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03: Aquele em que Rachel bebeu demais

Eu pensei ter ouvido você rindo
eu pensei que ouvi você cantar,
Eu acho que pensei ter visto você tentar.
Losing My Religion, R.E.M.

Pela primeira vez em que dei chance ao meu eu de ser mais otimista, coisas boas me aconteceram. Eu engasguei um pato na frente da garota que eu estava gostando, e eu estava feliz por isso. Não pelo pato, claro, mas por finalmente não ter agido como eu costumeiramente agiria, incoerente e esquisito. Não suportaria em lembrar que assustei mais uma pessoa que passou pelo meu caminho, principalmente alguém como ela.

Quando voltei ao salão de festa, havia só apenas cinquenta porcento dos convidados, minha mesa estava vazia e os noivos já haviam ido embora. Nonna estava na pista de dança — graças à Deus, não estava dançando — tentando afugentar a Rachel dançante e faladeira que estava se tornando o centro das atenções. Quando a senhora de meio metro me avistou, pareceu aliviada.

— Por céus, que demora Chandler! Não tenho vitalidade para controlá-la, faça parar de dançar e a leva para casa. — disse apontando para Rachel que arriscava passos tortos de valsa com um senhor de segundas intenções.

—Eu não sei, ela me parece super bem. — respondi coçando o queixo, e logo depois Rachel se desequilibrou para trás e caiu de bunda no chão, rindo de si mesma. — Oh, Deus.

Caminhei até a loira, e quando a nivelei em pé, a mesma acariciou meu rosto com um sorriso embriagado. Como ela conseguiu ficar bêbada tão rápido?

— Olá, Sr. Chanandler. Eu saberia que meus passos profissionais lhe trariam para uma dança. — seu hálito morno e alcoólico entorpeceu meus sentidos.

— Que tal tentarmos uma dança diferente, uh? É a famosa dança "tente ficar em pé". — envolvi seu braço esquerdo sob meus ombros e a segurei gentilmente na cintura.

— Eu consigo dançar essa! — riu fazendo ruguinhas nos olhos. Nonna analisava tudo de longe, então acenou para nós, e Rachel mandou um beijo no ar completamente dramático.

Saindo do salão, há alguns metros da entrada, Rachel arregou e pediu para se sentar. A sentei no banco mais próximo, e tratei de tirar seus saltos, me assegurando de que ela não perderia. Seu semblante estava diferente, não tão animada quantos segundos atrás.

— Mas que droga. — murmurou com os lábios quase fechados.

— Alguma objeção, Rachel Embriagada?— respondi olhando brevemente em seus olhos.

— Eu não quero ir para casa. — negou com a cabeça intensamente, sem medir muito suas reações, como era de se esperar.

— Por quê não?

— Essa festa foi uma droga, acho que Joshua me viu passando vergonha e eu ficarei sozinha em casa pelas próximas quatro horas, Monica vai demorar muito por aqui. — me surpreendi na exatidão de suas palavras, sem nenhum tropeço em sua voz.

— Por céus, você precisa ir para casa, não posso te deixar aqui abandonada desse jeito. — passei a mão em meus cabelos, sem opções do que eu poderia fazer.

— Eu sinto fome. Não comi muito por que esse vestido é bem justo. — resmungou passando as mãos pelo vestido vermelho.

— Tudo bem, vamos fazer o seguinte: Eu vou arranjar algo para você ficar sóbria e passaremos em alguma lanchonete antes de eu te levar para casa, o que acha? — ela olhou no fundo dos meus olhos e concordou, senti como se eu estivesse negociando um favor com uma criança de seis anos.

— Podemos comer frango frito? — perguntou assim que eu a levantei.

— Se isso não te fazer vomitar suas entranhas para fora, então sim, nós podemos! — fui sarcástico.

