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Capítulo 10

6676 palavras - Arco amigos e família

Sábado de manhã, Edan está largado no sofá, acordado bem antes do que poderia desejar. Havia dormido muito mal a noite anterior, e ainda acordou muito cedo. Seu corpo praguejava por ter acordado tão cedo. Tinha tanta coisa para fazer no dia, que o faziam resmungar só de pensar. Com o pouco de vontade que tinha, se forçou em levantar da cama, abriu todas as janelas da casa, e começou por arrumar a sala.

Começou dobrando suas cobertas e levando a seu quarto, deixou-as de qualquer jeito sobre a cama e saiu, trancando a porta. Olhou para a sala, vendo melhor o estado sujo do ambiente. Copos espalhados na mesa de centro, alguns pratos sobre o móvel da televisão, sacolas plásticas e alguns pacotes vazios de bolacha e lanches ridiculamente empurrados entre as costas do sofá com a parede, e uma fina camada de poeira sobre cada um dos móveis. Viu quanto trabalho tinha, e pensava quando a sala ficou naquele estado.

Enquanto recolhia os vários copos e os pratos largados pelo cômodo, pensou no dia que foi com os amigos na lanchonete, mais especificamente no lanche que comeu. Já pensou tanto nos amigos que, por ideia própria, não tinha mais o que pensar sem ficar cansado. Não se sentia com vontade de pensar muito, especialmente em algo que envolvia qualquer um de seus amigos. Sentia como se estivesse se corroendo por dentro, apenas por pensar nisso, mas Edan mesmo sequer entendia o motivo disso.

Pegou uma vassoura, varreu correndo a sala de casa, da forma mais eficaz que poderia tentar conseguir. Cada um dos vários lixos espalhados pelo cômodo foram localizados de forma estratégica, sendo reunidos próximo a porta da sala e recolhidos. Logo em seguida a cozinha, cuidando de toda a louça suja empilhada sobre a pia, ao mesmo tempo que olhava para o chão com algumas manchas. Agilizou a cozinha, tentando ao máximo misturar velocidade com eficiência para não perder tempo, e dessa maneira seguiu pelos demais cômodos da casa. Fazia com pressa, porém com o máximo de concentração que podia para não perder um único segundo. Nada conseguia tirar seu foco.

Correu novamente na cozinha, viu o que tinha nos armários. Não era exatamente muito, nem o mais saudável, mas julgou ser o suficiente. Foi no quintal atrás de casa, pegando um rodo e um pano, alcançou um produto de limpeza no armário embaixo da pia e lançou uma quantidade no pano e no chão, usando para limpar a cozinha, sala e corredor. Esperou impacientemente até o piso secar, entrando novamente e correndo em direção ao quarto de seus pais, conferindo se estava trancado. Pensando no que estava faltando, ouve a campainha tocando.

- Mas já chegaram? – reclama, pegando sua chave e indo abrir.

Atravessou o quintal sem pensar e abriu o portão. Na frente de todos, carregando um olhar e sorriso de arrogância, lá estava uma mulher de cerca de 40 anos, com maquiagens leves, de cabelo castanho e liso, lentes verdes escura nos olhos, ostentando roupas caras, que mostrar muito do corpo bem curvado, joias extravagantes e uma bolsa que julgou ser mais cara que um carro. Sua tia Clarice.

- Não vai dar oi para a titia pequeno Edan? – Ela diz em deboche.

- Oi! – Responde de forma seca – Agora pare de me fazer perder tempo. Entre e faça logo o que veio fazer! – Disse abrindo espaço.

- Perder seu tempo? Você usa seu tempo pra alguma coisa? – A mulher passa, empurrando o rapaz de forma bruta. – Aliás, está perdendo a pouca educação que seus pais foram capazes de dar?

Ouvir tais palavras fazia Edan apertar os dentes e bufar de irritação – De jeito nenhum... Só não vejo necessidade em ser educado com alguém como você.

A mulher faz um som de deboche com a boca, e então começa a rir – Sabe que te odeio né, fedelho de merda?

- O sentimento é mútuo! – retrucou.

Logo atrás entrou uma garota mais velha, vestida de forma parecida com a tia de Edan, de cabelo negro repicado na altura dos ombros, olhos igualmente escuros. Agarrado a ela estava um homem de barba rala, vestido com roupas igualmente de grife, mas manchada de algo que acabaram de comer. Assim que passam, Edan os observa com o canto dos olhos, porém o casal sequer da atenção a presença de Edan.

A mulher passeia pelo quintal da casa, condenando com o olhar cada coisa que julgava como errado. Ela até mesmo pisava no chão como se estivesse sujo e repleto de lixo.

- Então... – Começou ela – Até que você está mantendo as coisas "organizadas" por aqui.

- Isso não é nada a se impressionar... – Diz simplesmente.

- É sim pequeno Ed... – A prima que até agora se agarrava com o namorado, diz em tom de zombaria – Impressionante o fato de você saber limpar mais do que só seu quarto.

