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Capítulo 7

Segunda-feira tem mais! ;) 

Capítulo 7

O que eu estava fazendo? Era uma boa pergunta. Porque eu, realmente, não sabia o que estava fazendo. Eu não estava pensando em nada quando fiz o que fiz.

Só que eu simplesmente não pude ignorar a nudez daquele cara, tão perto de mim, mesmo que só fosse uma nudez limitada à cintura para cima. Tudo o que eu podia era olhar para aquele peito gostoso dele, tão perto, e desejá-lo. E querer tocar, lamber, cheirar e... qualquer coisa que não se limitasse a ficar parada olhando. O que eu não consegui fazer.

Eu estendi a mão de forma involuntária, antes mesmo que ele se livrasse da camisa, quando ele a ergueu de forma suficiente para expor seu tórax. Que era lindo, gostoso, sarado... Não super forte e musculoso, mas na consistência certa. Sim, eu tive a certeza disso ao tocar. A consistência era a certa. Ai, meu Deus!

Só que eu só levei meio segundo, aparentemente, para tocá-lo e registrar esses pensamentos nada inocentes. Porque o Samuel imediatamente exclamou essas palavras, não apenas falou, ele exclamou mesmo, em um volume de voz mais alto, como se estivesse zangado. O que ele estava mesmo, logo percebi ao olhar para o rosto dele. E, ainda assim, zangado comigo, ele estava gato.

Ele segurou meu pulso, o que fez com que a minha mão ficasse ainda mais comprimida contra aquela barreira de músculos, e fez com que meus dedos se abrissem e espalmassem involuntariamente um pouco mais sobre aquela pele. O que deixou o cara ainda mais zangado, fazendo com que ele logo retirasse o meu braço de cima dele, e o empurrasse para longe de seu corpo. Mas não de um modo bruto.

- Eu nunca... – ele começou a dizer.

Ele parecia estar se controlando para falar, para controlar sua irritação, ao mesmo tempo em que voltava a colocar a blusa de volta ao seu lugar original. Acho que desistiu de me emprestar. E me olhava muito sério, quando completou a frase.

– ...te dei permissão para me tocar. – ele acabou dizendo.

E, meu Deus, os olhos dele eram tão azuis! E havia algo nesse homem, algo que eu nunca senti antes, que mesmo com ele tão zangado me dava vontade de tocá-lo de novo. E de beijá-lo também. Começando pelo peito, e subindo para a boca. Eu queria, de algum jeito, enfiar minha língua na boca dele.

O que era insano. E nada parecido comigo, que sempre fui tão controlada.

Eu estava tão envolvida no meu torpor, numa espécie de onda de sensualidade que ele infelizmente não partilhava comigo, então não estava prestando tanta atenção nas palavras que ele continuava dizendo. Porque os olhos dele eram tão azuis, e a boca dele, mesmo emitindo palavras desagradáveis, era tão sexy...

Até que uma frase dita por ele me trouxe de volta à realidade:

- E, além disso, eu não gosto de mulheres fáceis.

Isso me irritou, evaporando no mesmo instante toda a atmosfera de sensualidade. Dando lugar à raiva.

Uma raiva que não era comum em mim, mas que o Jonatas tinha trazido à tona. Uma raiva que a água do mar tinha acalmado, mas não feito desaparecer. Uma raiva que voltou tão forte agora como no momento em que eu encerrei a ligação com o meu ex.

- Em primeiro lugar, seu babaca – é eu xinguei um policial, prenda-me se quiser – eu sou livre agora e homem nenhum vai me dizer o que fazer! Nunca mais! Embora eu não veja como uma mulher que se teve só um homem na vida possa ser fácil, eu posso ser fácil, se eu quiser! E eu também posso falar quantos merdas eu quiser! E mergulhar no mar! E eu posso comer tudo o que eu quiser! Porque eu sou livre! Livre para engordar, se eu estiver feliz assim, e livre para ser fácil também, se isso me fizer feliz! Aliás, eu sou livre também para voltar ao bar vestida assim!

E dito isso eu peguei as minhas coisas, o meu sapato e o meu telefone jogados na areia, e segui a trilha de volta ao bar.

O cara não disse nada, nem me seguiu, apenas ficou parado me olhando. Acho que eu o deixei chocado. Mas, quer saber? Eu não dou a mínima! Babaca!

Entrei no bar com os braços cruzados sobre o meu peito, para cobrir a blusa transparente e o sutiã vagabundo que deixava tudo à mostra. Porque eu podia estar irritada, mas não era burra. Eu não iria deixar meios seios à disposição para que outros homens babacas olhassem.

