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Second Season 08


Enemy by my side / Inimigo ao meu lado


Encostei na cabeceira da cama recuperando o ar que eu havia perdido. O que Justin falava fazia sentindo, mas meu coração não queria e nem conseguia aceitar que isso pudesse ser verdade. Ryan não podia ser um traidor, não podia.

Por alguns instantes tudo que eu ouvia era a respiração cansada de Justin ainda sentado na beirada da cama. Com o quarto iluminado apenas pelo abajur ao meu lado eu mal conseguia ver seu rosto, e muito menos imaginar o que estava passando pela sua cabeça. Desencostei da cabeceira e me aproximei sentando atrás dele e abraçando seu corpo um pouco frio.

-Tem que ter uma explicação pra isso. –falei .

-Espero que tenha mesmo –ele murmurou passando a mão no cabelo e o bagunçando.

-Toma um banho e deita pra dormir um pouco –disse depositando um beijo em sua costas –Tem analgésico no armário do banheiro.

-Okay –respondeu acariciando a minha mão antes de levantar.

Enquanto ele seguia em direção a banheiro levantei com uma necessidade em mente, eu precisava esclarecer aquilo o mais rápido possível.

-Vou pegar um chá lá embaixo quer alguma coisa? –perguntei e ele negou entrando no banheiro.

Vesti o roupão e sai descendo as escadas. Da sala de estar eu podia ouvir um alvoroço vindo do quintal, alguém tinha chegado. Me sentei no sofá esperando, ou melhor rezando pra que fosse o Ryan e que eu pudesse entender o que estava acontecendo de uma vez por todas. A porta se abriu e Nolan entrou carregando uma bolsa preta.

-Cadê o Ryan? –perguntei levantando e indo em sua direção.

-Boa noite pra você também –disse passando por mim e largando suas coisas em cima da mesa de centro.

-Sem gracinha Nolan, cadê o Ryan? –perguntei de novo e ele me encarou.

-Não faço ideia, ele deveria estar aqui. –disse pensativo –Eu só demorei por que fui entregar as cegonhas ...mas ele já deveria estar aqui.

-Sera que aconteceu alguma coisa com ele? –Ele riu abrindo uma das bolsas e tirando um computador.

-Não mesmo, ele sabe se cuidar. Deve ter ido encontrar uma das vadiazinhas dele. – por um momento em me senti incomodada com aquilo, ele foi encontrar as vadiazinhas dele? Desde quando ele tinha vadiazinhas? –Fica tranquila, mais tarde ele ta por ai. É tradição trocar o dia pela noite aqui.

Voltei a me sentar, mas desta vez ao lado dele, nós não éramos muito de conversar mas ele era a única pessoa naquele instante que poderia me ouvir.

-Você notou algo de diferente no Ryan, de algum tempo pra cá? –ele não se moveu encarando a tela do computador.

-Ryan? Não, ele sempre esteve o mesmo babaca de sempre.

-Não nesse sentido, eu quero dizer...ele nem fica mais em casa, não conversa..sabe. –finalmente me olhou.

-Você quer dizer que ele não tem mais tempo pra você . –disse sério.

-Não, quer dizer é...mas sabe ele ta me evitando e sei lá, não parece com ele.

-O Ryan é um homem feito Melody, ele tem vida e mais o que fazer do que ficar sendo seu melhor amigo. –disse calculadamente frio, mas não o bastante pra me deixar frustrada.

-Por que ta falando que nem um idiota comigo?

-Só to tentando te fazer enxergar a verdade da melhor forma. –disse calmo me fazendo esquecer as suas palavras frias.

-Tudo bem. –ele voltou a sua atenção ao computador. –Você acha que o Ryan tentaria alguma coisa contra alguém próximo a ele?

-Como quem?

-O Justin?

-Ryan não tem motivos pra machucar ninguém próximo a ele especialmente o Justin. –ele me encarou pela última vez –Ou tem?

-Não que eu saiba –respondi rápido me levantando. –Quer alguma coisa da cozinha?

-Não, eu já vou dormir. –disse e eu sai indo pra cozinha.

Vasculhei o armário pegando um pacote de biscoitos e uma garrafinha de iogurte na geladeira. Não que eu estivesse com fome, mas eu estava sem sono e esse seria o único jeito de não morrer de tédio. Voltei a sala e Nolan já não estava mais lá. Liguei a televisão e pulei de canal em canal até encontrar um filme qualquer que passava.

Não importa o quanto eu tentasse focar no filme, minha cabeça girava em torno da possibilidade de que Ryan poderia ser um traidor, e pior ainda o que Justin faria quando tivesse certeza, ou mais do que pior ainda .... se ele tentasse algo contra Justin. Por algum motivo que eu ainda não conseguia entender, me sentia culpada por aquilo. Talvez eu fosse idiota demais em acreditar que ele não pudesse fazer isso, assim como eu poderia ser idiota demais em acreditar não poderia ser. Afinal, eu nem tinha mais certeza de que éramos mesmo amigos e que eu sabia o que quer que fosse sobre ele.

