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Capítulo 44

     Ashley pensava que já tinha visto tudo.

      Quando os elfos domésticos adentraram no Hall de entrada, munidos de facas e qualquer utensílio de cozinha que encontraram, liderados por Kreacher, ela soube que não.

- ... Pelo meu amo, Regulus Black!

   Os elfos atacaram, desferindo golpes nos calcanhares e pernas dos Devoradores da Morte. Ashley agachou-se, puxando Kreacher contra o chão, mesmo a tempo de o desviar da trajetória de um feitiço que quase o atingira.

- Miss Hufflepuff! - exclamou Kreacher, os olhos raiados de sangue arregalados de susto.

- Kreacher! O que fazes aqui?

      Kreacher estufou o peito, o falso medalhão de Slytherin que Harry lhe dera como memória de Regulus pendurado com orgulho no corpo do pequeno elfo.

- Reuni os elfos para combatermos o Senhor das Trevas, Miss Hufflepuff. O meu amo morreu por esta causa. Farei o mesmo para o honrar se tiver de ser, Miss Hufflepuff.

     Ashley sorriu.

- Regulus teria muito orgulho em ti, Kreacher.

      O corpo de Kreacher estremeceu, a emoção tomando-o por completo. Endireitou-se, segurando a faca que trazia na mão com mais firmeza.

- Miss Ravenclaw está bem? - perguntou o elfo, preocupado.

       Ashley queria dizer-lhe que não. Ninguém estava mas, para Laurel, aquela noite era fatídica. Vira nos seus olhos a dor que ela sentia ao fitar Draco, momentos antes. Vira a sua fúria quando congelara Anthony Dolohov. Por muito altruísta e bondosa que fosse, o seu papel naquela Batalha era demasiado doloroso.

     O preço por toda Magia que envolvia os Herdeiros era muito alto e era Laurel que o pagaria.

- Ela está.... - Ley fez uma pausa, esboçando um sorriso amarelo que tranquilizasse o elfo -Ela está bem, Kreacher.

        O elfo assentiu, os ombros descaindo de alívio. Depois, soltou um grito de guerra, brandindo a faca e juntando-se aos seus companheiros. Ley também se ergueu, lançando feitiços e procurando com os olhos o rosto familiar de Meredith.

- Estou aqui.

     A morena sorriu-lhe, atirando um Devorador da Morte ao ar, o qual caiu com força no chão. A Lovelace não se afastara muito dela, não depois de lhe ter pedido em casamento.

      Era como se ela quisesse ter a certeza que as duas se casariam mesmo.

-Ashley. - chamou a Lovelace, séria.

      Viraram-se de costas, as varinhas erguidas, os olhos atentos a todos os movimentos. Formavam a melhor dupla que Ashley já vira, protegendo-se uma à outra com unhas e dentes. Ainda assim, o tom de voz de Meredith fê-la estremecer, sentindo a sua hesitação.

- A Laurel. - começou Meredith, olhando-a pelo canto do olho - Eu vi como ela está. Acho que Voldemort está a sugar-lhe a energia e a usá-la para ser mais poderoso. Como é que ela... Bem... Tu sabes.

      "A Herdeira de Ravenclaw quebrará o seu coração"

       Ashley engoliu em seco, a mente demorando a raciocinar.

- E-Eu não sei. Não achas que com Magia...

      Nas suas costas, sentiu Meredith abanar a cabeça, os feitiços não-verbais saindo naturalmente pela ponta da sua varinha, algo que Remus lhes ensinara com empenho quando as treinara.

- Duvido que ela tenha poder para isso. Pode sempre se atirar de algum lado mas... Ela tem de quebrar o medalhão, não é? - Ashley, fitou-a, confusa - O coração... Ley, onde é que ela está? - perguntou a Lovelace, exasperada.

- A subir para a varanda do castelo. - respondeu Ley, automaticamente.

      Isso não mudara; onde quer que Laurel estivesse, ela saberia, a ligação entre elas como um fio fino de magia. Meredith virou-se para ela, os olhos negros como se soubesse algo que Ashley não percebera.

- Temos de ir até ela.

- Porquê? - questionou a mulata, confusa.

- Ela precisa de uma arma, algo que quebre o medalhão e.... o resto. Tem de ser algo pensado, um sacrifício feito com toda a consciência do que está a fazer. Não é isso que diz a profecia?

      Ley assentiu. À sua frente, Meredith arregalou os olhos, fixos em qualquer lugar atrás dela.