Logo que entrei, o lugar estava bem mais cheio do que quando saí, tive dificuldades para localizar a Iris. Mas acabei conseguindo vê-la ainda parada junto à porta, então marchei na direção dela. Eu ainda não sabia o que fazer, mas eu estava muito furiosa, e tinha vontade de socar alguém. Que provavelmente seria o policial, devido à ausência do Jonatas.

- Ane! – a Iris estava conversando animada com alguns amigos e parou de falar, chocada ao me ver – O que aconteceu com você?! – ela disse, logo correndo na minha direção.

- Tava muito puta de cara com o meu ex, e precisei de um banho de mar para me acalmar.

- Sério? – ela me olhou com estranheza. Acho que mesmo ela, que só me conhecia há poucos dias, sabia que fazer loucuras não era algo que combinasse muito comigo. – Ele deve ter te deixado muito irritada. – ela concluiu ao me analisar dos pés a cabeça.

- Deixou. – eu pronunciei as palavras meio de mau humor.

- Vamos dar um jeito em você – ela disse, me puxando até o banheiro. Quando fechou a porta com a gente lá dentro, ela perguntou – Quer falar sobre isso?

- Não. Só que os homens são os babacas. Todos eles. E seria uma boa se eu sentisse atração por mulheres, para nunca mais me envolver com babacas. Pena que eu não tenho.

A Iris fez com que eu tirasse a blusa molhada e nós duas tentamos melhorar seu estado secando naqueles secadores de mão com vento quente. Talvez resolvesse um pouco, se eu estivesse com paciência de ficar algum tempo parada ali. Só que eu não estava.

- É – ela falou, achando graça – Só que algumas mulheres são babacas também. Aliás, várias são.

- Nesse momento estou com vontade de chutar a bunda de alguém. – eu falei, ainda tentando secar a roupa.

Estava meio patética parada junto ao secador, com um sutiã transparente, ainda mais com as mulheres entrando e saindo do banheiro sem parar. Havia três cabines privativas às nossas costas, estávamos em frente à pia. Aliás, uma dessas mulheres que saia não foi nada discreta ao olhar para os meus peitos ainda vestidos só com o sutiã transparente. O que fez a Iris dizer, dando uma risadinha:

- Se você quiser mesmo pegar mulher, acho que já tem uma candidata.

E isso, ao invés de me irritar, me fez rir também. Era engraçado.

Depois, a Iris me fez trocar de sutiã com ela, já que ela estava de blusa preta e a transparência do meu não ficaria visível. E nem o molhado, provavelmente.

- Hoje estou com um top de ginástica – ela explicou – mas ele é preto. Você vai ficar estilosa com uma blusa meio molhada branca e com um top preto, mas pelo menos não fica exposta.

- Obrigada. – eu falei. Estávamos meio que dando um show restrito à plateia feminina, trocando de roupas em frente à pia mesmo, mas a Iris não ligava. E nesse momento nem eu.

"Pode olhar, só não pode tocar". Foi o que eu pensei. Então, talvez, o Samuel tivesse razão ao ter ficado irritado comigo. Sim, por isso sim. Mas ele não tinha razão por ter me chamado de fácil. Mesmo se eu fosse fácil, se eu desse para todos os caras porque eu queria e gostava, ele não tinha nada a ver com isso.

- E quanto aos teus cabelos? – a Iris perguntou, enquanto eu analisava o meu reflexo, tentando pentear os fios rebeldes com os dedos das mãos.

Eu parecia uma gata molhada. Ou, na verdade, uma cachorra molhada sem dona.

- Daqui a pouco ele seca – eu disse, não ligando muito. – Só vai ficar um pouco crespo. Na verdade, a progressiva está perdendo o efeito, e eu estou pensando em assumir os crespos. Tenho saudades do crespo.

E de mim, eu completei em pensamento, tenho saudade de mim. O fato de eu ser livre para ser quem quiser faz com que eu me sinta perdida, sem saber quem quero ser.

Confuso? Eu sei.

- Eu gosto dos meus cabelos crespos – ela disse. – Mas quando eu tinha uns treze anos queria me encaixar e queria que os meninos olhassem para mim, então tentei alisar. Acho que passei um ano alisando todos os dias, mas hoje não faço isso. Só às vezes, quando quero mudar e enjoo da minha cara, daí eu aliso um pouco. Aliás, já pintei os cabelos até de rosa uma vez e em outra de azul, e deixei a minha mãe louca – ela deu risada, e eu também. – A gente não precisa ser igual sempre. Mas precisamos nos amar do jeito que escolhermos ser.

- É. – eu falei ainda tentando dar uma melhorada no meu visual em frente aos espelhos - Acho que o cara que quiser ficar com a gente tem que nos amar do jeito como somos. Não pode querer controlar nosso peso, nem sugerir que a gente mude os cabelos.

- É isso aí! – ela sorriu – Então desistiu de odiar os homens?

