Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

21 - O LAMENTO

E a dor protegerá o seu coração de todo o medo que possa lhe arrancar a paz❞.

—𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘 𝖉𝖔𝖘 𝕽𝖊𝖌𝖎𝖘𝖙𝖗𝖔𝖘 𝕯𝖗𝖚𝖎𝖉𝖆𝖘,

533 ɗ. Ƈ



Matar alguém não é algo natural e tampouco bom. No momento que coloquei o fim na vida do primeiro indivíduo, senti que algo dentro de mim se modificou. Eu jamais voltaria a ser a mesma Erieanna que um dia eu fui. Passei a carregar o peso da morte junto de mim e a levaria para onde quer que eu fosse.

Já não mais importava os motivos pelos quais me levaram a ceifar as várias vidas. Eu era uma assassina e isso não teria volta.

Sempre acreditei que a morte existe desde os primórdios dos tempos. No momento em que nasceu a primeira vida, surgiu, também, a morte. Nada vive para sempre, nem mesmo os deuses. A imortalidade é uma farsa. Não importa se pode viver por dez, mil ou milhares de anos, todos, incontestavelmente, morrem.

Há algo poderoso e assustador quando se extrai a vida do corpo de alguém. Naquele momento em que olha nos olhos das pessoas as quais lançou nos temidos braços da morte; aquele curto momento em que vê a vida deixando de habitar em um corpo, é o pequeno instante em que se tem a sensação de ser um deus. Creio que é por conta dessa estranha sensação que muitos se tornam assassinos sem nenhum pingo de compaixão. No fundo, a suma maioria das pessoas, desejam serem deuses.

Eu não. Nunca quis nada além da minha liberdade. E aquela sensação de poder que se apossou de mim quando matei a primeira pessoa, apenas serviu para me deixar enojada.

Pessoas matam o tempo todo. Matam por serem más, para se defenderem, matam religião, por medo, por puro prazer doentio e mais uma infinidade de motivos que servem — ou ao menos tentam justificar — o motivo que as levaram a tirar a vida de alguém. Quanto a mim? Bem, eu matei por vingança e às vezes por justiça. Mas isso não me tornou uma pessoa melhor ou pior. Era somente mais uma assassina coberta de sangue nas mãos. Estas mesmas mãos que logo estariam banhadas com o sangue de Sumoko.

Após matar a velha, eu me dirigi até o depósito em que os escandinavos mantinham as colheitas e lá fiquei escondida até o momento em que o comparsa de Sumoko apareceu. Foi muito fácil invadir sua mente e desacordá-lo. Arrastei seu corpo desfalecido para dentro do depósito e esperei por Sumoko que não demorou a chegar.

Pela fresta da porta, vi exatamente o momento em que a mulher se aproximou do ponto de encontro. Ela trajava um grosso casaco de pele e carregava uma trouxa nas costas. Seu semblante demonstrava um ar de preocupação, devia estar com medo de que eu a encontrasse.

Devagar, abri a porta do depósito e as braçadeiras enferrujadas rangeram alto revelando a minha presença.

— Sedric, é você? —Sumoko indagou baixinho.

— Não! — eu respondi e logo me coloquei diante dela.

A mulher arregalou os olhos ao me ver. Notei, também, que suas mãos começaram a tremer.

Até compreendia o motivo pelo qual estava apavorada, eu não me encontrava em minha melhor aparência: sangue seco cobria meu rosto e vestes. A luta com a velha havia acabado comigo.

— Achei que estivesse presa. — ela falou num tom de voz trêmulo.

— E eu achei que tínhamos um acordo. Não me recordo de ter acrescentado um plano de fuga nele. — indiquei a trouxa que levava nas costas.

Sumoko deu dois passos para trás, tentando se afastar de mim. Seu olhar estava inquieto. Ela já devia saber que morreria.

— Presumo que não encontrou o homem de quem te falei? — Semicerrei os olhos.

— Eu tentei, eu juro! Mas Ragad não soltou nada. Tentei obter informações com seus homens, no entanto, ninguém jamais viu ou ouviu falar de seu homem! — A mulher começou a chorar. Estava completamente apavorada.

— Então, esperta como sempre, você decidiu fugir?

— Não podia ficar e esperar por minha morte. Eu não sou como você! — Sumoko rebateu exasperada.