Num segundo, tudo se tornou um borrão e Ashley sentiu-se ser empurrada para trás, caindo com violência no chão, a cabeça embatendo na superfície de mármore.

**

Um gemido fê-la abrir os olhos, zonza. Sentou-se, esfregando a nuca dorida. Os ouvidos tiniram, sensíveis e Ashley focou-se, sentindo a respiração ficar presa na sua garganta.

Meredith encontrava-se de pé à sua frente. Num gesto confuso, levou a mão ao abdómen, erguendo-o à altura dos olhos. Empalideceu.

      Ela sangrava.

      Ashley sentiu o coração cair-lhe aos pés, o terror invadindo-a de rajada.

      Meredith fora atingida.

- MER!

A morena cambaleou para trás. Ashley segurou-a, passando um braço dela por cima do seu ombro. Rios de sangue encharcavam-lhe as roupas, o rosto torcido numa careta de dor, os lábios pintados de vermelho pressionado a numa linha fina.

- O que...

- Aranha. - retorquiu Meredith, pressionando a ferida - Estava... Escondida... Atacou-te...

O estômago de Ashley embrulhou-se. Fora Meredith que a empurrara, tirando-a do caminho, correndo o risco de não ter tempo de se desviar e ser atingida.

- Podes parar com os heroísmos?! - questionou, a voz saindo com pouca firmeza.

Meredith sorriu. Ley segurou-a, tentando que ela caminhasse consigo. Precisava tirá-la dali, levá-la para um sitio seguro onde pudesse tratá-la. A hemorragia era grande, a quantidade de sangue mostrando-lhe que era letal. A palidez no rosto da Lovelace preocupava-a. Quando deram o primeiro passo, Meredith gemeu, dobrando-se sobre si própria.

- Eu... não consigo.

- Meredith, nós precisamos ir.

- Não. - Meredith abanou a cabeça, afastando-se ligeiramente da noiva - Tu precisas ir. - esticou o braço, procurando algo dentro da sua bota preta - Toma. Leva isto à Laurel.

O toque da superfície fria da adaga das Lovelace na pele quente de Ashley fê-la estremecer. Tinha tido aquela mesma arma cravada na pele, meses antes. Ergueu os olhos, fitando a escuridão presente nas íris sérias de Meredith, sem entender.

- Para a Laurel fazer o que tem de fazer, ela precisa de algo. Uma arma. Ela está fraca, não deve ter magia nem para levantar uma pedra, quanto mais para... Tu sabes. Com certeza não pensou nisso, tão habituada que está a ser toda poderosa. - Meredith esboçou um sorriso fraco, empurrando Ashley com suavidade - Leva-lhe isso. Serve para o que ela quer.

- Eu não te vou deixar. - afirmou a Hufflepuff, decidida.

- Não tens escolha, flor. Tens de parar isto, Ley. - Meredith olhou em volta, a Batalha acontecendo à volta delas - Tu e a Laurel. Como sempre foi. Ela precisa de ti.

Ashley abanou a cabeça, a mão firmemente agarrada à adaga. Com a outra, abriu a pequena mala que trazia sempre à cintura, procurando freneticamente a poção que precisava.

- E-Eu preciso... A Poção de Estancar... Preciso parar a hemorragia...

- Ashley.

O tom de Meredith fê-la parar. Os olhos negros procuraram os âmbar dela, sérios, firmes. O que ela dizia era muito simples: não havia nada que Ashley pudesse fazer. Havia muito sangue, demasiado para uma poção estancar e o corpo de Meredith ainda não cedera porque a Lovelace não deixaria que ela se lembrasse dela de outra forma que não fosse a lutar. Lágrimas quentes escorreram pela bochecha de Ley, involuntárias.

- Querida, tens de ir.

- Não te vou deixar.

- Nunca me deixarias nem se quisesses, Ashley.

     Ley abanou a cabeça, freneticamente. Sentia o seu coração despedaçar-se ao ver os joelhos de Meredith tremerem, quase a ceder. Ela empalidecia, o sangue pingando no chão como se quisesse mostrar a Ashley aquilo que elas as duas já sabiam.

     A ferida era demasiado grande para alguém sobreviver.

- Tu... Vais...

- Ashley, tens de ir.

Fitaram-se. Âmbar contra Negro, Luz contra Trevas. Eram o oposto uma da outra, em todos os sentidos. Completavam-se, como se fossem almas gêmeas. Meredith assentiu suavemente, certa do que fazia. Ashley cerrou os punhos, as unhas cravando-se na palma da mão para afastar a dor emocional que a dilacerava por dentro.

