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03: Pasta de Dentes


Wooyoung não estava nada satisfeito com aquela intimidade repentina, tudo bem que enfiar a língua na garganta de alguém fosse mesmo algo bastante íntimo, sem falar nas outras coisas que enfiou. Todavia, entretanto, ter um alfa escovando os dentes enquanto tomava banho já era ridículo. San havia se esquecido completamente de seu antigo senso de espaço pessoal e privacidade, ele simplesmente entrava no banheiro e agia como se mais ninguém estivesse lá.

O dono do mundo, do nada.

O beta esticou a mão para fora do box, andando longe de alcançar a toalha que havia pendurado no gancho errado. Sua vida não tinha mais nada sob planejamento.

— Já que você já está aqui dentro, mesmo que eu não saiba o motivo. — O Jung não se sentia muito paciente naquela manhã — Pode, pelo menos, me passar a toalha.

San ainda estava com a escova de dentes dentro da boca, ele sempre fazia uma enorme bagunça, e agora Wooyoung se encontrava diante do motivo da pia estar quase sempre imunda e cheia de manchas brancas. Por que alfas precisavam ser tão espalhafatosos? Por um segundo, o Jung torceu para que San se engasgasse com aquela escova, só para aprender a fazer menos bagunça.

— Está a dois passos de você, é só sair do box e pegar. — Não era preguiça, isso já seria demais, San estava o desafiando — Além disso, o box é meio transparente, estou vendo praticamente tudo.

— O praticamente já me incomoda o suficiente. — O beta deixou nítido em seu semblante todo o descontentamento — Eu não já te ajudei demais? Será que pode ser gentil comigo, pelo menos, uma vez, idiota?

San pegou a toalha e se aproximou para a entregar. Wooyoung tentou pegá-la, mas já estava mais do que obvio que o alfa não iria facilitar as coisas, ele estava mais do que disposto a ser irritante naquela manhã. O Jung revirou os olhos, querendo muito empurrar aquela escova em sua garganta.

Quem sabe, empurrasse a escova do sanitário também.

— Você fica uma gracinha quando se irrita. — O comentário não ajudou a amenizar o clima de planejamento de assassinato — Não, só estou sendo chato, você fica um gostoso.

O beta revirou os olhos.

— Você me assediando.

— Ah, qual é? — O Choi tamborilava os dedos pelo box frio e molhado, Wooyoung havia tomado banho com água gelada, não por vontade própria, o chuveiro estava com problema e nenhum dos dois estava animado para consertar naquela semana — Não tem nada aí que eu já não tenha visto, visto e me agradado, diga-se de passagem.

O Jung se cobriu com a toalha que arrancou das mãos alheias a muito custo, não haveria o clichê das bochechas vermelhas, até porque não eram só suas bochechas que estavam rubras, sua cabeça inteira e suas orelhas estavam pegando fogo, só que por pura irritação.

Sabia no que estava se metendo quando transou com aquele alfa, só não sabia que demoraria um tempo até as coisas voltarem ao normal, se é que um dia voltariam.

— Então quer dizer que eu te dei um chá e você ficou todo bobinho por mim, Choi San?

Wooyoung tinha certeza de que aquelas palavras o afugentariam, alfas não gostavam de ser encurralados, muito menos de parecerem as pessoas mais vulneráveis em uma relação. Gostavam de dominar, de estar no controle da situação, e vendo que não conseguiria ter esse controle com o Jung, simplesmente deixaria aquele assunto de lado.

Era o plano perfeito, alfas eram como hienas, só precisava parecer maior e o lado covarde afloraria.

— É, fiquei. — Definitivamente não era isso que Wooyoung estava esperando, tanto que chegou a dar um passo para trás, fugindo na direção da parede gelada como um mero ratinho — Ah, Jung Wooyoung, alegre meu dia com um beijo, por favor.

Ele estava só o irritando, e o Jung não iria se deixar levar por aquela capacidade absurda de ser insuportável que San tinha. Agora estava sentindo falta dos dias em que apenas fingiam que o outro não estava ali. Agora Choi San estava mesmo ali, entrando no box do banheiro com uma escova entre os dentes e a boca suja de pasta.

— Nem vem, pode sair daqui. — Wooyoung tentou evitar, tentou empurrá-lo para fora, mas acabou não dando em nada, o outro continuava chegando ainda mais perto e invadindo cada vez mais o pouco espaço do box — Eu vou ligar o chuveiro e te molhar, falo sério.

O alfa tentava o segurar pela cintura, a toalha estava quase dando adeus, e era engraçado como essa parte não era importante. Wooyoung não conseguiu fugir dos beijos melados de pasta de dente, que vieram sem dó ou piedade para seu rosto, seu pescoço e seus ombros, pasta de dentes por toda parte.

— Ah, não, San! — Como se já não estivesse atrasado o suficiente, sabia que seu colega de quarto sempre saía mais tarde nas quartas-feiras, então não estaria interessado em ter pressa. Muito tempo livre e ocioso — Agora estou todo babado, que nojento, por que você fez isso? Vou me atrasar para a aula por sua causa.

