𖡼 1977; Fifith Year - Fuck Off
O começo do ano não estava sendo muito bom. Anastasia tinha plena consciência que estava sendo insistente demais com Regulus para que conversassem, principalmente quando ele parecia ter voltado péssimo depois de passar o Natal em casa. Ela havia tentado ser uma namorada compreensiva, entender o que estava acontecendo na vida de Regulus, os motivos pelos quais ele andava tão ansioso, e o que havia recebido em troca, foi Regulus dizendo para que ela cuidasse da própria vida, no meio de uma aula de poções, com a turma inteira escutando. O coração de Anastasia pesou naquele momento, ainda mais quando Slughorn perguntou se estava tudo bem entre os dois ou teria que os separar.
Regulus se arrependeu na hora que as palavras deixaram a sua boca, ela viu isso em seus olhos, mas era tarde demais. Anastasia trocou de bancada com Pandora, vendo alunos da sonserina darem risadinhas, provavelmente adorando aquela intriga entre Regulus e Anastasia, pois eles a odiavam por ser namorada de um deles. Anastasia não podia se importar menos. Depois daquela maldita aula, Regulus até tentou conversar com ela, mas Anastasia não queria. Os próximo três dias foram repletos de tentativas frustradas do sonserino de achar sua namorada, mas sem sucesso. E agora, ela estava no lugar que ele menos gostava de estar: ao lado dos marotos.
-Por que essa cara azeda, Wildling? - James zombou, jogando uma bolinha de papel nela. Anastasia revirou os olhos; talvez não tivesse sido a melhor das escolhas passar o intervalo com eles, mas lá estava ela, sentada ao lado de Remus, só querendo um minuto de paz e de distância de Regulus. -Fiquei sabendo que você e seu namoradinho andaram se desentendendo nas aulas. A fofoca corre solta, sabe.
-Cuide de sua vida, Prongs. - Anastasia retrucou, abrindo o livro para se manter afastada daquela conversa. Não funcionou.
James não parecia disposto a deixá-la em paz tão facilmente, como sempre fazia quando percebia uma oportunidade de provocá-la, quase como se amasse ver o circo pegando fogo. Ele riu, jogando outra bolinha de papel na direção dela, dessa vez mirando a capa do livro que Anastasia segurava. Ela bufou e ergueu o olhar, pronta para disparar uma resposta ácida, mas foi interrompida por Sirius, que se juntou à conversa com seu típico sorriso malicioso, sabendo que iria irritar Anastasia ainda mais.
-Ah, vamos, Wildling. - Sirius disse, inclinando-se para perto dela. -Está tudo bem, não precisa esconder que o príncipe da Sonserina finalmente mostrou as garras.
-Eu disse para cuidarem das suas vidas. - ela retrucou, mais firme, fechando o livro com força. -O namorado é meu e quem precisa estar incomodada sou eu, não vocês. Literalmente não interessa.
James e Sirius trocaram olhares divertidos, claramente satisfeitos por estarem conseguindo irritá-la. Remus, que até então havia ficado calado, cutucou James de leve, como quem tentava pedir um pouco de calma. Afinal, de fato, aquilo não era da conta deles.
-Vamos lá, gente. - Remus disse em tom de advertência. -Não precisam ficar provocando.
-Remus tem razão. - acrescentou Peter, quase em um sussurro, tentando não entrar no fogo cruzado.
Anastasia soltou um suspiro, virando-se para Remus e, por um breve momento, sentiu-se um pouco mais tranquila com sua presença ali. Ele sempre fora o mais sensato do grupo, e talvez o único capaz de acalmá-la quando estava prestes a explodir, sempre sabendo exatamente o que fazer para controlar as merdas de James e Sirius. Ela de perguntava porque sequer era amiga deles, afinal. Tinham tantas atitudes questionáveis que fazia Anastasia ficar em dúvida as vezes. Antes que Anastasia pudesse agradecer o gesto de Remus, Sirius voltou à carga.