- Mas ou menos. – dei um sorrisinho – Acho que ainda quero chutar um.

- Quer ir embora, Ane? Posso te dar a chave do meu carro, depois peço carona com alguém.

Sim, ela conhecia um monte de gente, então sabia que não seria difícil para ela arranjar carona. Mesmo assim, era gentil da parte dela. A gente mal se conhecia e ela estava sendo uma ótima amiga.

- Não. – respondi.

Não queria mesmo voltar para o quartinho e ficar sozinha. Isso me faria pensar, o que me levaria a ficar triste. Eu não sabia o que fazer da minha vida, e o Jonatas não querendo mandar minhas coisas estava dificultando tudo.

Amanhã era o último dia do ano. E era estranho, e deprimente, saber que eu não tinha sequer alguém com quem passar a virada de ano. Alguém que eu conhecesse há mais tempo do que alguns dias. Alguém para chamar de família. Sim, eu poderia voltar e passar o ano novo com a Bruna, sabia que ela me acolheria bem. Mas fazer isso, voltar, de alguma forma era assumir a minha derrota. E era ter que encontrar o Jonatas.

- Quer ficar um pouco mais? – ela se animou – Eu já cantei uma música e em breve voltarei para o palco!

- Eu... – ainda me sentia meio puta da cara, e um pouco de adrenalina continuava correndo nas minhas veias, o que me dava coragem. – Posso cantar junto?

- Sério? – ela parecia ter curtido a ideia - E você sabe cantar?

- Não sei, mas você disse que seria divertido. E nesse momento, preciso muito de algo divertido.

- Para não chutar alguém. – ela completou, achando graça.

- É.

- Tem alguma música em mente? – ela perguntou.

- Você sabe cantar em inglês?

- Eu sei enrolar – ela sorriu – E nesse momento, eu te garanto, muita gente está bêbada demais para notar. E eu não ligo se for pagar mico. Vai ser divertido igual.

- Espero que sim. – falei sorrindo. Era uma ideia legal. Pelo menos, era emocionante e assustador o suficiente para me livrar de outros pensamentos. – Teu celular está com internet? Queria te mostrar a música que eu queria, para ver o que você acha. Ela é perfeita!

- Tá sim. Tenho a senha do wi-fi daqui. O Matias me passou desde o ano passado. Qual é a música? – ela perguntou, já abrindo no Youtube.

- Since you been gone, da Kelly Clarson.

- Bom... - ela comentou, ao ouvir a música. – Eu conheço a letra, mas não faço ideia do que vai sair quando eu cantar... E ela parece com você, a cantora, nesse clipe. O cabelo e tal...

- Você acha?

- Acho. E o que a letra quer dizer? Eu até sei um pouco de inglês, mas não o suficiente para traduzir.

- Tem o refrão: "Desde que você foi embora, eu posso respirar pela primeira vez. Eu estou seguindo em frente. Graça a você, agora eu tenho o que eu quero."

- É perfeito! Mas, e você, o que você quer?

- Eu ainda não sei, mas pretendo descobrir em breve.

- Certo, então vamos pagar esse mico juntas. Aliás, acho que agora a banda da casa vai estar completa, para se juntar a nós, se eu pedir. Posso ver se eles estão a fim?

- Claro. – respondi.

Quando mais gente no palco, mais divertido. E menos chance de alguém prestar atenção em mim. No que eu tinha me metido mesmo?

Ser corajosa... Era o meu novo lema. Eu não tinha entrado no mar em plena noite? Então cantar em um bar seria fichinha... Quero dizer, a gente não tinha como ser pior do que o casal que tocava agora só acompanhado por um violão, com a voz dela desafinando em vários momentos... E ninguém estava vaiando, pelo menos.

A Iris foi falar com o Matias, e eu fiquei em suas costas, só olhando sem conseguir escutar a conversa direito. Mas vi quando ele assentiu com a cabeça, concordando com o que ela dizia.

- Feito! – ela disse, me levando para um lugar pouco longe dele. Ela estava bem animada, mais do que o normal. O que me levou a desconfiar que o motivo que a fez falar com o cara, o dono do bar, não tinha sido só a música. Ela parecia gostar bastante dele – Eles vão tocar com a gente. Todos eles. Aliás... – ela olhou para mim, antes de acrescentar suas próximas palavras, com um ar bastante risonho – Te contei que o tio Samuel toca bateria? Ele acabou o turno dele, então vai se juntar com a gente.

- Ele... vai? – eu disse, sem saber o que pensar, inicialmente chocada demais para isso.

Seria uma boa ideia? Demorei alguns segundo tentando chegar a uma conclusão.

Ah, seria, eu mostraria para o babaca que não tô nem aí para ele.   

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