02: Aquele do sétimo casamento
Eu me desmancharia aos seus pés
Mendigaria seu perdão, imploraria a você
Mas eu sei que é tarde demais
E agora não há nada que eu possa fazer
—Boys Don't Cry, The Cure.
Central Park [2:36 P.M.], Domingo.
Disquei o número naquele telefone público, realizando tal feito pela terceira vez, excedendo então, meus limites de ligação para ela no ano. Nora Tyler Bing, a romancista de 48 anos mais desejada de Manhattan, vulgo minha mãe, estaria sendo presenteada com a minha raríssima ligação. Meu desconforto sobre tal assunto ligado à casamentos me fazia recorrer sempre à ela, mesmo que ela não tenha sido uma mãe companheira. Mas ela saberia o quê fazer, sempre soube.
— Por quê não liga da sua casa, Chandler? — sua voz destrambelhada me remetia seus momentos de vinho durante alguns momentos da minha infância.
— Eu não tinha muita opção, mas você tem certeza que um conjunto de utensílios de vinho é melhor que uma bandeja de prata para sais de banho? — perguntei mais uma vez, incerto da minha escolha de presente.
— Você vai achar interessante seu chefe lembrar você enquanto está tomando um vinho ou nu na própria banheira? "Oh, Bing! Grande homem, grande homem!" — vociferou uma voz mais masculina do que a minha. — Lhe garanto que é melhor que ele lembre de você quando estiver se embriagado.
Ela tinha razão, Doug possivelmente poderia se embriagar mais vezes após seu casamento. Minha mãe me orientou por conta de sua experiência própria. Bebia muito vinho enquanto meu pai sumia ao longo da madrugada só Deus lá sabendo o que ele fazia. Ela se sentava na poltrona, ao lado do abajur, próxima as minhas fotografias, com uma garrafa de vinho e uma taça que era preenchida de dois em dois minutos. Se armava como podia, se houvesse necessidade de lidar com meu pai transtornado e alterado, ela tinha taco de golfe ou de beisebol, spray de pimenta ou uma faca. E eu estava sempre ali, agachando no canto do corredor, observando minha mãe se embriagar e rezando para que meu pai chegasse bem em casa e com uma boa desculpa na ponta da língua.
— Obrigado, mãe. — agradeci sem esboçar muita empolgação, e escutei ela silabar baixinho um "Eu te amo, filho", antes que eu desligasse.
Tratei de seguir meu caminho pelo Central Park, com objetivo do salão de festas, que ficava próximo ao grande lago.
Casamentos remetiam certas lembranças para mim, lembranças adoráveis e na maioria detestáveis. Buquês, solteironas, familiares problemáticos e felicidade em conjunto. Presenciei mais casamentos em minha vida do que festas feitas para comemorar meu aniversário, e olha que eu nunca fui chegado em matrimônios. Mas eu já havia feito minha nota mental diária: poderia torná-los em um fabuloso começo para minha vida, assim tirarei de vez da minha mente de que casamentos são horríveis.
— Você vai pegar logo ou vai ficar com essa cara de pastel na frente da mesa? — uma voz suave soou um pouco amarga logo atrás de mim.
Não havia notado, mas eu estava há longos minutos viajando em meus pensamentos a frente da mesa de convites. Me virei para a pessoa logo atrás de mim e uma senhorinha miúda, já com seus mil anos, com seus cabelos grisalhos e pele leitosa aguardava impaciente para que eu saísse da frente.
— Desculpa, eu havia esquecido meu nome. — abri espaço para a idosa adorável e a mesma olhou rápida pela mesa e apanhou o papel com seu nome.
— Você será da pior geração de idosos de Nova Iorque se continuar com uma memória assim. — ergueu seu dedinho para meu rosto, abriu seu papel, e pousou seu óculos de grau sobre o rosto para ler seu papel. — Merda. — murmurou em desaprovação e isso me surpreendeu.
Apanhei meu nome e ao abrir me deparei com o número sete em dourado. Justamente uma mesa que se localiza no meio do salão e desagradavelmente a mesa com a melhor vista para a mesa principal. Eu queria qualquer coisa nesse momento, e se possível até um tiro na perna, mas tudo menos o máximo de atenção do meu chefe.
