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Novata

O grande salão nunca era entediante ou, no mínimo, chato.

Pelo menos não para os Marotos, aquele quarteto inseparável que se reúne a cada ano que passa para infernizar a vida das pessoas ao seu redor. E para quê? Muitos ainda não entendem, e talvez seu senso de humor não seja lá tão sofisticado para que eles tenham tal capacidade.

Eles são os caras que todos conhecem, se amam ou odeiam, é uma questão a parte. É complicado, diriam alguns professores com um sorriso no rosto e alguns confetes presos aos cabelos. Eles não deviam ser parte da sociedade, diriam outros professores... bem, estes em situações desagradáveis, vamos resumir assim.

Adolescentes excitados e hiperativos são realmente um perigo para se levar em conta. E este é seu último ano na melhor escola do mundo, eles, que sempre viveram de tudo um pouco, querem aproveitar cada segundo mais intensamente. Tem que ser inesquecível! Ou no mínimo traumatizante para o resto do mundo.

— Este ano, meus amigos— disse James Potter, respirando fundo como se buscasse a inspiração do universo e se sentando entre Sirius e Peter— Vai ser o melhor ano de nossas vidas, isso eu vos prometo!— ele exala ironia.

Se tivesse que haver um líder entre os quatro, talvez esse fosse James.

James Potter, o apanhador da Grifinória, o paquerador que se apaixona fácil e aquele cujo ego se infla mais a cada dia que passa. Ele é um filho único de uma família bem sucedida, ele tem dinheiro, popularidade e, talvez o mais importante para alguns, ele tem beleza.

Seguindo os padrões de Londres, ora ele se encaixava, ora não. O rapaz prestes a fazer dezoito anos tem a pele branca e os olhos claros. Azuis e chamativos como tudo a seu respeito. Tem os cabelos castanho-escuros, estes sempre bagunçados como se ele não fizesse ideia do que seria uma escova de cabelo e também nem fosse fazer diferença. Seu sorriso é branco e charmoso, nem mesmo seus óculos redondos fazem com que sua imagem fique menos divertida. Ele não usa seu uniforme direito e dá pra ver de primeira que adora farra. Ele curte beber, apostar e fumar escondido dos pais.

Talvez fosse ele, ou talvez fosse o infame Sirius Black, cuja presença é ainda mais forte do que o nome.

Com os olhos escuros e cabelos mais escuros ainda, este é o típico garoto malvado que faz com que as garotas se apaixonem por ele sem muito esforço e logo em seguida parte o coração delas. Mas nunca é de propósito, claro, ele nunca faz nada por mal mesmo que sua cara neutra possa jurar o contrário. Quando Sirius Black sorri, montanhas se movem. Ele detesta o seu uniforme e é realmente viciado em nicotina, algo que aderiu dos trouxas, por assim dizer. Ele é o cara que os outros querem ser ou ter. A ovelha negra que se revoltou contra a própria família supremacista — e ainda dizem que ele é o errado?

Com a gravata vermelha e amarela amarrada na testa como se fosse uma tiara, ele se volta para James com um sorriso divertido nos lábios e o olhar cheio de expectativa. Ele e Potter praticamente fundaram o grupinho e apanharam os outros dois no meio do caminho então nada mais justo do que um deles ser o líder, não é?

Bem, talvez.

Ou talvez este pudesse ser Peter Pettigrew, o loiro dos olhos azuis que é a cara do príncipe da Inglaterra. Ele é um rapaz tímido e reservado que admira demais seus amigos porque adoraria possuir toda sua euforia e criatividade. Ele é um doce, mas não costuma agir muito bem quando está sozinho ou se sente acanhado. Seu senso de estilo é comum como se ele quisesse se esconder no meio da multidão. É, talvez as vezes ele queira mesmo. Não... liderança não faz mesmo seu estilo.

