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Capítulo 14

      O comboio de Hogwarts seguia a todo o vapor quando os Devoradores da Morte o invadiram.

       Os olhos negros de Meredith vasculharam o espaço, procurando a figura familiar de Astoria Greengrass. Os pais da Slytherin não eram Devoradores da Morte assumidos, dizendo-se neutros na Guerra que estava prestes a irromper mas Meredith sabia perfeitamente que aquilo não passava de uma fachada criada por dois cobardes. Se Voldemort os chamasse e lhes pedisse as filhas para fazerem parte do seu exército, os Greengrass não hesitariam em entregá-las de mão beijada.

     Em vez de Astoria, deu de caras com o rosto endurecido de Blaise Zabini.

      Lucious Malfoy e Anthony Dolohov seguiram caminho, procurando Harry. A hipótese do Potter simplesmente ter embarcado no comboio era demasiado rebuscada para alguém realmente acreditar que aquela missão seria bem-sucedida, uma opinião que Amanda Lovace partilhava com a filha. A forma como Amanda bufava de aborrecimento enquanto caminhava pela carruagem fora mostrava que a Devoradora da Morte concordaria com Meredith caso ela lhe dissesse quão burros os seguidores de Voldemort realmente eram.

     Para além da traição que pairava entre elas, as duas sequer se encaravam, por isso não iriam partilhar coisa nenhuma.

- Esqueceste-te de ir até ao Lord para receberes a tua querida Marca ou percebeste que não tinhas estofo para tomar um partido? - perguntou Meredith, adentrando o cubículo onde Blaise estava sentado.

     Ao lado de Blaise, a expressão de Pansy Parkinson fez a Lovelace sorrir, percebendo que daria tudo para ter a sua antiga vida de volta, mesmo com aquela parva a tirá-la do sério. Quão desesperada estava para até de Pansy sentir falta, pensou, revirando os olhos quando a Slytherin se dirigiu a ela:

- Estás a poluir o espaço, filha de Azkaban. - cuspiu a Parkison.

      Meredith arregaçou as mangas, vendo Blaise e Pansy chegando-se para trás instintivamente, a Marca Negra contrastando em demasia com a pele cor de marfim do seu antebraço. Sorriu cinicamente ao ver o medo bailar nos olhos da Parkinson, que nunca escondera a verdadeira cobarde que era.

- Tu, pelo contrário, pareces gostar da tua. - respondeu Blaise, erguendo a sobrancelha - Orgulhosa de fazer parte da equipa vencedora?

- Muito. - ironizou Meredith - Mas tu não. Mudaste de ideias?

      Pansy trocou um olhar com Blaise, que esboçou um leve sorriso. O Zabini nunca se dera bem com Meredith mas apreciava a audácia da jovem; estar ali, exibindo a sua Marca e acusando-o de cobardia era claramente algo que a Lovelace faria nos seus melhores dias.

- Tenho outras... Prioridades.

      Meredith ergueu a sobrancelha.

- O que... Esquece, não tenho nada a ver com isso. Viste a Astoria?

- Pensei que estavam à procura do Potter. - intrometeu-se Pansy.

- A pensar morreu um burro, querida. - respondeu Meredith, focando-se em Blaise - A Astoria, moço.

- O que te interessa? - perguntou Blaise, desconfiado.

- Mas será que a noção de pergunta-resposta não está clara nos tempos que correm? - questionou a Lovelace, exasperada - Responde!

- Ela está noutra carruagem com a... - Blaise engoliu em seco - Daphne.

- Qual?

- A seguir a esta.

- Finalmente. Obrigada, Zabini.

     A mão forte de Blaise segurou-a, mantendo-a firmemente onde estava. Meredith ergueu uma sobrancelha, questionando-se se Blaise por acaso tinha perdido o amor à vida para sequer ousar tocar-lhe.

- Tira as patas de cima de mim. - rosnou Meredith, com pouca paciência.

- A Laurel não está no comboio. - disse Zabini, pondo-se de pé e enfrentando o olhar furtivo dela - Ela está bem?

     Meredith prensou os lábios, a expressão suavizando ao perceber que Blaise estava genuinamente preocupado com a amiga. Esse era o maior Dom de Laurel; ela tocava as pessoas, a sua bondade e gentileza tornando impossível quem a conhecesse de não se preocupar com ela.

     Nunca pensara vir a sentir tanto a falta da Ravenclaw.

- Está viva. - respondeu-lhe, secamente - Agora já podes tirar as patas de cima de mim?

      Blaise bufou.

- Encantadora como sempre. - resmungou, baixinho o suficiente para Meredith fazer de conta que não o ouvira.