— Você me empurra naquele lago que eu te disponibilizo um calmante pesado pra você dormir o casamento inteiro, o que acha? — a senhora comentou ao bisbilhotar meu bilhete e mostrar que estaríamos na mesma mesa.
— Parece uma boa ideia, mas ser chamado de assassino da terceira idade deve ser horrível. — dei de ombros e ela riu saudavelmente.
— Eu assisto Law & Order, consigo fazer isso parecer um suicídio com facilidade. — guardou seu óculos na bolsa.
— Sou Chandler Bing, vovó. Se nos suportarmos durante essa festa, o dia será menos doloroso. — ergui meu braço para que ela me acompanhasse.
— Nonna Tribianni. E me chama de vovó mais uma vez que eu que te afogo naquele lago.
O salão levou cerca de quase uma hora para encher e durante todo esse tempo eu e a minha acompanhante analisamos os convidados chegarem em silêncio. Descobri que Nonna havia sido uma antiga secretária de Doug, e que foi despedida após de uma de suas duzentas mulheres se incomodar com Nonna fazendo seu trabalho com muita dedicação. Algo em comum é que assim como eu, Nonna nutriu uma certa inimizade por Doug, e por acontecimentos passados, ela ainda aguarda por desculpas do mesmo. É uma senhorinha de princípios, devo admitir.
O salão quando já estava por completo, foi de se notar que nossa mesa permaneceu com dois convidados, tendo exatamente quatro lugares vazios. Os demais componentes ou tiveram a inteligência de não virem, meros funcionários como eu, ou simplesmente nos viram e resolveram não se juntarem a nossa companhia assim, pediram outra mesa.
— Com licença. — uma voz feminina me fez me endireitar em meu assento. Analisei a linda mulher a minha frente, loira de olhos claros que visivelmente estava insegura. — Essa é a mesa sete?
— Sim. — assenti e ela sorriu torto, se sentando a cadeira do meu lado, com vista para o resto dos convidados.
— É só eu ou vocês estão com a sensação de que também não deveriam estar aqui? — comentou a mulher na tentativa de quebrar o clima.
— Você não está sozinha. Estou com essa sensação desde quando cheguei aqui.
— Querida, você esqueceu de passar um batom. — depois da Senhora Nonna ter analisado melhor a moça, caçou algo dentro de sua bolsa e a ofereceu um batom. — Tome, use isto.
— Muito Obrigada. — a devolveu assim que terminou de usar. — Sou Rachel. E a senhora?
— Oh, mais uma que quer tentar não deixar esse dia desagradável. — Nonna revirou os olhos. — Nonna Tribianni. — quase soletrou o sobrenome. — Não conhece meu sobrenome condenado? — Rachel estava com uma expressão confusa e discordou — Tem sorte de não conhecer meu neto, ele é um grande mulherengo de Nova Iorque.
Ela riu e não contive meu sorriso ao ouvir a senhora. Ela era uma figura contagiante e cômica, não teria como não tirar boas lembranças dela.
— E você é...? — Rachel se direcionou a mim.
— Chandler Bing... Não tenho netos que condenam meu nome por Nova Iorque.— estendi minha mão e ela apertou com firmeza, fazendo-a soltar uma breve gargalhada.
Mais alguns minutos se passaram e o que parecia uma eternidade se alongava em um limbo sem fim assim que os aplausos se ecoaram pelo salão. Os noivos haviam chegado feito dois pombinhos e com sorrisos de dilacerar rostos. Aplaudimos em conjunto com a maioria, e os noivos cumprimentaram as mesas e convidados mais próximos da entrada. Os convidados eram de rostos nada familiares, então logo deduzi que a maioria esmagadora eram convidados da noiva Joanna, assim como Rachel.
Um arrastar estridente de cadeira ao meu lado me assustou e foi notado apenas por mim e pela vovó. Rachel estava com seu corpo completamente enfiado para debaixo daquela mesa e comecei a me questionar o porquê. Uma cara de dor surgiu em seu rosto e vovó logo perguntou:
— Você está bem, querida?
— Sim, quer dizer, mais ou menos. — gesticulou desengonçada pela sua posição. — Conseguem ver o cara super lindo conversando com os noivos e com uma caixa de charuto na mão?
Observei os noivos novamente e encontrei o homem de quem ela falava.
— Eu não diria que ele é super lindo, mas apaixonante. — tentei aliviar a situação com meu comentário. Não pareceu ajudar.