-Mas, de verdade, Annie. - ele disse, olhando para ela de forma mais séria agora. -O que foi que ele fez? A Sonserina inteira estava comentando. Deve ter sido algo sério.
Anastasia olhou para ele, sem saber se deveria responder ou simplesmente se levantar e ir embora. Ela não gostava de expor seus problemas com Regulus, ainda mais para os Marotos (e principalmente para Sirius), que se divertiam à custa de qualquer fraqueza da Sonserina. Mas, ao mesmo tempo, sentia um peso no peito que parecia difícil de carregar sozinha. E, bem... Eles eram os amigos mais próximos dela depois de Pandora, e Pandora tinha presenciado toda a cena de camarote.
-Ele foi um idiota. - admitiu, a voz mais baixa do que pretendia, os olhos queimando pelas lágrimas que tentava segurar. -Me mandou cuidar da minha vida no meio da aula de poções, na frente de todo mundo.
James levantou as sobrancelhas em surpresa, e até mesmo Sirius pareceu um pouco impressionado. Definitivamente, nenhum deles esperava isso levando em consideração o quão apaixonado Regulus claramente era por Anastasia.
-Caramba. - Sirius disse, balançando a cabeça. -Isso é pesado, até para o Reg.
James sorriu de canto, inclinando-se para mais perto, com aquele olhar de quem está pronto para cutucar a ferida de alguém.
-E você acha que vai perdoá-lo? - perguntou James, parecendo interessado demais na resposta.
Anastasia mordeu o lábio, sentindo o desconforto crescer dentro dela. Não sabia como responder. Parte de si queria perdoá-lo, mas outra parte ainda estava machucada demais para sequer considerar a possibilidade. Queria um tempo e distância, apenas isso.
-Eu... não sei. - ela respondeu, desviando o olhar para o livro que agora estava fechado em seu colo. Remus, percebendo o desconforto, colocou uma mão suave no ombro dela.
-Você tem todo o direito de sentir o que está sentindo. - ele disse, sua voz calma e reconfortante. -Não precisa tomar uma decisão agora.
Anastasia respirou fundo, sentindo-se um pouco mais à vontade com a gentileza de Remus. Ela sabia que ele tinha razão. Não precisava decidir nada naquele momento, especialmente com todos os olhos nela. Mesmo assim, não pôde evitar que o pensamento de Regulus, tentando falar com ela nos últimos dias, invadisse sua mente.
-Obrigada, Remus. - disse finalmente, com um pequeno sorriso. Mas antes que a conversa pudesse ficar mais leve, James abriu um sorriso travesso e apontou para algo atrás dela.
-Olha só quem está vindo. Acho que o Regulus encontrou você.
Anastasia se virou rapidamente, o coração disparando no peito, e lá estava Regulus, atravessando em direção a ela. Seus olhos estavam fixos nela, e havia algo desesperado em sua expressão. E ela sabia que teria um problema.
A verdade é que ela não sentia vontade de falar com Regulus naquele momento. Tinha passado os últimos meses tentando ter uma conversa com ele, pois sabia que precisavam daquele momento, sabia que havia muito a ser resolvido. Anastasia não ficaria para sempre esperando Regulus decidir se iria seguir tudo o que a mãe mandava ou iria viver a vida do jeito que ele de fato queria. Ela estava começando s ficar farta da lealdade cega de Regulus a casa Black, desejando que ele fosse um pouco mais como Sirius. Que ele tivesse um pouco mais de braveza para enfrentar a própria mãe e se livrar de suas práticas abusivas. Queria que Regulus percebesse que podia ser feliz longe daquele lar abusivo, que Anastasia estava ali para ajudá-lo com qualquer coisa, que Sirius estava lá pars ajudá-lo. Mas Regulus se recusara a discutir isso em todas as tentativas de Anastasia e, ainda por cima, havia a mandado cuidar da própria vida.
