Second Season - 05
Family Issues
...caso você esteja
pensando em livrar sua cara,
Você não vai ter nenhuma cara pra livrar na hora que eu acabar com tudo aqui...-Forever
De repente um grito vindo do segundo andar nos pegou surpresa. Era a Melody, logo depois ela gritou meu nome num tom desesperado.
-Fiquem aqui, eu já volto. –disse subindo as escadas.
Puxei a arma da cintura a mantendo em punhos, o corredor estava escorregadio, parecia que alguém tinha joga água por lá. Quase todos os quartos estavam com a luz ligada, menos o meu. Me aproximei cautelosamente e entrei no quarto me deparando o cena macabra.
Melody chorava desesperadamente congelada na frente do corpo de Dakota. Ela estava pendurada pelo pescoço em cima da cama, o sangue dos seus pulsos cortados pingava em cima da minha cama.
-Não olha pra isso –me movi quando o choque da cena passou e puxei Melody pros meus braços a protegendo daquela visão.
Mate seus demônios quando estiver acordado e eles não te assustaram quando estiver dormindo. O que eu faço quando os pesadelos começam a surgir quando estou acordado?
Sai do quarto puxando a Melody que mal conseguia se mover e ainda chorava desesperada com a situação.
-Mel, olha pra mim –segurei seu rosto a fazendo prestar atenção eu mim. –Se acalma, eu vou precisar da sua ajuda agora. Vai lá embaixo e tira meus avós daqui, mas manda alguns seguranças com eles. Eu vou tirar o corpo da Dakota do nosso quarto. –ela soluçou algumas vezes e engoliu o choro –Você consegue ir lá embaixo? –ela balançou a cabeça e desceu as escadas.
Voltei ao quarto encarando o corpo da mulher mais uma vez, aquilo era assustador até pra mim, quem quer que estivesse por trás disso, não queria só me destruir. Queria ter o prazer de me aterrorizar até que eu enlouquecesse e ai sim me destruir.
Subi em cima da cama desamarrando os braços dela, seus dedos estavam roxos, mas não por causa do enforcamento algo mais havia acontecido com ela. Deitei seu corpo em cima da cama e a enrolei em um dos lençóis. Havia sangue por toda parte, parecia ter sangrado até a ultima gota de sangue, e agora eu estava sujo também. Me sentei por alguns segundos recuperando a força psicológica que me faltou naquele instante.
Dakota estava morta, por minha culpa. Como eu explicaria isso para os filhos dela...
-Mas que porra é essa? –Ryan surgiu na porta do quarto me encarando.
-Onde você tava? –perguntei levantando, afinal se aquele imbecil estivesse ali nada disse teria acontecido.
-Na piscina –ele respondeu indiferente quando a minha vontade era de socar a cara dele.
-Entraram na minha casa e assassinaram uma pessoa e você tava na piscina seu filho da puta –esbravejei dando um empurrão nele. –Me de um bom motivo pra não quebrar a sua cara neste instante.
-Eu não to entendendo –ele se fez de confuso me deixando mais furioso ainda.
-Ta sim, e pro seu bem é melhor você encontrar quem fez isso. Eu te dou 24 horas pra me entregar uma cabeça –ele deu um passo a frente de peito estufado me enfrentando.
-Ou o que? O que você vai fazer?
-Você nem queira imaginar –falei entre dentes o encarando
-Eu não sou uma das suas vadias Justin, eu não tenho medo de você e muito menos das suas ameaças.
-Não me importa o que você acha, eu te dei uma ordem então é melhor você cumpri-la.
Sai dali soltando fogo pelas ventas, Ryan tinha essa mania de me contrair, de me desafiar. Assim como desgraçado que vinha me infernizando, a minha vontade de escaldar esse desgraçado vivo crescia a cada instante, eu não descansaria até mata-lo.
Melody's P.O.V.