— Ele é meu ex-namorado, Joshua. — bufou desconfortável.
— Olha minha querida, se nos escondermos de tudo na vida nunca saberemos lidar com nossos problemas. — Nonna a aconselhou.
— Essa é a primeira vez que eu o vejo em quatro meses, na verdade não sei nem como reagir. — Rachel se reergueu em sua cadeira e cobriu seu rosto.
— Nós nunca saberemos como é a maneira certa de reagir.
Os noivos estavam animados e logo se voltaram a outros convidados para cumprimentar e os olhos de Joshua pararam na nossa mesa, diretamente em Rachel.
— Não olha agora, mas ele tá olhando pra você. — murmurei baixinho para a loira e ela se desesperou.
— Como eu estou?
— Deslumbrante, relaxa. — Vovó a tranquilizou com carinho.
Joshua caminhou em direção a nossa mesa e aquela tensão horrorosa entre eles cresciam. Rachel manteve o contato visual com ele e deu seu melhor sorriso.
— Rachel. — o homem disse com suas mãos no bolso.
— Joshua. Como vai? — sorriu e apoiou seu rosto em suas mãos sustentadas pelos cotovelos na mesa.
— Vou bem. Não pensei que viria ao casamento, na verdade, nem sabia que conhecia o noivo. — indicou para Doug.
— Sou convidada da noiva, trabalho pra ela na Bloomingdale's. — foi curta e plena. — Deixe eu te apresentar meus companheiros de festa. Esta é Nonna Tribianni e este Chandler Bing. Gente este é o Joshua.
Ele cumprimentou Nonna com um sorriso e notei que ao me cumprimentar seu semblante alternou um pouco.
— Prazer. — murmurou. — Então, te vejo pela festa. Foi ótimo revê-la.
— Foi ótimo revê-lo também. — Rachel aninhou seu braço no meu e tentei soar natural em seu gesto. Apertou firme o mesmo e eu entendi que ela queria um conforto, que estava balançada. — Sabe onde nos encontrar.
Joshua se afastou levemente atordoado depois da aproximação de Rachel e seguiu para a mesa próxima dos noivos. Depois de uma longa distância, Rachel soltou o fôlego no mesmo instante que soltou meu braço.
— Desculpa, Chandler. Eu não costumo fazer isso, eu realmente não soube o que fazer.
— Tudo bem, acontece. Mas agora ele vai pensar que estamos, ahm... tendo alguma coisa. — gesticulei e a vovó concordou.
— Acho que não, Rachel apresentou a gente como companheiros de mesa. — Vovó deu um gole no champanhe que estava na mesa há um tempo.
— Ainda sim, ele pode pensar que eu estou paquerando ela ou algo do tipo. — Vovó riu alto e eu não entendi o porquê.
— Você bem queria. — comentou a mesma.
— Eu consigo paquerar uma mulher, okay? — me expliquei e as duas pareciam incrédulas.
— E eu consigo dançar Macarena nessa pista de dança por longas oito horas sem morrer. — retrucou a senhorinha.
Isso me parecia o início de uma piada infame, mas evitei qualquer gracinha para não colocar a saúde de Nonna e a paciência de Rachel em evidência.
— Trabalhei com Doug por muitos anos, perdi as contas de quantos casamentos dele eu presenciei. Nem fiquei surpresa quando recebi esse convite. — a conversa havia ficado contagiante depois de alguns petiscos e algumas taças de champanhe.
Rachel já havia encontrado uma posição perfeita e confortável escorada em meu ombro, escutava atentamente as histórias que Nonna nos contava. Não me parecia bêbada mas nem em sua completa consciência, já que se debruçava em cima de mim há algum tempo. Eu me recusava a beber, já que mesmo não sendo um vício, o álcool me deixava alterado e inconveniente o bastante para subir naquele palco e fazer um discurso engraçado sobre os noivos sem nenhuma vergonha.
Nonna já havia falado sobre sua vida toda. Sobre seus namoros, suas escapadas quando jovem, sobre casamento, filhos, expectativa de vida e doenças venéreas fatais que conheceu em mulheres de sua idade, que hoje não estão mais entre nós. E das poucas vezes que comentou sobre sua família atualmente, não deixou de citar o seu orgulho e desgosto da família, Joey, seu neto secretamente favorito.
