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Capítulo 7 - O começo da guerra ♬

     Voltar para casa depois de beijar a filha do chefe seria uma experiência diferente para o mero filho dos empregados há alguns anos atrás. Mas eu amadureci, hoje sou um homem e não mais um moleque. Só que honestamente, tenho na boca um sabor diferente de conquista, como se eu tivesse chegado lá, mesmo que tenha sido só um beijo.

Ainda estamos nos conhecemos e temos muito trabalho pela frente na fazenda, mas a baronesinha me conquistou desde que bateu de frente comigo no nosso primeiro contato. Agora, ela está acomodada no meu ombro, depois de ter falado sobre algumas de suas aventuras na fazenda, dez anos atrás. Eu gostaria de ter conhecido Laura antes, mas eu morava com os meus pais em uma casa mais no centro e enquanto eu estava trabalhando, ela tinha aulas particulares, cavalgava, brincava no lago, coisas que eu não podia fazer. Desde cedo tive que aprender a trabalhar na roça, ajudar minha família, talvez por isso tenhamos visões de mundo tão diferentes.

Fomos criados de uma forma onde um trabalhava duro para que o outro pudesse brincar. E não é culpa dela, eu sei que não, mas as coisas não são como a gente gostaria. E tudo bem, bola pra frente. O que importa agora são os meus planos para o futuro, já que nada mais me prende aqui. Só que é bem difícil deixar o lugar que você conheceu a vida toda para se jogar no novo... Admiro Laura por ter feito isso tão nova, poucos têm essa coragem.

Finalmente chegamos na fazenda e a noite fria e silenciosa é afastada com uma risada escandalosa de Laura. Ela resolveu beber mais uma cerveja, ignorando meus avisos sobre beber sem se movimentar. Meu pai costumava dizer que a bebia não esquentava muito o corpo quando bebemos parados, ela ficava concentrada em só lugar. E eu acredito nisso, porém, sempre quando bebo o álcool fica concentrado em um lugar nada discreto....

— Então, nos vemos amanhã, meu cowboy? — a ruiva diz pausadamente, com o entusiasmo de quem não bebe há muito tempo.

— Já virei "seu"? É preciso mais que um beijo para me laçar, senhorita Fonseca. — Brinco, sorrindo da expressão contrariada dela.

— Que tal mais um beijo então? Talvez dois... — questiona pensativa, se aproximando de mim, me afasto de uma forma discreta. Eu não iria me aproveitar de um momento de vulnerabilidade alcoólica.

— Quem sabe amanhã, já está tarde e vamos levantar cedo. Acordar com as galinhas, o resto você já sabe. — Decreto, dando um beijo discreto na testa dela. Laura acaba aceitando e subimos até o quarto dela. Nossa despedida ocorre na porta, sem nenhum toque para não atiçar o fogo no rabo de ambos os lados.

Desço as escadas, retorno para a ala dos empregados e vou para o meu quarto. Não tem muita coisa aqui, todos temos nossos próprios quartos, com banheiro, uma cama grande e tudo que pudermos utilizar de espaço. Eu tenho apenas alguns livros de montaria, colheita e sobre cultivo de café. Um roupeiro novo, uma escrivaninha com alguns desenhos que arrisco fazer dos animais da fazenda. Não sou tão bom quanto gostaria, mas isso me acalma às vezes.

Tento distrair a mente inquieta e resolvo tomar um banho quente, troco as roupas que saí por uma bermuda moletom. Me jogo na cama, tento organizar os pensamentos e acontecimentos do dia, mas acabo falhando um pouco, indo dormir mais cedo do que eu esperava. Acordei uma vez de madrugada, mas dormi novamente sem preocupações. O dia seria longo e estressante, repleto de obrigações que fazem parte da minha rotina.

[...]