Soltei um riso curto, aquele não era um bom momento para me enfrentar.

— Sabe, hoje você é a segunda pessoa a me criticar pelo fato de eu aguardar para ser sacrificada. Se tudo dependesse somente de mim, eu já teria deixado esse clã há muito tempo. Porém, colocarei a vida de uma outra pessoa em risco se eu fugir, só por isso não posso partir. — Olhei bem no fundo de seus olhos negros rasgados — Se tivesse achado quem eu pedi, ambas estaríamos livres para seguir com nossas vidas. No entanto, aqui estamos nós... — Abri os braços mostrando o ambiente ao redor. — Duas escravas que morrerão nessas terras frias. — Não havia emoção e nem tristeza em minha voz. Apenas uma fria constatação.

Movida pelo impulso de sobrevivência, Sumoko tentou fugir, mas eu a prendi no local, e com a ajuda da magia em meu sangue, virei seu corpo de frente para mim.

— Serei rápida. Esse foi um longo dia e eu só quero ir para minha cela descansar. — eu disse, encarando o rosto apavorado da mulher a minha frente.

Não tive receio, muito menos senti pena quando movi minha mão e o pescoço de Sumoko torceu em um ângulo anormal. Logo em seguida, seu corpo desabou no chão, de forma desajeitada, tão vazio. A vida tinha deixado seu corpo. Eu havia quitado mais uma dívida.

Não escondi seus restos mortais, pois já não me importava em apagar os rastros das mortes que eu causara naqueles últimos dias. Também não fazia diferença se soubessem ou não que tinha deixado as masmorras. No início da manhã seguinte, eu provavelmente estaria morta, então não faria diferença alguma se soubessem que eu era a responsável pela morte de Sumoko.

O frio impiedoso continuou a me acompanhar quando eu retornei a minha prisão. Meu coração nunca esteve tão aflito quanto naquele fim de noite ao adentrar nas masmorras.

Esgotada e desprovida de qualquer esperança, sentei-me sobre as duras pedras que abrigavam por uma capa de pele de urso desgastada.

Lembro-me que abracei meus joelhos e fiquei olhando contemplativa para um ponto qualquer no canto da cela. Não havia mais nada a ser feito, eu não fui capaz de encontrar Thorn. O tempo de achá-lo para fugirmos tinha acabado. Restou a mim, apenas aguardar por meu sacrifício.

As lágrimas aprisionadas rugiam por liberdade. Meu coração doeu — não uma dor física — era uma dor pior. A dor de uma alma dilacerada, sem esperança alguma. Um nó começou a apertar em minha garganta e ele cresceu a medida em que dava por conta da proximidade de minha morte.

Meus lábios começaram a tremer, eu queria tanto ser forte, mas já não havia mais nada que pudesse fazer por mim, por nós. Então uma lágrima solitária escorreu por meu rosto e ela foi o suficiente para abrir o torrencial de águas contidas atrás de meus olhos azuis.

Naquela madrugada eu chorei. Libertei todas as lágrimas acumuladas durante anos. Lavei minha alma da culpa, da mágoa e da dor. Eu chorei por mim, pelo mundo e por todos cujas preces nunca foram atendidas. Apenas chorei, pois não podia fazer mais nada além de chorar.

Fazia muito tempo que não sentia o toque suave e salgado de minhas lágrimas, que mal me recordava da sensação torturante de um choro de lamento. Meus soluços ecoaram pelas masmorras e eu pouco me importei se alguém me ouviu. Eu tinha todo direito de gritar, urrar e fazer um alarde que poderia acordar todo o clã. Aqueles eram meus últimos momentos e eu os viveria como bem entendesse.

No final das lágrimas, eu tomei uma decisão: só deixaria aquele mundo depois que visse Thorn. Só partiria quando olhasse em seus olhos e tivesse a certeza de que ele estava vivo. E só depois que garantir que sua liberdade, é que aceitaria a morte de bom grado.

Uma vida pela outra" Faria com que Ragad cumprisse com sua promessa.

Talvez morrer por alguém fosse uma boa morte afinal.

Não deixe a Erieanna mais triste, clique na estrelinha e deixe seu voto! :)

Bjus, Tia Lua

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro