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Capítulo Um

— Callia, você está me ouvindo?

Pisquei meus olhos e forcei um sorriso culpado no rosto.

— Claro! — eu não lembrava de nada do que Namjoon falara, mas ele não precisava saber disso.

— Ah, é? — ele arqueou uma sobrancelha. — Então o que acha do que eu disse? — retirei o único fone do ouvido e observei a tarde que caia lá fora. Pela janela do carro as árvores se afastavam em um borrão e a intensidade do sol diminuía. Eu apostaria em uma noite fria. Voltei a olhar para meu amigo que dirigia. Sua camisa de um time de futebol antigo tremulava contra o vento, os dedos cheios de anéis seguravam o volante de forma firme. Me encostei ainda mais no banco.

— Desculpa, não ouvi o que disse. — confesso por fim.

— Você poderia prestar pelo menos um pouco de atenção em mim às vezes! — seu tom era ressentido, mas ele tentava disfarçar a voz fazendo soar brincalhona. — Eu estava dizendo que Taehyung e Hoseok mandaram uma mensagem dizendo que já chegaram na cabana.

— E a Camila? — perguntei.

— Não vai, ela bateu o carro da mãe semana passada, está de castigo por um longo tempo. Vai ser a noite dos garotos! — ele riu.

— Você está me chamando de garoto ou está me excluindo totalmente da noite? — puxo meu celular para mandar uma mensagem xingando Camila, mas desisto ao perceber que não há sinal.

— Ainda não chegamos lá. Você pode vestir alguma roupa minha, cortar os cabelos e colar com cuspe no rosto em uma imitação de barba. — reviro os olhos.

— E é por isso que eu não presto atenção em você. — em resposta, Nam acelera o carro. A velocidade brusca me joga pra frente e o cinto faz uma pressão dolorosa no meu corpo.

— Você ficou louco? — grito acima do som do vento. — Essa estrada é pedregosa! Vamos acabar derrapando! — ele ri do meu comentário e diminui a velocidade.

— Não seja tão sem graça, já apostei corrida milhares de vezes por aqui com o Jungkook e ainda estou vivo! — não respondo, achando melhor me concentrar na paisagem antes de pular no pescoço dele.

— Então vamos ser só eu, você, Jungkook, Hoseok, Taehyung, Jimin e Hailey? — Nam nega com a cabeça e afundo no banco outra vez. — Hailey não vai também, não é?

— Você está desinformada mesmo, hein!

— É o que acontece quando se passa as férias na fazenda dos meus avós! — retruco frustrada.

— Hailey deve estar agora na Itália, visitando aquela torre inclinada que eu esqueci o nome — explica ele.

— Pisa. — acrescento com um suspiro. — Que sorte a minha, passar dois dias com um bando de animais que se dizem humanos! — Nam coloca a mão no peito fazendo uma careta de ofendido.

— Vai ser legal, estou sentindo isso. — diz em um tom mais baixo.

— Ah, é? Posso saber por quê? — ele sorri misterioso.

— Porque eu vou estar lá, já é motivo pra festa! — ponho os dois fones e aumento a música até topar.

— Me acorde quando estivermos lá. — fecho os olhos e encosto minha cabeça na janela.

***

O frio é o que me faz acordar. Olho em volta ao perceber que ainda estou dentro do carro. A noite cai lá fora e não há sinal de Namjoon. Reconheço o lugar como a trilha que sempre estacionamos antes de seguir a pé por uns dois quilômetros até a cabana, já que não é permitido estacionar por lá.

— Nam? — chamo irritada. — Aquele idiota me deixou mesmo aqui? — murmuro abrindo a porta do carro. O frio me atinge violentamente, cruzo os braços a fim de me aquecer pelo menos um pouco. Abro o porta-malas só para perceber que minha bolsa já foi retirada, dentro encontro apenas uma lanterna obviamente deixada ali para me sacanear.

Ligo a única luz que tenho disponível e ilumino a estrada de barro. As árvores se agitam criando barulhos estranhos, sinto meu estômago se revirar um pouco ao entrar na trilha que me levará até a cabana.

O facho de luz ilumina apenas o bastante para que eu veja onde piso, mas não é capaz de vencer a escuridão que vem do lugar. Inspiro o ar gelado e aumento minhas passadas, olho em volta um pouco atordoada, a sensação de estar sendo seguida me acompanha de forma sorrateira.

Ouço o som de passos junto aos meus, mas ao parar, tudo fica silencioso.

— Ótimo, estou alucinando. — aperto a lanterna com força. Mas ao voltar a andar os passos retornam. Paro outra vez e ilumino o caminho que já andei. Forço os olhos tentando ver através da escuridão.

— Nam? — chamo. — Eu vou cortar sua cabeça se você me assustar! — volto a andar e os passos não me seguem. Idiota cagão!

Na metade da trilha a lanterna apaga, bato nela contra a palma da minha mão e ela volta a pegar. A situação começa a me deixar com raiva. É óbvio que isso é brincadeira do Namjoon, é bem a cara dele fazer essas coisas sem graça.