Analisando aquela senhora sábia, desejei que fosse a minha vó. Alguém que eu pudesse contar quando ninguém apoiasse as minhas travessuras como mais novo, com uma casa confortável para passar o final de semana ou minhas férias inteiras e que eu matasse minha saudade nas festas de fim de ano. Mas Nonna não parecia ser aquele tipo de vovó doce, e sim aquele tipo de vovó dura na queda, que iria ensinar como não ficar de ressaca no dia seguinte, que adora viajar e mandar cartão postal com o que há de novo em Bahamas e que sempre sentiria saudade dos seus netos.
Já havia um tempo que eu notava a aproximação excessiva de Rachel. Toques desnecessários no meu ombro quando ri, inclinação corporal, pernas viradas em minha direção. Logo seria de pensar que eu sou um pretendente bem óbvio para Rachel, mas ao se falar de mim, se conclui que sua intenção era outra. Joshua não parava em sua mesa, e sempre conversava com muita gente para enfatizar o quando era socialmente engajado. E de tempo em tempo, podia-se notar que Rachel iluminava o seu olhar como ninguém.
Um casal que se ama, e que por circunstâncias entre eles não estão mais juntos.
Eu estava nervoso, não estaria preparado pra ser interesse romântico de ninguém e nem de ser usado. Não sou mestre em relacionamento, mas as garotas com quem namorei amei intensamente, e tenho certeza que Rachel não haveria vontade nenhuma em entrar em um namoro após sair de outro turbulento.
Eu preciso fumar.
O dia radiava como nunca e o sol nunca me pareceu tão cancerígeno. O salão ficava próximo a um lago turvo, com carpas de caudas grandes dançando pela água, gansos e patos por todo lado, uma linda imagem de cartão postal. Me refugiei no que seria os fundos do salão, escutando o som abafado da banda contratada tocando Macarena e vozes altas vindo do mesmo recinto. Será que a essa altura Nonna já estava dançando?
Tirei do bolso um cigarro e um isqueiro, e me dei o prazer de fumar na paisagem mais deprimente que eu poderia ter. Me aproximei do lago e traguei novamente, patos se aproximaram na busca por comida. Para mim a festa já havia terminado, mesmo só tendo se passado duas horas de festa. Mas não, Doug havia dito que a festa só acabava quando os noivos fossem sair em lua de mel, que seria às cincos da tarde. Mais uma profunda tragada de lavar meus pulmões com a sensação libertadora que eu tanto desejava.
Um ranger de portas chamou me fez virar bruscamente. Eu não podia acreditar.
Carregando um caixote repleto de restos de vegetais, a minha chef favorita havia surgido novamente para mim, mais resplandecente do que nunca. Meus batimentos cardíacos descerem de velocidade, e o cigarro havia decidido me matar mais cedo ao dificultar minha respiração. Segura ai, miocárdio.
Suada e visivelmente preocupada, organizava sem notar a minha presença, as caixas de restos que ali se empilhavam. Seu cabelo preto com madeixas em camadas estava preso em um rabo de cavalo, seus olhos verdes esbanjavam rigor ao mesmo momento que suas bochechas coradas davam vida ao seu rosto.
Não soube o que fazer, logo ela me notaria ali, congelado. Me desfiz do meu cigarro, jogando-o no local mais próximo a mim: o lago dos patos e carpas dançantes.
Assim que me notou, ela se assustou um pouco, mas depois pareceu mais aliviada.
— Senhor, convidados não podem ficar por aqui, é uma área para funcionários. — esbanjou, com dificuldade, um sorriso simpático. Por Deus, ela parecia realmente exausta.
— Ahm, desculpe-me, é por isso que vim até aqui, pra evitar... os demais convidados. — enfiei as mãos no bolso com certa agressividade. Meu Deus, Chandler, para!
—Oh, claro! — ela riu, ajeitando uma madeixa atrás da orelha. Bem... parecer que ser o Chandler deu certo. Parabéns, amigão. — Eu entendo como é querer ficar sozinho. As caixas foram só um pretexto para que eu fuja da loucura da cozinha por um tempo.
Ela se aproximou com os braços cruzados, em direção ao lago. Me virei no mesmo momento, tentando não parecer estranho, analisei os patos. Um maldito pato gordo, abocanhou o cigarro do qual me desfiz. No mesmo instante, o pato começou a se engasgar do jeito mais escandaloso que poderia existir no reino animal.
