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Capítulo 8 - Caos instaurado ♬

Os gritos ecoavam por toda a cozinha e os empregados não conseguiam mais disfarçar que estavam prestando atenção na discussão das patroas. A sra. Fonseca não ficou nada feliz com o pontapé de Laura em Itamar, questionando a boa educação e temperamento da filha. Engraçado, elas tinham esse mesmo traço de personalidade.

— Como pôde tratar um dos homens mais poderosos dessa cidade como se ele fosse um saco de bosta? Nossa fazenda vai ser arruinada por causa do seu atrevimento! — berrou a matriarca, fisgando os últimos traços de sanidade da ruiva.

— Ah, então ele pode vir aqui e tratar todo mundo como bosta porque tem dinheiro, mas eu não posso fazer o mesmo? Ah, por favor! Ele mereceu! — bradou com fúria, travando uma guerra nada silenciosa com a mãe.

Eu permaneci na beirada da mesa, ouvindo tudo e tentando ser neutro nessa briga territorial, mas jamais teria coragem para me intrometer, algo me diz que a raiva está vindo por causa de outras questões também.

— Seu pai jamais faria uma coisa dessas. Nunca, nunca mesmo... Ele se importava com as pessoas da fazenda e respeitava os mais velhos, coisa que você não fez! Aposto que seu pai estaria com vergonha se pudesse ter visto o que fez hoje!

— Uma pena, mãe. Uma grande pena, porque ele MORREU e não aqui está para cuidar dessa fazenda da forma que você gostaria. Esse é o meu jeito. Se eu não me importasse com essas pessoas, teria vendido nossas terras para o primeiro homem que abrisse a carteira. Mas, quer saber? Você só está chateada comigo desde que eu cheguei, na verdade, desde que eu saí dessa cidade. Sabe por quê? Porque você jamais teve a capacidade de ir embora! Porque sempre viveu às custas do seu marido!

Um tabefe. Laura ganha uma tapa tão forte no rosto que sua pele branca, está marcada pelos dedos de sua mãe. Um silêncio inquietante paira em duas, respirando ofegantes, magoadas e cheias de questões pendentes.

— Se você hoje tem o luxo de escolher não depender de um homem, é porque eu te proporcionei uma vida melhor do que a minha. Eu precisei chorar muitas vezes para que você pudesse sorrir, brincar, ter uma vida de princesinha do papai. Meu erro. Você deveria ter sido criada como uma mulher da roça. Só assim para aprender que o mundo e as pessoas não estão aos seus pés, madame. Sra. Fonseca dá a cartada final e sai da cozinha, deixando todos em silêncio.

— Você não sabe das coisas que eu passei, mamãe... Não sabe o que aconteceu enquanto fingíamos ser uma família feliz... — Laura disse baixinho, retirando-se da cozinha e sem olhar para mais ninguém. Toda a atmosfera da fazenda parecia ter mudado; voltamos a fazer exatamente o que sempre fazemos todos os dias.

***

Tentei me ocupar com o trabalho para que o dia passasse mais rápido, porém, sem tanto sucesso. A briga de mãe e filha ainda era o assunto mais quente da fazenda. todos só falavam sobre isso e já estava começando a me irritar. Nenhuma das duas merecia aquilo, mesmo com todo o calor do momento. Elas precisam colocar os assuntos em dia, consertar o relacionamento de mãe e filha. Quem me dera se eu tivesse mais uma chance para consertar as pendências com meus pais...

Alheio às fofocas e burburinhos, o dia finalmente tinha acabado e eu pude tomar um banho e preparar uma refeição decente com bastante carne, legumes e verduras. O cheiro estava uma delícia, mesmo que Laura e a Sra. Fonseca não tenham saído de seus quartos. Preparei a sopa e entreguei para a matriarca, que não estava a fim de conversas. Apenas pegou o prato e me agradeceu. Saí em seguida, tentando ter sucesso na outra abordagem. Ao chegar no quarto de Laura após bater à porta e ter sua permissão para entrar, a encontrei deitada em sua cama, amuada e com os olhos inchados de tanto chorar. 

Ela se encolheu num canto e murmurou, recusando a sopa e dizendo que não estava com fome. Insisti e tentei me aproximar, acariciando o rosto macio da mulher bonita e magoada à minha frente. Eu não a conhecia, mas Laura tinha me conquistado de verdade. Pela sua coragem, pela ousadia e beleza, mas algo me dizia que isso não chegava nem perto de mostrar quem ela era. Eu estou cada vez mais intrigado e curioso, devo confessar.

— Estou com vergonha do que aconteceu hoje... — admitiu baixinho, sem me olhar nos olhos. — Não queria que você tivesse visto aquilo. Estou me sentindo uma criança mimada, nem devo imaginar as coisas que você pensou de mim... 

— Eu não tenho que pensar nada, isso não é um assunto meu. Assunto de patrão é assunto de patrão — digo com firmeza, transmitindo total seriedade. — Eu sinto muito que as coisas entre vocês tenham acabado assim, de verdade... Espero que as desavenças se consertem entre vocês. 

— Eu exagerei, não deveria ter dito todas aquelas coisas... Foi só a raiva, pelo menos algumas delas... — Laura suspira, mexe no cabelo e seus olhos lindos parecem tão perdidos agora.

— Sabe, Cadu, nem sempre as coisas foram assim... Há dez anos tudo mudou na minha vida e essa fazenda é a prova disso. Não sou mais a mesma há muito tempo. Acho que está na hora de voltar a esse passado para me libertar de vez dessa dor que me atormenta.

Eu me aproximei e esperei pelos fatos que ela contaria a seguir. Acho que Laura só queria mostrar o lado dela para as pessoas, mas ainda era cedo para que as pessoas conhecessem o lado dela que ninguém jamais pôde conhecer antes. E por alguma razão, ela estava abrindo esse passado para mim.

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