-Ta fazendo o que acordada a essa hora –Ryan surgiu atrás do sofá me assustando. Me sentei no sofá me recuperando do susto.

-Mas que droga! –resmunguei.

-O que foi? Pensei que nas brigas fosse Romeu quem iria dormir no sofá não Julieta. –ri ao perceber que ele estava meio bêbado.

-Onde você tava?

-Por ai! –responde pulando no sofá.

-Fazendo o que? –ele riu tomando o pouco de iogurte que ainda tinha no copo.

-Melody eu já passei da idade de ser interrogado de madrugada quando chego em casa.

-Não é interrogatório, só quero saber o que estava fazendo depois que se separou do meninos. –ele voltou a rir.

-Meninos? –ele revirou os olhos –Nós estamos bem longe de sermos meninos Mel, meninos não conseguiriam fazer um terço do que nós fazemos agora. –bufou encarando a TV –Um menino não seria capaz de fazer o que eu venho fazendo –ele murmurou pra si mesmo, como se eu não fosse escutar.

-O que você quer dizer? –ele me encarou por alguns segundos, como quem admitia algo...eu só não queria ser confidente.

-Que eu tenho que ir dormir, ta na minha hora –levantou com um ar sério.

-Espera! –levantei e caminhei até a sua direção e segurei sua mão. –Me responde uma coisa?

-Claro. –falou me encarando nos olhos, me deixando um pouco desconcertada.

-Você confia em mim?

-Claro –ele respondeu direto.

-Então me contaria se algo estivesse acontecendo?

-Como assim?

-Você ta estranho Ryan, eu só não quero que nada de ruim aconteça. –ele deu um meio sorriso segurando minha mão até a altura de seu lábios e a beijando.

-A única coisa ruim que acontece nessa casa é o destino, e ele não tem como evitar. –ele soltou minha mão e subiu as escadas me deixando mais confusa do que estava antes de chegar.

***

Ryan's P.O.V.

Acordei com a voz de Nolan chamando meu nome como plano de fundo de um pesadelo matinal.

-Me deixa dormir seu viado –resmunguei ainda de olhos fechados.

-Levanta, eu preciso falar com você. –disse

-Não, não precisa, vai brincar com as suas Barbies e me deixa em paz –falei e segundos depois senti algo acertar as minhas costas, levantei com dor o encarando. –mas que diabos.

-Disse que precisava falar com você –disse sério me encarando sério.

-Não podia esperar até eu acordar? –revirei os olhos irritado –Primeiro chutar depois conversar –resmunguei.

-Terminou de reclamar? Por que eu preciso falar sério com você, muito sério.

-Não é como se eu pudesse dizer não. –Voltei a me sentar o encarando.

-O que ta acontecendo?

-Tudo mundo deu pra me perguntar isso agora? Nada ta acontecendo, ta tudo bem. –ele sentou ao meu lado dando tapinhas nas minhas costas.

-Sabe que apesar de tudo, você sempre ode contar comigo certo, pode confiar em mim.

-Você também?

-O que?

-Digamos que eu já tenha ouvido isso. –lembrei da Melody naquele instante, na noite passada –E sim eu confio em você, por que?

-Eu quero te ajudar, mas primeiro tem que me dizer o que ta havendo.

-Do que ta falando? –levantei novamente, o encarando confuso.

-Eu já to sabendo cara –disse me assustando. Não, ele não podia saber.

-Sabe do que? –ele revirou os olhos andando pelo quarto e parando perto da porta.

-Quer que eu grite aqui e ferre logo com tudo.

-Não –disse derrotado encarando o chão.

-Como você...cara como você pode ser capaz de fazer isso?

-Eu não sei ta legal, eu não queria, mas eu não posso fazer nada contra.

-Claro que pode, me deixa ajudar. –disse exaltado. Era difícil demais admitir aquilo.

-Não há nada que possa fazer, é mais forte do que eu, não pude evitar. –ele me encarou por alguns segundos.

-Nada que alguns riffles e granadas não possas resolver. –falou convicto e eu dei um passo pra trás sem entender.

-De que diabos você ta falando?

-Como assim? Você acabou de admitir que...-ele parou pensativo parecendo averiguar tudo o que havia sido dito –Diz pra mim que não é o que eu to pensando, não pode ser. –ele espalmou a mão na parede –É bem pior do que eu imaginei.

-Escuta Nolan, eu..

-Não fala nada, eu nem quero escutar –ele parecia um pouco perturbado –Quem mais sabe disso?