- Espero que estejas aqui quando eu voltar. - conseguiu dizer, vendo Meredith soltar uma risada fraca, cambaleando ligeiramente para trás.

- Não vou a lado nenhum nem que queira, querida.

Ashley assentiu, pressionando o cabo da adaga, a pedra de ónix cravando-se na palma da mão dela. Fechou os olhos, sentindo o coração aquecer ao ouvir a voz de Meredith:

- Vai, Ley.

Virou-lhe as costas, cada passo uma faca cravada no seu peito. Um após o outro, começou a correr, as lágrimas voando com o vento, forçando-se a não olhar para trás. Continuou a correr, mesmo quando o seu coração lhe implorou para que voltasse para trás, para que ficasse com a mulher que amava. Continuou a correr, galgando as escadas que levavam à varanda do castelo, onde Laurel se encontrava, também ela pronta para a deixar.

Ashley iria perder tudo o que lhe restava naquela noite.

Abanou a cabeça, afastando os pensamentos, sentindo a respiração ofegante queimar-lhe os pulmões. Quando chegou ao cimo das escadas, parou, encostando o corpo por breves instantes à parede mais próxima. A voz de Laurel soou aos seus ouvidos, preocupada:

- Ley? O que fazes aqui?

A Hufflepuff ergueu os olhos. Laurel encontrava-se na varanda, os cabelos ruivos fustigados pelo vento. Lá em baixo, Harry e Voldemort defrontavam-se, uma última vez. Os olhos safira prescrutaram-lhe o rosto, aproximando-se dela a passos largos, a mão pressionando-lhe o ombro.

- Estás bem?

Ley abanou a cabeça. O rosto sujo manchado de lágrimas encarou o da ruiva, que a olhou com pesar, um pedido de desculpa marcado nos seus olhos safira. Para Laurel, ter Ashley consigo era uma dádiva, era ter alguém que partilhasse a sua dor mas, para a Hufflepuff, não era tão benéfico assim. A sua mente quebrada por uma tortura antiga tinha de lidar com a sua própria dor e a dor de Laurel, dilacerando-a por dentro.

     Ainda assim, Ley ergueu-se, estendendo a mão. A adaga que pertencera primeiro a Amanda Lovelace e depois a Meredith Lovelace foi passada para a mão de Laurel com pouca firmeza, as mãos de Ley tremendo involuntariamente.

- Mer... - respirou fundo, tentando falar sem que a voz lhe tremesse - Mer pediu-me para te trazer isto.

     Laurel arregalou os olhos, surpreendida. Um sorriso leve desenhou-se nos seus lábios, agradecida.

- Meredith pensa em tudo. Obrigada, Ley.

     A ruiva deu-lhe as costas, aproximando-se da varanda, o rosto virado na direção de Voldemort. Ashley permaneceu estática, a respiração entrecortada, o coração errático.

- Podes ir, Ley.

- Não te vou deixar.

     A mesma frase que usara minutos antes, quando deixara a mulher que amava para trás. Desta vez, não podia fazer isso. Aceitar que Meredith já não estaria lá quando ela voltasse doía mais do que qualquer outra coisa mas sabia que era ali que tinha de estar. Ao lado de Laurel.

     A Herdeira de Hufflepuff nascera para proteger a Herdeira de Ravenclaw.

     Aproximou-se da melhor amiga, entrelaçando a mão direita na mão esquerda dela. Os cabelos encaracolados fustigaram-lhe o rosto, selvagens, os olhos âmbar fixos em Laurel. A ruiva sorriu, apertando-lhe suavemente a mão.

- Adoro-te, Ashley.

- Também te adoro, Lau.

     Lá em baixo, o Leão e a Cobra defrontavam-se. Ashley sentiu o seu sangue ferver ao olhar para Voldemort, o ódio e a raiva que sentia por ele dando-lhe forças suficientes para se manter de pé. Ela fora forte. Corajosa. Deixara Meredith para trás para que aquela criatura morresse. Para que a Guerra terminasse e o lado da Luz ganhasse. Tal como Laurel, ela perdera tudo por aquela causa, dera tudo para que saíssem vitoriosos.

       A Hufflepuff acariciou a pele gelada de Laurel com o polegar, o contraste entre o quente e o frio deixando-lhe arrepios na pele. A Ravenclaw sorriu, a jóia em formato de coração adotando uma tonalidade branca, como diamante.

     Ashley fechou os olhos.

     O Rei Negro morre esta noite.

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