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3 Vivências

Taco, livre, libertino, sem as amarras teóricas, vivia cada segundo como se fosse o último, pois qualquer segundo poderia ser mesmo o último, dado seu modo de vida pouco afeito às regras estabelecidas. Um outsider em tempo integral, dormindo pouco, bebendo muito, apaixonando-se aqui e ali, por esta e aquela. E com muito blues e rock na cabeça, na mente, nas veias, na vida e na alma. Fazia visitas periódicas à Delegacia, onde era castigado pela imprensa canina mais que pelas surras da lei.

Taco viveu muita coisa em sua adolescência. Foi à escola, foi ao colégio, mais para se enturmar que para estudar, mas não que fosse burro, não que fosse alienado, não que fosse uma besta completa. Bem ao contrário, tinha carisma e sabia manipular. Só não manipulava Joanita, mas essa merece capítulo à parte. Foi no colégio, público, gratuito e sem qualidade, que Taco conheceu Dingo. Jamais estudaram na mesma sala, pois Taco reprovara algumas vezes. Apesar das brutais disparidades de seus mundos, surpreendentemente se tornaram amigos. Não sem os conflitos obrigatórios de qualquer verdadeira e valorosa amizade. No início, era o bullying. Taco azucrinava a vida tediosa de Dingo. Tapa na bunda, chute no saco, mala escondida, mala pendurada na janela, mala jogada em alguma casa para o cachorro devorar. Dingo sofria o diabo com Taco e outros colegas. Um nerd basicamente é um joguete na escola, tendo como função a diversão da galera. É o otário da turma, o mongol*, o banana, o infeliz que não come ninguém, que vive de punheta. Taco era o oposto. Era extremamente relapso, mas bastante pop, embora não respeitasse praticamente ninguém. Manhoso que era, com a ginga das ruas, era jogo duro para qualquer um. Poucos o encaravam. De vez em quando, rolava porrada no intervalo ou na saída do colégio. Taco geralmente estava envolvido, e espancava e era surrado em doses quase iguais. A diferença é que ele nunca corria. Não se importava com surras. Simplesmente absorvia, resilientemente, e devolvia. Taco era popular também entre as meninas mais malandras. Não se dava bem com as CDFs, mas as liberais eram jogo certo.

Taco e Dingo não estudavam juntos. Havia uma distância entre eles, previsível. Um nerd não costuma reprovar. Um atarantado não faz a mínima questão. Colégio não passava de uma diversão, uma forma (nada) saudável de destruição e autodestruição. Mas as turmas se misturavam e desse amálgama surgiu o contato. Eles moravam no mesmo bairro, algo em torno de 5 quadras separando casa (orfanato) de um, apartamento de outro. 

Com o tempo, eles passaram a voltar juntos para casa. Dingo já não ligava tanto para as provocações e já quase curtia a amizade louca de um completo maluco. Esse maluco não tinha centro, não tinha nada, precisava de um ponto de equilíbrio, e Dingo era uma tábua de salvação em alguns momentos, pelo estilo ponderado e tranquilo de ser. Nem tanto de agir, dada a falta de prática para a ação. Nerds...

*Mongol era um termo comum na Curitiba dos anos 80/90, para ofender pessoas tidas como "bobas" ou "fracas".  Clássico bullying escolar.

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