      Em silêncio, a jovem prosseguiu caminho, ignorando os olhares amedontrados dos novos e velhos alunos de Hogwarts. As crianças, em particular os primeiros anos, entreolhavam-se entre si à medida que ela passava, chegando-se o mais para dentro dos cubículos possível. Para seu próprio bem, Meredith ignorou a sensação que isso lhe causava, enterrando as suas emoções para o mais fundo do seu ser.

     Tal como Blaise a informara, Astoria Greengrass encontrava-se na carruagem seguinte, ao lado da sua irmã Daphne. Quando Meredith se sentou à frente delas, os olhos verdes da Greengrass mais nova perscrutaram-lhe o rosto, desconfiados. Daphne, pelo contrário, limitou-se a erguer uma sobrancelha, cruzando os braços à frente do peito num gesto desconfortável.

- Meredith Lovelace, que surpresa. - disse a mais velha - Em que podemos ajudar-te?

- Como estás? - perguntou Meredith a Astoria, ignorando a pergunta de Daphne.

     Astoria não respondeu de imediato. As mangas da camisola de Meredith continuavam arregaçadas e a Marca continuava visível, prendendo a atenção das duas Greengrass. Notando isso, a Lovelace baixou de imediato o tecido, cobrindo a maldita tatuagem.

- Viva. - respondeu Astoria, desviando o olhar para encarar Meredith - Onde está a Laurel? Encontraram-na?

     Havia uma pergunta muda nos olhos de Astoria. A mais nova sabia que fora Meredith a levar Laurel até Voldemort, sabia que fora Meredith quem escolhera tornar-se uma Devoradora da Morte mas a questão mantinha-se: onde estava realmente a lealdade de Meredith Lovelace?

     A de Astoria estava muito clara.

- Está viva. - respondeu Meredith, sentindo o seu coração apertar como sempre fazia quando alguém perguntava pela Raveclaw e vendo os ombros de Astoria baixarem de alívio - Preciso que me oiças: as coisas vão mudar em Hogwarts e alguém vai ter de proteger os alunos. Sei quais são os planos que eles têm para a escola e não vai correr nada bem, inclusive as Maldições Imperdoáveis passaram a ser aceites como método de castigo...

- O Snape não vai permitir que isso aconteça, ele é o novo Diretor e já disse que vai fazer o que é melhor para os seus alunos.. - interrompeu Daphne, de sobrolho franzido - E porque é que estás a falar com a minha irmã sobre isso? És uma Devoradora da Morte...

- Daphne, acho melhor saíres. - cortou Meredith, com um tom de aviso na voz.

- Porquê? Não estou a perceber o que estás aqui a... A menos que... - Daphne arregalou os olhos, baixando o tom de voz - Tu não és uma...

      Meredith ergueu a varinha, amaldiçoando-se a si mesma por ter sido descuidada. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Astoria colocou o braço à frente da irmã, surpreendendo as outras duas.

- A Daphne vai ficar de bico calado. - afirmou a Greengrass mais nova, ignorando o arregalar de olhos da irmã - Ignora que ela está aqui e continua.

- Não posso arriscar, Asty...

- Eu não vou dizer nada. - confirmou Daphne, como se entendesse as intenções da irmã - Confio na Astoria e no que ela está a fazer.

- Mas eu não confio em ti. - resmungou Meredith, a ficar sem paciência - Se fores a correr contar aos teus pais que eu estou a querer sabotar o Quem-Nós-Sabemos...

- Não vou contar nada, acredita. - Daphne prensou os lábios, descruzando os braços - Não quero que uma Guerra se instale nem quero que o lado errado ganhe. O preconceito, a morte, a tortura... Essa é a doutrina do Quem-Nós-Sabemos e eu não quero que o meu filho cresça nela.

     O queixo de Meredith caiu. A mão de Daphne acariciou gentilmente a barriga pouco saliente que tinha, fazendo a Lovelace finalmente entender o que Blaise dissera.

      Prioridades.

     Os olhos verdes de Daphne pediam clemência a Meredith, como se ela tivesse alguma coisa a ver com isso. Se havia alguém que não estava em posição de julgar o outro era Meredith, a pessoa que escolhera o caminho mais difícil e errado que existia. Daphne era nova e pelo seu ar sabia que não fora a adolescente mais responsável do mundo mas, se tinha forças suficientes para ter um pingo de coragem e afastar-se de Voldemort, com certeza seria uma boa mãe. Pela expressão protetora de Astoria e o sorriso leve que Blaise lhe dirigira minutos antes, ela estava bem acompanhada. 

     A Lovelace permitiu-se relaxar, esboçando um dos sorrisos mais genuínos que exibira nos últimos tempos.

- Parabéns à nova mamã. - disse ela, sorrindo às irmãs Greengrass - E à nova titia também. Agora, escutem-me com atenção...

