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19 - PLANOS

Ela aprenderá a valorizar a liberdade, pois saberá o quãocruel é ser vitima de homens que tratam seus semelhantes pior que os animais ❞.

—𝕱𝖗𝖆𝖌𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔𝖘 𝖉𝖔𝖘 𝕽𝖊𝖌𝖎𝖘𝖙𝖗𝖔𝖘 𝕯𝖗𝖚𝖎𝖉𝖆𝖘,

533 ɗ. Ƈ

Algum tempo atrás, percebi que, embora minha mãe tenha sido uma mulher forte e corajosa, não foram seus conselhos que me ajudaram a enfrentar a dura vida em meio aos vikings. Até porque, informações em relacionadas a agulhas, linhas e bordados, não são ensinamentos muito úteis para a sobrevivência de uma escrava em meio aos seus inimigos. Tudo que mamãe um dia me transmitira, não serviu de forma alguma quanto ao destino que fui obrigada a viver. Eu nunca seria esposa de um homem nobre, portanto de nada valia saber cuidar de uma casa. Já meu pai, esse sim acercou-me de sábios conselhos, foram as suas palavras que sempre ocuparam minhas memórias em tempos de dificuldade. Foi graça a ele e o poder que deixara em meu sangue, que conseguir sobreviver junto aos escandinavos me escravizaram.

Por falar em conselhos, lembro-me de um dia específico...

Eu tinha pouco mais doze anos, o fato ocorrerá algum tempo antes do dia em que os vikings invadiram nossa casa e assassinaram meus pais. Papai estava meditando próximo ao mar, e ao redor dele, pequenas pedras e conchas flutuavam sob o comando de uma magia invisível. Sempre ficava admirada ao vê-lo tão concentrado e também repetia seus movimentos, tentando trazer alguma força oculta até a mim. Mas nada ocorria, pois ainda não era o tempo de meus poderes se manifestarem.

Nesse determinado dia, meu pai o druida , interrompeu sua meditação, abriu seus olhos e indagou, mantendo o olhar fixo nas ondas do mar que se estendiam a nossa frente.

Deseja fazer alguma pergunta, Erieanna? Arqueou as grossas sobrancelhas de tonalidade acobreada.

Fiquei olhando para sua face por um bom tempo, refletindo uma infinidade de coisas, até que finalmente questionei:

Sempre quis ser um druida? Nunca pensou em fazer algo diferente?

Seus belos olhos verdes me fitaram com intensidade. Eu podia jurar que minhas dúvidas o pegaram desprevenido.

Não, Erieanna. Nunca pensei e fazer qualquer outra coisa que não seja relacionado ao druidismo. Em seus lábios se desenharam um singelo sorriso. Somos exatamente o que somos. Eu nasci para ser um druida, foi esse o plano que deuses traçaram para mim. Voltou a fechar os olhos, reconectand0-se em sua calma interior.

Eu acreditava em tudo que saia da boca de meu pai. Em minha plena ingenuidade, jurava que ele sempre estava certo no que dizia. Só fui compreender o quanto o sábio druida estava errado, alguns anos depois de ser trazida como escrava de um povo bárbaro. Simplesmente não somos o que somos. Às vezes o que a vida nos dá, é o que nos leva a ser quem somos. Eu não nasci um para ser uma pessoa fria, amargurada e vingativa. Isso foi no que os vikings me transformaram e é tudo que havia me tornado. Morreria assim, fria e vazia por dentro.

Morrer. Minha morte estava tão próxima que eu podia sentir seu odor fúnebre a me espreitar, a cada passo, a cada suspiro e a cada batida do meu coração que ainda pulsava toda vida que existia dentro de mim.

***

No último dia que antecedia meu sacrifício, eu despertei antes que o Sol surgisse no céu. Tinha planos a serem traçados que não poderiam ser executados durante a luz do dia.

Não foi difícil abrir a cela que me mantinha aprisionada. E muito mais fácil foi a missão de desmaiar, apenas com o poder da mente, os guardas que vigiavam minha curta estadia nas masmorras.

Como de habitual, o frio dilacerante do inverno açoitou a minha pele a medida em que caminhei a passos rápidos rumo a casa de Ragad. No local, havia apenas dois guerreiros incumbidos de proteger a segurança do Jarl e sua família, e para minha felicidade, ambos estavam dormindo, se quer pensaram que poderia sofrer qualquer tipo de surpresa. Por conta de seus deslizes, apenas tive de assegurar que permanecessem daquela forma, até que eu concluísse meu objetivo.

