Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Oito

Jimin e eu corremos pela trilha que nos levará até onde estacionamos os carros. Ele ainda segura o taco com a mão esquerda, enquanto a direita segura minha mão. Sua palma quente é, de certa forma, reconfortante.

Deixamos a trilha e caminhamos em meio as árvores, só para o caso de Jungkook estar por perto.

— Você sabe dirigir, não é? — sussurra Jimin enquanto sigo atrás dele. Tento regular minha respiração que soa alta no meio daquela mata.

— Sei. — sussurro de volta. Meus dentes rangem quando um vento frio percorre meu corpo. — Sei, sim. — repito mais pra mim do que pra ele.

Observo as árvores escuras e a forma que Jimin me guia pelo meio delas. Ele sabe andar por aqui melhor que eu, considerando que ele e Taehyung costumavam andar por essas áreas todos os verões.

Só então noto algo que eu havia deixado passar.

— Era o Jungkook que estava me seguindo quando eu cheguei. — minha voz fica tão baixa que não sei se Jimin pode ouví-la. — Eu senti que alguém me observava, — um calafrio percorre meu corpo ao imaginar Jungkook me observando enquanto eu passava por aqui. — ele deve ter corrido na frente quando Hoseok me derrubou... — minha garganta se fecha ao pensar no meu amigo que estava vivo há poucas horas atrás. — por isso que quando eu cheguei ele estava tomando banho, pra disfarçar. — digo com amargura.

— Eu não o vi chegar, deve ter entrado por alguma janela. — ele acaricia a minha mão. — Me pergunto quando ele ficou assim. — devaneia Jimin.

— Talvez ele sempre tenha sido assim, só a gente que não percebeu. — retruco. — Talvez ele até tenha...

— Shh. — Jimin põe a mão na minha boca me silenciando. Meu coração acelera subitamente, tento ouvir algum som, mas só consigo ouvir meu próprio sangue correndo em alta velocidade pelo meu ouvido. Aperto a faca contra a minha mão, a dor me faz voltar ao presente. Galhos. Galhos sendo pisados. Alguém se aproxima. Jungkook se aproxima.

E não demora muito para que possamos vê-lo. Por um momento não o reconheço, o rosto de Jungkook não carrega aquela expressão sexy e ao mesmo tempo inocente que eu estava acostumada. Não, ao invés disso, o observo com novos olhos. Os cabelos estão bagunçados pelo vento, a pele ganha toques sombrios devido a má iluminação, seu rosto carrega uma expressão tão fria e cruel que faz meu corpo tremer. E os olhos dele... escuros e ferozes.

— Meu deus. — murmura Jimin baixinho, e só então noto as roupas de Jungkook. Estão encharcadas de sangue. Penso em Taehyung e Namjoon e meus olhos se enchem de lágrimas, com horror dou um passo para trás e... crack!, piso em um galho seco, produzindo um som agourento pela mata silenciosa.

Jungkook para de caminhar e olha na nossa direção, ainda sem nos ver. O lábio dele vira uma fina linha de irritação, ele começa a caminhar lentamente até onde estamos. Em sua mão vejo algo brilhar, um facão longo e sujo de sangue. Engulo em seco e olho desesperada para Jimin.

Ele põe o dedo indicador nos lábios e estende uma mão para frente, seus olhos pedem que eu não me mexa. Então ele aperta o taco na mão e sai do nosso esconderijo, indo na direção de Jungkook, indo na direção do que pode ser sua morte.

— O que está fazendo, Jungkook? — ouço Jimin perguntar, sua voz está firme e raivosa.

— Estou fazendo muitas coisas esta noite, Jimin. Mas de qual delas você está falando? — a voz dele é fria e cortante, parece um rosnado.

— Não sei, talvez a que inclua o fato de você estar segurando uma faca e ter as roupas sujas de sangue. Sangue dos meus amigos, imagino. — a voz de Jimin também fica distante, tão fria que tenho que colocar a mão na boca para me impedir de gritar.

