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Não me cante

Enquanto o professor de Poções falava, James Potter o ignorava deliberadamente, perdido em seus pensamentos, imerso em seu mundinho. O rapaz nunca fora um bom desenhista, porém ele sabia desenhar dragões e fazia isso muito quando estava entediado. Em um pedaço de pergaminho, o garoto rabiscava distraidamente, nem ouvia o que o professor falava, como se o mundo estivesse em silêncio e não houvesse nada com o que se preocupar.

Sentado ao seu lado, Sirius Black estava debruçado sobre seu livro fechado, prestes a desmaiar de sono, a noite de lua cheia estava próxima, isso deixava todos os Marotos um tanto cautelosos e ansiosos. Eles até tentavam disfarçar, mas era de se notar quando ficavam quietos no seu canto, sem interromper ninguém nem tentando chamar atenção para si com alguma gracinha besta.

Por ser nova na escola, é a primeira vez que Carmen Zabinni presencia essa aura pacífica que os ronda, e apesar de ser manhã, os rapazes sempre exibem bastante disposição, todo santo dia. Ela fica levemente curiosa, mas nada que a incomode demais a ponto de ficar se perguntando.

Fora pega no flagra com os olhos em James Potter do outro lado da sala, então Jules Quinn se aproximou de seu ouvido com um sorriso malicioso.

— Admirando seu namoradinho bonitinho?— ela pergunta, provocativa, tirando Carmen do seu transe. A Zabinni pisca rapidamente e se volta para sua amiga, franzindo a testa. O professor está de costas para elas nesse momento, cobrando a resposta de uma aluna da Corvinal, é o momento ideal.

— Deixe disso— ela sussurra fazendo careta— Só estou curiosa, nunca os vi tão...— ela volta a olhar os Marotos com curiosidade — calmos.

— Ah, isso é normal, eles são de lua.— Jules sopra com descaso. Carmen levantou as sobrancelhas aceitando a fala da amiga. Faz sentido.

— Ah, então eles são licantropos?— ela não entendia alguns termos.

— Hã?— Jules solta uma risadinha fraca— Não, amiga, digo que eles tem essas fases, como a lua tem as fases dela.— Jules segura o braço da amiga, curiosa— Você nunca ouviu essa expressão?

— Não, mas faz mais sentido ainda, porque eles são estranhos, mas não estranhos o suficiente.

— Calma aí que eu ainda estou chocada que você nunca tenha ouvido falar de alguém de fases.

— Meus pais os chamariam de bipolares.

— Shh!— o professor sibila para acabar com o burburinho que estava ocupando toda a sala. As garotas se calam imediatamente.

James Potter levanta os olhos do seu desenho no momento que Carmen olha em sua direção. Seus olhos se encontram como a terra e o mar.

Ah, ele é bonitinho quando está sério, Carmen pensa, porém logo franze a testa e desvia o olhar, focando-se no professor e ignorando a sensação de que James não tirara os olhos dela. O Potter batucou a pena no seu desenho, pensativo e depois sorriu voltando a baixar a cabeça.

Ah, uma parte dela pode sim gostar dele, ela só precisa dar uma chance.

Haviam se passado mais dias que eles não se falavam, e o silêncio realmente estava o incomodando. Ele gosta do forte sotaque dela, quer ouvi-lo mais um pouco, nem que seja para ele o mandar "emborra" em menos de cinco minutos de conversa.

Quando a aula acaba, Jules e Carmen se preparam para ir almoçar, assim como todos os outros, porém ao sentir uma aproximação, Carmen levanta os olhos e se depara com James Potter parado de pé diante da sua mesa. Seu amigo, Sirius Black, acena animadamente para ela ao passar por trás dele com um sorriso travesso nos lábios.

Carmen morde o lábio e olha para a amiga, esse garoto não desiste nunca? Jules, em resposta, sorri e murmura que irá esperar por ela do lado de fora.

— Senhor Potter.— Carmen respira fundo, olhando-o com pouca paciência. Ela sabe que ele está tentando conquistá-la, percebeu isso no episódio da flor. E Carmen não quer ser conquistada.

— Senhorita Zabinni.— ele sorri, está mais relaxado hoje do que da última vez que conversaram— Poderria acompanhá-la até o Grande Salão?— ele brinca com o sotaque dela e Carmen balança a cabeça.

— Eu sei onde fica.— ela diz e, mais uma vez, o deixa plantado para trás. A sala havia se esvaziado rapidamente por causa da fome dos alunos, e quando olhou ao redor, James estava sozinho com o professor Slughorn.

O silêncio que ficou entre eles pelos três segundos seguintes fora constrangedor.

— Tenha um bom dia.— James deseja, prestes a sair, mas a voz do professor chama sua atenção e ele para de andar, olhando o mais velho por cima do ombro.

— Então superou a senhorita Evans, senhor Potter?— o professor pergunta com um sorriso divertido nos lábios, colocando as mãos roliças sobre o grande barrigão que parecia prestes a estourar os botões do seu colete.— Essa aí me parece durona!— James levantou o livro como se estivesse com medo de que um dos botões fossem direto para seu olho.

— Sinto que isso não lhe diz respeito, senhor.— James responde calmamente e se retira, não via necessidade de sua vida amorosa ser uma pauta abordada na mesa dos professores.

Quando ele deixa a sala, vê Peter Pettigrew que estava encostado na parede junto de Sirius, segurando um pequeno pote com alguns trevos dançantes.

— Outro presentinho de sua namorada?— James provoca, referindo-se à professora de Herbologia que tinha Peter como um de seus alunos prediletos. O loiro revira os olhos com um sorriso no rosto.

— Pelo menos o meu romance é recíproco.— ele rebate e imediatamente Sirius Black parece mais acordado, arregalando os olhos e começando a rir muito. James cerra os olhos para o amigo e o puxa pelos cabelos para debaixo do braço.

— Ah é, paspalhão? Ah, é!?— ele esfrega agressivamente a cabeleira loira de Pettigrew que fica vermelho enquanto ri. Ele é muito branco, é fácil ficar vermelho.

— Eu não deixava!— Sirius vaia— EU.NÃO.DEIXAVA!

Quando Peter consegue se soltar derrubando um pouquinho de terra no corredor, ele corre para a liberdade, mas logo atrás dele, Sirius e James compartilham sorrisos perversos quase idênticos e correm atrás do loiro.

Do outro lado do castelo, escondido na biblioteca, encontrava-se Remus Lupin, o maroto que nem de longe estava bem.

O garoto dos cabelos castanhos abraça as pernas contra o peito e tenta se conter, quando sentia o mínimo de raiva possível sentia que estava desencadeando algo perigoso e o medo de se expôr diante de todos, mesmo depois de anos guardando bem seu segredo, lhe causava uma crise de ansiedade intensa. Sentado no chão entre as altas prateleiras, Remus soa frio, está com a aparência desgastada e se sentia tão mal que acabou matando a última aula, mas ele não pode ir na enfermaria e seus amigos devem estar esperando por ele no Grande Salão.

Geralmente, quando estava com os amigos, conseguia se fazer de forte mesmo que soubesse que podia mostrar como se sentia fraco, mas hoje não é um desses dias.

É só mais uma lua cheia, ele já enfrentou isso muitas vezes antes. Mas ele está cansado e o medo nunca o deixa em paz, aí Remus Lupin começa a chorar com a cabeça entre os joelhos, ele só queria ser normal.

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