Caminhei com Rachel pelo Central Park, e busquei a farmácia mais próxima. Comprei aspirinas para o dia seguinte, e tratei de alimentá-la o mais rápido possível, ela conseguia ser insuportável com fome.

No KFC, pediu o frango mais ofensivo do cardápio e o devorou sozinha, enquanto eu fiquei apenas com meu sanduíche de empanado de frango. A entreguei meu terno, agasalhando-a, e aos poucos vi que ela melhorava. Até pararmos na frente de uma cafeteria qualquer...

— Por favor, diga que eu não preciso te carregar. — resmunguei virando para trás.

— Joshua e eu costumávamos nos encontrar aqui depois do trabalho. — disse entre soluços, olhando em direção ao estabelecimento fechado.

— Sinto muito se até uma pedra te faz lembrar dele, mas precisamos ir.

O sol estava se pondo, e eu estava receoso em me arriscar mais do que poderia pela noite, por isso, eu apressei as coisas. Era um final de semana onde a maioria dos estabelecimentos estarão fechados e as ruas estarão quase vazias, o que eu poderia fazer? Eu sou um frangote!

— Sabe, é ruim ver que a pessoa que você ama está bem sem você. — comentou acompanhando meus passos, secando as pequenas lágrimas que se formavam no canto dos olhos.

Eu não sabia como lidar em momentos tristes como esse, principalmente com as mulheres.

— O Joshua? Bem? Você só pode estar louca! — tentei reverter a situação. — Você não viu aquelas olheiras e aquela pele rachada? Por céus, ele está terrível! Você que está muito bem sem ele.

— Sério? — sua voz carregada lhe entregou que ainda havia resquícios de álcool em seu organismo. — Awn, Chandler, você é uma graça.

— Ah, obrigado! Agora, é a hora que você me dá um petisco por ser um bom garoto. — brinquei e ela se envergou de tanto rir. Okay, isso nem foi tão engraçado.

Após alguns minutos de tentativas incansáveis de Rachel a tentar abrir a porta do seu apartamento, finalmente ela conseguiu. Caiu de joelhos sendo levada junto com a maçaneta o que fez a mesma morrer de rir.

— Yep!

Ajudei a mesma a levantar, e fechei a porta logo atrás de mim. Eu estava implorando pra esse momento acabar, e finalmente, ela estava em seu objetivo. Apenas me faltava garantir que ela ficaria bem sozinha por aqui.

— Por quê não dormimos dentro das geladeiras? São tão fresquinhas! — exclamou com a cabeça escorada dentro da geladeira, ao lado de um frango congelado.

— Camas são mais baratas que geladeiras, mulher. — retruquei e a mesma se engasgou ao soltar um risinho.

Ela pegou uma garrafa d'água e saiu de dentro da robusta geladeira. Com passos incertos, andou através da sala e foi ai que dei mais atenção ao belíssimo apartamento. Bem organizado e decorado, ideal para as duas mulheres que aqui vivem. Observei cada passo de Rachel, vigiando-o para que não fizesse nenhuma bobagem que prolongaria nossa noite para o hospital. Passos lentos e desengonçados a levaram até a mesa de centro, onde ela retirou tudo o que havia em cima dela, e se deitou como se seu corpo fosse um saco de batatas.

— Então... já está tudo bem, e acho que já vou indo. — me virei para a porta e andei calmamente até ela.

— Não me deixa sozinha! —choramingou pendurando sua cabeça pela lateral da mesa de centro.

— Eu não sei mais o que eu posso fazer por você, acho que já fiz tudo o que pude. A não ser que você me deseje por aqui. — o que provavelmente uma pessoa sã não desejaria, pensei.

— Mas eu quero que você fique aqui comigo, pelo menos por um tempinho. — e as negociações infantis estão de volta, senhoras e senhores.

— Tudo bem.

Rachel continuou deitada, e mesmo no seu ângulo transversal, consegui ver seu sorriso.