— Jesus, o pato está se engasgando! — disse um pouco surpresa, estava preocupada com a pobre criatura.
Que situação horrorosa para um primeiro encontro.
— Vamos lá, patinho, cospe!— me inclinei mais a frente do lago, torcendo para que ele cuspisse a bituca do cigarro. Vamos, eu prometo adotar um pato mais tarde se você sobreviver!.
Por sorte, o pato cuspiu o "objeto desconhecido", —que se afundou no lago no mesmo instante— e nadou para longe da borda, arrancando suspiros aliviados de mim e da minha chef favorita.
—Que susto! Nunca pensei que ver um pato agonizando seria tão assustador assim. — acalmou-se com a mão no peito.
— Eu já vi o Pato Donald se engasgar, mas não sei, não me parece a mesma coisa.— comentei e a mesma riu. Oh Deus.
— Sou Monica Geller, e você? — estendeu sua mão e eu a cumprimentei.
— Chandler Bing. Devo dizer, sua comida é maravilhosa! Provei do seu trabalho, há alguns meses atrás quando você trabalhava na lanchonete próxima à Wall Street. Deixou de ser meu lugar favorito depois que você foi embora. — medi bem as palavras pra não soar como um louco.
—Sério? Muito obrigada, muito generoso da sua parte! — mais um sorriso.
— Onde você está trabalhando agora? Ainda não me habituei com outros temperos, adoro sua comida.
— No momento, estou desempregada. Minha amiga e colega de quarto, Rachel, me arranjou esse serviço no casamento da chefe dela.
Louvada seja Rachel.
— Bem, você é uma excelente chefe, uma excelente oportunidade vai te aparecer. — sorri sem mostrar os dentes. Seus olhos reluziram maravilhosamente em minha direção.
— Obrigada, é bom saber que alguém aprecia e acredita no meu trabalho de vez em quanto.— passou a mão na nuca.
Um silêncio único pairava entre nós. O céu laranja, o som dos insetos junto ao farfalhar na água produzida pelos patos, eu estava contemplando este momento. Pela primeira vez em meses, meu coração não estava inquieto. Pleno, como nunca esteve antes. Então a bisbilhotei mais uma vez.
Seu rosto neutro, seus braços entrelaçados enquanto uma mão aquecia o seu pescoço. Seus olhos percorriam curiosos pela paisagem, talvez, sua mente estaria a mil turbilhões ou tão relaxada como a minha em tal momento. Eu estava reconfortado, e isso me trazia paz. E eu estava ali, desejando que ela também estivesse.
Desviei meu olhar, e respirei aliviado, com um sorriso bobo inevitável no rosto. Senti seu olhar caloroso sob mim, então ela disse:
— Bem, eu vou ter que fazer uma pausa e voltar para o meu trabalho. — virou-se a mim, e eu concordei. — Obrigada pelo apoio, foi um prazer te conhecer.
— De nada, o prazer foi todo meu.— prendi o ar em meus pulmões. — Espero te encontrar por aí novamente.
— É, eu também espero. — sorriu desajeitada, e se afastou em passos tranquilos. — Tchau, Chandler Bing.
— Tchau. — acenei e ela fez o mesmo.
Seguiu em direção a entrada do salão, sumindo da minha vista, me deixando com um sorriso no rosto.
Droga, vou ter que comprar um pato.
Olá! Me perdoem pela demora, mas tive uma pira na minha cabeça com essa história! Pensei que não conseguiria retratar corretamente Chandler e Monica, estava totalmente insegura sobre o que eu escrevi nesses últimos seis meses!
Mas agora estou de volta, e é por isso que o feedback de vocês é muito importante pra mim, pra me assegurar de que estou retratando nossos personagens favoritos da maneira correta!
Então votem, comentem qual parte estão mais gostando do capítulo e do que vocês estão dando falta na história! <3
Obrigada por aqueles que não desistiram da história, vamos seguir firme com Sabores de Manhattan!
Obrigada pelas mil visualizações, friends! Vocês são demais! ❤️
P.S.: Vocês leriam uma fanfic muito cute com o Joey?
A seguir, imagens do coração de Chandler depois que Monica foi embora:
Obrigada por estarem lendo Sabores de Manhattan!
Até a próxima! <3
XxMia
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