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Capítulo Catorze

Quando passei pelas portas de entrada do Comic’s, na segunda-feira, imediatamente fui envolvida pela musiquinha do Superman, já que aquele era o início do mês dedicado a ele. Encontrei Phil, o gerente, preenchendo os porta-guardanapos.

- Oi, Phil. Deixe eu me trocar e cuido disso para você. – falei parando junto a ele. Phil era o tipo de gerente que achava que seu trabalho se limitava em abrir a boca e gritar ordens. Vê-lo fazendo parte do meu serviço me fez pensar que seria demitida, tentei não entrar em pânico.

- Boa tarde, Julia. Patrick e Sofia vão cuidar das mesas hoje.

- E eu? – geralmente as segundas eram paradas, mas eu nunca ficava sem serviço.

- Temos um novo contratado. Você vai se encarregar de ensiná-lo como as coisas funcionam por aqui.

Aquilo me surpreendeu. Um novo contratado?

- Por que eu? Sofia trabalha aqui há mais tempo.

- Eu pedi que fosse você. – alguém falou atrás de mim. Soube quem era antes de me virar para olhá-lo. – Sabe, porque já temos intimidade.

Era Luke, usando jeans preto, as mesmas botas de quando o vi pela primeira vez, uma camisa com o símbolo do Superman e seu sorriso de sempre na cara.

- Você? – me virei para Phil. - Mas nem estamos contratando!

- Na verdade, eu já estava pensando nisso há alguns dias e este aqui se ofereceu para o serviço. – Phil deu dois tapinhas no ombro de Luke e fez menção de sair, mas parou e olhou entre nós dois. – Cuidado com essa intimidade, aqui não é lugar para andarem se agarrando. – e ele se afastou, me deixando de boca aberta.

- Por que você disse aquilo? – perguntei me virando para encarar Luke com um olhar feio.

- Eu quis dizer que já nos conhecíamos, ele que interpretou errado. E mais, ele só me contratou porque aceitei renunciar ao desconto para familiares. Que se dane, não tenho família. – deu de ombros.

- O que você está fazendo aqui? Você já tem um emprego!

- Meu emprego é bastante flexível. Posso ter outro.

- Mas por quê? Pensei que seu outro negócio era lucrativo.

- Tem menos a ver com dinheiro e mais com... o ambiente. – ele tentou me tocar, mas afastei sua mão, ignorando seu flerte, estava pensando no fato de nunca ter sido encarregada de alguém antes, só trabalhava ali há alguns meses!

– E então, o que devo fazer primeiro? – Luke perguntou, estalando os dedos na frente do meu nariz, chamando minha atenção.

- Eu, hum. – não faço a menor ideia. - Deixa eu pensar enquanto me troco.

- Você manda, eu obedeço. Não estou acostumado com esse tipo de relação, mas vou me esforçar. – Luke falou com um sorriso provocador, mantendo meus olhos em sua boca por um segundo. Não vá por esse caminho... Passei por ele e me dirigi para o banheiro, sentindo que me seguiam. Me virei, lá estava ele.

- O que você está fazendo? – perguntei.

- O sr. Banha de Porco mandou que eu não desgrudasse de você.

- Primeiro: não chame Phil de sr. Banha de Porco. Segundo: estou indo me trocar.

- Eu prometo que fecho os olhos. – abriu outro sorriso, aquele do tipo cafajeste descarado. – Ou talvez não.

- Você vai esperar bem aqui. – lancei um olhar sério e entrei no banheiro.

Sozinha, puxei meu vestido amarelo por cima da cabeça e peguei dos armários minha fantasia de Mulher Maravilha. Geralmente eu conseguia ignorar o que precisava usar, mas naquele dia, depois de me vestir, conferi no espelho como estava, repetindo como um mantra que não era por causa de Luke Hemmings. A roupa era ridícula. Uma peça única com a parte de cima em forma de corpete vermelho e a de baixo terminando em uma saia azul estrelada. Para muitas garotas aquilo poderia até ser sexy, para mim era incômodo e constrangedor. Finalizei colocando a tiara dourada e deixei o banheiro.

Luke estava apoiado na parede ao lado da porta, relaxado. Ao me ver, passou os olhos pela fantasia descaradamente e sorriu.

- Não se atreva a fazer um comentário. – avisei. – É ridículo que as meninas sejam obrigadas a usar isso enquanto você e o Patrick só precisam usar uma camisa idiota.

- Se você quer tanto me ver em uma cueca vermelha, podemos resolver isso depois.

- O Superman usa uma calça por baixo da cueca. – lembrei.

- Podemos nos livrar desse detalhe.

Revirei os olhos e passei por ele, tentando não pensar nele de cueca.

- Veja, sua primeira mesa esperando por você. – apontei com o queixo para a mesa que acabara de ficar vazia.

- O que eu tenho que fazer?

- Recolher os pratos, limpar, basicamente deixar pronta para o próximo cliente. Você vai encontrar o que precisa embaixo do balcão.

- Sim, senhora. – ele bateu continência e saiu.

