- Run This Town

-Voto vencido Scooter –ela passou por ele sentando em uma das cadeiras. –Então como nós vamos dominar a cidade? –Ryan virou o notebook na direção dela.

-Todos os seguranças já estão em alerta. Nós temos o dobro de homens cercando a cidade, além dos que renderam os gangsters momentos antes de nó chegarmos.

-E o Jay z? –ela perguntou encarando a tela –Ele não vai desconfiar?

-Não de jeito nenhum, ele acha que nós estamos evacuando a casa pra que o encontro aconteça lá.

-Que encontro?

-O chefe dos Bripds, o grupo que vem comandando as outras facções que entraram na cidade, quer conversar comigo –falei e ela me encarou.

-Conversar? Eles nos expulsaram da cidade a agora querem conversar? –falou com o olhar desconfiado.

-É o que o Jay z disse, mas a gente sabe que ele ta aprontando.

-Ele quer te render, ou pior ainda te matar não é mesmo? –assenti e ela encarou triste.

-Mas isso não vai acontecer, enquanto Justin entra com o Jay z, nós vamos render os gangsteres do lado de fora e logo entramos e os rendemos.

-E se não der tempo? –ela me encarou como quem pedia pra que eu desistisse e eu desviei o olhar.

-Sua falta de fé na gente é um pouco desagradável –Ryan disse nos fazendo rir. A porta se abriu mais uma vez e mais uma vez nós estávamos de armas em punho apontando para a pessoa parada na porta.

-Vocês vão ficar mirando em casa pessoa que atravessa a porta? –Melody falou alto nos encarando, era Lucca entrando na casa. –Eu pedi pra que ele entrasse se eu demorasse aqui dentro.

-Olá –ele disse tentando ser simpático, queria que ele conhecesse a simpatia da minha pistola. –Não queria interromper, só vim checar se a Parker estava bem. –encarei Melody já ficando nervoso.

-Parker? –ela revirou os olhos. –Já checou que a" Parker" –fiz aspas o encarando de olhos cerrados –esta bem agora da meia volta.

-Não, espera –Braun o impediu de sair.

-Já que a Melody quer tanto ir, você podia ir junto e tomar conta dela. –Ela levantou botando banca.

-Não, o Lucca não vai se meter nisso, além do mais eu consigo cuidar de mim sozinha.

-Você mal sabe segurar uma arma menina –ela riu nervosa, nervosa de raiva. Me lembrava como ela tinha ficado no dia em que tentei impedi-la de ir comigo atrás de Lil, ela não ia desistir mesmo.

-Seguro uma submetralhadora melhor do que você segura esse revolver na sua mão. –cruzou os braços o encarando. –Se você quiser faço uma demonstração grátis. –Nolan riu.

-Aquele quarto ainda não foi reformado Melody vai com calma. –ela riu de volta.

-Há alguma coisa que eu deveria saber? –Braun encarou todos na sala parando em mim. –Justin? –Puta que pariu.

-A Mel foi comigo quando eu peguei o Lil. –ele deu um passo pra trás passando a mão na cabeça e parecendo descontrolado.

-Você colocou a minha menina no meio das suas merdas –percebi que ele ia partir pra cima de mim e me afastei.

-Calma ai ta, eu tentei parar, mas ela não é mais uma menina Braun, ela sabe o que faz. –ele veio pra cima me pegando de surpresa e me deu um belo de um soco no olho, por puro reflexo eu acabei revidando e ele caiu sentado em cima de uma das cadeiras, ele voltaria pra cima de mim se os caras na sala não o tivessem segurado. –Scooter seu filho da puta –gritei sentindo a região em volta do meu olho latejar. Abaixei o rosto passando a mão por cima, logo começaria a inchar.

-Ta tudo bem –Melody tocou meu ombro se pondo na minha frente. Tirei a mão do meio e ela observou. –Ta começando a ficar vermelho.

-Sério? Levando em conta a dor que eu to sentindo não imaginei que estivesse –reclamei e ela riu passando o polegar levemente ao redor do meu olho.