A porta rangeu alto demais quando a abri. Aguardei por alguns instantes, tentando escutar algum sinal de qualquer pessoa que pudesse ter ouvido minha sorrateira invasão, mas ninguém apareceu. A casa permanecia silenciosa.

Detestava estar naquele lugar. Aquelas paredes pareciam me sufocar, até minha fria cela nas masmorras era mais confortável do que o maldito casarão em que me encontrava. Por isso, apressei-me em terminar minha missão para dar o fora dali o mais rápido possível.

Cuidadosamente, abri a porta do grande salão e contive meus impulsos para não incendiar as pomposas cadeiras de madeira que ficavam no final do cômodo. Ainda não era o momento certo para fazer aquele lugar ruir. Ainda não!

Caminhei atrás dos baús de cervejas empilhados ao lado da parede. Em seguida, puxei o tapete disposto no chão e encontrei a aldrava que procurava.

Tentei abrir a porta do alçapão, mas ela estava trancada, o que não era exatamente um problema. Levei minha mão na fechadura e logo escutei o som das peças de ferro se mexendo, em seguida, a fechadura foi destrancada. Com demasiado cuidado, levantei a porta, desci as escadas e fechei a porta atrás de mim.

Lá estava eu... sozinha no local onde o Jarl costumava guardar todos seus tesouros. Não pude evitar que um sorriso vitorioso surgisse em meus lábios.

Havia naquele lugar vários baús com moedas de ouro, joias e outros ornamentos valiosos. Tudo que estava ali fora saqueado de algum lugar. Nada, de fato, pertenciam aos vikings. Eu apenas roubaria de um ladrão.

O ouro será melhor gasto com meu propósito. Pensei, enchendo um saco com várias moedas douradas.

O peso de meu roubo dificultou um pouco minha fuga, no entanto, não me impediu de sair de lá carregando uma vasta quantidade do tesouro viking. Ao passar pelos guardas, debochei daqueles imprestáveis que continuavam a dormir e tomei o caminho em direção a minha antiga casa.

Ninguém me seguiu e também nenhum olho me viu indo ao meu destino. Quando cheguei no meu destino, senti meu frio coração apertar com as lembranças que aquela pequena casa carregava. Havia ali uma porção de dor, curtos momentos de alegria, raiva, desejo, esperanças e promessas que nunca foram cumpridas. Tantas emoções concentradas naquelas paredes que se pudessem falar, seriam capazes de arrancar as lágrimas que eu aprisionava dentro de mim.

Ignorei todas os sentimentos que se agitaram em meu ser e adentrei em meu quarto onde escondi o ouro no fundo falso embaixo da cama. Aquele era o melhor esconderijo. Pelo que conhecia de Ragad, ele não deixaria mais ninguém morar naquela casa. Não permitiria que outra pessoa distorcesse as lembranças que deixei ali. Ela seria para sempre o local em que passamos tantos momentos juntos. Seria dentro daquelas paredes de pedra que o viking remoeria suas mágoas quando eu partisse daquele mundo.

Olhei pela última vez para aquela morada, soltei um pesado suspiro e parti sai de encontro a madrugada fria. Eu tinha mais um lugar para visitar antes de voltar para minha cela. Ainda tinha de retornar casarão dos escravos. Porém, daquela vez não haveria mortes.

Quando cheguei a baia de escravos, até cogitei a possibilidade de matar os novos detentores dos chicotes que açoitavam a pele das frágeis pessoas que ali eram obrigadas a servir os malditos vikings. Todavia, não executei tal ação, pois Ragad saberia que a culpa da morte demais alguns de seus homens seria minha. Dessa forma, apenas entrei em suas mentes deploráveis e os adormeci com o auxílio da magia.

Senti pena daquelas pobres pessoas, quando as vi dormindo grudadas umas nas outras, tentando em vão se protegerem do frio que as assolavam. Os velhos trapos de tecidos que nos forneciam, nunca foram capazes de nos manter aquecidos. Deparar-me com todos naquela situação foi muito desolador, pois eu sabia exatamente o que sentiam e o que passavam. Ninguém deveria ser exposto a tal vida. Não deveria existir escravos no mundo.

