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XIII - Εφήμερη

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Aviso: Gatilho
Menção à abusos
Menção a traumas
Crises de pânico
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Felix abre a porta do meu quarto com força, me fazendo saltar onde estava e arregalar os olhos antes de o reconhecer, apoiando a mão em meu peito disparado tentando respirar. Mas o olhar duro dele não amenizara em nada a situação, muito pelo contrario. Abro a boca para lhe perguntar o que há de errado, mas ele se antecipa.

- O mestre quer lhe ver - Ele diz - É melhor se adiantar. E lhe dar o que ele quer -

    Fito o homem que mantinha seu olhar sério sobre mim e assinto suavemente, caminhando com a ajuda da bengala que fazia um barulho irritante contra o piso de mosaicos até chegar a porta do tablinium. Tentei no caminho inteiro e ali encontrar um motivo para que deixasse Felix com aquela expressão, o que Lucio queria de mim. Solto o ar, batendo na porta que estava estranhamente sem soldados e ele ordena que eu entre. Abro a porta, o ranger da madeira me anunciando quando dou um passo na direção da sala, fechando a porta atrás de mim.

- Mandou me chamar, senhor? - Pergunto juntando as mãos na frente do corpo, sentindo o suor acumulado entre elas tornando a bengala um pouco escorregadia

- Sim. Eu quero que você me responda uma coisa - Lucio caminha até sua cadeira, se sentando enquanto me encarava

- O que desejar, senhor - Respondo, tentando me manter firme

- Antes eu quero que jures. Vocês gregos tem seu juramento, agora eu estou lhe ordenando que jure apenas me responder com a verdade o que eu lhe perguntar aqui - Ele diz, e eu engulo em seco, assentindo

- Eu juro, pelo Estige apenas lhe responder com a verdade como desejas - Minha voz falha, voltando meu olhar para meus pés

- Por que o general Cneu vive lhe perseguindo? - Seus olhos se estreitam, cobrando uma resposta

- Por que ele acha que eu sei ou vi alguma coisa importante - Respondo, apertando os nós das minhas mãos

- Você viu? - Ele pergunta, se levantando e caminhando na minha direção

    Mordo meu lábio inferior, sentindo o medo pousar suas garras em meu estômago o fazendo se contorcer e meu peito se apertar, como se estivesse com dificuldade para bater. Eu estava encurralada, não havia como mentir, e as lembranças se formavam na minha mente, como se o senador pudesse vê-las, e me encolho quando ele para diante de mim, agarrando meu queixo e me forçando a encará-lo.

- O que você viu? Responda! - Ele levanta a voz, impaciente

- O Imperador - Sussurro - Eu vi o imperador, ele falava sozinho e... Se xingava, dizia que Roma estava em ruínas, e chorava... E então sua irmã apareceu -

- Qual delas? - O senador pergunta, afrouxando sua mão em meu rosto, e respiro fundo, sentindo um nó se formar em minha garganta

- Drusilla - Queria respirar, mas o ar parecia se afastar de mim - E então ele a agarrou e... Rasgou suas roupas e... -

    O homem me larga, e eu recuo contendo um soluço e desejando afastar o misto de lembranças que trazia ao meu corpo pensar nisso. Lucio apoia os braços na cadeira, como se também precisasse se equilibrar, e então passa a mão pelo rosto, segurando seu próprio maxilar enquanto parecia tentar digerir a informação.

- E você não falou a respeito disso para ninguém? - Ele então pergunta, e eu balanço a cabeça em negação

- Não, eu sabia o que isso viria a ser então... Eu lhe imploro - Passo a mão no rosto afastando as lagrimas - Não deixem saberem de onde veio essa informação -

- Certo - Ele suspira - Eu faço aqui meu voto de silencio sobre quem me contou esse segredo. O general sabe? -

- Eu não lhe disse nada, por isso ele continua a me cercar - Seguro de maneira mais firme na minha bengala

- Não diga nada, não confie nele - O senador responde duramente - Agora pode voltar ao seu quarto. -

    Assinto e abro a porta para sair no mesmo instante em que um guarda aparece na porta, e recuo dois passos para que ele entre, sentindo minha espinha gelar quando ele diz que o Imperador deseja ver Lucio, e que trouxesse a escrava grega consigo. Engulo em seco, evitando direcionar qualquer olhar na direção do senador quando ele responde que já estava indo.

    Quando Lucio passou por mim e nossos olhares se encontraram, os deles gritavam em um tom de aviso. Engoli em seco, seguindo os homens de cabeça baixa até o salão do trono. No caminho já era possível reconhecer a voz do imperador, soltando gritos incoerentes. Respiro fundo, sentindo minhas mãos tremerem e a vontade de recuar tomar todo meu corpo. Um homem então sai do salão, seu rosto vermelho em cólera e a respiração pesada como a de um boi.