Ela o amava; mesmo sem conseguir dizer isso em voz alta, Anastasia tinha plena consciência do que aquilo em seu peito significava. Ela facilmente poderia imaginar uma vida ao lado do Regulus, mas não daquele jeito, não enquanto vivessem em mundos completamente paralelos. Mesmo que seu coração pertencesse a Regulus, existia um limite para até onde Anastasia podia suportar. Ela odiava o fato de que Regulus se recusava a notar o que estava errado ou aceitar ajuda de outras pessoas. Mais que isso, Anastasia odiava o como ele a fechava para fora de seus problemas, como se ela não fosse ninguém em sua vida.
-Anastasia... - Regulus se parou diante dela, fazendo uma careta de desgosto para James e Sirius por um instante antes de volta a atenção inteiramente para ela. -Podemos conversar?
Ela não queria. Definitivamente, Anastasia não queria conversar com Regulus naquele momento, ela queria paz. Não precisava escutar mais desculpas mal elaboradas ou uma justificativa nada plausível. Ela só queria aproveitar o resto de intervalo ao lado de seus amigos e depois ir para aula de transfiguração, longe de Regulus e seus olhares.
-Eu realmente não quero conversar com você nesse momento, Regulus. Dá um tempo, sério. - Anastasia disse, pegando suas coisas para se afastar de todos eles. Regulus respirou fundo, olhando para ela como se Anastasia tivesse acabado de soca-lo no estômago, mas ela pouco se importou. Ela dera a Regulus tempo o suficiente para aquela conversa antes, e estava farta de precisar esperar por um milagre.
Regulus deu um passo à frente, claramente desesperado para impedi-la de ir embora. Ele abriu a boca, hesitando antes de falar, como se estivesse escolhendo com cuidado cada palavra que diria a seguir. No entanto, antes que pudesse dizer qualquer coisa, Sirius se adiantou, ficando entre ele e Anastasia, com um sorriso desafiador.
-Ei, ei, ei, Reggie. Acho que a Wildling pediu um tempo, certo? - Sirius disse de forma calma, tentando amenizar uma situação prestes a ficar pior. -Talvez você deva respeitar isso.
Regulus lançou um olhar afiado para o irmão mais velho, os lábios apertados em uma linha fina. Ele claramente não queria brigar com Sirius, mas estava à beira de perder o controle, algo raro para ele. Era claro o como Regulus estava incomodado com toda a situação e principalmente por ter uma plateia ao seu redor, mas era algo que ele podia lidar se significava ter o perdão de Anastasia.
-Sirius, isso não é da sua conta. - disse Regulus em um tom frio, os olhos fixos em Anastasia, que já estava de pé, se afastando. -Anastasia, por favor... só me escuta.
Mas Anastasia não parou. Ela continuou caminhando, sentindo o coração apertar ainda mais a cada passo. Não podia continuar com aquela discussão ali, na frente de todo mundo, não podia se deixar levar pelo olhar de arrependimento de Regulus, aquele que já a tinha feito ceder muitas vezes. Já tinha passado por isso antes. Já havia ouvido promessas que, no fim, se desmanchavam como fumaça.
Remus, em silêncio, observou a cena, claramente preocupado com o rumo que aquilo estava tomando. James, que geralmente seria o primeiro a fazer um comentário sarcástico, apenas observava, talvez entendendo que, naquele momento, havia algo mais em jogo.
-Regulus, dá um tempo a ela. - Remus interveio, tentando acalmar a situação. -Forçar uma conversa agora só vai piorar as coisas.
Regulus parecia prestes a protestar, mas ao ver que Anastasia já estava longe o suficiente, ele deixou os ombros caírem em derrota. Ele sabia que forçar a situação apenas a afastaria ainda mais. Ele ficou ali parado por um momento, sem saber o que fazer, até que, finalmente, deu meia-volta e saiu do pátio, desaparecendo nos corredores do castelo. Sirius suspirou, balançando a cabeça.
-Ele não aprende, não é?
Remus olhou de relance para Sirius e James antes de voltar sua atenção para o lugar onde Anastasia havia desaparecido.