Precisei atender alguns clientes, depois voltei para meu ponto de vigilância. Luke havia organizado a mesa e estava conversando com uma garota ruiva sentada ao lado. Revirei os olhos. Agora o que ele havia dito com “ambiente” fazia sentido. Luke só estava ali pelas garotas.

Foi impossível não observá-lo por um momento. Ele parecia mais jovem, mais como um garoto comum, usando aquela camisa do Superman, aquilo tirava seu ar de bad boy. E ele tinha aquela beleza que era quase ofensiva, do tipo que não dava para não olhar, finalizando com sua postura que beirava a arrogância, mesmo assim, de alguma forma, ele acabava fazendo você gostar dele.

Luke era tão diferente de Ben, em tudo. Tudo em Ben era mais brando, mais gentil. Foi aquilo que me chamou a atenção nele, como ele se aproximou após o acidente, não para toda aquela história de condolências e “estou aqui para o que precisar”, ele realmente se fez presente, soube ser o que eu precisava naquele momento. Mas eu não sou mais aquilo, pensei. Claro, uma parte de mim sempre estaria quebrada, mas a outra parte acabou se tornando maior. Era aquilo que estava errado entre nós?

- Não sabia que era permitido tirar cochilos no meio do expediente. – Luke falou, bem ao meu lado, me fazendo pular.

- Eu não estava cochilando.

- Então, estava pensando em formas de fazer Phil adotar a cueca vermelha -sem-calça-por-baixo como parte do uniforme, agora que eu estou no time?

- Você leu meus pensamentos, Hemmings.

- Eu quero te mostrar uma coisa.

- Não quero ver você com uma cueca vermelha.

- É claro que quer, mas não é isso. – Luke deu um peteleco na minha tiara e saiu, eu o segui. Paramos junto às janelas que davam para uma parte do estacionamento. – Vê aquela beleza? Ganhei ontem em uma partida de pôquer.

A “beleza” que ele se referia era uma motocicleta de trilha laranja.

- Quem apostaria uma moto no pôquer? – perguntei.

- Alguém que já havia perdido até a aliança de casamento.

- Pensei que isso só acontecia em Las Vegas.

- Existem adictos em todos os lugares, o que me deixa feliz, já que parte do meu sustento é graças a eles. Bom, agora eu tenho um emprego. – ele riu.

- E o dinheiro do seu pai? Quero dizer, ele deve lhe dar algo, ou não? – perguntei sem pensar. Assim que as palavras saíram da minha boca, me arrependi.

A postura de Luke endureceu de repente, mas ele se esforçou para manter o tom de piada.

- O dinheiro que o velho deposita desde que nasci está em uma conta intocada. Minha mãe nunca quis nada, muito menos eu. Uma vez quis sacar tudo para fazer uma fogueira, mas ela não deixou. Disse que eu poderia precisar um dia, para ir para a faculdade. – ele bufou, como se sua última preocupação fosse ter um diploma. – Ele quase chorou, o ex dono da moto, quando peguei a chave.

Aceitei a mudança de assunto.

- Homens, depositam afeto à veículos, troféus e times de futebol. Aposto que vai dar um nome pra ela.

Luke me olhou com as sobrancelhas erguidas e um sorriso, o mais aberto que eu já o havia visto dar, como se eu tivesse lhe dado a melhor ideia do mundo.

- Eu não havia pensado nisso!

- Fabuloso, mereço algum pagamento.

- Tem toda a razão.

Luke se virou e parou Patrick que ia passando.

- Você é o Patrick, não é?

- É, sou.

- Quer ficar de olho na Evans para mim? Se ninguém a roubar eu lhe recompenso no fim do dia.

Patrick estava confuso, segurando um pano e um produto de limpeza em cada mão. Ele olhava entre Luke e eu.

- Você quer que eu vigie a Julia?

- Luke está falando da moto dele, moto essa que não vai ter o meu nome.

- Por que não? – quis saber o oh-como-sou-criativo.

- Porque eu digo que não. Pode chamá-la de vrum-vrum, boneca ou princesa.

- Gosto de nomes de mulheres, é sexy.

- Então, use o da Maggie. – apontei para a mulher de cinquenta anos que cuidava do caixa. Luke fez uma careta.

- Pensei que fosse um homem. – ele sussurrou. Depois completou, mais alto. - Seu nome soa bem, eu gosto. Receba essa homenagem como forma de pagamento.

Quis rebater, mas já sabia que ele amaria aquele jogo. Luke era uma criança enorme.

- Então, vocês não estão saindo? – Patrick quis saber, ainda parado ali, confuso.

- Não! – respondi com o tom “não-é-óbvio?”

- Ótimo, porque lembre-se que prometeu sair comigo se terminasse com Ben. – Patrick sorriu e voltou para as mesas, lançando olhares pela janela para vigiar a moto. Eu havia dito aquilo em uma noite em que o encontrei chorando na despensa por ter sido deixado pela namorada, era para ser um consolo vazio, mas ele nunca esqueceu.

Voltei a suspirar e notei que Luke olhava Patrick pensativo.

- Ei, vocês dois, ao trabalho! – Phil gritou de algum lugar. – E nada de intimidades por aqui!

Quis socar o ombro de Luke. Ele estava deixando todos naquele lugar loucos.

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