    O guarda que nos acompanhava então penetrou no salão, nos anunciando para o imperador que em um tom mau humorado ordena que entremos. Suspiro, caminhando atrás de Lucio e fazendo uma reverencia desajeitada devido a minha perna. Caligula coçou o queixo, e não pude deixar de reparar no caroço deformado que havia em seu pescoço, me questionando o que havia causado aquilo.

- Andei pensando melhor, você já tem seu escravo que faz tudo para você nesse palácio - Começa o homem, Lucio parecia levemente confuso em relação ao assunto, mas assente - Portanto eu quero compra-la de você -

    Seguro com mais firmeza na bengala sentindo meu corpo vacilar, enquanto o senador encarava Caligula com as sobrancelhas erguidas em pura surpresa, e pude reparar como seu corpo parcialmente relaxou em alivio, e os dois começaram a dialogar o meu preço. Recuo um passo, controlando a vontade de chorar. Achei que iria finalmente retornar para a casa do senador, para as aulas com Arayna e as conversas com Chiara. Agora tinha a certeza de que jamais as veria novamente. Agora estava condenada a servir o Imperador, um homem louco cujo humores pareciam estar equilibrados em uma corda bamba, e um passo errado poderia me custar muito.

    Lucio foi dispensado então com seu pagamento, me deixando a sós com meu novo mestre. Meu novo "dono". A diferença entre uma mulher livre e uma escrava era bastante questionável. Caligula se ajeitou em seu trono, abrindo um sorriso que eu não sabia dizer o que representava, me fitando por longos segundos que pareciam constituir uma eternidade antes de encarar a bengala que eu me apoiava.

- Você não mancava antes, o que aconteceu? - Ele pergunta

- Eu tenho uma ferida na perna, e quando caminhei para o barco, essa ferida inflamou. Aparentemente não posso andar muito, senhor - Respondo pousando meus olhos na bengala também

- E como você ganhou essa ferida? - Ele se inclina para a frente, como uma criança curiosa

- Tentei fugir do meu vendedor antes de embarcar para Roma - Murmuro, admitindo o que eu considerava um dos atos mais estúpidos que havia cometido, e o imperador caiu na gargalhada

- Quanta ousadia - Ele abre um sorriso - Mas me parece ter aprendido a lição rápido -

    Mantenho minha cabeça abaixada, pressionando meus lábios e desejando que isso fosse tanto verdadeiro quanto eu queria que fosse. Ele então se levanta, e caminha soltando um suspiro até o ultimo degrau de seu trono. Algo como medo assumiu as feições do homem, que tinha as mãos juntas atrás do corpo. Ele então volta a se virar para mim.

- Minha querida irmã, minha amada Drusilla está doente - Ele declara, mas parecia mais um desabafo - Eu quero que você cuide dela, use o que vocês gregos entendam de cura, não me interessa! Apenas quero que você a mantenha confortável e bem. Isso é uma ordem, e se for desobedecida... Eu juro que arranco suas mãos e suas pernas e dou para os leões se alimentarem. -

    Me encolho diante da ameaça que mais saíra como um rosnado, e assinto. Ele então ordena que eu me retire, e que fosse direto atender sua irmã. Saindo da sala do trono, o aperto em meu peito pareceu aumentar, junto ao medo. Se algo acontecesse a Drusilla, eu teria de pessoalmente enfrentar a cólera do imperador. A irmã porém, era outro desafio a se enfrentar. A dor que eu só experimentei uma vez e até hoje me feria o ventre, ela suportava quase diariamente. Quando o imperador estava com ela, a dor parecia retornar, a sensação, o medo.

    O fogo da loucura que ardia nos olhos de Caligula causavam a mesma dor que o gelo contido nos olhos de Andrik. E apesar de serem em praticamente tudo completos opostos, o medo que eu sentira com um renascia na presença do outro. Enquanto caminhava na direção do quarto da irmã do imperador me questionei, se ela também não tinha pesadelos com ele.

    Bati na porta do quarto com suavidade, e outra garota veio abrir de prontidão. Ela era bem mais jovem do que eu, provavelmente havia amadurecido a pouco tempo, e me fitava com curiosidade em seus olhos jovens mas já sem aquele brilho inocente, com olhos de quem já viu muita coisa que preferia esquecer. Contenho um suspiro, imaginando como seria a vida dela, que talvez ela não soubesse o que era a liberdade. Em seguida me perguntei se eu também sabia o que isso significava.