Espero que Jungkook discorde, que diga que Jimin está errado, que encontrou o verdadeiro assassino e que Taehyung e Namjoon estão bem, que estão pegando o carro para nos tirar daqui. Mas ele não faz isso, ele apenas ri. Sua risada me causa arrepios. Sinto meu estômago embrulhar.

— É, Jimin, acho que você está certo. Assim como estava sobre a Mônica, quer dizer, o que ela tinha que eu não tenho? — dessa vez Jimin que ri, uma risada seca e sem humor.

— Eu poderia discutir a porra da anatomia do corpo feminino com você e te explicar a diferença entre um homem e uma mulher... mas não tenho tempo pra isso. O melhor seria você fugir, Jungkook. Você é bom nisso, não é? Fuja e torça pra polícia não te encontrar, seu filho da puta!

— Acha que eu tenho medo de você, Jimin? Não vou fugir, tenho meus motivos pra ficar...

— Lily? Ela é seu motivo? — interrompe Jimin bruscamente.

— Callia, pra você é Callia. Tenho certeza que ela vai me receber bem, principalmente quando eu disser que lutei bravamente para salvar a vida dos amiguinhos dela. Mas, infelizmente, ela não vai ficar muito feliz em saber que Park Jimin matou todo mundo, talvez ela fique aliviada em saber que eu matei Jimin para salvá-la, para nos salvar. Não é triste essa história, Jimin? — do meio das árvores vejo o rosto de Jungkook se contorcer em um sorriso terrível. Meu estômago embrulha outra vez, como pude me sentir atraída por ele?

— É, Jungkook, muito triste. Mas primeiro ela teria que acreditar. E segundo... — Jimin faz uma pausa. — acho que a história precisa ser contada de forma diferente, eu não gostei do final, prefiro o meu, no qual eu esmago a porra do seu cérebro! — ouço o som dos passos de Jimin ao correr na direção de Jungkook, mas do ponto onde estou, só consigo ver o moreno, que se esquiva e ergue a faca na tentativa de machucar Jimin.

Minhas mãos tremem enquanto observo impotente os dois se cercando devagar, cada um avaliando as melhores possibilidades, avaliando as fraquezas um do outro.

Jimin é baixo enquanto Jungkook é alto, ponto para Jungkook.

Jimin é leve e se move com mais facilidade, ponto para Jimin.

Jungkook está em perfeitas condições físicas, Jimin também está. Ponto para ambos.

Jungkook parece cansado... talvez Jimin tenha alguma chance.

A luta recomeça, vejo Jimin bater com o taco na perna de Jungkook, o moreno faz uma careta e sua faca corta o ar, raspando o braço de Jimin que logo começa a sangrar.

Jungkook tem uma faca e é um assassino.

Jimin tem um taco de basebol e só quer nos tirar daqui.

O grito de dor de Jimin chama minha atenção, Jungkook tem a faca cravada na coxa do loiro. Engulo o soluço que sobe pela minha garganta. Jimin soca o rosto de Jeon com força, o moreno cospe sangue no chão e cambaleia, mas Jimin cai, a faca ainda está em sua coxa enquanto ele tenta respirar e manter a consciência.

— Ainda... ainda acha que o final da história vai mudar? — pergunta Jungkook que cambaleia de um lado para o outro tentando chegar em Jimin.

— Pro carro, pro carro! — diz Jimin e em seguida solta um grito de dor ao puxar a faca da coxa, um jato de sangue esguicha do ferimento. Ele não olha pra mim ao dizer isso, mas não consigo mover meus pés. Meus olhos estão fixos na calça rasgada de Jimin, uma grande quantidade de sangue sai de sua coxa e escorre pela sua mão que aperta a ferida.

— Você não vai entrar na droga do carro, eles tentaram e não conseguiram, seu merda. Você também não vai. — Jimin tenta ferir Jungkook com a faca que agora está em sua mão, mas ela apenas causa um ferimento leve na perna do moreno que solta um pequeno grito rouco e o chuta na coxa machucada. Jimin urra de dor.