Desci as escadas secando o rosto e tentando parecer o mais normal possível, não queria transparecer meu desespero, aquela cena ficava vagando na minha cabeça. Era real, esse pesado é real e não há outra forma de acordar dele a não ser encontrando o tal carrasco que até então nos nem sequer sabemos quem é. Mas naquele instante o meu grande medo era que ele nos matasse primeiro, mirar numa cortinas de fumaça enquanto ele nos assistia por um binóculos no topo de um edifício. Essa era a nossa realidade naquele momento.
-Esta tudo bem menina? –Diane perguntou me encarando.
-Ta sim. –fiz uma pausa inventando uma desculpa pra tira-los dali –Mas, eu tenho uma péssima noticia.
-O que?
-Terei que leva-los para um hotel, infelizmente os canos do segundo andar estouraram e esta tudo inundado lá em cima.
-Ah –Bruce respirou aliviado. –Pensei que fosse algo mais grave, o seu grito realmente nos assustou. –Se fossem só vocês assustados a gente dava um jeito, pensei.
-Um dos canos passava por dentro do meu closet e estragou todos os meus vestidos de festa, caríssimos sabe. –tentei ser convincente.
-Entendo, tudo bem nós ficamos em um hotel.
-Vou pedir pros seguranças levarem vocês a um dos melhores hotéis da cidade, fiquem tranquilos e descansem é tudo por conta do Justin –forcei um sorriso tentando ser engraçada.
Sai os acompanhando e esbarrei em Ryan enquanto ele entrava, de toalha molhando a casa toda. Os levei até o jardim dando algumas instruções aos seguranças. Nos despedimos e eles seguiram pra longe de toda a confusão. Queria poder fazer isso, mas quer saber. Eu vou.
Voltei pra dentro da casa entrando na cozinha e tomando o meu segundo susto da noite. Os filhos de Dakota estavam lá.
-Leah, Davi! –disse os surpreendendo eles correram na minha direção me abraçando como de costume.
-Melody! –abaixei na altura de Leah a observando –Não sabia que tinha voltado. –Acariciei seu rosto, me segurando pra não chorar. Ainda lembrava de como me senti quando minha mãe morreu, eu era tão pequena quanto ela, mas a dor foi tão grande que parecia não caber em mim.
-Você ta bem? –Davi perguntou tocando meu braço.
-To sim meus amores!
-Se o Justin tiver feito alguma coisa com você, pode me falar eu vou usar os meus golpes de Jack Chan nele –ri me com tamanha fofura daquele menino. Naquele instante eu percebi que não podia sair dali sem eles, não podia deixa-los desamparados, ainda que não soubessem, eu não conseguiria ser tão fria.
-Que tal vocês irem comigo pra minha casa? –eles fizeram um coro de "weeeee"
-Vou pedir a mamãe –Leah correu na direção da porta gritando por sua mãe –Mãaaaaaaeeeee!
-Não precisa –a interrompi antes que ela saísse dali e se deparasse com sei lá o que. –Eu já pedi e ela deixou, arrumem as coisas de vocês e me esperem no quarto da mãe de vocês que irei busca-los em exatos dez minutos.
Os dois nem sequer responderam, apenas correram na direção de seus quartos e foram arrumar suas coisas. Dei meia volta sentindo o meu peito pesar, parecia que o ar começava a me faltar. Passando pelo corredor eu pude ver a sombra de Justin entrando no escritório a porta sendo batida. Continuei meu caminho até a sala e me sentei, colocando a cabeça entre as pernas e respirando fundo.
-Melody? –levantei a cabeça encarando Ryan. Ele estava parado na minha frente –já vestido –preocupado.
-Sim?
-Você ta bem? –ele sentou na mesa de centro permanecendo a minha frente.
-Não. –minha cabeça começou a girar e as lágrimas escorreram pelo meu rosto. –Eu to em pânico. –sussurrei ainda de cabeça baixa.
Estranhamente ele me abraçou, de uma forma acolhedora, a tempos eu não sentia isso, não vindo dele.
-Vai ficar tudo bem, nós vamos dar um jeito de consertar isso logo.
-Eu sei, mas por enquanto. –solucei tentando me concentrar em falar –Isso é torturante, eu não posso fazer nada pra ajudar e ainda sim eu fico no meio de tudo isso por que eu não posso deixar o Justin sozinho. Ele fica tentando proteger todo mundo e esquece dele mesmo.
-O Justin sobrevive sozinho, sempre sobreviveu. –o encarei por alguns segundos. Que diabos ele estava falando.
-O que você quer dizer?
-Nada, eu não quero dizer nada –ele me soltou.
-Vou avisar Justin que to saindo e vou levar as crianças pra minha casa. –levantei secando as lágrimas.
-Eu te levo. –ele levantou.
-Não precisa. –disse me distanciando e indo em direção ao escritório.
Ele estava em pé perto da janela olhando pra lua quase invisível graças às nuvens escuras que cobriam o céu. Em uma das mãos ele segurava um rádio e conversa com os seguranças dando ordens e sussurrando algumas ameaças,e, na outra ele segurava um cigarro quase pela metade formando uma nuvem de fumaça a sua volta. Ele estava nervoso.
-Justin! –Me aproximei e ele se virou desligando o rádio.
-Como você ta? –perguntou tragando o seu cigarro.
-Cansada, assustada, com a cabeça ferrada. –ele abriu os braços e eu fui em sua direção o abraçando. O cheiro entorpecente do cigarro dele fez meu corpo relaxar e quando seus lábios tocaram os meus senti uma calmaria percorrer cada centímetro do meu corpo.
-Vai ficar tudo bem, eu prometo. –Ele colou a testa na minha encarando meus olhos. –Não importa o que você veja, nada de mal vai te acontecer, eu não vou deixar ninguém encostar um dedo em você.
-Eu sei. –abaixei a cabeça sentindo o misto do cheiro do perfume com o cigarro. Justin segurou meu rosto me encarando.
-O que ta te perturbando, além de todo o resto?
-Tenho medo de sair daqui e quando voltar te encontrar morto, assim como eu encontrei a Dakota. –ele riu fraco afastando o seu rosto do meu e tragando mais uma vez seu cigarro e jogando o que sobrou pela janela.
-Fica tranquila, nada vai acontecer comigo. –assenti querendo dar logo um fim naquela conversa.
-To indo pra casa e levando os filhos dela, amanhã de manha eu volto. –o beijei me despedindo.
-Não vai sozinha, leva uns seguranças com você. –assenti abrindo a porta. –Mel! –me virei o encarando. –Eu te amo.
-Eu te amo também –sorri. Fechei porta e segui pelo corredor indo em direção ao quarto de Dakota.
Ryan estava lá com as crianças brincando de fazer cócegas e os distraindo. Eu definitivamente admirava o fato de que ele se importava com eles apesar de tudo que acontecia.
-Vamos! –os chamei e eles vieram na minha direção.
-O carro nos espera. –Ele levantou nos acompanhando.
-Já disse que não precisa me levar. –resmunguei enquanto saímos da casa pela porta dos fundos.
-Não vou deixar você dirigir por ai com duas crianças. –o encarei enquanto nos aproximávamos do carro. –Nem adianta fazer essa cara pra mim, eu já te vi dirigindo.
Revirei os olhos entrando no carro e colocando o cinto. Ryan acelerou passando pelos portões. O caminho até a minha casa não era longo, mas as crianças acabaram dormindo no caminho.
-Eles parecem cansados –Ryan disse os olhando pelo retrovisor.
-São crianças Ryan, eles só estão recarregando as baterias. –ele riu me encarando por alguns segundos e voltando sua atenção para a estrada.
-Vai contar pra eles? –ele estacionou na porta da casa, dei sinal pra um dos seguranças na porta e ela abriu o portão. A casa não era tão grande como a de Justin, afinal só eu e Scooter ficávamos ali. Ele estacionou no jardim e nós descemos.
-Me ajuda e coloca-los no meu quarto? –falei evitando a sua pergunta, a última coisa que eu queria era pensar naquilo. Peguei Davi já que ele era o menor e sua mochila cheia de brinquedos e entrei em casa, Ryan me seguia com Leah nos braços.