-Eu acho que ele quer aprender. Só não sabe como. - Remus comentou e James deu de ombros, sempre o menos disposto a entender o lado de Regulus.
-Talvez ele só precise de mais umas lições de vida. Ou talvez a Anastasia seja essa lição. - James murmurou. Sirius permaneceu em silêncio por um momento, seu sorriso de escárnio dando lugar a uma expressão mais séria.
-Eu só espero que, se ele aprender, não seja tarde demais.
Anastasia, agora distante da confusão, encontrava refúgio em um canto mais tranquilo dos jardins de Hogwarts. As emoções ainda agitavam seu peito, mas, por ora, ela sabia que precisava de um tempo. Precisava de paz para processar tudo o que tinha acontecido. Sabia que amava Regulus, mas também sabia que não poderia continuar esperando indefinidamente para que ele se decidisse. E ela queria tanto que ele escolhesse o caminho o quão poderiam permanecer juntos, e não aquele que arruinaria tudo.
Ela respirou fundo, sentindo o vento frio contra seu rosto, e fechou os olhos por um momento, tentando encontrar algum tipo de clareza em meio à turbulência de seus sentimentos. Seja lá o que viesse a seguir, ela sabia que seria forte o suficiente para lidar com isso, mesmo que seu coração estivesse dividido.
Ela sabia que era impossível fugir para sempre. Às vezes, quando queria muito algo, Regulus conseguia ser particularmente insistente. Era assim que ele estava agora, olhando para ela de força incisiva do outro lado do Salão Principal, sentado na mesa da Sonserina durante o jantar. Apesar das tentativas de o ignorar e fingir que nada estava acontecendo, era impossível de o fazer pela forma que Regulus a olhava. E ainda tinha Pandora, que estava cutucando Anastasia e a dizendo que ela deveria dar uma chance a Regulus de se explicar, o que apenas servia para fazer a corvina revirar os olhos e querer bater em sua própria amiga.
Depois do jantar, Anastasia não conseguiu escapar. Antes mesmo que tivesse chances de seguir rumo a Sala Comunal da Corvinal, Regulus a achou, já a esperando no meio do caminho. Anastasia sequer pode dar meia volta e seguir por outro lugar, por Regulus foi rápido em segurar sutilmente seu braço, pedindo para que ela esperasse. Com um longo e pesado suspiro, Anastasia o fez. Sabia que precisavam conversar e, no final das contas, não dava para fugir eternamente.
Anastasia sentiu o peso da tensão no ar enquanto se preparava mentalmente para o que viria. Ela sabia que aquela conversa precisava acontecer, mas tão pouco era fácil. O toque de Regulus em seu braço foi suave, mas carregado de urgência, como se o próprio movimento fosse uma súplica para que ela não se afastasse. Anastasia não iria. Nunca conseguia o fazer por muito tempo.
Ela olhou para ele, finalmente encarando aqueles olhos azuis-acizentados que pareciam sempre saber mais do que ele deixava transparecer. Por um breve momento, houve um silêncio entre os dois, interrompido apenas pelas vozes distantes dos outros estudantes que ainda perambulavam pelos corredores.
-Precisamos conversar. - ele disse, sua voz baixa e contida, como se não quisesse que mais ninguém ouvisse além dela. Anastasia sabia que não havia escapatória. Mesmo que tudo dentro dela gritasse para virar e correr, havia algo na presença de Regulus, na maneira como ele a olhava, que a fazia ficar.
-Está bem. - ela respondeu, cruzando os braços defensivamente. -Fale.
Regulus hesitou por um segundo, o suficiente para que ela percebesse que, por trás daquela fachada tranquila e controlada, ele também estava nervoso. Ela não queria ser dura com ele, mas havia aprendido da pior forma possível que Regulus tinha uma incrível tendência de fugir de todos seus problemas sempre que as coisas começavam a ficar difíceis. Daquela vez, ela naoo daria brechas para fazer isso.