- Meus "talentos" em arrumar uma casa não são nada, é apenas a responsabilidade com a casa que deixaram para trás, e que peguei para mim com a ajuda do Tio Marcos... – Edan relembra o passado por um rápido momento. Se lembra de como ele e Gisele eram próximos quando eram bem mais novos. Das várias brincadeiras, risadas e momentos agradáveis que tiveram juntos quando crianças. Mas logo retornou a realidade, lembrou como ela mudou por tanta influência de sua mãe, como Gisele virou alguém desagradável e mesquinha de todas as formas, quase como uma inimiga. Os momentos de alegria com sua prima se tornaram apenas lembranças distantes, de um mundo e uma vida feliz que jamais retornaria. E tudo aconteceu logo após perder sua mãe no acidente de anos atrás. Ele então arqueia as sobrancelhas, voltando a falar – Se quer se impressionar, veja a habilidade da sua mãe de arrumar um amante diferente a cada semana.

- Calúnias! – retruca a garota.

- Aliás, você sabe quem é seu pai de verdade? – Ele questiona, insatisfeito eu apenas um ataque, queria dizer mais – Arrisco dizer que você pode ser filha do Mufasa, ou quem sabe do Darth Vader... Pode ser qualquer um, menos o tio Marcos.

- Acha que eu vou aceitar você falando assim da minha mãe? – Ela fecha os punhos.

- Aceitando ou não, cale a boca Gisele, senão irei falar coisas piores. – Responde da maneira fria. Edan podia sentir que o incomodo que sentia na lanchonete parecia ter retornado e se convertido em algo que naquele momento estava muito mais forte, agora que sua tia e prima estavam bem a sua frente, afinal, tinha motivos para isso.

- Deixa ele falar filha... – Clarice intervém, encarando Edan, disparando cada palavra como facas – Terminarei a vistoria no que deveria ser a minha casa, e então irei embora. Assim vai poder ficar à vontade, sozinho de novo nesse seu mundinho abandonado.

- Faça, e dê o fora daqui! – Edan responde, apontando para a porta, se controlando para não golpear sua tia com toda a força que poderia ter.

Clarice o encara uma última vez, se virando para continuar olhando a casa. Gisele lança um olhar fulminante a Edan, puxa seu namorado que esteve aéreo durante todo esse tempo. Sozinho no quintal, Edan praguejou para si mesmo.

Parando na porta observa sua tia. Ela analisa de forma meticulosa cada detalhe da casa, moveis, quadros. Tentou entrar nos quartos trancados, mas logo desistiu. Clarice olhou tudo que poderia na casa. Tudo, com exceção da estufa. A mulher termina, cruza os braços e encara Edan, este também de braços cruzados, esperando a reclamação da tia. A tensão ficou cada vez mais presente, de uma forma como se alguém poderia tentar alguma agressão em algum momento. Isso, porém, não aconteceu. A mulher deixa a casa sem dizer nada a Edan. Gisele estava instalada no sofá com seu acompanhante, assim que viu a mãe passando, se levanta e a segue. Edan não se move, mas mantém seus olhos acompanhando os três, até passarem pelo portão. Respirando aliviado por tudo ter acabado, Edan se joga no sofá. Liga a televisão e relaxa. Levando a mão ao rosto, deu um pesado suspiro contendo seu cansaço. Após um tempo, escuta o portão sendo fechado, segundos depois alguém chama.

- Edan? – era Raquel.

- Aqui, no sofá... – falou e ergueu a mão de forma igualmente despreocupada.

Ela anda até próximo do sofá, olhando de um lado ao outro – Não me lembro de quando foi à última vez que vi a casa tão bem arrumada... Aliás, por que o portão da sua casa estava todo aberto?

- Deve ter sido a tapada da minha tia que esqueceu de fechar quando foi embora. – Bufa sem sequer olhar para a amiga.

Arqueando as sobrancelhas, Raquel não responde de imediato. Ela nunca ouviu Edan insultando alguém, de qualquer forma que fosse. Por mais que não tivesse escutasse nenhum insulto mais pesado, percebeu a hostilidade na voz do colega. – Do jeito que estava, parecia que essa tia quis deixar bem aberto mesmo... Estranhei assim que vi o portão aberto.

Edan se ajeitou no sofá – Obrigado por me avisar, na próxima vez que ela vier, irei eu mesmo fechar.

- Então ok... – Raquel o observa, aproximando-se em passos cuidadosos ao ver toda a tensão que havia em seu colega neste momento – E você não parece com o humor nada amigável... O que na verdade, não é uma novidade.

- Quando estou de bom humor? – pergunta, erguendo a sobrancelha.

Raquel pensa, pensa, e pensa mais. Ela levanta o dedo uma vez, mas então abaixa. Claramente estava se esforçando para tentar se lembrar, mas então se deu por vencida. Ela balança a cabeça negativamente – Na boa, eu não sei. Você parece um Batman da vida, mas claro, sem todo o dinheiro, habilidades físicas, um corpão forte e atraente, uma caverna, uma roupa preta de morcego e um monte de coisas legais...

