Second Season 09
Its about to go down/ O bagulho vai ficar louco
As coisas foram acontecendo em disparada, instantes depois que soube que era Lil o traidor e que ele havia sequestrado a minha irmã a sala do escritório estava cheia. Os seguranças em quem eu mais confiava, Ryan, Nolan, Melody. Todos esperando pela minha ordem, mas a única coisa que eu pensava naquele instante era no pescoço do Lil no meio das minhas mãos, ele apagando lentamente enquanto eu o apertava.
-Quais foram as coordenadas que ele mandou? –falei chamando a atenção de Melody que parecia mais dispersa que eu.
-Hãm –ela desencostou da porta puxando um papel do bolso as calça. –A sua avó disse que tinha algo como 75 Sul e 65 ou 69 Sul. –disse encarando o papel amassado.
-Que diabos isso significa Ryan perguntou sentando na cadeira a minha frente.
-São literalmente coordenadas –pensei alto –Ele quer que eu vá a algum lugar.
-Que lugar?
-Vou descobrir quando chegar lá. –levantei indo em direção a porta –Prepara alguns carros, Nolan descubra aonde essas coordenadas levam. Ryan escolha as armas e escolha os seguranças pra irem comigo. Vou sair em uma hora quero tudo pronto. –sai puxando a Melody comimo, ela estava estranhamente calada. Entramos no quarto, enquanto eu pegava roupas pretas no closet ela se sentou me encarando.
-O que eu falo pra sua avó? –perguntou finalmente.
-Nada, não há nada que possamos dizer agora. Quando encontrar a Jazzy, ligo e levo ela até lá.
-Eles vão ter um treco lá. –ela levantou entrando no closet comigo e mexendo em algumas roupas.
-Então vai pra lá e fica com eles até eu resolver isso. –no instante em que eu me virei pra sair do closet ela me puxou apertando o meu braço.
-Pelo amor de Deus, me diz que você não achou que eu ia deixar você ir sozinho atrás desse psicopata? –ri ignorando o que ela dizia.
-Eu entendo que você vai ficar preocupada, mas essa briga é minha Mel –me soltei do braço dela e sai do closet vestindo a camiseta que havia pegado.
-Não, você não entende. –ela esbravejou começando um escândalo.
-Para de gritar Melody, você não vai e pronto. Isso não é brincadeira de criança, eu não sou louco de deixar uma menina participar disso. –ela riu colocando a mão na cintura.
-Você não sai dessa casa sem mim ou não me chamo Melody Parker –falou brava saindo do quarto e batendo a porta.
(...) 40 minutos depois.
Atravessei o Jardim entrando na casa da piscina em disparada, puxei meu colete enquanto ouvia as últimas palavras de Nolan.
-As coordenadas são de uma rota, cerca de 8 horas daqui, mas eu não sei exatamente pra onde ela leva, você só vai descobrir no caminho. Ryan vai ficar com você enquanto eu monitoro vocês daqui. Vou monitoras os lugares por onde terão que passar, as estradas e até os postos de gasolina se for preciso. –disse sério andando de um lado pro outro.
Melody adentrou o local vestida dos pés a cabeça como uma espiã de filme americano, passou por nós pegando um colete a prova de balas e o ajustando ao corpo.
-O que você acha que ta fazendo? –perguntei a encarando.
-Já disse que não sai daqui sem mim. –passei a mão no meu cabelo nervoso, ela tava me deixando irritado.
-E eu já disse que você não vai. –ela revirou os olhos.
-Me de um bom motivo.
-Primeiro você mal sabe atirar, muito menos manusear uma arma e não tem experiência com essas coisas. –falei tentando ser claro, mas ela ignorou.
Pegou uma submetralhadora que estava em cima de uma das mesas e saiu da casa, a segui vendo que diabos ela ia fazer. Parei alguns metros dela a vendo subir em cima do capô de uma caminhonete e mirar na janela aberta de um dos quartos.
-Quantos vasos quer que eu derrube? –perguntou mirando os vasos perto da janela do quarto no segundo andar.
-Melody desce daí antes que você se machuque –gritei impaciente e em resposta ela apertou o gatilho arrebentando todos os vasos da janela do quarto. Sem nenhum tiro perdido, ela nem sequer havia balançado com arma em mãos. Eu não queria, mas tinha que confessar...ela sabia o que ta fazendo.
A garota pulou do capô da caminhonete e veio na minha direção jogando a arma nos meus braços.
-Acho que meninas não conseguem fazer isso. –disse passando por mim. –Mire pequeno, erre pequeno...como você mesmo diz.