Então talvez, e essa é a última vez, o líder seja Remus Lupin. O jovem de personalidade peculiar e a curiosa cicatriz rasgando seu rosto de um canto a outro. Ninguém sabe muito bem o que tem com esse garoto. Mesmo com as marcas, seu rosto continua esbanjando uma beleza leve e natural. Ele é calado, sempre tem o olhar fixo em algum livro ou em um ponto perdido no salão. Seus olhos tem a cor do mel e seus cabelos são do tom mais neutro do castanho. Ele é o conselheiro do grupo, aquele ponto fixo que todos recorrem quando estão passando por maus bucados. Ele poderia ser o líder, mas sua mente está mais focada em saber que lua é a de hoje.

Que bom que eles são só amigos, talvez fosse complicado escolher um alfa para esse bando de delinquentes. Mas eles não são tão maus assim...

— Teremos a taça novamente, meu senhor?— debochou o Black. Eles sempre ganham, por isso são sempre confiantes.

— Não só a taça como todas as garotas que quisermos!— James jogou os braços para cima dos ombros dos amigos e os puxou para si, praticamente os sufocando. Peter foi o primeiro a conseguir escapar, lutando para arrumar os cabelos lisos. Sirius riu e deu um soco na costela de seu melhor amigo mais amado. Sirius e James são como uma coisa só. Eles são almas gêmeas, o que, vale destacar, não se encaixa apenas nas relações amorosas. Como unha e carne, Sirius e James não vivem um sem o outro.

O que é terrível, porque os outros que sofrem as consequências.

O Black se voltou para Remus Lupin que os observava calmamente, a cabeça sempre em outro lugar.

— E você, o que acha, aluado?— ele tocou o ombro do amigo, queria incluí-lo na conversa.

— Eu acho... que eu estou com fome.— o Lupin uniu as sobrancelhas e fez uma careta pensativa que arrancou uma risada boba do Black.

É o começo do ano, eles devem esperar até que os novos alunos sejam sorteados para suas respectivas casas para então começarem a jantar. Ninguém estava muito interessado no sorteio. Em sua maioria, sempre vinham pré-adolescentes transferidos ou crianças que ainda não sabem fazer uma pena flutuar.

Os alunos, divididos em quatro mesas, se ocupam em conversar alto e matar as saudades dos amigos que não encontraram a caminho do castelo. Poucos se deram ao trabalho de olhar na direção da imensa porta dupla quando ela se abriu e o poltergeist Pirraça entrou voando, animado por já ter irritado os mais novos estudantes.

Ele é uma criaturinha insuportável, o fantasma em forma de criança que deve ter saído direto da terra do nunca, mais do que pronto para atazanar a vida alheia. Ele se dá muito bem com os Marotos, diga-se de passagem.

Quando os passos dos novos alunos ecoam, alguns dos mais antigos reagem de maneira curiosa ao verem uma garota atrás de um monte de crianças. A professora Minerva lidera o bando até a frente da mesa dos professores como sempre costuma fazer e na caminhada até lá, a atenção do público é cativada sem que ela tenha que pedir ou pigarrear alto demais.

A novata é o motivo pelo qual o silêncio se alastrou tão rapidamente. Ela com toda a certeza não tem onze anos. A garota negra é magra e esguia, com os cabelos pretos e lisos presos em um rabo de cavalo, ela mantém uma postura confiante e... bem, não dá para se ver muito, ela está de costas para todos.

Remus Lupin é o primeiro a notá-la, claro, ele é o único que gosta de ver rostos novos. Ele bate no ombro de Sirius para chamar sua atenção, e o Black interrompe sua conversa com Potter onde eles discutiam animadamente planos para o resto do ano. Sirius olhou para Remus com curiosidade, então o segundo apontou o queixo para frente. A atenção dos quatro se focou naquela garota como todo o resto do salão. Uma transferida do último ano? Por que será que ela se mudou para cá? As perguntas rondaram a mente de todos, mas acima de tudo, qual era o nome dela?

Os que puderam ver seu rosto durante sua caminhada dizem que ela é bonita, mas seus colegas esperam para ter certeza. Aparência é tudo que importa, não é?