Fui até a enorme janela, e notei a presença de uma sacada. Um excelente lugar para se fumar, eu diria. Passei pela janela, e apalpei no bolso meu isqueiro e meu maço de cigarros, mas mudei de ideia quando a Rachel Tonta se aproximava.

— Eu quase transei aqui. — soltou uma expressão vitoriosa, assim, na lata.

— Então... Quase "Que bom pra você"! — respondi, tentando afastar essa imagem do meu subconsciente.

Rachel se inclinou na borda da sacada, olhando a cidade se movimentar lá embaixo.

— Nem tanto. Não transei e ainda perdi meu sutiã, olha ali. — apontou para um poste adornado com o sutiã rosa.

Revirei os olhos ao ser presenteado com mais uma dessas enquanto a mesma ria horrores com minha expressão. Não irei aguentar ela por muito tempo.

— Obrigada por segurar meu cabelo enquanto eu estava vomitando. E por não ter vomitado também. — disse, se deitando em sua cama.

— Eu que agradeço por essa lembrança inesquecível. —sorri com certo tom desesperador ao pensar em toda cena enquanto a cobri com seus edredom.

Seu rosto tinha uma expressão cansada, mas parecia melhor do que alguns segundos atrás. Fazia parecer que sua cama era o canto mais confortável do mundo, abraçava seu travesseiro como se fosse uma nuvem rechonchuda.

— Hey, Chandler. Você pode fazer só mais um favor pra mim? — questionou.

— Sim, claro. — concordei imaginando que seria o último da noite.

— Poderia pegar o Kermit para mim? Eu deixo ele escondido no armário de trecos da Monica, que fica depois do banheiro.

— Ele faz parte de algum rito de passagem pra você dormir? —indaguei e a mesma empurrou meu ombro.

— Só pega, por favor. — sorriu. — Gosto de dormir com ele quando me sinto sozinha...

— Okay. — evitei mais indagações, seria muito insensível da minha parte a chatear com mais perguntas.

Sai do seu quarto e segui sua orientação, e é realmente, havia uma porta enorme da qual não notei antes. Assim que abri a mesma, me faltou até o ar. De cima a baixo, havia centenas de objetos empilhados e uma montanha desengonçada que ameaçava se jogar por cima de mim e a me levar ao doce abraço da morte.

— Bom, agora eu sei onde a Arca da Aliança andou perdida por milhares de anos. — murmurei e procurei pelo maldito sapo.

Quando voltei para o quarto com o Kermit em mãos, já era tarde demais, Rachel já havia se rendido ao sono. Eu não queria atrapalhar por causa de um sapo de pelúcia, então com cuidado, pousei o mesmo ao lado do seu abajur com a meia luz que se dissipava de forma amena pelo quarto.

Seu peito subia e descia suavemente, e me pergunto como ela conseguia dormir tão rápido e porque a noite inteira não parou de falar sobre Joshua. Talvez eles realmente tinham uma relação muito forte e de uma grande jornada, então eu nunca seria capaz de saber o que se passa na cabeça de Rachel ou se Joshua realmente era uma boa pessoa.

Mesmo sabendo que eu poderia sofrer como Rachel está sofrendo, eu me arriscaria a amar alguém que sei que eu tenha uma forte conexão. Mas isso exige coragem, algo que eu ainda devo trabalhar muito em mim.

Peguei o bloco de notas adesivas e a caneta que estava no criado-mudo e anotei meu número, para caso ela quisesse conversar comigo novamente.

Colei meu recado na testa do Kermit, e fui embora.

— Monica? — uma voz masculina e muito familiar chamou por mim.

Apesar dos garçons estarem ajudando na limpeza do salão, não havia mais nenhum convidado presente ali — exceto os dois convidados extremamente embriagados que lutavam para alcançarem a saída um apoiado no outro. Então quem eu menos esperava apareceu. Joshua, ex-noivo de Rachel parecia feliz em me ver. Com uma caixa de cigarros na mão e uma jaqueta em um dos braços, Joshua estava receptivo para um abraço, do qual educadamente aceitei.