Olhando para a colega, ele arqueia as sobrancelhas. De nenhuma forma Edan esperava receber uma comparação como essa, nem esperava ver Raquel suspirando de forma boba depois da descrição que fez. Balançou a cabeça, concordando com a colega. O comentário da garota conseguiu quebrar a tensão que ele mantinha sobre si mesmo – É uma comparação criativa, está de parabéns. – Ele diz, retornando ao assunto anterior – Sabe... As vezes nem eu sei quando estou de bom humor. Quem poderia saber?

- A Anne talvez? – Raquel diz.

A resposta de Raquel quase o pega de surpresa – Anne!? Duvido muito! – balança a cabeça agora negativamente, se recostando no sofá – Conheço ela a menos tempo que você, como ela poderia saber mais, ou então saber dizer algo assim?

- Chute... Palpite... Sexto sentido feminino? – Raquel diz, olhando para o alto. Seu olhar era um misto de diversão com irrelevância – Alguma dessas porcarias ai que eu falei. Nem eu mesma entendo direito. É uma coisa que eu sinto lá de dentro, mas funciona.

- Duvido. – Ele responde.

- Ah é? Te darei uma prova – Ela diz com um sorriso convencido – Foi só falar nela que você até ficou mais empolgado para falar.

Ignorando o ultimo comentário, ele então continua – Ainda não acho... Enfim, você ainda não me disse o que veio fazer aqui em pleno sábado.

Cruzando os braços Raquel faz uma encenação – "Ah sim, obrigado por vir me visitar na minha casa vazia em pleno sábado, e obrigado por me contar todas as fofocas Raquel".

- Eu não falo desse jeito. – Reclama.

- Foi um exemplo criatura... – Balança a cabeça e se senta – Mas bem, por incansáveis pedidos da Anne, eu vim para ver se você estava desenhando ou procrastinando.

Batendo os dedos no joelho, Edan pensa e enfim diz – Procrastinando. Hoje ainda não toquei em um lápis, só acordei cedo fui limpar a casa. Ontem eu fiz uma coisa ou outra.

- Desenho normal ou o tal projeto?

- Nem me lembre disso... – o rapaz faz um som de frustração com a boca – Aquela chata me enfiou nisso, e eu ainda nem tenho ideia do que fazer.

Raquel se diverte com a frustração do colega, soltando uma risada alta. – E você adora essa chata, por mais que não admita.

- Ainda com essa ideia besta na cabeça? – Vendo que Raquel iria continuar neste assunto e ela se divertiria muito, Edan leva a mão ao queixo e pensa – Se fosse para saber de desenhos, ela mesma viria aqui... E ela não vem aqui já faz dias. Por que a Anne não o veio?

- Curioso para saber por que ela não veio, interessante... – a garota comenta rindo, enquanto passa os dedos pelo queixo como se analisasse o que Edan disse. A garota está se divertindo com cada reação de Edan – Você não soube porque foi embora sozinho naquele dia.

- Saber do que mesmo? – Indaga.

- Da primeira fofoca. Já sabe que o Fabiano está interessado na Anne? – Edan ergue uma sobrancelha, claramente sem saber dessa informação. Raquel então continua a falar – Naquele dia que você foi embora da lanchonete, a Anne foi atrás de você.

- Que? – Perguntou com a voz calma, sem saber como conseguiu conter o espanto que teve. Edan teve a sensação de ter quase saltado do sofá, e percebeu que seu corpo se curvou para frente. Se perguntou quando isso teria acontecido. – E por que ela faria isso?

Raquel abaixa a cabeça, torce a boca. Hesita um pouco juntando as mãos, e com um suspiro pesado diz – Eu... Eu não sei o motivo. Mas pelo rosto que fez na hora, a Anne estava se sentindo mal, parecia triste... E também parecia decidida, sobre alguma coisa importante.

Edan pensa em falar algo, mas logo desiste.

- Pouco depois, a Anne voltou. Ela não tinha conseguido te achar. – Raquel balança a cabeça, quase que escolhendo as palavras. – Ela estava bem pra baixo na hora, além de muito brava com você e com ela mesma. E se aproveitando disso, o Fabiano começou a ser "legal demais". – Raquel terminou de falar fazendo aspas.

- O que quer dizer com isso de "legal demais"? – Edan repetiu as aspas que Raquel fez.

- Primeiro o Fabiano sentou no seu lugar, ficou abraçando a Anne... Tentando consolar ela por ter um "péssimo amigo retardado, com cara de morto que deveria ser enterrado", e ele fez questão de falar isso muitas vezes... – Raquel revira os olhos assim que termina de falar, de um tom de voz mais calmo para um carregado com indignação. Repetir o que Fabiano disse parecia ter irritado a garota bem mais do que Edan esperava ver, tanto que a garota fecha os punhos com tanta força que as juntas ficam brancas. Ela respira fundo e logo continua a falar – E na verdade, era tudo uma desculpa pra conseguir ficar perto dela. E principalmente chamar a Anne para sair com ele hoje.

- E me deixe adivinhar... Ele conseguiu o que queria.

- Sim, há essa hora eles já se encontraram. Não sei no que Anne estava pensando na hora, nem como o Fabiano convenceu ela... – Edan faz uma expressão de entendimento, balançando a cabeça algumas vezes – Como você está com tudo isso?

- Não estou nem ligando. – Raquel ergue as sobrancelhas com uma resposta tão direta – Olha... Não me entenda mal, é legal saber que a Anne está sendo cantada e até quase namorando com o tal cidadão mais velho... Mas não vejo motivos para eu achar algo dessa história. Eu deveria me importar?

- Bem... Vendo dessa maneira... – A garota baixa a cabeça, olhando de um lado a outro, enfim se levantando, apontando para o quarto – Ta bom, levante e vá trocar de roupa.

- O que é isso agora? – pergunta.

- Tenho mais coisas pra contar, mas melhor ao ar livre.

Edan bufa, mas se levanta – Mais fofocas? Não podem ser contadas dentro de casa?

- Até podem, mas estou com vontade de tomar um ar e andar com uma companhia. – Ela responde – Vou te esperar lá fora, e se demorar, eu vou puxar você para fora pelos cabelos, e você lembra que eu já fiz isso antes. – diz rindo, indo para o quintal.

Seguindo o pedido de sua colega, Edan entra em seu quarto, levando poucos minutos para sair.

Raquel está encostada ao lado do batente da porta. Ela está olhando mensagens e mais mensagens aparecendo na tela, mas sem responder nenhuma.

Edan aparece na porta e vê a amiga – Já estou pronto. Podemos ir seja lá qual for o lugar.

Raquel o analisa de cima a baixo, já indo para a frente da casa – Está bom, só vou responder a Anne e podemos ir. – Edan termina de trancar a porta e segue a colega.

- Ela está em um encontro, e fica no celular? – o rapaz pergunta, cruzando os braços.

- Ela está me contando como está o encontro, e mandando foto deles ué – Raquel olha o celular, tecla algumas coisas e enfim o guarda, apontando uma direção, e andando logo em seguida, com Edan logo atrás. – Apesar que eu acho que a Anne não gosta dele nesse sentido.

- Ah, mesmo é? – Perguntou por perguntar, totalmente apático.

- Sim, a Anne me comentou há um tempo atrás que não estava ligando muito para isso... – Ela olha para Edan – E nem você pelo jeito.

- E essa é a parte que eu te pergunto por que... – diz enquanto se espreguiça.

Raquel leva a mão a testa. – Duas garotas mais velhas ficaram te achando "bonitinho", e aquela tal Carol parece que gostou de você. É sério que não notou?

- Não, isso pra mim foi uma ação normal... – Ele pausa sua fala, pensou um pouco e então volta a falar, agora se corrigindo. – Para ser sincero, bem anormal.

- Ela estava claramente te mostrando os peitos Edan! – reclama.

- Então! – O rapaz dá de ombros – Mostrar o corpo não é normal hoje em dia?

A garota pensa no que Edan disse, semicerrando o olhar. Por um tempo raciocinou, e então concordou – É, nesse sentido que está falando até que é "normal" sim... Mas acontecer logo com você, não é normal.

Desta vez é o rapaz que semicerra o olhar enquanto pensa – Está certa sobre isso... Essa é a parte anormal da coisa toda – Concorda.

- E ainda tem mais. Do jeito que ela estava agindo com você, bateu um certo ciúme... E deu pra ver que a Anne estava se sentindo igual a mim.

O rapaz ergue uma sobrancelha – Ciúme? Você e a Anne querem me mostrar os peitos?

- Quer morrer? – Raquel ergue o punho, o fechado com força. Sua voz e expressão enrijeceram, tanto que o rapaz teve a impressão do ar ficar muito mais denso com a nova postura de Raquel, mas a garota suaviza assim que respira fundo. – Eu disse ciúmes no sentido de ela mal te conhecer e já ir mostrando o corpo, como se fosse uma íntima sua. Eu mesma sou sua amiga há muito tempo, anos de amizade... – Ela pausa, retomando o fôlego – Eu até posso sentir confiança de falar algo mais íntimo para você pelo nosso tempo de amizade, mas nunca forcei nada assim com você, não sei nem se conseguiria fazer algo desse tipo. E nem quero que isso aconteça. 

Edan balança a cabeça, pensando a respeito. – E como sabe que Anne estava com ciúmes?

A garota passa a mão pelos cabelos soltos. Ela encarava as pontas azuis que pareciam bem quebradiças e sem cor se comparadas ao resto de seu longo cabelo escuro – Conheço ela e somos muito amigas a bastante tempo. Eu sei reconhecer muito bem como ela se sente, quando gosta ou não de algo... Mas eu não sei exatamente sobre o que Anne pode ter sentido ciúmes, se foi pelo mesmo motivo ou não.

- Curioso isso sabe... – Raquel o observa. – Ela nem tem motivos para sentir ciúme algum relacionado a mim. Por que então sentiu?

- A Anne... Bom... – Ela hesita por um segundo – Talvez ela já pode te considerar como alguém muito importante... – Raquel pensa revirando os olhos, recebendo um olhar questionador de Edan. Ela vira a cabeça, passando as mãos pela roupa – Talvez ela tenha algum motivo sim, algo importante, ou talvez não... Não tenho como saber ou ter certeza de uma coisa assim, é o que eu acho.

Parando de andar, Edan pensa, analisando como a colega está agindo e falando, a forma corporal como reage. – Você sabe de alguma coisa que eu não sei?

Raquel para também. Ela olha para o alto, dando um longo suspiro vacilante, hesitando antes de olhar de volta para o colega – Sei sim, eu sei muito mais coisas do que você. – Raquel falou, seu rosto demonstrava o quão sincera estava sendo naquele momento, dando ombros por um tempo muito longo. Independente do que falasse a partir daquele momento, Edan tinha uma certeza. Raquel realmente sabia de algo e acabara de demonstrar isso, porem ela não iria falar. Ele conhece Raquel de muito tempo, e sabe bem como a colega costuma agir, e isso o dava certeza de que, por ela, não teria mais nenhuma informação. – Mas o que eu sei a mais... Não tem nada a ver com saber sobre a Anne. Vou ficar te devendo essa informação.

- Acho melhor... Só considerarmos que ela tem os seus motivos... – Edan diz, levando as mãos aos bolsos e olhando para baixo – Talvez ela só me veja como um bom amigo mesmo. É o mais provável, e melhor que seja assim.

- É... Talvez sim... – A garota concorda, puxando Edan pelo braço. – Ainda não te contei todas as fofocas. Agora é sobre o Leandro.

- Só falta dizer que ele tomou coragem para chamar aquela garota para sair. – Comenta, de uma forma onde isso seria impossível de acontecer. – Qual o nome dela mesmo?

- E se eu falar que o nome dela é Iris, e que você acertou?

Edan arqueia as sobrancelhas, e então diz – Isso é sério? O Leandro chamou ela mesmo?

Concorda balançando a cabeça, Raquel continua. – E a história é muito boa.

- Você teve alguma influência nisso? – Edan cerrou o olhar.

- Não fiz nada. O Leandro sozinho que a chamou para sair, conversarem e até já darem beijinhos – A garota diz rindo.

- Mas já rolaram beijos? – Perguntar tal coisa fez Edan parar por um segundo. Pensando um pouco, se sentiu uma fofoqueira que ficou um fim de semana sem poder participar de um encontro com as amigas. – Ta, esquece essa minha última pergunta, desnecessário saber isso. Pode falar sobre como foi esse tal dia deles?

A sua repentina "curiosidade" fez Raquel se animar ainda mais. Vendo como a garota ficou, Edan deu uma longa suspirada, decidindo que pelo menos naquele momento, tentaria ser um "amigo normal" para Raquel.

Esfregando as mãos e sem conter a empolgação, Raquel puxa o colega para um banco. – Se prepara que a história é longa, vou contar tudo e é agora!

*****

- Por favor, só um! – Raquel pedia, juntando as mãos em frente ao corpo.

- Não Raquel! – Edan negou de imediato, de braços cruzados e evitando olhar para a colega.

A garota insiste, segurando um braço de Edan. – Sério, é só um mesmo... Por favor, vai me deixar querendo?

- Já passamos por isso antes, nunca é só um! – Responde. Observando Raquel com o canto dos olhos, o rapaz se vê diante de um olhar pidão.

- Ah Edan, mas eu quero tanto... – Ela insiste uma última vez, apelando para uma tentativa de voz fofa.

- Você falou a mesma coisa quando viemos aqui antes, e você encheu a mão com essas trufas! – Edan bufa, apontando para um dos potes de plástico transparente da iluminada e bem espaçosa loja de doces bem próxima ao centro, cheio com várias trufas de sabores diferentes. Uma atendente assistia a cena entre os dois, tentando conter o riso – Você sabe como é difícil, e bem perigoso tentar tirar uma trufa de você?

- Eu não sou assim... Só um pouco. – Raquel da um sorriso, e então olha para uma estante ao lado, apontando para outra coisa – Só uma barrinha de chocolate então?

- Você não vai desistir disso... – Edan respira fundo, levando as mãos a cintura. Raquel da um sorriso e arqueia as sobrancelhas, expressando que aguarda uma resposta. – Vai lá, pega as trufas, só não exagere.

Ela solta um riso – Tem certeza?

- Está me dando tempo para mudar de ideia? – Questionou, quase de imediato.

Antes que pudesse falar qualquer coisa, Raquel foi ao pote e encheu suas mãos com várias trufas, claramente sem se importar com os sabores ou a quantidade. Ela vai até o balcão e despeja todas as trufas – Prontinho. Pode pagar isso para mim?

- Você exagerou... De novo... – Ele bufa, indo pagar as trufas.

- Se for ficar muito caro, eu tiro a maioria... – Raquel diz, com um sorriso sem graça.

Balançando a cabeça, ele responde – Você sabe que dinheiro não é exatamente um problema para mim... Meu tio me manda uma boa quantidade todo mês para eu poder manter tudo e ainda sobrar caso eu queira fazer algo...

Enrolando uma mecha de cabelo no dedo, Raquel comenta – Que como sabemos, você nunca faz nada.

- É, mais ou menos isso... – Edan se vira para Raquel, pegando a sacola com as várias trufas e entregando para a colega – Esses valores que sobram acabaram acumulando um pouco.

Eles saem da loja, e enquanto andam, Raquel olha para os lados e pergunta em voz baixa – Eu sei que vou ser intrometida demais... Mas um pouco quanto?

- Sei lá, é mais de quinze mil... – Ele disse de forma totalmente neutra, mas ao falar o valor, Raquel simplesmente ficou boquiaberta.

- Caramba, é muita coisa... – Ela diz, sem conseguir reagir com a informação recebida. O rapaz mantém seu olhar neutro, e então balança a cabeça negativamente. Raquel então aponta em direção a uma loja de roupas, o que faz Edan dar de ombros e apenas segui-la. A garota hesita por um segundo, e então volta a falar – Sabe... Você me contou uma vez o que aconteceu, tanto com seu pai e com sua mãe... – Ela hesita, sabendo que estava mencionando um assunto muito delicado. Ela pensa um pouco, enquanto entram na loja – E depois você morou um tempo com seus tios, mas eu não entendo... Porque seu tio deixou você morar sozinho?

Edan olhou para a colega por alguns segundos, avaliando se deveria responder. Debateu consigo mesmo, deixando Raquel com a sensação de que não teria uma resposta, mas logo ele diz, enquanto a seguia pelos corredores – Eu insisti muito para isso. Morando com eles eu não me sentia acolhido, eram ataques da minha tia sempre, discussões, provocações... Ela nunca gostou de mim, e chegou um tempo que eu queria sair dali.

- Mas... Isso não explica muita coisa... – Ela responde, parando em frente a um cabideiro e olhando algumas camisas escuras.

- É, de cara meu tio negou com certeza, dizia que eu não sabia o que eu estava falando... – Edan levou uma mão ao queixo – De começo ele não deixou mesmo.

- Mas hoje você mora sozinho. Aconteceu alguma coisa para ele deixar... – Ela tira uma camiseta preta lisa, com um tecido macio para o corpo e um diferente nas mangas. Ela coloca a camiseta sobre o próprio corpo, avaliando como ficaria em si mesma – Acha essa bonita?

Olhou por um segundo, e então disse – Sim, e preto ainda... É a sua cara... Bem, continuando, as coisas ficaram um pouco mais difíceis. Minha tia começou a destratar do meu tio, e fez minha prima Gisele a agir da mesma forma.

Raquel prestava atenção em cada palavra de Edan atentamente, olhando das roupas nos cabides para Edan repetidas vezes – A mesma tia que estava na sua casa hoje cedo?

- Ela mesma... Eu sentia que deveria sair dali e voltar para minha casa, e fui pedir para meu tio se poderia voltar... – Edan pausa sua fala quando Raquel ergue uma outra camisa, agora uma igualmente justa quanto a anterior, mas com uma estampa de uma caveira com olhos em formato de coração. Antes que ela perguntasse, ele fez um gesto positivo de que achou uma boa escolha, e assim continua a falar – Quando cheguei no meu tio, ele estava falando com alguém... Não sei quem ele era, não lembro se vi o rosto dele, mas lembro que se vestia com um casaco preto grande.

- Casaco preto grande? – Raquel ergue o olhar, com um sorriso de canto. Edan arqueia as sobrancelhas, já esperando algum comentário aleatório da garota – Não sei nem quem é, mas tem bom gosto para roupas.

- Já imaginava, mas sei lá. Era só um cara qualquer... – Edan deu de ombros – Bem, mas quando cheguei perto, meu tio virou para mim e me disse que eu poderia me mudar de volta, mas que não poderia vir comigo para cuidar de mim.

Raquel coloca as roupas que escolheu no braço, indo até a sessão de calças – Essa é a parte que estou mais interessada em ouvir. Porque ele deixou você sozinho?

Edan respira profundamente, e então diz – Eu não sei. – Isso faz Raquel parar para observa-lo, com duvidas surgindo em seu olhar – Bem, meu tio falou que não poderia, e não gostaria, mas era preciso...

