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Capítulo 41

"Quando a Cobra e o Leão se enfrentarem pela última vez...
Quando a Morte fizer a sua escolha...
A Herdeira de Ravenclaw quebrará o seu coração...
Aceitando assim o preço...
Viver ou Morrer
Apenas a Prometida saberá escolher"

        Meredith não acreditava em profecias. Lutara a vida toda com a ideia de que tinha o seu destino traçado desde que nascera: Azkaban. Os rumores e as piadas de mau gosto que a tinham cercado até Laurel e Ashley se tornarem suas amigas envolviam a teoria de que ela nasceria e morreria na prisão mais bem guardada do mundo. Como se o seu nascimento ditasse o seu futuro.

      Quando se tornara uma Devoradora da Morte, chegara a pensar que aquele sim era o se destino.  A filha da Devoradora da Morte mais leal ao Senhor das Trevas não tinha qualquer hipótese a não ser seguir as pisadas da mãe. Tornar-se-ia uma sádica, como Grindelwald.

     Provara muitas vezes que ela era a única que podia traçar o seu próprio destino. Não havia cá profecias nem previsões do seu futuro. Era ela quem decidia o futuro que queria para si, não os outros, não uma Vidente qualquer.

      Quando Laurel lhe contara e a Ashley sobre a sua profecia e a de Harry, não dera muita atenção. Não acreditava nessas coisas, mesmo tendo inclusive Videntes na família, do lado de Amanda Lovelace. Segundo a árvore genealógica, a sua avó, Rose Lovelace, era tetraneta de uma Vidente famosa, tendo herdado a habilidade de prever alguns eventos futuros, com pouca frequência. Adicionando ao facto de, segundo os documentos e papéis que Amanda acumulava no sótão, ser uma grande cabra, era uma das Lovelace mais temidas no mundo bruxo.

      As mulheres Lovelace tinham uma história tão bonita, pensara Meredith quando lera sobre o assunto na altura, com a sua habitual ironia.

      Enquanto ajudava a Professora McGonagall a distribuir cantis de água fresca pelos ocupantes do Salão Nobre, o cérebro de Meredith chegara lá. O motivo porque Laurel e Ashley andavam tão estranhas. A ruiva não sobreviveria. Fosse por causa da Profecia dos Herdeiros, fosse apenas pela Morte de Voldemort, Laurel não passaria daquele dia. Em vez de morrer por uma maldição antiga e ciente de que a probabilidade de conseguirem derrotar Voldemort em toda a sua força era reduzida, Laurel iria sacrificar-se. Quebrar o seu coração, como mandava a profecia. Assim, Voldemort perderia parte do seu poder e Harry, o único que o defrontaria, teria chances de matá-lo.

     Esse tinha sido o objetivo de Cora Ravenclaw quando roubara a magia do Senhor das Trevas e a transferira para a filha. Conhecendo Laurel como Meredith conhecia, ela faria de tudo para cumprir o papel que a mãe lhe deixara.

- Olá Meredith. - saudou Luna Lovegood quando se sentou ao seu lado.

- Olá Luna. - retorquiu Meredith, sentindo-se cansada - Estás a aguentar-te?

     Luna encolheu os ombros, os olhos fitando o vazio com um ar sonhador. Embora esse fosse o seu exterior, Meredith sabia que, por dentro, a Lovegood estava assustada. Não era exatamente amigas quando andavam em Hogwarts mas havia uma estranha capa à sua volta que Meredith via perfeitamente. Ela era estranha, sonhadora, inocente mas também era corajosa, emocional, perspicaz.

     Afinal de contas, ela era uma Ravenclaw.

- Já estive melhor. - respondeu a loira - Perdemos muitas pessoas boas hoje.

     Meredith assentiu, pesarosa. Esforçava-se para ignorar a sensação de perda ao pensar em Remus mas como poderia? Aquele homem estivera lá para ela. Fora Lupin que a abraçara quando o peso de ser uma agente dupla era demasiado grande. Fora ele que vira através dela mesmo quando ela se sentia perdida no papel que estava a desempenhar. Remus acreditara nela como poucos o tinham feito, até ao fim.

     A quem é que ela queria enganar?

     Na ausência de Matthew, aquele homem fora como um pai para ela.

- Lamento pelo Professor Lupin.- murmurou Luna, afagando-lhe o ombro.

      A Lovelace esboçou um sorriso de lado, num agradecimento mudo. Com um breve aceno, a Lovegood pôs-se de pé, andando a passos largos até Neville Longbottom, cujo rosto sujo de terra expressava o cansaço de todos. Os Weasley continuavam reunidos em redor de Fred, inconsoláveis. Os corpos de Remus e Tonks eram velados por alguns Aurors e membros da Ordem da Fenix. Draco também ali estivera, até Laurel adentrar o Salão Nobre e o puxar para fora, num arrasto apressado. Meredith sequer a olhara; pensar na Ravenclaw era demasiado doloroso.