— Olha essa postura— Sirius sussurra no ouvido de James— Aposto que é esnobe, vai pra Sonserina, com certeza.

— Aposto Corvinal.— James sussurra de volta.

— Aposto nossa casa.— Remus Lupin raramente entra na brincadeira. Ele não costuma errar, por isso os rapazes preferem exclui-lo como se ele sempre trapaceasse. James e Sirius cerram os olhos para Remus que apenas oferece um sorriso enigmático. James bate no ombro de Peter.

— Você fica com a Lufa-Lufa, pode ser?— ele diz. Peter nunca diz não aos seus amigos.

— Tá bem...— ele murmurou e os quatro esperaram a chamada até que a garota reagisse.

Pareceu levar uma eternidade. Diversos nomes foram chamados e James estava começando a ficar entediado.

— Será que ela está mesmo na lista?— ele resmunga para Sirius.

— Shh!— a censura vêm dos outros três. James revira os olhos azuis e volta a olhar para frente.

Carmen Zabinni!— chamou a Minerva, sua voz forte ecoou como um trovão pelo salão, a representante da Grifinória, a casa dos rapazes. A novata se mexeu e os olhos a seguiram como se ela tivesse um holofote sobre si. Finalmente.

— Carmen, uh..— James olhou para Sirius com um sorriso malicioso— sexy.— ele ronronou e Sirius riu empurrando seu ombro.

— Idiota!

A garota ficou de frente para todos e, uau, ela é realmente muito bonita. Ela se sentou no único banco disponível e Minerva colocou o chapéu sobre a sua cabeça.

Cinco segundos depois e o gasto chapéu anuncia até para quem não quer ouvir:

— Grifinória!

Lamurias e maldições saem da boca dos rapazes que perderam a aposta enquanto seus colegas de casa explodem em uma comemoração. Seus bolsos foram revirados e Remus Lupin esticou a mão para receber seus tributos com um sorriso presunçoso nos lábios.

— Você sempre rouba, não é justo!— Sirius reclama. Remus apenas dá de ombros.

Carmen Zabinni varre a sua nova mesa com os olhos escuros e desinteressados. Ela não retrata a imagem do que se denominaria sociável. Não parece se abalar com as encaradas que recebe e faz seu caminho para os fundos do salão, como se fosse ir embora. Ela não sorri momento algum.

Um movimento muito automático de James Potter é querer receber as pessoas e, convenhamos, ele adora receber garotas bonitas. Quando ela estava se aproximando, ele se levantou ajeitando a gravata e colocando um sorriso charmoso no rosto.

— Olá senhorita, prazer, eu sou....— começou ele, mas logo se interrompeu. A novata passou pelo Potter como se ele nem estivesse ali.

O sorriso do rapaz evaporou e ele arregalou os olhos como se tivesse acabado de se engasgar com algo. Sirius Black explodiu em gargalhadas e começou a bater na mesa exageradamente. Remus deu tapinhas nas suas costas para tentar acalmá-lo, mas ele próprio também riu.

— Eu.... eu acabei de ser ignorado?— perguntou o Potter, para ninguém em especial. Ele viu a garota se sentar o mais perto possível da porta. Ele voltou a se enfiar entre seus amigos com a vergonha e o choque esquentando seu rosto— Ela me ignorou!— ele sacudiu a cabeça e Peter passou a mão no seu ombro, corado de tanto rir.

— Não se preocupe, amigo.— diz o Pettigrew— É só a décima nona garota que não dá a mínima para você.

— As outras ao menos olhavam para mim!— exclamou o Potter começando a se ofender.

— Poderia ter sido pior, ela poderia ter dito: eca!— diz Sirius com qualquer intenção que não fosse consolar o amigo. Ele não conseguia parar de rir.

— Ah, vai se foder.— James se ajeita no banco, irritando-se por virar tão facilmente motivo de chacota, quem aquela garota pensa que é?

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