O grito dele me desperta. Eu saio correndo.

O vento empurra meus cabelos para trás, soltando a trança que eu tinha feito rapidamente em algum momento da noite. Ouço a voz de Jungkook gritar algo atrás de mim, sei que ele está correndo na minha direção, mas ele está cansado, eu espero que isso seja o suficiente.

Faço a curva e entro na trilha, não importa mais se Jungkook vai me ver ou não, porque ele sabe que estou aqui, ele sabe para onde estou indo, ele sabe o que vou fazer.

Meus passos altos na terra e minha respiração são as únicas coisas que consigo ouvir, meus olhos se enchem de lágrimas e os pisco para afastá-las. Continue correndo, um pé depois o outro, mais rápido, mais rápido...

Tropeço em alguma coisa e sou jogada pra frente com violência, por um momento assustador eu fico suspensa no ar, até bater no chão com uma força que faz meus ossos tremerem. Fico completamente sem ar e por um momento não consigo ver nada, levo a mão ao coração e tento respirar. Eu o ouço, Jungkook ainda corre na minha direção. Pisco algumas vezes e levanto, meus ossos protestam e minha mente pede que eu me deite de volta no chão, mas vou contra essas vontades. Volto a respirar com dificuldade e minha visão também retorna.

Namjoon.

Foi no corpo morto de Namjoon que eu tropecei, ele está deitado a alguns metros longe de mim, o rosto voltado para o céu sem estrelas. Um grito de dor escapa da minha garganta.

Mas então eu consigo distinguir a forma de Jungkook que se aproxima de longe, chegando cada vez mais perto.

Retorno a correr, mesmo que minhas pernas estejam dormentes, mesmo que Jimin tenha ficado para trás, mesmo que meu braço direito esteja latejando, mesmo que eu sinta o sangue que jorra dos novos arranhados que adquiri, mesmo que doa a cada respiração... eu corro.

As árvores voltam a passar como um borrão pela lateral dos meus olhos, dessa vez, vejo um montinho no chão a minha frente. Eu pulo por cima do corpo de Taehyung, meu coração parece ter ficado em algum lugar ali atrás, mas sei que não posso buscá-lo. Nunca mais poderei.

Avisto o carro de Jimin parado a alguns poucos metros a frente e corro ainda mais, até achar que vou cair de exaustão. Rostos aparecem na minha frente. Hoseok, enquanto ri de alguma piada que ele fez e só ele entendeu. Namjoon, cantando a plenos pulmões uma música qualquer que tocava no rádio quando estávamos vindo para cá. Taehyung e seu enorme sorriso enquanto montava em um dos cavalos na fazenda dos meus avós. E Jimin, o último rosto que vejo, Jimin sorrindo pra mim do jeito que ele fazia quando achava que eu não estava vendo, aquele sorriso doce que preenchia seu rosto todo e fazia meu dia melhor.

Abro a porta do carro e me jogo no banco do motorista, coloco a chave e ligo o veículo, os faróis se acendem e iluminam a trilha. Vejo Jungkook parar a poucos metros do carro. Ele olha para mim com ódio e eu devolvo o olhar.

Eu poderia acelerar o carro, eu me vejo acelerando, ouvindo o som que o metal do veículo vai fazer ao bater no corpo desgraçado de Jungkook, penso em como vou me sentir melhor ao ver o corpo do garoto ser lançado para trás feito um fantoche.

Eu dou ré.

Contrariando todos os meus pensamentos, eu me afasto. Porque não vou matá-lo, não era o que Jimin iria querer. Não vou virar uma assassina. Não vou ser alguém como ele.

Os olhos estreitos de Jungkook enquanto me afasto é a última coisa que vejo pelo retrovisor do carro.

***

Postei mais cedo e saí correndo.

Penúltimo capítulo!💙

Lembrem de votar!💙

Beijinhos!💙

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro