garoto me deixava tonta. Ou era o cheiro do whisky? Empurrei seu peito com as duas mãos, afastando-o. Consegui ver Ben se aproximando e peguei minha coca para dar um gole, rezando para que aquilo eliminasse o calor da minha cara.

- Tudo bem? – Ben perguntou para mim, mas olhando para o irmão.

- Só estava elogiando o vestido da sua namorada.

Engasguei com a coca e quase cuspi tudo. Ben passou um braço ao meu redor e seguiu encarando Luke. Este terminou o whisky e pousou o copo no balcão.

- Você paga, - disse para Ben. - tem mais dinheiro do que eu. – e então se afastou, caminhando como se fosse o rei do mundo.

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