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Capítulo 10

Estou sentada em uma das mesas do saguão, esperando que dona Berta me traga o café da manhã, acordei bem cedo e por isso o saguão está quase vazio.

Em uma das mesas do canto tem um casal de idosos, que usam roupas bem simples e estão tomando um caldo esbranquiçado, perto do balcão tem um homem dormindo em cima da mesa, com uma garrafa de vinho vazia do lado do rosto, a noite deve ter sido boa. Por fim tem eu, sentada na mesa perto da janela, estou sozinha, visto uma calça e botas pretas, uma blusa azul escura e meu manto preto.

Fico observando a rua, não se tem movimento nenhum, o sol ainda está nascendo e as pessoas estão começando a acordar. Me perco nos meus pensamentos olhando pela janela, que não vi dona Berta chegar com minha comida, quando ela me dá bom dia, dou um pulo da cadeira de susto.

Dona Berta ri, me serve o café da manhã que é uma sopa de ervilha com pão e um copo de leite quente, me pergunta se desejo mais alguma coisa, faço que não com a cabeça e ela se retira.

Enquanto como, tento ver qual é a melhor coisa que tenho que fazer para seguir meu caminho, não tenho dinheiro para ficar hospedada em tabernas para sempre, além disso tenho que descobrir mais sobre mim.

Me lembro do livro que Ani me deu, que tinha várias histórias sobre reinos, guerras, culturas e mais tantas outras coisas, resolvo que talvez encontre alguma informação em livros antigos.

Gerda talvez tenha alguma biblioteca pública, e nela quem sabe, eu consiga alguma luz para o que eu tenho que fazer agora, mas também tenho que arrumar algum trabalho, investigar livros leva tempo e meu dinheiro não vai durar.

Observo que o saguão está enchendo conforme a manhã vai passando, Berta está sozinha para atender todos os clientes, ela já é enrolada por natureza e tendo que fazer todo o trabalho, bem, não esta indo muito bem.

Me levanto com minha tigela e copo para levar até a porta da cozinha, que é onde Berta acabou de entrar, quando abro a porta, vejo que o lugar se encontra em um caos, é difícil até de descrever.

Dona Berta anda de um lado para o outro, hora jogando louça suja na pia, outra vendo a comida que está no fogão a lenha, ou então, indo buscar alguma coisa na despensa, pelo menos eu acho que é.

Berta está tão atolado no que faz, que nem repara na minha presença na cozinha, coloco a vasilha e o copo em uma bancada, que está cheia de legumes e verduras novas e cortadas, junto com uma cesta de pães e queijos.

Chamo a mulher, que toma um susto ao se virar e me ver ali parada no meio da confusão que é sua cozinha, ela me pergunta o que estou fazendo ali e se estou precisando de alguma coisa, seu rosto está vermelho e suado devido ao corre corre do dia.

Me apresso a explicar o porque deu estar ali, lhe digo que estou procurando algumas informações e que talvez leve um tempo, que por isso preciso de um trabalho, me ofereço para ajuda-la na taberna.

A mulher me olha meio desconfiada e me questiona que informações procuro ali, falo que é sobre uma história antiga que pode ajudar minha família, Berta me analisa de cima a baixo por um tempo que parece ser longo de mais. Quando a mulher está prestes a abrir a boca para falar alguma coisa, a leiteira que estava no fogão derrama, fazendo uma grande sujeira.

Berta corre para arrumar a sujeira, suspira e ao se virar para mim, me da um sorriso cansado, fala que uma ajuda seria muito bem-vinda. Berta me explica que não poderei ficar no quarto que estou, que irei morar junto com ela na sua casa que é uma extensão da taberna.

Me avisa que não pagarei pela moradia e nem pela comida, mas que só ganharei o dinheiro que os clientes deixarem de gorjeta para mim. Concordo com os termos da mulher e já começo a ajuda-la, penduro meu manto em um gancho na parede, dobro as mangas da camisa, começo a lavar a louça e a fazer tudo que Berta me pede.