- Olá, filha.

     Matthew Lovelace aproximara-se dela, sentando-se onde Luna estivera, minutos antes. A morena assentiu, a garganta seca, os olhos negros fixos no corpo de Remus. O pai seguiu-lhe o olhar, passando-lhe um braço por cima do ombro num gesto de carinho e apoio.

- Ele era um bom homem. - disse Matthew, com tristeza.

- Onde está Amanda? - questionou Meredith, fitando-o.

- Escondida. Nem toda a gente aceitaria a sua presença e... mudança de lado tão facilmente, muito menos com este... - Matthew fez uma pausa, olhando em volta - Cenário.

      Amanda Lovelace no lado dos bons. Aí estava uma informação demasiado difícil de processar. Passara tantos anos detestando-a e temendo-a, pondo as culpas nela por ser "amaldiçoada" que não era muito fácil aceitar que ela tinha mudado de lado.

- Vais mesmo fugir com ela? - questionou Meredith, curiosa.

     Matthew encolheu os ombros, as bochechas adotando um tom ligeiramente rosado.

- Se isto tudo acabar e sairmos vitoriosos... Sim.

     Se.

     Se saíssem vitoriosos.

     Meredith não parara sequer para pensar na possibilidade de não vencerem. Olhando em volta, provavelmente ninguém pensava nisso. Tinham perdido demasiado e a esperança era escassa, mas viva. Era possível vê-la quando tocavam uns nos outros, em gestos de conforto. Via-se na forma como Molly Weasley enxugava as lágrimas, endireitando o corpo, pronta para lutar mesmo com a morte do filho. Via-se no brilho dos olhos âmbar de Ashley Hufflepuff, que adentrava o Salão, procurando alguém na multidão.

      Quando os seus olhos encontraram Meredith, o rosto iluminou-se, num sorriso brilhante que aconteceu o coração gélido da Lovelace.

- Gostas mesmo dela, não gostas? - perguntou Matthew, feliz por ela.

      Meredith enrubesceu, esboçando um sorriso torto.

- Gosto muito dela. Não sei o que faria se a perdesse.

      Uma ideia trespassou a mente de Meredith. Era incoerente, talvez errada, completamente desajustada da situação. Pelos olhos de Ashley, podia ver que ela estava triste. Tinha ido acompanhar Harry a algum lado e, pelo palpite de Meredith, não era algo bom para ninguém. Não, aquela não era uma boa ideia.

      Mas e se fosse?

      E se elas morressem hoje?

- Olá, Mr. Lovelace. - saudou Ashley, educada - Mer, onde puseste o meu kit de poções? Já estão todos tratados e organizados?

      A Lovelace não lhe respondeu. Observava-a com atenção, memorizando os seus traços, recordando a sensação do corpo dela contra o seu. O sorriso dela, a sua gargalhada contagiante, a sua força de espírito. Ley era tão corajosa que inspirara Meredith a sê-lo. Pôs-se de pé, sentindo o rosto esquentar e o coração acelerar de nervosismo. Olhou em volta, certificando-se que ninguém estava a olhar para elas. Não queria fazer um grande espalhafato nem ser indiscreta. Havia pessoas de luto ali, outras feridas, outras simplesmente cansadas.

      Num cenário de Guerra, Meredith queria celebrar o amor. Queria mostrar a Ashley que estaria sempre lá para ela, apoiando-a, apanhando os pedaços do seu coração quando este se partisse pela morte de Laurel.

- Mer? - chamou Ley, acenando com a mão em frente ao seu rosto - Está tudo bem?

- P-Perfeito. - gaguejou Meredith, pigarreando - Há algo que te quero dizer...

      Ashley fitou-a, intrigada. Os olhos âmbar perscrutaram-lhe o rosto, os cabelos aos caracóis flutuando livremente ao redor da sua cabeça, pescoço, ombros. Era tão linda que Meredith não pode evitar sorrir, o nervosismo desaparecendo à medida que lhe pegava nas mãos.

- Ashley Hufflepuff, eu não sei o que irá acontecer hoje. Acredito do fundo do meu coração que sairemos daqui vivas, vitoriosas e mais unidas do que nunca. Independentemente do que acontecer, eu sei que vou estar sempre ao teu lado, sei que não quero uma vida sem ti nela e sei que é contigo que quero acabar os meus dias, seja hoje ou daqui a muitos anos. - Meredith respirou fundo, vendo Ashley arregalar os olhos numa expressão de surpresa ao vê-la ajoelhar-se à sua frente, com um sorriso gigante desenhado nos seus lábios vermelhos - Ley, flor, queres casar comigo?

Ley levou a mão à boca, as lágrimas descendo livremente pelas suas bochechas abaixo. A sua reação era tão genuína e feliz que Meredith soube que não haveria melhor altura para ter aquela ideia súbita e louca. A mulata assentiu, emocionada.