-Eu sinto muito, Anastasia. - o suspiro que Regulus deu era de alguém cansado de cometer erros, e aquilo fez o coração dela apertar um pouco, mesmo que não devesse. -Eu sei que você não quer ouvir isso, mas eu errei. Não devia ter deixado as coisas chegarem a esse ponto sem falar com você.
Anastasia permaneceu em silêncio, seus olhos verdes avaliando cada palavra. Ela sabia que o que quer que fosse dito ali poderia mudar tudo entre eles. E ele também sabia disso, pois Regulus respirou fundo, os ombros tensos, como se estivesse carregando um peso invisível. Seus olhos cinzentos brilharam com uma mistura de arrependimento e algo mais profundo, algo que Anastasia reconhecia, mesmo que ele raramente permitisse que os outros vissem: vulnerabilidade.
-Eu estou preso, Anastasia. - ele começou, a voz levemente trêmula. -Entre o que eu sinto e o que minha família espera de mim. Todos os dias, eu tento me convencer de que posso equilibrar isso, que posso ser o que eles querem sem perder quem eu sou... mas é como andar numa corda bamba, e cada movimento parece que vai me derrubar.
Anastasia escutava, sem interromper, observando a maneira como Regulus lutava com suas palavras. Era raro vê-lo tão aberto, tão honesto. Ele sempre foi o tipo de pessoa que mantinha seus sentimentos trancados a sete chaves, protegendo-se atrás de um muro de compostura e controle. Ver essa barreira se quebrar, mesmo que apenas um pouco, era algo que ela nunca imaginou que presenciaria.
-Eu não queria te envolver nisso. - ele continuou, os olhos se fixando nos dela. -Você não merece carregar esse fardo. Eu tento ser forte por eles, por mim, mas com você é diferente. Eu... eu queria poder te dar tudo o que você merece. Mas... minha família...
Ele desviou o olhar, incapaz de continuar. A frustração e o conflito estavam estampados em cada traço de seu rosto, e Anastasia sentiu seu coração apertar. Ela compreendia o que ele estava passando, e queria que Regulus soubesse que ela estava ali. No fundo, Anastasia sempre soube que a lealdade de Regulus à sua família era tanto uma bênção quanto uma maldição. Ele era um Black, e isso trazia consigo um peso que poucos entendiam.
-Eu sei. - ela disse, quebrando o silêncio. Sua voz era baixa, mas firme. -Eu sei o quanto isso é difícil para você, Regulus. Sei o que sua família representa, e sei que você sente que está dividido entre dois mundos. Não é justo, mas é a sua realidade.
Regulus ergueu os olhos para ela, como se as palavras dela fossem ao mesmo tempo um alívio e um peso ainda maior. Ele tentou se aproximar, mas Anastasia se afastou sutilmente, vendo a mágoa crescer nos olhos dele.
-Mas você também sabe. - ela continuou, com um leve suspiro. -Que vai chegar um dia em que você vai ter que escolher. Não pode viver para sempre entre o que você sente e o que sua família quer. Vai ser doloroso, de qualquer forma.
Ele ficou em silêncio, o conflito estampado em seu rosto. Regulus sabia que ela estava certa. Ele sempre soube. O que ele não sabia era como tomar essa decisão sem perder tudo no processo. Ele sabia que perder Anastasia seria insuportável, mas desagradar sua família parecia igualmente devastador.
-Eu só preciso de mais tempo. - ele sussurrou, como se estivesse implorando não apenas para ela, mas para o próprio destino.
Anastasia assentiu levemente. Ela entendia, mais do que ele imaginava. Mas no fundo, algo dentro dela dizia que o tempo eventualmente se esgotaria, e quando isso acontecesse, Regulus teria que se decidir entre o peso de sua linhagem e o que eles poderiam ser juntos.
Mas, ali, naquele momento, ela aceitou as palavras de Regulus, permitindo que ele e abraçasse em silêncio por um longo, longo tempo. Os dois sabendo que, mais cedo ou mais tarde, teriam que seguir um caminho. E ela apenas podia rezar para que fosse o mesmo.
Data: 28/10/24
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