— Acordem! — Ordenei em tom alto. Alguns despertaram de imediato. — Anda! Acordem! — Comecei a bater palmas, chamando atenção para acordá-los

A expressão no rosto da pequena multidão foi a mais diversa. Alguns demostraram medo, outra confusão, porém, todos permaneceram com olhar atento sobre mim.

— Ouçam com atenção o que vos falarei — Fixei meu olhar naquela gente que me encararam com os olhos arregalados. — Essa noite, depois que todos forem dormir eu voltarei para libertá-los. — Um buchicho tomou conta do grupo. Alguns estavam incrédulos e outros esperançosos. — Guardei uma boa soma de ouro que darei a vocês para que conseguiam sair dessas terras. — Continuei a falar mais alto que os rumores dos escravos. — Eu virei buscá-los e vos guiarei em segurança até a saída do clã. Aqueles que decidirem ficar, terão sua conta em risco. Sobrará muito pouco desse lugar quando me matarem. — adverti, sem conceder muita explicações sobre meus planos.

— Por que, Erieanna? — a voz de um homem se sobressaiu do meio das pessoas. — Por que está fazendo isso por nós, quando nos deu as costas após o Jarl ter lhe tomado como sua consorte? — Comark, um senhor de meia idade, indagou com certo rancor.

— Porque pela primeira vez, eu me importo com alguém além de mim. — respondi, olhando com intensidade para a face do homem. — Não precisa vir se não confia em mim. No entanto, posso garantir que te matarei caso venha colocar o meu plano e todas essas pessoas em risco. Farei o de tudo para libertá-los. Quando eu estiver livre dessas terras, vocês também estarão. É um juramento que não vou quebrar. — expliquei não só para Comark, mas para toda aquela gente que me ouvia.

As pessoas nada disseram, apenas ficaram em silêncio sem saber se era prudente se agarrar aquela esperança que surgiu em seus corações. Talvez aquela foi a primeira vez que tiveram perspectiva de realmente se tornarem livres.

— Obrigado, Erieanna. — Comark agradeceu emocionando. — Obrigado por lutar por nós.

Não consegui expressar qualquer palavra, apenas acenei levemente com a cabeça.

Não havia mais nada o que fazer ali, então dei as costas para aquelas pessoas e sai do salão deixando a promessa de liberdade cravada no coração de toda aquela gente.

Eu não falharei com elas. Pensei, enquanto tomava o caminho para minha prisão.

Já tinha percorrido uma boa parte do caminho rumo às masmorras, quando ouvi a voz de uma criança chamar por meu nome. Voltei-me em direção a ela e encontrei um menino mirrado, demasiado magro cujos cabelos negros e oleosos grudavam em sua testa ossuda. Ele estava ofegante, devia ter corrido para me alcançar.

— Erieanna! Eu preciso te falar algo. — Curvou o corpo e apoiou a mão no joelho, respirando com muita agitação.

Esperei que se acalmasse. Não demorou muito até que ele recobrou o controle de sua respiração, aprumando a postura, fitando-me com seus grandes olhos escuros.

— É sobre Sumoko... — o garoto começou a falar e eu direcionei toda minha atenção a ele. — Ontem à tarde quando estava dando comida para os cavalos, eu a ouvi conversar com um homem a respeito de uma fuga. — Semicerrei os olhos. Aquilo era algo interessante de ouvir. — Eu me escondi atrás do estábulo para que eles não me vissem e escutei ambos combinarem de se encontrar atrás dos postos de armazenamento dos alimentos, pois o homem a ajudará a fugir do clã antes do nascer do Sol.

Maldita, ardilosa!

Tirei uma moeda de ouro do meu seio. Nesses últimos dias sempre carregava uma para emergências como essa.

— Obrigada. Fique com isso. — Entreguei a moeda para o menino que recusou prontamente.

— Não, minha senhora. Não quero nada em troca. A minha liberdade já é o suficiente. — falou baixinho.

— Fique. — Segurei sua pequena mão e a fiz fechar entorno da moeda. — Um homem com ouro é um homem poderoso. — Exibi um largo sorriso que foi retribuído pelo menino.

Despedimo-nos com um sorriso amistoso e ambos tomamos nosso caminho.

Eu tinha muito mais afazeres a serem concluídos e agora uma visita a Sumoko foi incluída em meus planos. Eu deveria me tornar uma ceifeira, mais uma vez.

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