- Claro que sim, Mer.

Meredith ergueu-se, envolvendo a agora noiva num abraço apertado. Assim que tivesse oportunidade, compraria os anéis de noivado mais bonitos de Londres para ambas usarem. O coração descompassado de Ashley contra o seu dizia-lhe que ela estava feliz, o que já era mais do que suficiente para a Lovelace se sentir feliz também.

Aplausos soaram à sua volta, surpreendo-as. Meredith soltou Ashley imediatamente, fitando as pessoas que as aplaudiam com um ar aflito. Os seus olhos procuraram imediatamente o rosto de Molly Weasley, temendo que a mulher achasse um ultraje haver um pedido de casamento, motivo de felicidade, perto do corpo do seu falecido filho.

Em vez disso, Mrs. Weasley aplaudia, dirigindo-se a Ashley para a abraçar.

- Parabéns, minha querida. - ouviu-a dizer.

Ashley agradeceu, visivelmente emocionada. Passara algum tempo com os Weasley em Grimmauld Place, quando a Ordem fizera da casa dos Black o seu Quartel- General. Mrs. Weasley sempre a tratara bem, a ela e a Laurel, falando com elas como se as conhecesse desde sempre.

      Quando a mulher se aproximou de Meredith, esta abriu a boca, aflita:

- Mrs. Weasley, eu não queria desrespeitar o seu luto...

- Não o fizeste. O meu Fred teria adorado este pedido de casamento inusitado, provavelmente teria feito uma piada tonta sobre. - Molly sorriu suavemente - Celebrar o amor nunca é algo desrespeitoso, Meredith. Parabéns pelo noivado, querida.

      Meredith agradeceu, engolindo em seco e contendo a emoção. Ao fundo, pôde ver George a aplaudir, esboçando um sorriso triste. Não estava nem um pouco incomodado com o que Meredith fizera. Na verdade, George parecia aplaudir com o dobro do entusiasmo, como se aplaudisse não só por ele mas pelo seu gémeo também.

- Essa é a minha filha! - exclamou Matthew, abraçando Meredith e Ashley ao mesmo tempo - Estou muito feliz por vocês as duas. Bem-vinda à família e deixa-me que te diga: ser genro da Herdeira de Hufflepuff? - Matthew levou a mão ao peito, baixando-se numa vénia - É uma enorme honra.

      Ley engasgou-se, fitando Meredith, constrangida. A Lovelace revirou os olhos perante a atitude tonta do pai, embora não pudesse esconder o sorriso.

     Por breves instantes, houve alegria no meio do sofrimento.

      Por instantes, houve esperança.

**

      Depois, a esperança morreu.

       A voz de Voldemort ecoou por Hogwarts inteira, trazendo o caos, o desespero, o fim.

       " Harry Potter morreu"

- Foste tu que o levaste até ele, não foste? - perguntou Meredith, virando-se para a sua noiva.

      Ashley assentiu, entristecida.

- Harry era um Horcrux. Enquanto ele continuasse vivo...

       Voldemort não poderia morrer.

       O Senhor das Trevas continuou a falar mas Meredith já não o ouvia. Ela erguera-se, entrelaçando a mão na de Ashley, que a fitava com pesar. As duas começaram a andar, os restantes seguindo-as para fora do castelo. Eram elas que assumia-me a liderança, seguidas por Ron, Hermione, Neville e Ginny. No instante em que chegaram aos portões, a voz de Voldemort calara-se. Meredith abriu os portões de par em par, o queixo erguido, olhando em frente com um ar ameaçador.

      O Lord aguardava-os, o seu exército na retaguarda. Algemado, Hagrid deu um passo em frente, um corpo pequeno pendurado nas suas mãos grandes.

     O Herdeiro de Gryffindor estava morto.

- NÃO!

       Meredith olhou para trás, surpreendida ao ver a Professora McGonagall gritar, um grito tão profundo e intenso que a Lovelace sentiu o coração mirrar no seu peito ao ver a esperança morrer nos olhos da mulher. Ron, Hermione, Ginny, Neville... Todos se pronunciaram, os olhos fixos no corpo do rapaz que amavam, no seu líder.

      O Cavalo Branco fora-se.

       Atrás de si, Meredith sentiu a multidão mover-se. A cor vibrante do cabelo de Laurel sobressaía nas restantes cores, os olhos safira postos no mesmo que os restantes. A sua expressão era difícil de ler. Atrás de si Draco arregalara os olhos, chocado. Era verdade. Harry, o seu inimigo, o rapaz que odiara a vida toda... Estava morto.

      A Rainha Branca colocou-se à cabeceira, com Meredith e Ashley posicionada cada uma de um dos seus lados.

     O Rei Negro fitou a sua única e verdadeira oponente. No seu rosto de serpente, um sorriso desenhou-se, cruel como cada célula do corpo do Herdeiro de Slytherin.

- Eu ganhei.

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