- Uau... E depois? – Raquel questionou, enquanto olhava alguns jeans nos cabides.

- O que mais lembro é aquele estranho falando que as coisas seriam difíceis demais, que eu precisaria ser forte, mas sabia que eu poderia conseguir... – Raquel termina sua escolha e observa Edan, que balança a cabeça – Acho que falhei nisso de "ser forte".

-E eu acho que preciso discordar disso... – A garota parou qualquer coisa que estava pensando em fazer, apenas para olhar seu colega – Mas e depois? O que mais aconteceu?

Edan abaixou o olhar, tentando se lembrar – Meu tio separou minha mala, pegou minhas coisas e me levou de volta para a casa dos meus pais... Disse que me ensinaria tudo que eu precisaria para cuidar da casa. Com o tempo ele realmente me ensinou muitas coisas.

- Espera... Assim do nada, sem mais nem menos? – Ela questiona, abrindo os braços, claramente confusa com o que Edan estava contando.

- É, desse jeito mesmo... – O rapaz parou sua fala por um segundo. Olhou para Raquel, que parecia perdida com o que ouvia. A garota olhava de um lado ao outro, como se procurasse palavras, mas Edan continua – Meu tio não me explicou nada, só me deixou de volta em casa. Várias vezes vinha me visitar para ver se estava tudo bem, ou me ensinar algo.

- Mas e aquele estranho? – Ela questiona, voltando a andar em passos lentos, agora em direção aos provadores. – Ele apareceu alguma vez, ou sei lá... Conhecia ele?

- Eu não consegui ver o rosto dele Raquel... – Ele diz calmamente, a garota para em frente ao provador, esperando o colega terminar – De tão estranho, me lembro muito bem como foi. Era como se alguma coisa me impedisse de olhar no rosto daquele cara.

- Não sei nem o que falar... – Raquel respira fundo.

- Já eu, sei o que falar – Ele pega a barra de uma das roupas que Raquel segurava – Vá experimentar isso. Não é por esse motivos que estamos parados aqui?

A garota olha bem para Edan, e desvia o olhar – Ta bem... Você espera aqui?

- Não entraria aí, nem se eu quisesse. – Ele diz, olhando em direção aos provadores. – Vá lá. Estarei esperando aqui na frente.

No momento que Edan termina de falar, Raquel entra no provador. O rapaz para em frente a entrada e espera sua colega. Passam alguns poucos minutos, e ela volta trajando uma das camisas e a calça escolhida, mostrando para o rapaz que aguardava pacientemente. Ele observa de forma rápida, fazendo um aceno positivo como se houvesse gostado, porém apenas achou que combinava com Raquel. A garota retorna, e aparece uma segunda vez com a outra camisa escolhida, desta vez a com desenho de caveira. Edan apenas repete o gesto, fazendo Raquel voltar apressada para os provadores, reaparecendo já com suas roupas.

Raquel retorna, indo direito para os caixas para pagar todas as roupas. Levam um tempo até deixarem a loja e voltarem a andar. Raquel sequer pensou em tocar no assunto sobre a vida de Edan, com medo de machuca-lo de alguma forma, já Edan mantinha seu silêncio. Seguiram quietos por algum tempo, apenas caminhando pela calçada.

Mantendo o passo, Raquel acaba pisando em falso em um pequeno buraco, indo ao chão de um segundo ao outro, atraindo o olhar quase assustado de Edan – Ei Raquel, você está bem?

Ela resmunga no chão por um segundo, e logo responde, sendo ajudada a se levantar pelo colega quase de imediato – Estou sim, só tropecei... – Sua voz mostra um pouco da dor que sentia, ela massageava com uma mão um de seus pés.

- Tem certeza? – Ele questiona, alcançando a sacola da garota que estava pelo chão.

- Tenho sim, foi só uma queda besta... – Ela coloca o pé de volta no chão e tenta andar, mas logo resmunga de dor novamente – É, acho que não estou tão bem assim.

Olhando em volta, Edan diz – Acho que precisamos achar um lugar para você se sentar.

Raquel da um sorriso – Não tem um banco nem nada assim por aqui. Mas fique tranquilo, vai melhorar logo.

- Eu cuido de achar um... – Ele passa uma mão no rosto, sem descolar o olhar da colega nem por um segundo – Precisarei te carregar até achar.

- Como assim, "me carregar"? – Raquel ri com o que ouviu – Não precisa.

- Prefere ir andando? – Edan devolve o comentário, arqueando as sobrancelhas. Raquel pensa em debater, mas desiste – Vamos, te levarei nas costas.

Olhando para o colega, ela leva uma mão a cintura – Está louco Edan? Você vai se machucar!

- Eu não ligo... Segura firme... – Ele se abaixa em frente a garota, envolvendo as duas pernas dela com um movimento e a erguendo, de forma tão espontânea e natural, como se estivesse a carregar qualquer peso.