San ainda não havia o soltado, e sua escova de dentes agora estava pendurada ao lado do sabonete, definitivamente precisaria ser jogada fora depois, caso contrário abriria brecha para o chamar de seboso pelo resto da vida, uma brecha que seria muito bem aproveitada.

— Minha causa? — Estava se fazendo de sonso, o que era a última coisa que Wooyoung estava precisando naquele momento — Você que demora muito no banho, eu também preciso desse banheiro, sabia? Mas você vive dentro dele, fazendo sabe-se lá o que.

— O que as pessoas fazem no banheiro?

— Batem punheta.

— Você é nojento. — O beta tentou o empurrar mais uma vez, e já estava se tornando humilhação ficar o empurrando e não tendo resultado nenhum com isso. Queria ter bracinhos mais fortes — Será que pode me soltar agora? Posso até pedir por favor.

San levantou os braços, aparentava haver se rendido.

Wooyoung deveria ter previsto que se tratava de uma pegadinha, e se sentiu um grande idiota quando foi pego pela cintura de novo, o que nem era a pior parte, San deixou o restante de pasta de dentes que ainda tinha na boca em seu pescoço.

O Jung soltou um grito.

— Ah, eu vou te matar! — O beta juntou seu restinho de força e empurrou seu colega de quarto contra a parede gelada, ligando a água ainda mais gelada. O alfa também gritou quando se molhou todo, ele ainda estava com a roupa que usava para dormir — Dois reais ou um banho misterioso, Choi San?

No fim, ambos poderiam ser descritos como a Dilma Rousseff, que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder. Os dois estavam molhados, sujos com pasta de dente babada, a escova tinha caído no ralo, a toalha estava enganchada na porta e o pijama alheio estava enxarcado.

Com tudo perdido, Wooyoung não se importou mais quando San o beijou e o ergueu pelas pernas, se deixando agarrar o alfa pelos quadris. Tudo bem ser beijado com pasta de dentes, aquela história ficaria para sempre muito bem escondida dentro daquelas quatro paredes e vidro do box.

[...]

— É verdade que você transou com Choi San?

Wooyoung sofreu de um engasgo genuíno, chegando a ficar roxo. Nunca pensou que iria morrer por conta de um suco de caju, não em um mundo cheio de assaltos que davam errado e acidentes de carro. Existiam maneiras menos vergonhosas de ter uma conversa com São Pedro.

Seus olhos estavam lacrimejando, duplamente humilhado pela pergunta e o resultado dela.

— Quem te contou isso? — Para o bem de todos, o melhor era que tivesse saído diretamente da boca do Choi, pois a inclusão de terceiros significaria que já se tratava de uma fofoca de corredor — O San contou? Quando ele contou?

Pelo sorrisinho do demônio que aquele ômega abriu, o Jung se deu conta de que havia caído direitinho, igualzinho a um pato.

— Então é mesmo verdade. — Uma verdade terrível, diga-se de passagem, e tudo o que Wooyoung queria agora era sair correndo para o mais longe possível, trancar a faculdade e desaparecer — Quer dizer, eu não sabia, mas estava louco por uma fofoca nova, as coisas andam tão devagar ultimamente, sabe o quanto foi difícil descobrir algo novo? Falei com muita gente até chegar em você.

As coisas ficavam cada vez piores.

— Que muita gente?

— Ah, você sabe, com todo tipo de doido desse lugar. — O ômega alto e de cabelo colorido tagarelava como se estivesse em uma feira. Estavam sentados no refeitório, gente indo de um lado para o outro, e qualquer um poderia ser o filho da puta que indicou sua direção — Um cara do time de basquete me falou sobre estar namorando seu colega de quarto beta, aí me perguntei quantos mais alfas e betas estavam dormindo no mesmo quarto, e foi aí que cheguei em vocês. Todo mundo conhece o San, mas pouca gente conhece você, foi difícil descobrir seu nome e arrumar uma foto.

Queira morrer, ou matar, dependia da oportunidade que a vida viesse a lhe oferecer.

— E por que teve todo esse trabalho?

— Eu curso jornalismo. — Com certeza era uma das melhores desculpas que alguém usava ao seu favor para ser um baita de um fofoqueiro — As fofocas do Campus me ajudam a meio que dar uma treinada, quero ser jornalista investigativo, tipo personagens de livros que resolvem o crime antes da polícia porque atrapalharam a investigação e roubaram provas.

Wooyoung soltou uma risadinha que era de puro nervosismo.

— Tá, e o que você vai fazer com essa informação?

— O que todo jornalista que quer se dar bem na carreira faz.

Enquanto o ômega alto de nome desconhecido se afastava, Jung Wooyoung se enchia de um sentimento esquisito, que se parecia muito com dor de barriga, mas não uma dor de barriga normal, era quase como se fosse uma amostra grátis de tudo o que estava por vir.

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