— Não, não, não. — a lanterna morre por completo, bato contra minha mão outra vez mas não tenho sorte. Tateio pelo meu celular no bolso, mas não está lá. Um medo irracional e infantil do escuro me atinge, olho em volta me sentindo perdida mesmo sabendo que preciso apenas seguir em frente.

Então eu ouço, primeiro baixinho, mas o som dos passos vão aumentando, alguma coisa que não consigo ver se aproxima de mim, e rápido.

Corro também, em frente, esperando ter calculado errado e já estar próxima o suficiente da cabana. Por que eu concordei em vir? Eu deveria ter ido pra casa ao invés de ter aceitado vir para esse lugar!

Os passos aumentam de velocidade, aumento os meus também, o som dos grilos começam a diminuir a medida que ouço apenas minha respiração descompassada. Suor começa a escorrer da minha testa, mas o aperto no meu coração se alivia um pouco assim que vejo o brilho distante das luzes da cabana.

Estou fazendo a curva na estrada quando um vulto preto surge se arrastando mais pra frente, meu coração erra uma batida enquanto meu cérebro acelera pensando no que fazer. Se eu parar de correr, o que quer que esteja atrás de mim me pega, mas se eu continuar correndo... aquilo no chão... um lobo? O que...

Algo deixa os galhos da floresta do meu lado direito e tromba em mim, grito ao cair com força no chão. Olho para a estrada vendo o vulto pequeno lá na frente se aproximar rapidamente.

Grito outra vez quando dedos agarram meu tornozelo, fecho os olhos e me debato furiosamente. Eu não tive tempo de ligar para os meus pais... pelo menos meus avós sabem que eu os amo... eu deveria ter dado atenção ao Namjoon...

As risadas explodem no meu ouvido. Por um momento fico alheia a elas. Só então noto que nada me segura mais. Abro os olhos e encontro dois vultos em pé na minha frente, na verdade, eles se dobram de tanto rir, e não há nada assustador quando Hoseok cai no chão ainda gargalhando. Uma luz forte brilha no meu rosto, fecho as pálpebras desviando o olhar.

— Meu deus, você viu como ela gritou? — Taehyung imita meus gritos afinando sua voz. Sinto a raiva correr pelas minhas veias. Ignoro a dor nos meus braços ralados e me jogo pra frente acertando socos e pontapés em qualquer corpo alcançável.

— Cal, Cal... — Taehyung se defende dos meus tapas enquanto tenta parar de rir. — Cal, merda, isso dói! — ele segura meus pulsos e eu o chuto na barriga.

— Vocês... eu odeio vocês... — sinto meus olhos arderem com as lágrimas. Em parte pela raiva, em parte pelo alívio.

— Vem cá. — Hoseok tenta me abraçar, mas o chuto na canela. — Ok, sem abraços — ele manca pra longe de mim.

Puxo a lanterna da mão de Taehyung e ilumino acusatoriamente o rosto de cada um.

— Não foi engraçado! — tento acalmar meu coração.

— A ideia foi do Nam. — retruca Taehyung erguendo as mãos em rendição.

— Claro que foi. — sussurro irritada. — E claro que as cadelinhas dele tinham que obedecer! — Hoseok dá de ombros sorrindo descaradamente. A lanterna ilumina seus cabelos loiros os deixando quase dourados.

— Foi só uma brincadeira de boas vindas. Não seríamos nós se não tivesse uma, não acha? — Taehyung afasta os cachos negros da testa e abre os braços em uma tentativa de paz.

— Eu quase morri de medo, quem de vocês estava correndo atrás de mim? — ambos olham um para o outro com uma sobrancelha erguida.

— Não estávamos atrás de você, Cal. — diz Hoseok e eu bufo com raiva.

— Ouvi passos atrás de mim, alguém estava correndo na minha direção, quem era? A brincadeira já acabou, podem responder! Ou faz parte da "parte dois" do susto? — digo grosseira.

— Não, sério. — Taehyung olha pra trás, na direção da trilha que eu corri agora a pouco. — Eu estava acocorado ali na frente, era pra você pensar que eu era um lobo. Hoseok te pegou aqui de lado, você deve estar imaginando coisas, é normal quando se está com medo. — ele oferece um sorriso acolhedor.

— Eu... — penso em retrucar, mas começo a duvidar de mim mesma, por mais que me irritem, não parece que eles estão mentindo.

— Talvez Nam tenha se juntando na brincadeira e não tenha contado pra gente. — diz Hoseok puxando meu cabelo levemente ao ver que continuo olhando por onde vim.

— Melhor a gente ir. — digo. — Estou ficando com frio.

— Aqui. — Taehyung tira a jaqueta e joga na minha cabeça.

— Droga! — murmuro quando meus braços ralados entram em contato com o coro da jaqueta. — Estou machucada e a culpa é de vocês! — piso forte enquanto saio na frente.

— Fez xixi nas calças também, bebê? — grita Hoseok quando atinjo uma distância suficiente longe dos dois.

Ergo meu dedo do meio e não olho pra trás.

***

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