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Aquela menina não aceitava um único não quando era sexta ou sábado e ela queria sair para alguma coisa, um bar, uma boate, um café onde ganhavam muito dinheiro e quase não perdiam, mantinham-se juntos no banco e depois doou no dia seguinte para orfanatos ou conventos.

Ela continuou cercando firmemente a cintura de Somi, Somi soube muito bem convencê-la com suas palavras a subir na moto. Quando havia sinal vermelho, ela colocou as mãos em cima das dela, que estavam em seu abdômen, o que fez a sensação desaparecer um pouco o medo que ela sentiu e afrouxou o aperto.

- Não se preocupe..- Somi avisou.

- Você diz isso porque está acostumada.

- Você também já deveria estar, estamos fazendo a mesma coisa há vários dias, quase quatro meses.

- Você não precisa ser tão confiante. - Jihyo rebateu.

- Ei, quando foi que eu te machuquei ou te dei um motivo para desconfiar de mim? - Ele começou a andar quando o semáforo mudou a cor.

- Nunca... - Jihyo confessou.

- Talvez não eu, mas aposto que sua mãe deve ter te contado coisas para fazer você desconfiar de mim.

- Não vamos começar.

- Mas é verdade.

- Chega. - Jihyo pediu.

Estacionaram e entraram na boate, sentaram em um dos bancos e pediram bebidas leves já que uma tinha que dirigir e a outra trabalhar.

- Bem, pegue algo mais forte se quiser - Somi disse perto do ouvido de Jihyo já que a música estava muito alta.

- Está tudo bem assim.

- Você quer dançar? - Somi perguntou.

- Ainda não.

- Bem, eu quero.

- Não me deixe aqui sozinha. - Jihyo reclamou.

- Você não está sozinha, esse é meu amigo – Ela ergueu a garrafa em direção ao barterne que levantou a cabeça com um sorriso.

- Somi, espere eu terminar isso e vamos dançar juntas. - Jihyo pediu rapidamente.

- Ok.

E assim foi, Jihyo terminou sua segunda garrafa de cerveja e elas foram para a pista de dança. Somi, como sempre fazia, colocou as mãos na cintura dela e a mão oposta nos ombros dela, elas começaram a mover seus corpos juntos, elas podia
sentir o calor uma da outra mesmo vestidas, seus olhares eram intensos e elas não se afastaram em nenhum momento.

Elas não sabiam quantas horas elas haviam passado dançando, era sempre igual, elas não se importavam com o tempo nem com a música que tocava, continuavam com seu ritmo sensual.

As duas sentiram dores nas pernas então decidiram parar e descansar um pouco nos bancos antes de sair, Somi deu a ela sua jaqueta já que ela havia esquecido a dela no sofá de seu escritório, Jihyo sabia que não poderia recusar porque a garota de cabelos compridos diria o quanto seu corpo estava quente quando ela a segurou pela cintura e se agarrou tanto ao corpo de Jihyo por medo, dessa vez ela tentou se agarrar o máximo que pôde para que Somi não sentisse frio.

Ela já estava se acostumanda a ficar no apartamento da amiga, e quando entrou foi até uma das gavetas de roupas da amiga pegar uma boxer, um sutiã esportivo e uma camiseta amarela que chegava alguns centímetros acima das pernas.

Ela entrou no banheiro, após pedir para Somi ajudá-la a abrir o zíper do vestido, ela o tirou e deixou de lado, olhou para a banheira mas estava cansada demais e conseguiria dormir nela, então entrou no chuveiro.

Quando Somi saiu, Jihyo já estava no quarto vestindo uma camisa que, assim como ela, deixava a maior parte de suas pernas expostas.

Jihyo se sentou na beira da cama, ligou o secador passando-a pelos longos cabelos.

- Quer assistir a um filme? - Somi perguntou.

- Estou cansada, quero dormir. - Jihyo respondeu.

- Bem, vamos dormir como a senhorita  Park disse - Ela deitou de lado.

- O som do secador te incomoda?

- Não. - Somi respondeu simples.

- Seu cabelo ainda está molhado. - Jihyo avisou.

- Seque para mim.

Somi sentou na cama, a mulher de cabelos pretos se aproximou para secar o cabelo da amiga, quando terminou caiu na cama, desligou o secador e colocou no lugar antes de ir para a cama, ela se cobriu com o lençol e não pôde deixar de abraçar a pessoa que dormia ao seu lado, seu corpo era tão quente e transmitia uma tranquilidade que a fez adormecer em segundos.

No dia seguinte ela se limpou rapidamente, vestiu o vestido e vestiu mais uma vez a boxer da amiga, sem fazer muito barulho saiu do apartamento e voltou para casa para vestir outras roupas, foi até sua empresa onde seu namorado a esperava com um buquê de flores.

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