-Ninguém, eu não teria coragem de contar. –confessei.

-Ele é capaz de surtar e te matar se descobrir –aquelas palavras fizeram a minha espinha tremer, eu não tinha medo Justin...mas sabia do que ele era capaz de cabeça quente.

-Eu sei. Mas eu não tenho como voltar atrás agora, já ta feito. –falei tentando o convencer.

-Vê se segura a sua onda enquanto eu dou um jeito de concertar isso, eu tô cansado de tragédias por aqui.

Nolan saiu do quarto feito um furacão me deixando sozinho com a minha consciência, que não ajudava em nada na minha atual situação.

***

Justin's P.O.V

"Judas entrou na sua vida como amigo, ele te salva do perigo e conquista a sua confiança. Mas se nem Jesus conseguiu se safar o que um pobre Romeu conseguirá fazer? Olhai e Vigiai, pois um dos seus vai marcar as notas de cem dólares dele com o seu sangue." A frase da prostituta que havia invadido o meu quintal há três meses vagava pela minha cabeça. Quem seria o meu Judas? Quem seria insolente o suficiente pra tentar me derrubar dentro da minha própria casa? Eu costumava acreditar que era temido o suficiente pelas pessoas a minha volta pra que não precisasse me preocupar em temê-los. Mas eu estava errado.

Havia conversado com Nolan logo que acordei, falei sobre Ryan, mas ele não acreditou, ou melhor não conseguiu. Me disse que ia conversar com ele, mas não voltou pra me dar informações. A cada instante que minha cabeça buscava alguma pisca que estivesse perdida em uma memória, meus pensamentos ficavam presos num labirinto sem resposta.

A foto do meu pai –Will –em cima da mesa do escritório parecia me encarar, seria tão mais fácil se ele estivesse aqui. Eu sempre agi antes de pensar, enquanto ele dava os comandos e realmente fazia as coisas acontecerem. Sabia que se ele estivesse ali, me daria as respostas, me colocaria no caminho certo. Como ele sempre fez, mas isso já nem importava mais, eu sou um homem feito e tenho que agir por mim mesmo.

O telefone da mesa tocou espantando meus pensamentos. Puxei do gancho atendendo.

-Revivendo memórias Romeu? –a voz robótica surgiu do outro lado da linha fazendo meu sangue ferver de ódio.

-Seu filho da puta! –gritei contra o telefone sem conseguir segurar minha raiva.

-Você não parece tão perigoso sentado nessa mesa de escritório, olhando a foto de um dos papais. –olhei pros lados procurando alguma câmera ou alguém me observando pela janela.

-Calma meu amigo, você só vai me encontrar quando eu deixar.

-E quando isso acontecer eu vou te matar – o ameacei ouvindo uma risada do outro lado.

-Quando me encontrar vai implorar pra que eu te mate.

-Até quando você vai querer ficar nesse jogo de gato e rato? –perguntei tentando me controlar.

-Não vai me dizer que já cansou? Agora que começou a ficar divertido.

-Não teste a minha paciência.

-Como se você tivesse alguma –ele riu irônico. –Vamos fazer assim, vem me pegar, logo, logo você vai receber as coordenadas.

-Que coordenadas?

-Você vai descobrir.

-Mas que porra eu fiz pra que você querer me ferrar desse jeito? –aquela voz robótica irritante riu mais uma vez.

-Lembra quando eu disse que você iria morrer e levaria a Melody junto? Pois é, eu não estava mentindo.

Meu sangue congelou ouvindo a ligação cair. Eu finalmente sabia quem era, mas preferia continuar sem saber. De repente numa fração de segundos tudo se encaixou. TUDO. Embaixo do meu nariz e eu não pude enxergar. O inimigo sempre esteve ao meu lado.

A porta abriu de uma vez e a Mel entrou quase que em slow motion no escritório, a descoberta tinha me deixado mais chapado que cocaína pura. Ela começou a falar atropelando as palavras enquanto eu tentava entender o que estava acontecendo.

-Diane me ligou a pouco apavorada, levaram a sua irmã e deixaram uma espécie de coordenada pra você seguir. A sua família ta desesperada Justin.

-O que? –foi tudo que saiu da minha boca enquanto eu recuperava as fala, as palavras pereciam ter fugido da minha boca.

-Levaram a Jazzy –ele repetiu mais calma apoiada na mesa.

-Foi o Lil –falei sem acreditar no que dizia –O Lil pegou ela, ele é quem quer me matar. –ela deu um passo pra trás confusa.

-Quem diabos é Lil?

-Alguém que só vai sobreviver se o diabo tiver misericórdia.

"Quem acredita que vingança não vale a pena não conhece o poder. A vingança só não compensa para aqueles que, impotentes, nada podem contra seus inimigos."

-Sayane Breyer

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