A segui de volta a casa da piscina e entrei ouvindo os caras darem a ela os parabéns.
-Entrega outra dessa carregada pra ela. –disse entregando a arma pro Nolan. –Mel! –ela me encarou. –Sair de perto de mim não é uma opção pra você. –ela assentiu como um dos meus homens, aquela situação era estranhamente fria. –Eu espero que saiba o que esta fazendo, existe noventa por cento de chance de você matar alguém nas próximas 24 horas, você ta preparada pra isso? –ela pensou por alguns instantes.
-Eu to mais do que preparada –me aproximei encarando seu rosto e beijando sua testa antes que ela saísse.
Peguei tudo que faltava e fui até o jardim. Já era noite, as horas passaram mais rápido que o previsto. Depois de checar se estavam todos em seus postos entrei no carro, Melody já estava lá me esperando.
-Ainda da tempo pra desistir – falei brincando tentando dispersar a tensão, mas ela ignorou.
-Justin! –Nolan surgiu na janela me entregando um rádio comunicador. –Fica com esse como reserva, guarda no bolso. –fiz o que ele pediu e liguei o carro prestes a dar partida. –Você entende que ta saindo daqui agora pra matar alguém que costumava ser seu irmão. –por mais forte que aquelas palavras fossem eu não permiti que elas mexessem comigo.
-Costumava, tudo o que ele é agora é o inimigo. E eu não costumo deixar o inimigo vivo. –ele respirou fundo aceitando a minha resposta e desencostou da janela. Dei partida cruzando os portões em alta velocidade.
***
Melody não havia falado uma palavra sequer desde que havia entrado no carro. O que era incrivelmente surpreendedor, normalmente ela me encheria de perguntas até eu perder a paciência e mandar ela calar a boca, se bem que vendo por esse lado, ela ta certa em não querer falar comigo.
-Romeu e Julieta! –Nolan chamou no rádio do carro. Estiquei o braço pra atender assim como Melody, nossas mãos se tocaram e ela recuou com um certo receio.
-Fala Nolan! –falei prestando atenção na estrada.
-A estrada ta limpa até o posto de gasolina Bullork, quando chegar lá perto eu te passo mais informações.
-Tah –desliguei o rádio. Mais alguns instantes passaram e a Melody continuava calada. –Mel! –falei chamando a sua atenção.
-O que foi? –perguntou encarando a estrada.
-Ainda ta brava?
-Não! –ela continuou imóvel.
-Eu te conheço Melody, ou você ta muito puta comigo ou você ta muito puta comigo. –ela bufou me ignorando. –Acho que o quarto de hospedes vai precisar de uma nova reforma depois do estrago que fez na janela.
-Fiz o que foi preciso, ou isso ou você não deixaria eu vir com você.
-Viu, eu falei que você ta puta comigo –ela riu um pouco sarcástica.
-Certo, eu to sim, eu to bem irritada com você Justin. –dessa vez ela se virou me encarando. –Mas eu não vou começar uma discussão agora, por que eu sei que não é hora deter uma DR. –se ajeitou no banco fazendo barulho.
-Eu só quero te proteger Mel, não vou me perdoar se algo te acontecer por minha culpa. –falei, mas ela não pareceu se importar.
-Engraçado por que eu sinto a mesma coisa e você não dá à mínima. –resmungou.
O rádio comunicador no meu bolso apitou, o puxei atendendo.
-Justin o Lil ta na linha do comunicador do carro, liga agora!
Liguei o comunicador do carro como Ryan pediu e esperei pra ouvir o que ele queria.
-E ai irmão! –dessa vez já não era mais a voz robótica, era ele.
-Onde você ta seu filho da puta? –rosnei inconsciente ao ouvir a voz dele
-Bem perto, logo nos encontraremos. –ele fez uma pausa mexendo em algo. –Quer falar com a sua irmãzinha? –Juro por Deus que eu tentava não pensar que ele estava mantendo uma criança como refém, pois eu iria surtar de uma vez por todas. Ainda mais por ser minha irmã. –Vem cá pirralinha , Justin quer falar contigo. –depois de alguns segundos ouvi a respiração afoita dela na linha.
-Justin! –ela choramingou –Eu quero ir pra casa, vem me buscar por favor! –Eu travei em pânico. –Pede pro papai vir me buscar, eu quero ir pra casa por favor –ela começou a chorar. Meu coração se retorceu por dentro do meu peito.
-Jazzy calma –Melody falou enquanto eu continuava sem ação. –Nós estamos indo te buscar meu amor, se acalme. –respirei tentando tomar controle da situação.