    A garota se afastou da porta para que eu adentrasse no quarto, onde Drusilla estava em seu leito, e suor cobria seu rosto, o fazendo brilhar. Ela estava pálida, e seus lábios quase não eram vistos, e estavam ressecados. Seus fios soltos e emaranhados, faltavam brilho como se até a saúde deles tivesse sido drenada, e se espalhavam pela cama. Ela parecia ter dificuldades em abrir os olhos, e sua respiração era pesada. Me aproximei da cama com passos relutantes, me ajoelhando diante dela e pousando a mão em sua testa, que ardia, assim como seu rosto e seu pescoço. Volto a me afastar, e a jovem fraca gemeu de dor enquanto tentava se mover na cama.

    Aparentemente, devia ser apenas uma febre. Peço ajuda a garota para fazer a outra se sentar, pegando uma taça e a enchendo com agua a ajudando a beber, e pude perceber agora que estava mais próxima como seus lábios estavam ressecados e com algumas feridas devido aos rachados que se formaram. Ela então voltou a afundar nos tecidos grossos, o corpo amolecido, e fechou os olhos. A criança logo voltou com uma toalha úmida e pousou na testa de Drusilla que voltou a fechar os olhos e aparentemente adormeceu em um sono conturbado.

     Ordenei então que a garota fosse atrás de vasilikó¹ e colhesse folhas frescas e fizesse um chá com elas. Ela assente e fico ali enxugando o rosto de Drusilla, que murmurava coisas incoerentes enquanto se revirava sem forças para de facto terminar um movimento na cama. Ela chamava por Caligula, ou melhor, implorava. Mas não era para que ele estivesse ali, e sim para que se afastasse. Pressiono meus lábios, indecisa se a acordava ou não, incapaz de afastar as lembranças de Andrik. Em alguns momentos, enquanto ela se movia, as marcas roxas em seu pescoço e colo eram evidentes, assim como em seus braços. Suspiro, em parte desejando chorar e me sentindo horrível por ela, e em outra tentando a manter confortável.

    A garota então retorna com o chá, e aos poucos eu acordo a senhora, que parecia assustada, como se não reconhecesse onde estava. A ajudo a beber mais agua, e seguida o chá. A menina atrás de mim parecia um pouco temerosa. Peço a ela que busque algo para Drusilla comer, como um caldo, e papoulas. Ela assente e desaparece correndo pela porta. Continuo a enxugar o rosto da mulher que carregava um olhar cansado demais para se direcionar a mim. Verifiquei sua temperatura, que continuava alta e suspiro, lhe ajudando a beber mais chá, sussurrando que aquilo a ajudaria a se recuperar.

    A menina então retorna com a comida, que Drusilla recusa, mas acabo a fazendo comer. Ela não tinha forças para discutir, então apenas foi comendo em um ritmo lento, como se fosse um grande esforço engolir a comida. Entre algumas colheradas, lhe ofereço agua, em seguida o vinho com as papoulas, o que a faz rapidamente cair em um sono aparentemente mais calmo.

    Solto o ar, um pouco mais aliviada e me sento no chão, a garotinha de pele escura e cabelos que formavam um amontoado de pequenos cachos escuros e olhos amendoados se senta perto de mim. Ela mexia nas próprias mãos, e as vezes voltava seu olhar para a irmã do Imperador antes de os focar em mim e sussurrar, séria.

- Ela vai morrer, não vai? - Não era exatamente uma pergunta, ela simplesmente suspirou, como se já acostumada a isso

- Eu espero que não - Respondo - Com sorte, a febre dela irá baixar logo -

- Aquelas folhas cheirosas, elas vão ajudar? - Ela pergunta e eu assinto, abrindo um sorriso fraco

- Eu espero que sim. Como te chamas? - Pergunto

- Aba - Ela responde - E o seu? -

- Aurora - Sorrio levemente a olhando

    Ela era linda, miúda e magra, mas com uma boca desenhada e sua pele escura me lembrava a cor de um tronco de freixo. Seus olhos eram intensos, e se assemelhavam um pouco a bronze derretido. Ela tinha uma fina pulseira de trigo trançado em seu pulso, e constantemente passava a ponta dos dedos sobre ela. Iria lhe perguntar sobre a pulseira no mesmo instante em que a porta se abriu, e ela rapidamente se pôs de pé enquanto eu me apoiava na bengala para isso. Caligula então entrou com uma expressão perturbada, e pareceu conter sua euforia quando viu que a irmã dormia. O suor tinha diminuído, e ela pareceu recuperar um pouco da sua cor. Estico a mão para seu rosto, reparando que sua temperatura havia diminuído um pouco. Solto o ar aliviada, e faço uma reverencia ao imperador que pareceu não reparar, mas se virou para mim para saber sobre o estado dela. Respondi que sua febre havia diminuído, e que tinha lhe dado um chá para isso. Ele assente um pouco desfocado do assunto e ordena que a gente saia, e nos dispensa para que retornemos aos nossos quartos.