Umas das cenas mais fofas que eu já tinha visto na vida. Abri a porta do meu quarto e deitei Davi na cama, tirei seus sapatos e o cobri com edredom, Ryan fez o mesmo com Leah. Saímos do quarto descendo as escadas e indo em direção a sala de televisão, Scooter estava lá.
-Boa noite pra vocês dois –Ele disse estirado no sofá.
-Não deveria esta trabalhando? –Ryan perguntou sentando ao lado dele.
-Resolvi tirar a semana de folga. –ele se espreguiçou. –Vocês deveriam fazer isso a vezes.
-A gente não tem tempo de brincar de férias no hawai, além do mais não é como se tivéssemos problemas com o que lidar o tempo inteiro, ainda mais agora.
-O que tem agora? –ele nos encarou. Eu ainda não havia o contado sobre o stalker assassino atrás de Justin.
-Nada demais, o de sempre –Falei antes que Ryan despejasse tudo em cima dele. –Vamos comer alguma coisa Ryan.
-Não to com fome brigada –respondeu calmo com um sorriso sínico no rosto.
-Ta sim, levanta daí e me acompanha até a cozinha –falei num tom mais poderoso do que eu costumava ouvir e ele simplesmente levantou me seguindo.
Ele sentou na mesa enquanto eu vasculhava a cozinha atrás de qualquer coisa congelada que eu pudesse comer.
-Por que não contou pra ele? –abri a geladeira encontrando sanduiches congelados.
-Contar o que? –Abri o micro-ondas os colocando pra esquentar.
-Sobre o que ta acontecendo. Ele poderia ajudar, sabe-se lá que contatos ele tem.
-Não quero envolver o Scooter nisso.
-É só isso mesmo? –o encarei espalmando as mãos na mesa, ele estava extremamente irritante.
-Já que você ta tão curioso dos meus motivos pra não contar pra ele sobre o que ta acontecendo que tal você me contar o que ta acontecendo com você?
-O que você quer dizer com o que ta acontecendo comigo?
-Nós costumávamos ser amigos, conversávamos e até fazíamos piada quando o Justin ficava de mal humor. Você era gentil e prestativo, mas agora tudo que eu recebo de você são "ois" e "bom dias" vazios. O que foi que eu te fiz? –ele levantou me encarando olho no olho.
-Não tem nada de errado comigo. –ele falou sério quase me fazendo acreditar.
-Eu não acredito em você.
-Ai já é problema seu –resmungou voltando a sentar.
-Não vai falar nada mesmo?
-Nada do que eu fale vai mudar a nossa situação atual, talvez até piorar.
Um choro alto ecoou pela casa, uma das crianças havia acordado. Puxei o fio do micro-ondas da tomada e corri em direção ao meu quarto. Davi chorava sentado na cama enquanto Leah permanecia num sono profundo.
-O que foi meu bem? –sentei na beirada da cama e olhando.
-Tive um pesadelo –ele resmungou –Tem um monstro embaixo da cama. –eu ri o pegando nos braços.
-Não tem monstro nenhum –levantei o lençol da cama mostrando –Viu! –ele assentiu me abraçando. –Você quer tomar leite e biscoitos antes de dormir?
-Quero. –Voltei a cozinha e Ryan ainda estava lá, havia tirado os sanduiches do micro-ondas e comida um deles. Deixei Davi sentado em cima da mesa e abri a geladeira pegando leite e colocando em um copo pra esquentar no micro-ondas, e depois um pacote de cookies no armário.
-Pensei que não quisesse comer! –disse interrompendo as brincadeiras entre eles.
-Mudei de ideia, já tava pronto mesmo. –entreguei os biscoitos e o leite para Davi e me sentei do outro lado comendo meu sanduiche e bebendo suco. –O que foi que você tava chorando amigão? –Ryan perguntou conversando com o menino.
-Tinha um monstro embaixo da cama –ele sussurrou na tentativa de não me deixar escutar.
-Não acredito, pode deixar que antes de dormir eu vou lá e chuto a bunda desse monstro e ele não te atormenta mais –ele fez o menino rir.