A movimentação na taberna é grande, já está quase no meio da manhã e já lavei louça, servi mesas, piquei legumes e ajudei Berta a fazer algumas sopas.

O trabalho foi corrido, mas não foi nenhuma novidade, pois era bem parecido com o que eu fazia em casa para ajudar a minha mãe, só que numa escala bem maior. Conforme vai chegando o fim da tarde, a movimentação vai dando uma acalmada e com isso consigo respirar um pouco, estou exausta.

Aproveito esse tempo para arrumar as coisas do meu quarto e fazer a mudança para a casa de Berta, quando desço as escadas a encontro no balcão, ela me leva até uma porta na cozinha que da no quintal.

O quintal é bem simples, com um poço de água, uma pequena horta, uma cerca simples e dois lampiões, que estão presos na parede da porta da casa de Berta, que é uma continuidade da taberna.

Olhando a taberna de frente, da a impressão que é uma casa quadrada de dois andares, com um telhado triangular, mas olhando lateralmente se vê que a casa é um " L", contudo a parte da construção que é a casa de Berta só tem um andar.

A casa não é muito grande e nem muito luxuosa, a sala tem uma mesa com duas cadeiras e um vazo de planta em cima, um pequeno sofá com almofadas marrons, uma prateleira com alguns livros, uma janela com cortinas brancas, uma lareira pequena e um tapete felpudo bege.

Seguindo pelo corredor se encontram três portas, a da esquerda dá para o banheiro, a do final do corredor é o quarto de Berta e a porta a direita é meu.

Berta me mostra a casa com todo o orgulho, o quarto que me coloca é maior que o da estalagem, tem uma cama de casal de madeira com uma cabeceira bem ornamentada, uma mesa de cabeceira com um lampião apoiado, um armário retangular com portas espelhadas, uma mesa de leitura e uma cadeira ficam debaixo da janela que tem cortinas azul-marinho. Do lado da porta, tem três ganchos de pendurar e do outro se tem uma lamparina presa na parede.

Berta se despede de mim, me deseja boa noite e fala que caso eu precise de algo para chama-la, avisou que amanhã nos levantaremos no primeiro raiar do dia, lhe desejo bom descanso e fecho a porta.

Estou muito cansada para desarrumar minha bolsa, portanto só retiro o manto o penduro no gancho junto com a roupa que estou, coloco minhas botas perto da cama, visto minha camisola e desmaio na cama de exaustão.

Os próximos dias seguiram a mesma rotina, Berta se mostrou uma pessoa muito amável, me lembrando um pouco a minha mãe, Bes não teve filhos e nem se casou, seus filhos são seus sobrinhos, que moram em Porto e acho que ela me adotou agora também.

Conforme vou realizando as tarefas de comprar suprimentos, levar o almoço na casa de alguém, ou então para comprar coisas de manutenção da taberna, aproveito para explorar a cidade.

Gerda se mostrou uma cidade muito mais complexa do que eu imaginava, sua fama comercial não foi atoa. A cidade é dividida em setores comerciais, ao sul se encontra as tendas que vendem alimentos e especiarias, ao norte se tem roupas, sapatos e qualquer item de vestuário.

No lado leste da cidade, temos lojas de ferramentas e armamentos, lá se pode encontrar tanto uma faca como uma espada, na parte oeste é vendido os tônicos, poções e perfumes.

Entretanto é no centro de Gerda, na praça principal que o comércio é mais intenso, pois é o local onde mercadores itinerantes, que trazem novidades que não se qualificam em nenhum setor se instalam, se encontra de tudo, desde uma simples luneta a objetos que nunca vi na minha vida.

A cidade tem uma presença constante de guardas de Dakar, Bes me falou que é por causa do intenso comércio, que é preciso ter uma boa segurança, além da cidade ser uma importante rota de viagem das tropas.

Muitos soldados passam diariamente por Gerda, para irem para a cidade de Porto, ou para abastecerem e seguirem viagem para Torre de Vigilância. Nunca mais vi o soldado que esbarrei no primeiro dia, fico agradecida por isso, ele me dava certo medo.