    A notícia sobre a morte do Fonseca tinha se espalhado mais rápido do que poderíamos imaginar. No entanto, um boato também ganhou forças entre os compradores de gado, interessados na fazenda para reocupar seu espaço com pastos. Diversos fazendeiros se organizavam em uma fila que Rodrigo tentava manter no lugar. Rodriguinho parecia ter acordado cedo junto ao pai, usando uma camiseta verde do Ben 10 e uma bermuda de mesmo tom, numa combinação interessante com chapéu de cowboy e botinhas. Eu estou com o velho e bom jeans de sempre, botas e uma camiseta xadrez verde. Talvez o tom para nosso look de hoje seja o verde, no final das contas.

— Bom dia, vocês acordaram cedo  hoje... — sorrio, observando o movimento e o trabalho que vamos ter. Apesar do boato, seria uma ótima oportunidade para novos investidores, quem sabe.

— Essa ruma de homem tá enfurecida querendo olhar a fazenda. Alguém espalhou por aí que a baronesinha quer vender as terras do velho. Isso é verdade? — Rodrigo questiona, levantando a sobrancelha, com um olhar malicioso. — Vocês são tão amiguinhos agora...

— Eu não estou sabendo disso, deve ser apenas uma mera fofoca. Acho que a Laura não venderia a fazenda assim, apenas conversando com as pessoas. A vida de muita gente está nessas terras — reviro os olhos e tento não sorrir com a frase dele, mas acabo falhando. — Não somos amiguinhos, foi só uma noite de adultos. Um passeio, apenas...

— Sei, me engana que eu gosto, caba. Bora começar logo os trabalhos porque hoje é dia de tomar banho no açude. Esses fazendeiros só vão sair daqui depois de olhar esse lugar de cabo a rabo. — Ele diz, me olhando daquele jeito que antecipa: teremos muito trabalho pela frente.

[...]

    Mesmo com o boato e a energia caótica do local, Laura permitiu que os interessados dessem uma boa olhada em toda a extensão da fazenda. Ela escutava a todos, continuava sempre prestativa e muito bonita de vestido cor de caramelo, combinando com as botinhas da mesma cor. O cabelo ruivo estava preso numa trança lateral e mesmo com o aspecto de menina-mulher, ela mantinha a postura de uma boa empreendedora. Acho que esse traço de personalidade ela puxou ao pai.

A Sra. Fonseca, se privou de quaisquer cerimônias. Ela resolveu não sair do quarto hoje, não interagir com as pessoas e muito menos, dar atenção aos fazendeiros. Maria Rosa Fonseca, costumava ser uma mulher alegre, o tipo "mãe de todos", mas o luto a deixou mais quieta, sem brincadeiras, sem as comidas que ela adorava preparar. Mas, eu entendo, não deve ser fácil perder o amor da sua vida e assim, tão jovem... De uma forma tão súbita. Eu não sei o que é amar alguém tão intensamente assim, mas imagino que deva doer ainda mais neste caso.

Laura, distraiu-se pela fazenda, atenta, falante, contagiada por uma energia diferente esta manhã. Não pareceu que ela bebeu nada ontem, achei que estaria com um pouco de ressaca, mas que nada... Ela está melhor do que eu imaginava.

— Quando podemos fechar o negócio? Vamos, garota, eu tenho pressa e mais dinheiro do que todos aqui! — um dos fazendeiros bradou, tirando a atenção de todos os outros no que Laura dizia calmante.

— Ei, ei, calma... É só o velho Itamar, relaxa... — Rodrigo tentou intervir ao ver minha expressão. Itamar já era conhecido no nosso ramo por tratar os funcionários feito merda.

Laura sorriu, sorriu mesmo, até gargalhar. Alto o bastante para que todos os homens ficassem em silêncio, ansiosos para saber o desfecho. Apenas alguns segundos depois, ela finalmente parou de gargalhar, pôs a mão na barriga e encarou o homem soberbo, rico e pançudo à sua frente.

— E quem caralhos falou que eu vou vender a fazenda para um velho tão arrogante quanto você? Pegue seu dinheiro, enfie no seu rabo e dê o fora das minhas terras agora! —  disse num tom passivo-agressivo, pegando todos nós de surpresa.

E, claro, assim como toda ação tem sua reação, esse impasse custaria caro no futuro.

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