-Jazzy! –engoli em seco ainda ouvindo o choro dela –Eu to indo ai te buscar agora, fica calma princesa. Nada de ruim vai te acontecer, eu não vou deixar. Eu prometo...logo logo você vai ta em casa, com seu pai. –ouvi ela engolir o choro fungando.
-Mas eu to com medo. –ela murmurou.
-Não precisa ficar, ele não vai te machucar eu juro. –a ligação pareceu falhar e a voz de Lil tomou lugar.
-Que comovente, imagina como teria sido mais fácil pra você se tivesse tido um irmão mais velho, espera –ele fez uma pousa rindo –Você teve, fui eu. Mas você me retribuiu sendo um cuzão e ferrando com a minha vida.
-Do que ta falando?
-Você vai descobrir na nossa reunião de família daqui a pouco. Falando nisso, acho melhor você se apressar, consigo ouvir o tic tac daqui –a ligação caiu por completo e o rádio desligou.
-Mas que desgraçado –esbravejei batendo no volante.
-Calma, a gente tem que chegar vivo até lá, pra dar um jeito no seu irmão.
-Eu vou esganar aquele filho da mão até ele chorar –estiquei o braço tentando abri o porta luvas pra pegar uma maço de cigarro.
-O que você quer? –perguntou impaciente puxando minha mão. –Cigarro.
-Tava demorando. –resmungou abrindo o porta luvas. –Eu pego.
Ela abriu o porta luvas passando a mão a procura do maço de cigarros e depois se debruçou olhando dentro.
-Não achou? –perguntei nervoso.
-Ta ouvindo? –ela enfiou a mão de novo puxando uma espécie de pano preto.
-O que? – quando o pano preto saiu por completo, eu pude ouvir um suave tic tac.
-Por favor, me diz que você resolveu decorar o carro com luzes de natal.
-Mas de que merda você ta falando. –ela tirou o cinto e olhou mais fundo.
-Eu acho que é uma bomba –ela encostou no banco assustada. –Apesar de não entender nada sobe mecânica eu tenho o pressentimento de que ta ligado ao motor ou ao freio. –Gelei.
-Mas que droga, droga! –praguejei ficando mais nervoso ainda. Não tinha passado duas horas que nós estávamos na estrada e aquele desgraçado já tinha dado um jeito de nos ferrar. –A gente tem que sair –falei puxando o rádio do meu bolso de novo. –Ryan! –chamei e logo ele atendeu.
-O que foi?
-Da uma olhada no porta luvas do seu agora –ele bufou o ou pude ouvir ele mexendo.
-Não tem nada além do meu pacote de camisinhas, o que você quer?
-Diminuiu o suficiente pra não enxergar mais na pista, pede pro carro que ta minha frente fazer o mesmo agora.
-Por que, o que te pegando?
-Tem uma bomba no meu carro, se eu parar ele explode.
-Puta que pariu! –ele gritou surpreso.
-É eu sei, faz o que eu to mandando, quando vocês sumires da minha vista eu pulo. –respirei fundo. Eu precisava manter o controle, não só por mim, mas pela Melody eu podia ver ela começar a suar frio nervosa.
-Pular? –perguntou piscando como se não conseguisse enxergar nada a sua frente.
-Você prefere ficar aqui e explodir?
-Claro que não, mas caralho. –murmurou olhando pra fora e depois pro painel, eu estava a 180 por hora.
-Arrependida de ter vindo? –perguntei colocando o rádio de volta no bolso.
-A vida não tem graça sem adrenalina. –Ela se afastou do banco se preparando. Olhei pelo retrovisor e eles já estavam em uma boa distancia de mim.
-Preparada? –a encarei por alguns instantes.
-Só pra constar- ela falou enquanto eu diminuía a velocidade – Você é um idiota, mas eu te amo. –sorri ao ouvi aquilo.
-1...2...pula –abri a porta do carro e soltei o volante me jogando pra fora. A sensação de cair de um carro em alto velocidade era bem menos assustadora do que eu pensava, por alguns segundos eu não senti nada além do vendo se chocando contra o meu corpo e logo depois o meu corpo batendo no chão brutalmente, rolei por alguns instantes até parar. E naquele instante foi que eu senti, cada pedaço do meu corpo tinha sido passado em um moedor.
Ryan's P.O.V.
Tomei distancia e questão de minutos pude ver a explosão acontecer. Meu coração apertou, e eu rezava mentalmente pedindo que os dois estivessem bem. Acelerei me aproximando da cortina de fumaça que formava, já tinha escurecido e a visibilidade não era das melhores. Parei o carro deixando o farol aceso e desci procurando Melody, eu precisava vê-la inteira. Caminhei pelo acostamento até ouvir um gemido, o segui até finalmente encontrá-la. Ela estava sentada massageando o ombro.