— Joshua, não imaginei encontrá-lo por aqui.

—Nem eu imaginei encontrar Rachel por aqui, e aparentemente nem ela, já que estava acompanhada. — era visível sua tristeza. Não era de se esperar que ele viesse procurar respostas comigo, por que eu estava tão surpresa quando ele.

— Rachel acompanhada? Com quem? — questionei sem entender.

— Um cara chamado Chandler, parece ser uma boa pessoa. Só espero que ele não magoe-a, se não eu vou matar ele. — seu tom ameaçador era coberto de preocupação, era uma verdade disfarçada de brincadeira.

Não era de se imaginar que Rachel estaria saindo com alguém como Chandler, um cara normal e simples, mas era ainda mais inimaginável saber que ela não me contaria algo tão importante assim. Rachel não sairia com um cara sem ao menos me contar quem era, isso era um fato.

— Não fica chateado, Joshua. Você sabe que Rachel é meio complicada e temperamental às vezes. O noivado de vocês acabou a pouco tempo e ela está tão perdida quanto você, é difícil continuar a partir desse ponto.

Joshua olhava vagamente para o lugar, como se realmente estivesse pensando no que eu acabei de dizer. Olhou novamente pra mim, e no reflexo dos seus olhos enxerguei o meu eu, desesperada para que essa conversa tivesse fim. Não soube reconfortar bem a minha própria melhor amiga com o fim desse relacionamento, e isso não seria diferente com ele.

— Você tem razão. Tentamos o que estava ao nosso alcance, devemos seguir em frente apesar de ser um momento confuso. Eu ando mais preso ao trabalho, fumando pra ocupar minha cabeça, apenas pra não pensar nela. — disse olhando para suas mãos, com um maço de cigarro completo.

— A melhor coisa que você pode fazer por si mesmo é parar de fumar, uma hora isso vai te matar. — apontei para os cigarros.

— Todos vamos morrer um dia, não faz diferença nenhuma. — riu com desdém.

— Isso é inevitável, mas enquanto eu for morrer tranquilamente em um asilo você vai morrer anos mais cedo se mijando de dor. Isso pode até não te matar mais cedo, mas vai fazer os seus últimos anos na terra uma merda. — ele permaneceu pensativo, seu rosto era um incógnita indecifrável.— Prometa a si mesmo que vai largar essa porcaria.

Joshua fitou meu rosto com seu lábios fortemente pressionados, amassou o maço de cigarro sem dó.

— Eu prometo.— deu-se por vencido.

— Ótimo, agora vou conseguir conversar mais próximo de você, o cheiro da nicotina é insuportável. — brinquei e o mesmo gargalhou, se afastando de mim aos poucos.

— Obrigado, Monica. Esse era o pequeno apoio que eu estava precisando. - deu o seu melhor sorriso.

Rachel enlouqueceria se eu a contasse que Joshua veio conversar comigo, então era garantido de que nada do que conversamos aqui chegaria aos pés do ouvido dela, nem mesmo em seus sonhos.



















Olá, friends! A espera interminável finalmente teve seu fim, e agradeço a todos os leitores pacientes que continuam por aqui ❤️

O visual da história recebeu uma repaginada, tanto a capa quanto a playlist. Gostaram ou preferem o visual antigo?

E pra quem ainda não acompanha a playlist oficial da fanfic no Spotify, o link está disponível no meu perfil! A playlist está recheada de músicas dos anos 90 que marcaram sucesso na década e na série, pra verdadeiros amantes 90's como eu ❤️

Então votem, comentem qual parte mais gostaram do capítulo e do que vocês estão dando falta na história! <3

Obrigada por estarem lendo Sabores de Manhattan!

Até a próxima!
XxMia ❤️

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