-Senti falta das suas respostas quando fica irritadinho –sussurrou me descontraindo. –Sinto muito.

-Tudo bem –me virei encarando todos na sala. –Vamos parar de mimi, se você ainda quiser me socar deixa pra depois. –Melody segurou minha mão a apertando forte. –Nos temos uma cidade pra pegar.

***

Detroit.

Descemos do jatinho no mesmo hangar em que havíamos partido semanas atrás, por sorte estava completamente vazio. Jay z continuava com teatro nos dizendo que só era preciso ter fé que tudo daria certo. Duas camionetes haviam sido enviadas pra nós. Enquanto os dois seguranças que haviam ido a Paris comigo tomavam posto em cada um dos carros parei Melody por um instante.

-Vem cá –a puxei checando seu colete a prova de balas, olhei sua munição e peguei a arma em suas mãos a checando. –Tenta não matar ninguém.

-Você ta nervoso? –ela perguntou me encarando.

-Um pouco –devolvi a submetralhadora, ela tinha tomado gosto pela mesma –Mas é o que deixa o jogo mais emocionante. –se aproximou colando os lábios nos meus. Fiquei automaticamente mais calmo.

-Obrigada por ter não ter ficado contra eu vir hoje. –segurei suas mãos e ela me encarou com um sorriso no rosto. –Não vai mudar de ideia agora né?

-Casa comigo? –ela riu mordendo os lábios.

-O soco que o Scooter te deu foi forte mesmo. –soltei uma de suas mãos acariciando seu rosto.

-Eu to falando sério Mel, casa comigo, diz que sim e a gente casa amanhã –ela abriu a boca pra responder quando Nolan gritou já dentro do carro.

-Os pombinhnos vão ficar ai?

-E lá vamos nós –a puxei indo em direção aos carros. Fui com Ryan e Jay z em um enquanto Melody, Braun e Nolan no outro. No caminho, seguindo o plano de Jay z dois carros com homens meus se juntaram a nós, mal ele sabia que haviam dezenas mais por toda a cidade. O carro parou em um beco deserto, na pequena parte abandonada da cidade. O beco era formado por quatro prédios um de frente pro outro, que quase formavam um cortiço. Até então estava tudo deserto, saltamos dos carros nos posicionado na frente do prédio que Jay z indicava ser o certo. Encarei cada vendo checando se estavam com seus coletes e armas em mão.

-Vamos entrar, Jay z você vai na frente –apontei pra porta e ele abriu a mesma cuidadosamente. Nós entramos em formação seguindo na direção de uma escada na frente da porta.

-Nolan fica aqui fazendo guarda com os outros, Ryan e Braun sobem conosco. –Jay z falou enquanto subíamos.

-Eu vou também –Ouvi Melody sussurrar e vir atrás de nós, enquanto grande parte ficou no térreo supostamente seguindo o plano do meu não tão fiel escudeiro, Jay z nos levou até a porta de uma sala. A porta me questão parecia um muro de pichação, palavras de ordens e nomes de gangs estavam escritas na mesma.

A porta se abriu e um homem negro usando óculos escuro, moletom e correntes de ouro no pescoço.

-Sejam bem vindos meus irmãos –ele deu passagem indicando pra que entrássemos. –Vocês não, eu quero falar com o chefe –apenas eu e Jay z entramos na sala. Diferente do resto do prédio ela parecia ter sido recém reformada, limpa e curiosamente bem decorada, peças caras, provavelmente roubadas.

Ele se sentou em sua mesa de escritório e apontou para que pudéssemos sentar.

-Antes de conversar que tal colocar a sua arma em cima da mesa? –ele pediu com um sorriso falso no rosto. Coloquei a pistola na mesa, ainda segura sabendo que eu tinha outra na minha cintura. –Ótimo.

-Me disseram que você queria ter uma conversa comigo. –ele assentiu. –No entanto você é um gangster e eu entrei no prédio completamente vazio com vinte pessoas armadas e você me recebe sozinho desarmado. –ele virou a cabeça me encarando de canto de olho.