       Quando Meredith saiu do cubículo onde as Greengrass se encontravam, alguns minutos depois, sentiu o estômago revirar-se ao ouvir vozes familiares aos gritos. A passos largos, percorreu o resto da carruagem e encontrou os Devoradores da Morte que a acompanhavam a rodearem um pequeno grupo de pessoas, os cabelos ruivos de Ginny Weasley destacando-se.

- Afastem-se deles. - ordenou, a voz fria sobrepondo-se a qualquer outra.

- Esta aqui é a namorada do Potter... - começou Dolohov, puxando Ginny pelo braço - Ela deve saber onde o queridinho está, não sabes?

- Tira as patas de cima de mim. - rosnou Ginny, com os dentes cerrados.

- Eu disse... - Meredith fez uma pausa, fitando cada um dos Devoradores da Morte, incluindo a sua própria mãe - Afastem-se. Deles.

      Amanda Lovelace ergueu as sobrancelhas, impressionada com o poder que a voz de Meredith possuía. A temperatura parecia ter descido com a sua presença e os olhos negros mantinham-se firmes e sem emoção alguma, aguardando que os Devoradores lhe obedecessem. Dolohov rangeu os dentes, soltando bruscamente a ruiva e Lucious Malfoy soltou o corpo alto e franzino de Neville Longbottom, que se colocou imediatamente à frente de Ginny.

- Quem é que te nomeou a chefe?! - exclamou Dolohov, aproximando-se ameaçadoramente de Meredith.

      A Lovelace mais nova pestanejou. Num rápido movimento, encostou a ponta da sua varinha na garganta do Devorador da Morte, cujo único movimento que teve tempo de fazer foi prender a respiração e encolher-se, sentindo um fio de sangue fino escorrer-lhe pela pele abaixo.

- Não me desafies, Dolohov. - disse Meredith, sem qualquer expressão - Saiam todos daqui. Vasculhem o resto do comboio que eu trato da Weasley e do Longbottom. - pelo canto do olho, viu Lucious abrir e fechar a boca, os olhos cinza mostrando a sua irritação - Agora!

     Os Devoradores da Morte afastaram-se, rangendo os dentes. Amanda, por seu lado, fitou a filha. Mantivera-se de braços cruzados encostada à parede, vendo a jovem mostrar as garras aos demais. Talvez se tivesse enganado em relação a Meredith; talvez a traição dela não passasse de uma clara prova de que Meredith Lovelace era sua filha.

     Firme.

     Resoluta.

     Com personalidade.

     Mas acima de tudo...

     Perigosa.

- Queres alguma coisa? - questionou Meredith, com arrogância.

     Amanda sorriu.

- Absolutamente nada, querida.

      Meredith suspirou assim que ouviu a porta fechar-se atrás de si. Antes que pudesse raciocionar, Ginny abaixara-se para pegar a sua varinha, que Dolohov atirara ao chão. Quando deu por isso, a ruiva fitava-a, de varinha em riste.

- Eu não sei onde o Harry está. - afirmou Ginny, sem vacilar - Nenhum de nós sabe.

- Ótimo. Não te esqueças de manter essa resposta. - disse Meredith, sacudindo as suas roupas e ajeitando os cabelos - Não é por isso que estou aqui. Já falei com os Slytherin, pensei em falar com os Grynffindor...

- Sai daqui, Devoradora da Morte. - cortou Ginny - Não temos nada para falar contigo.

- Não disse que tinhas, meu bem. Quero é que me oiçam. - ripostou, virando-se para Neville, que parecia menos desconfiado que a Weasley - Hogwarts vai mudar bastante. Façam o que fizerem, protejam os mais novos, eles vão precisar. Se conseguirem avisar os Hufflepuff e os Ravenclaw, tanto melhor. O Senhor das Trevas vai incutir o medo e a dor na geração mais nova, que são mais fáceis de manipular que os mais velhos. Cabe-vos a vocês impedir isso, entendido?

- Nós iriamos fazer isso de qualquer das formas. - bufou Ginny, impaciente.

- As Maldições Imperdoáveis vão ser permitidas e os novos professores vão, com certeza, usá-las. Não os deixem chegar aos mais novos e façam de tudo para os sabotar.

- Não nos dás ordens...

- Tu sabes onde o Harry está? - perguntou Neville, interrompendo a amiga.

     Meredith abanou a cabeça.

- Não e ainda bem. Quanto mais longe Harry estiver de Hogwarts, melhor. - virou-se, pronta para sair dali - Conto com vocês. - fez uma pausa, sorrindo para Ginny - E a Laurel também.

     Ginny engoliu em seco.

     Não havia mais nada a dizer.

**

Odeya Rush como Astoria Greengrass na media!

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