Raquel, pega de surpresa, envolve os braços em volta do pescoço de Edan com firmeza, enquanto o colega ergue sua postura. Ela começa a rir – Você é maluco! Tem sei lá quantas pessoas olhando pra nós!

- Eu não me importo com eles – Edan responde naturalmente, testando a firmeza de seus braços, e assim se ponto a andar. – A praça mais próxima fica onde?

- Tem uma naquela direção, perto do ponto de ônibus, mas fica a três quadras – A garota arqueia as sobrancelhas – Pode ser um restaurante qualquer, tem um aqui nessa avenida.

Edan olha para a colega com o canto dos olhos – Três quadras, é perto.

Ele mantem o passo, enquanto Raquel tentava disfarçar o dos vários olhares que recebiam. Algumas pessoas estranhavam, outras olhavam admirados, independente dos olhares ou reações, a garota tentava copiar Edan em apenas ignorar. Eles alcançam a praça após algum tempo, Edan chega próximo ao primeiro banco, e então deixa Raquel se sentar.

- Foi rápido, não acha? – Edan olha para o lado, e então se abaixa – Agora vamos ver como está isso, tomara que não tenha machucado.

A garota não diz nada, apenas observa o colega, que se mantinha abaixado a sua frente, acabando de tirar seu tênis e deixando de lado. – Que coisa fofa você cuidando de mim.

O rapaz olha para a garota, balança a cabeça negativamente reprovando o comentário – Acho que não machucou. Está doendo?

- Um pouco aqui... – Ela toca de leve um ponto, e então continua – Mas está doendo pouco.

Olhando em volta, Edan então diz – Acho que colocar algo gelado vai ajudar a aliviar. Será que tem algum lugar pra comprar uma garrafa de água, ou uma lata de refrigerante gelada?

Ela olha em volta, e então diz – Tem uma carrocinha de pipoca ali. Talvez ele venda.

Se levantando, Edan segue até o vendedor, voltando logo depois com uma garrafa de água gelada e também um saco de pipocas doces – Isso é para você, eu sei que gosta.

- Pipoca doce? Eu amo! – Raquel diz, tomando o pacote em suas mãos, enquanto o rapaz se abaixa em sua frente. Aplicando a garrafa no local dolorido.

- Pronto, agora irá aliviar a dor. Daqui a pouco estará conseguindo andar normalmente. – Ele termina de dizer, se mantendo concentrado no que fazia.

Mantendo seu silêncio por alguns segundos, e dando um sorriso ela começa a falar – Quem diria, eu sempre tentando cuidar de você... E agora, é você quem cuida de mim. Obrigada Edan.

- Não precisa me agradecer por nada... – Ele responde, começando uma leve massagem no pé machucado de Raquel.

Ela balança a cabeça – Preciso sim. Sinto que preciso...

- Eu... Sei que tenta cuidar de mim sempre, do seu jeito mas tenta... – Ele respira fundo, sem olhar para a colega, mantendo sua atenção no que fazia. – Mas não precisa me agradecer quando faço o mesmo por você... Não é uma retribuição, não me importo... Eu só não conseguiria ficar de braços cruzados e deixar você machucada.

- Você diz que não se importa, mas não ficou de braços cruzados nem um segundo quando me viu no chão – Ela sorri.

- Não me importo mesmo... Mas não poderia deixar alguém machucado na minha frente, eu não conseguiria fazer isso. – Ele olha para Raquel, a garota que mantém uma amizade de tantos anos. Que sempre cuidou e mostrou preocupação por ele, por mais que não quisesse isso. Sempre desejou que Raquel seguisse em frente com sua vida, se preocupasse consigo mesma, com seus próprios problemas e o deixasse lidar com sua depressão sozinho. Não queria que a pessoa que considerava mais próxima de uma família no mundo o visse tão destruído. Edan imaginava que Raquel não precisava ver o quão fraco e destroçado ele se sentia. Ela não precisava sofrer por vê-lo sofrendo, Raquel não merecia passar por isso. Ela não merecia sofrer como ele. Por aquele momento, Edan decidiu por ignorar a si mesmo e agir como uma família. Queria cuidar e demonstrar algum carinho por quem via como sua irmã mais velha – Muito menos minha irmãzinha, não é?

A garota mantém um sorriso carinhoso, acariciando suavemente a cabeça do rapaz, com os dedos enroscando pelo cabelo negro dele – Sim verdade... Te amo Edan, meu querido irmãozinho... 

Considerações finais: 

E aqui acabamos mais um longo capítulo. Fiz questão de apresentar mais da relação entre Edan e Raquel, mostrar mais da amizade e o laço que existem entre eles, e também revelar um pouco mais sobre o passado de Edan.

O que acharam do capítulo de hoje? Gostaram? Não? Tem uma opinião ou teorias sobre o que vai acontecer? Não hesite em comentar aqui. Espero que tenham aproveitado a leitura, e até o próximo capítulo.

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