-Isso prova que eu confio em você rapaz –trocou olhares discretos com Jay z –Quero provar que nós podemos conviver em paz na cidade.

-O que propõe?

-Permito que ...

-Permite? –o interrompi, mas ele ignorou continuando.

-Permito que continue com seus golpes na cidade contanto que setenta por cento dos seus lucros venham para mim.

-Ãham –assenti –O que mais? Que tal a minha mansão? Ela não seria uma boa toca pra você e seus parceiros se esconderem, preciso te contar tem uma hidromassagem incrível. Pensando bem, os meus parceiros poderiam trabalhar pra você também, ta precisando de um mordomo? –ele riu revirando os olhos. Como podia ser tão filho da puta, como se de alguma forma eu fosse aceitar.

-Não precisa ser sarcástico irmãozinho, nada mais justo do que você me pagar pra poder continuar na cidade. –Levantei batendo a mão na mesa, eu estava furioso.

-Eu nunca vou deixar você ou os seus ratos de esgoto cuidarem da minha cidade, nem que eu tenho que matar um por um.

-E se eu disser que nós vamos ficar? –o encarei apontando o dedo na sua cara.

-Ai eu vou ser obrigado a mandar dedetizar a cidade a partir de agora. –uma confusão acontecia fora da sala, batidas afoitas no chão e tiros começaram a ser ouvidos.

Jay z puxou sua arma apontando pra mim.

-Eu te dei escolhas garoto, é uma pena você não ser tão esperto.

-A única pena que eu tenho aqui é de você –ele apertou o gatilho.

Ryan's P.O.V.

-Tem alguém subindo –falei encarando Melody e Scooter. Três homens armados fortemente pararam a nossa frente.

-Saim ou vão morr –Melody disparou pegando todos de surpresa, ela acertou as pernas e os três caíram,.

-Boa mira! –falei fazendo sinal de legal pra ela.

-Pois é, se tem uma que eu aprendi foi atira primeiro pergunta depois. –Tiros começaram a vir do andar de baixo.

-Vamos ajudar o Nolan –chamei a Melody e nós descemos.

As coisas não estavam tão feias quanto pensei que fossem estar. Depois de trocar alguns tiros com uma dúzia de gangsters nós os desarmamos e os colocamos em fileiras encostados do lado de fora do prédio vigiados por dezenas de outros homens. Aquela altura da ação tudo já estava sob controle.

Melody se aproximou com um rádio comunicador na mão.

-Tem seis pontos espalhados pela cidade com gangsters apreendidos. Ta feito Ryan.

-Nós somos bons pra caralho –falei rindo e ela acenou de volta sem perder a atenção a nossa volta.

Justin's P.O.V.

-A única pena que eu tenho aqui é de você –ele apertou o gatilho. E a arma falhou. –Esqueci de te avisar, mas eu tirei a munição da sua arma antes de sairmos. –ele largou a arma no chão.

-O que você acha que vai acontecer agora garoto? Vai sair por aquela porta e chegar até os seus amiguinhos sem um arranhão? Ou você aceita o acordo. –saquei a arma da minha cintura apontando pra ambos.

-Ou o que? Por que as pessoas insistem em achar que eu faço acordos? Eu mando nessa porra toda eu não faço acordos, as coisas acontecem como eu quero. –Kanye riu se levando e me encarando.

-Ou você morre. –Ele deu a volta na mesa ficando frente a frente comigo. –A cidade esta cheia de gangsters, você e a meia dúzia de ursinhos carinhosos que você trouxe não são pálios para nós. –Ele assoviou e a porta foi arrombada.

-Alguém me chamou –Braun entrou na sala apontando pros dois.

-Mas que mer... –Jay-z pegou a arma em cima da mesa e apertou o gatilho na minha direção desviei rindo da cara de frustração dele.

-Errou coroa –brinquei vendo ele se irritar.

-Mas eu não vou errar –Kanye esbravejou, minha atenção foi pros movimentos de Jay z , ele correu em direção a porta senti uma pontada no ombro enquanto me virava pra ir atrás dele.

-Justin! –ouvi Scooter gritar e sua voz foi abafada por disparos que ele mesmo efetuava.