-Graças a Deus você ta bem! –falei me agachando e a abraçando, ela gemeu de dor e eu a soltei. –Se machucou muito? –ela riu se apoiando em mim pra levantar.
-Menos do que eu teria se tivesse ficado dentro do carro. –ela ficou de pé sem se apoiar em mim e se debruçou fazendo alongamento. –Agradeço a minha professora de pilates. –murmurou voltando a ficar de pé. –Eu to ótima.
-Você é mais durona do que parece. –ela sorriu me deixando mais calmo.
-Sim, eu sou. –ela olhou pros lados procurando algo. –Cadê o Justin?
-Não sei, mas logo ele aparece.
-Eu vou atrás dele –ela falou andando em direção a pista.
-Calma, vai pro meu carro e espera lá enquanto eu vou procurar ele. –ela voltou.
-Ta bom –joguei a chave pra ela e ela foi em direção o carro enquanto eu atravessava a pista.
Não precisei procurar muito por ele, invés de eu encontra-lo, ele me encontrou.
-Cadê a Mel? –perguntou nervoso e mancando um pouco.
-Ela ta bem, eu a deixei no meu carro. –ele não parou e atravessou a pista no mesmo passo. –Justin! –entrei em sua frente o parando, nós estávamos na frente do meu carro. –Você e a Melody se machucaram, o carro explodiu, não é melhor a gente voltar e esperar mais um pouco? –ele me ignorou e passou por mim, tentei para-lo, mas não adiantou muita coisa.
O vi parar na porta do carro de joelhos em frente a Melody, eles se abraçaram e se beijando, num lindo reencontro. Me virei evitando a cena que eu vinha evitando a meses, a última coisa que eu queria era ser telespectador de uma das coisas que mais me machucava.
Melody's P.O.V.
Peguei a chave da mão de Ryan e fui pra seu carro, minutos depois ele e Justin surgiram na frente do farol, pareciam discutir por algo, mas logo ele veio na minha direção parando ajoelhado na porta do carro.
-Você ta bem? –perguntou um pouco assustado.
-To sim, fiquei um pouco ralada, mas nada demais, e você?
-Eu to ótimo, só por saber que você bem. –ele me abraçou me pegando surpresa, naquele instante percebi que minha raiva já havia passado, e como era bom tê-lo tão próximo a mim.
-Eu vi você mancando. –sussurrei o ouvindo rir fraco.
-Efeito colateral de ter pulado de um carro a 100 km/h. –Me distanciei um pouco olhando em seus olhos, sempre hipnotizantes, e o beijei. –Apesar de você ser a maior cabeça dura do mundo, eu te amo –ele sussurrou roçando os lábios nos meus.
-Eu sei –disse rindo, pulei pro bando de trás, pra que ele pudesse entrar. –Cadê o Ryan, a Jazzy não vai sair dali sozinha. –Justin o chamou e logo nós voltamos a estrada.
Justin's P.O.V.
Depois de quatro horas dentro daquele carro, definitivamente precisávamos fazer uma parada, Lil ainda não tinha sinal depois de explodir o meu carro. Nós estávamos perto da fronteira de uma cidade, uma cidade que fazia parte do meu passado. Um passado que por mais que eu tentasse esquecer, sempre voltava pra me assombrar.
Paramos no posto de gasolina na beira da estrada, enquanto os carros se abasteciam, entrei com a Mel no bar que havia ali. Poucas pessoas estavam por lá. Pedi algumas garrafas de água e pedi pra que ela levasse ao carro. Pouco antes disso havia percebido o quando os caras ali estavam no encarando, apesar de estar armado, ser encarado por uma dúzia de armários ainda era intimidador.
-Um maço de cigarros! –o caixa me entregou o maço, junto a um guardanapo amassado e rabiscado.
Sai dali antes de arrumar uma confusão com o papel em mãos. O papel tinha endereço. Os carros já estavam abastecidos e todos a bordo quando voltei.
-Já sei, pra onde estamos indo –falei entrando no carro e procurando um isqueiro.
-Onde? –Ryan perguntou dando partida.
-Nashville, a cidade onde o Havieer me abandonou, mais precisamente ao local onde era o orfanato. Avisa o Nolan, eu to cansado de ser pego de surpresa.
(...)horas depois.