Gerda não tinha uma biblioteca, mas tinha um arquivo central que continha algumas informações históricas, para meu azar, muitos pergaminhos e livros falavam sobre a construção da cidade, número de habitantes e planos de defesa caso houvesse uma guerra.

Passei dias indo ao arquivo nos meus horários vagos, para pesquisar o máximo que eu conseguisse, cada dia ficava mais frustrada por não encontrar nada, em uma tarde, encontrei dois pergaminhos que contavam a história da grande guerra, onde Serafina derrotou o rei e se tornou rainha, esse conto não era nenhuma novidade.

Quando cheguei na taberna a noite, Bes veio até mim percebendo que meu humor não estava dos melhores, ela me pediu para ficar na cozinha e avisou que iríamos fechar mais cedo, pois muitos dos hóspedes iam ao mercado noturno.

Perguntei o que seria esse mercado, ela disse que é um hábito que a cidade tem de uma vez por mês, o comércio ficar aberto vinte e quatro horas. Explicou que na praça central se tem leilões de mercadorias, todos da cidade ficam na rua comprando e vendendo até o amanhecer, pois se consegue excelentes negócios nesse dia.

Bes me falou que ela não estava com vontade de ir ao festival, portanto iria ficar em casa, como eu não estava com bom humor decidi lhe fazer companhia.

Quando encerramos o serviço fomos para a casa de Bes, me sentei no sofá e fiquei olhando para o fogo da lareira que estava acesso, ela puxa a cadeira de madeira para perto de mim e se sentou.

- O que está acontecendo Lia? Porque desse mau humor todo?

- Estou frustrada Bes, a dias que vou no arquivo procurar informações e não encontro nada, ou são informações inúteis sobre a cidade ou histórias e contos que toda criança sabe de trás para frente.

- E o que você está procurando afinal?

Solto um suspiro de frustração e apoio o queixo na mão.

- Eu não sei.

- Como você quer encontrar algo que você nem sabe o que é.

Fico em silêncio refletindo sobre o que Bes falou, será que estou no caminho certo?

- Lia, desde que você chegou eu nunca te perguntei nada sobre o seu objetivo aqui, mas menina me deixe te ajudar, o que você procura?

Olho para ela, seu rosto e tão sincero e eu estou tão frustrada de não encontrar nada, que decido contar para Bes tudo o que aconteceu, deixo de fora a parte da magia e das três Irmãs.

Bes escuta toda a história sem me interromper, seu rosto é de uma calma fora do normal, não consigo saber o que ela está pensando ou achando de tudo que lhe digo, provavelmente deve achar que sou uma louca, que está inventando uma história absurda.

Quando finalmente termino de lhe contar minha história, reparo que estou mais leve e meu humor está bem melhor, conversar com Bes me acalmou. Perdi a noção do tempo, sei que já está bem tarde, mas não me sinto cansada.

- Lia, você nunca vai encontrar as informações que procura no arquivo da cidade.

- E onde mais eu posso encontra-las? Não é em toda a esquina que se tem livros e pergaminhos históricos com informações, que ninguém lembra ou que não querem que todos tenham acesso.

- Existe um velho boticário que tem uma loja no beco.

- Espera Bes, o beco é cheio de lojas de má reputação, pessoas duvidosas, charlatões e falam que até bruxos se encontram lá.

- Sim, mas se você quer informações que não estão em lugar nenhum, ou pelo menos não disponíveis facilmente, o submundo é o melhor lugar para você procurar as respostas.

- E como vou saber que esse boticário não vai estar me enganando?

- Ele é um velho conhecido meu, é de confiança, mas não é muito agradável, a loja deve estar aberta por causa do festival.

- Você está pensando em ir lá agora?

- Acabou de me dar uma vontade de ir no festival. Vá pegar seu manto, está frio lá fora e não queremos ter olhos fofoqueiros nos observando no lugar que vamos. 

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