Segui Jay z enquanto ele descia as escadas do prédio e saia.

-Não adianta correr, não vai se livrar da minha vingança. –nós já estávamos nas ruas. Ele saiu do beco dando a volta no quarteirão, atirei algumas mas sem sucesso. Por alguns momentos pensei tê-lo perdido de vista, mas logo vi sua sombra entrando numa loja. O segui parando na porta, terminei de arrebentar uma vitrine ouvindo o alarme da loja soar. A joalheria estava revirada.

-Procurando alguma coisa? –perguntei o rendendo.

-Calma Justin, nós podemos conversar.

-Você não parece tão gangster se rendendo assim.

-Eu tenho mulher e filha, não atira cara.

-Aposto que não pensou nisso quando resolveu me apunhalar pelas costas.

-Ta no meu sangue, eu sou fiel apenas aos meus.

-Então o Will não era um dos seus? –ele riu.

-O Will é um covarde, sempre foi. Você não faz ideia de quem é aquele homem, ele nunca seria um dos meus.

-Ele ta morto tenha pelo menos a decência de respeita-lo. –ele riu abaixando os braços.

-O Will ta vivo Justin. –congelei sentindo a adrenalina tentar estourar as minhas veias. –Você era o melhor soldadinho de chumbo, só por isso foi escolhido.

-Do que você falando?

-Os policiais vão chegar, como vai se explicar? –atirei na sua perna o vendo cair e agonizar no chão.

-Eu não vou. –Puxei uma corrente jogada no chão o prendi em uma das pilastras. –O que quis dizer com o Will ta vivo? –perguntei me agachando na sua altura.

-O filhinho pródigo vai acabar descobrindo por si só –ele murmurou antes de eu golpea-lo e apagar.

Vi as luzes das sirenes se aproximaram da loja, eu precisava sair dali o mais rápido possível, mas antes...

Melody's P.O.V.

Scooter mantinha um homem de joelhos no meio da rua, ele permanecia de cabeça baixa. Scooter estava agachado do lado dele o fazendo repetir algumas palavras no celular.

-O que ta havendo? –me aproximei de Ryan sem tirar os olhos dos dois.

-Kanye ta dando ordem de retirada dos gangsters.

-Acha que isso vai funcionar?

-Já funcionou Melody, se eles não saírem nós os matamos. –nos entreolhamos.

-Você sabe como ser um cara mal –voltei a observar os dois.

-Eu sei –me distanciei dele indo em direção a Nolan, ele estava ali de guarda a um bom tempo, iria trocar de lugar com ele. No meio do caminho percebi alguém aparecer na entrada do beco. Era Justin.

Ele veio na minha direção arrancando o colete balístico e o jogando no chão, havia sangue por toda a sua camisa me precipite indo em sua direção.

-Droga você ta sangrando – encarei seu ombro. –Deixa eu ver –ele se afastou.

-Calma Mel, eu preciso fazer uma coisa antes.

-Que coisa? A gente tem que te levar pra um hospital. –Ele se ajoelhou pegando algo no bolso.

-Melody Parker, você aceita se casar comigo? –ele tirou o anel do bolso. Soltei a arma no chão pasma com a situação.

-Você é louco –tampei a boca tentando abafar o meu grito de euforia.

-Sera que da pra responder logo eu to perdendo sangue pra caralho –disse com um sorriso bobo no rosto.

-Mas é claro que eu aceito. –o anel coube perfeitamente no meu dedo. Ele levantou e eu o abracei.

-Porra Melody! –ele sussurrou com dor após eu apertar seu ombro totalmente sem querer. Me separei num susto o observando, apesar de estar com dor ele ainda sorria.

-Eu tenho uma confissão a fazer. –nós ainda estávamos bem perto um do outro. –Eu sempre preferi Bonnie e Clyde do que Romeu e Julieta.

Nossos rostos se aproximaram.

-Eu te amo –ele sussurrou antes de encostar os lábios nos meus e dar inicio a um beijo longe e cheio de desejo.

Fim!

zoa kkkkk