Cercamos o local, e ficamos de guarda, evitei encarar o lugar não queria ser obrigado a reviver os flashbacks do meu passado. Mas não podia deixar de notar o quão destruído estava. Passamos por algumas salas caindo aos pedaços, parecia não haver uma lama viva sequer por ali. Continuamos caminhando calmamente por ali, mas não havia nada além dos restos dos móveis.
-Justin! Vem me buscar –a voz da Jazzy ecoou pelo local. –Justin cadê você –ela choramingou mais uma vez. Procurei de onde vinha o som até perceber que vinha das caixas de som na parede. Aquele filho da puta queria me deixar louco.
-Aparece Lil! –gritei encarando o teto, meu sangue voltava a ferver tão insanamente que podia sentir a minha veias doerem.
-Eu to aqui, aonde você costumava brincar, ou melhor apanhar. –levantei o braço fazendo sinal pra que me seguissem.
Não importa quanto tempo tivesse passado eu nunca esqueceria o caminho até o pátio, já tinha feito aquele mesmo trajeto machucado, chorando, com raiva tantas vezes que eu poderia fazer outras mil de olhos fechados.
Entrei no pátio encarando Lil sentado em uma cadeira com Jazzy em seu colo, enquanto dezenas de caras armadas estavam atrás dele, espalhados pela escada e pelo parapeito do segundo andar. Enquanto eles estavam em 25 –até onde consegui contar – nós éramos 12. Nada justo, e muito menos real julgando pela situação de Lil quando havia saído se cada, como diabos ele havia montado tudo aqui sozinho.
-Finalmente Justin, pensei que fosse chegar quando o sol nascesse –resmungou me encarando com um sorriso diabólico no rosto.
-Foi você quem escolheu brincar de gato e rato.
-Culpado –ele levantou a mão tentando ser engraçado. –Mas sem enrolação, vamos logo ao ponto. Tenho que encontrar com o meu decorador mais tarde, preciso dar um jeito naquela mansão. –levantou colocando a Jazzy na cadeira e deu alguns passos a frente segurando uma pistola. –Você vai preferir do jeito fácil ou do jeito difícil?
-Não tem a opção: uma das minhas balas no seu cérebro? –ele riu.
-Como bom irmão mais velho, eu vou te dar as opções antes que escolha precipitadamente. –ele encarou a Melody por alguns instantes e piscou.
-Fala logo.
-O Jeito fácil, é você se ajoelhar agora na minha frente e pedir desculpas por ser um ingrato, me devolve todo o dinheiro e controle da máfia e eu te deixo sair daqui vivo com a sua irmãzinha, no entanto todos os outros morrem inclusive a sua amada. –ri de tanta raiva que eu estava.
-Se esse é o fácil, qual seria o difícil?
-No difícil, nós entraríamos em conflito logo depois que eu mandasse atirar na cabeça da menina –ele apontou pra Jazzy –depois os meus matariam todos os seus, mas claro eu faria questão de matar o Ryan, e logo em seguida você. Eu deixaria a Melody fugir só pra ter o gosto da caça-la depois, e a faria a minha mulher...assim como o Bishop fez com a mãe dela. Admito que ele era como um herói pra mim.
-Você é doente –Melody esbravejou irritada.
-Não tanto quanto você na cama, todos aqueles movimentos que eu vi gravados, aposto que devem ser bem mais gostosos ao vivo. –dei um passo pra frente mirando ele.
-Fala mais uma palavra e eu explodo a sua cabeça. –
-Sua mulher é uma vadia na cama e eu que sou ameaçado? –ele se fez de vitima abaixando a arma. –Além do mais, se você apertar o gatilho a sua irmãzinha morre.
Ele estava certo e aquilo era frustrante.
-Coloquem suas armas no chão e nós poderemos começar a conversar. –fiz o que ele pediu e os outros me seguiram. Melody deu um passo pro lado ficando mais próxima a mim. –Levem os seguranças do meu irmãozinho pra uma sala e façam o que quiserem com eles, coloquem o Ryan no lugar especial que reservei pra ele –falou com seus homens.
-E a garota?-um deles perguntou.
-Pode deixá-la aqui. Eu quero que ela saiba quem é o verdadeiro Justin.
As únicas pessoas que ficaram no pátio além de mim e Lil, foram Melody, Jazzy e outros três homens de Lil, mantendo sua segurança.
-E então irmãozinho como vai ser? –ele começou a andar a minha volta –Nesse jogo só um de nós dois pode sair vivo, e eu aposto a minha Ferrari, que não vai ser você. –ele riu levantando a arma apontando pra minha cabeça. – Afinal, Romeu Tem Que Morrer.
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