    Aba já havia desaparecido pelos corredores, o que me fez ter que caminhar até meu quarto sozinha, com sorte não encontrando Cneu no caminho, e infelizmente nem Felix, que tinha retornado junto ao senador para casa. Suspiro, entrando em meu quarto e trancando a porta antes de me sentar no estrado, direcionando meu olhar para a minúscula janela que permitia a entrada da luz da lua, e baixinho faço minhas preces. Por Arayna, que eu nunca mais veria e por Drusilla. Irmã do Imperador ou não, era apenas uma mulher assustada, com marcas espalhadas por todo seu corpo a impedindo de se esquecer.

    Caminhava pelo corredor, entrando em um pequeno cômodo onde o sol iluminava os mosaicos adornados criando um brilho diferente no chão. Ali muitas vozes falavam, as vezes baixo, as vezes gritando coisas horríveis a um homem encolhido em um canto. Caminho em sua direção, era Caligula. Seus olhos estavam vermelhos e lagrimas escorriam por eles, mas ao me ver, ele sorri e caminha na minha direção, envolve meu rosto em suas mãos, e de perto podia quase sentir a insanidade que beirava do azul de seus olhos. Ele diz algo que eu não prestei atenção e me beija. Tento recuar, e o que ele faz é me virar de costas para si, e o medo preenche meu corpo, meu coração dispara e lagrimas escorrem do meu rosto quando ele rasga meu vestido o fazendo cair no chão, e prende meu corpo contra a parede com o seu. E então reparo no reflexo do espelho. Não era eu, era Drusilla.

    E então eu estava correndo pelos corredores do palácio, e parei diante dos portões da sala do trono. Respiro fundo, abrindo a porta e atravessando para dentro do mesmo. O imperador estava sentado em seu trono, de cabeça baixa. Me aproximo alguns passos, e quando estou perto o suficiente, ele ergue o rosto. Sorria friamente, além das proporções humanas, e seus olhos... Cegos, gélidos. Mortos. A coroa de louros estava manchada de sangue, que escorria do trono pelos degraus de mármore até meus pés. Recuo um passo, e quando volto a encara-lo, não era mais Caligula sentado ali. Era Andrik.

    Me viro para correr de novo na direção da porta, mas os homens de Atenas estavam impedindo a saída. Na frente deles, o irmão de Andrik e ao lado dele, meu pai. Eles começam a avançar na minha direção, Andrik se levanta do trono e faz o mesmo. Aqueles malditos olhos cegos estavam fixos nos meus. Tento recuar, mas parecia que estava presa no lugar. Eles me xingavam, me acusavam, me chamavam de assassina, vagabunda, me culpavam de ter desgraçado a minha família. Começaram a rasgar minhas vestes. Tentei me debater, mas parecia de nada adiantar. Tentei cobrir meu corpo com as mãos, e algo quente molhou meus dedos. Era sangue, escorrendo por minhas pernas e preenchendo o salão.

    Então tudo estava escuro, mas eu ouvia uma voz. Uma voz não, um choro. Sigo na direção do mesmo, aos poucos ficando apta de enxergar na penumbra, E em um canto encontrei minha mãe, encolhida e chorando. Ela soluçava, entre tentativas de orações, uma lamuria para que os deuses perdoassem sua filha e a ela, onde quer que tivesse falhado. Minha garganta se fechou, era impossível respirar, ainda mais quando a luz da lua preencheu o local, e pude perceber que ela chorava sangue.

    A escuridão retornou, e dessa vez balançava com força. Então o lugar onde eu estava foi quebrado, e madeira me atingiu enquanto agua gelada rapidamente preenchia o ambiente. E então a vejo, seus olhos cinzas, suas presas com restos de carne e vestes humanas. A serpente marinha então avança em minha direção e me perfura com seus dentes, me arrastando para o frio e escuro oceano onde vivia.

    Abri os olhos, e então me sentei sobressaltada. Estava de volta no estrado do meu quarto no palácio. Respiro fundo, mas o ar parece não entrar por completo e começo a chorar, me encolhendo. Meu peito doía, ainda estava assustada, e ainda me sentia nua e perfurada pelos dentes do monstro marinho. Passo as mãos nos cabelos, e então escuto o grasnido desafinado, e crio coragem para olhar para a pequena janela. Ali, um corvo de olhos vermelhos como sangue me encarava. Ele grasnou mais uma vez, e então desapareceu.

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Glossário
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✵ 1 - vasilikó - Manjerona/Manjericão (grego)

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Hey pessoal, o que acharam? Ansiosos para o próximo capítulo? Que notícias esse corvo veio trazer para Aurora? Comentem e deixem seu voto!

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