As vezes eu ficava perturbada com essa dupla personalidade dele, num momento era um imbecil, e no outro era uma das pessoas mais incríveis que eu já havia conhecido. Ele era meu amigo droga, mas de uns tempos pra cá eu me perguntava quem ele era, escondia alguma coisa de todos. Depois te tudo eu me sentia mal, afinal ele não confiava em mim pra contar isso, apesar de eu já ter aberto meu coração.
-Melody! –Davi chamou minha atenção e eu percebi que estava encarando Ryan, ele ria tentando disfarçar. –Você gosta do Ryan? –eu estomago revirou, mas não de nojo, de nervoso.
-Claro que gosto, ele é meu amigo. –respondi me perguntando que rumo essa conversa tomaria.
-Então por que não namora ele? –me afastei da mesa encostando na cadeira. O clima ficou tenso por alguns instantes, como se aquele fosse um assunto proibido...mas afinal por que seria?
-Eu namoro o Justin –respondi mas a criança não pareceu se convencer.
-Mas o Ryan é mais legal –ele resmungou me encarando.
-Não é não, você só ta falando isso por que não conhece o Justin direito –voltei a me debruçar sobre a mesa.
-Ele é mal e eu nunca vou gostar dele. –ele respondeu cruzando os braços. –A mamãe disse que o papai foi embora por causa dele. –Droga, ele tinha bons argumentos.
-Vou te colocar na cama garotão. –Ryan cortou a conversa na hora certa pegando o menino no colo. –Vamos chutar umas bundas de monstros. –eles riram e seguiram pro meu quarto.
Continuei ali sentada por mais alguns instantes, pensando. Pensar definitivamente era um dos meus maiores carrascos, pensar me levava a situações imaginarias e loucas construídas pelo meu subconsciente super lotado de informações que no final das contas só ferrava com a minha cabeça.
Ryan's P.O.V
-Agora é hora de dormir amigão! –Deitei Davi na cama depois de procurar or um monstro imaginário embaixo da cama.
-Posso te pedir uma coisa –ele disse se ajeitando na cama.
-Claro.
-Cuida da Melody. –ele murmurou começando a cair no sono.
-Pode deixar, eu vou cuidar dela. –era verdade, afinal era tudo o que eu mais queria.
-Desliga a luz –Leah resmungou do outro lado da cama me fazendo rir.
Sussurrei um "boa noite" e sai dali desligando a luz. Desci as escadas indo em direção a cozinha pra me despedir de Melody.
-Os dois estão dormindo feito pedra, então a... –ela tava me encarando de jeito estranho –Eu vou embora –disse me aproximando e ela me abraçou inesperadamente, não hesitei em retribuir.
-Muito obrigada por hoje, você praticamente me salvou. –ela me soltou agradecendo.
-Não foi nada. –disse me distanciando.
-Mas significou muito pra mim. –ele acenou enquanto eu saia pela porta.
Sai da casa tentando me concentra. Manter o foco. Isso que eu precisava, manter o foco, nada de olhar pra Melody ela era minha amiga e só e jamais seria prejudicada pelas minhas loucuras. Eu nunca me perdoaria de uma das minhas ações desse errado e ela acaba-se se machucando...não me perdoaria mesmo.
Atravessei os portões de casa e tudo parecia mais calmo, a quantidade de seguranças estava no seu numero normal, Justin não estava no jardim executando ninguém, o que significava que ele estava calmo, o que era mais perigoso ainda. Entrei na casa indo direto pro seu escritório, a porta estava aberta.
Ele e Nolan conversavam quando entrei.
-Onde você tava? –Ele perguntou num tom mais calmo do que estava na nossa última conversa.
-Deixei a Melody em casa, ela não estava em condições de dirigir. –puxei uma das cadeiras e sentei.
-Foi mal pelo que eu falei mais cedo, eu perdi a cabeça. –ele se desculpou pra minha surpresa.
-Ta tudo bem cara, eu te conheço o suficiente pra não ligar pra esse tipo de coisa. –ele assentiu acendendo um cigarro e me oferecendo um que acabei aceitando.
-Agora que Barbie e Susy são amigas de novo que tal nos preocuparmos com o que realmente importa. –Nolan disse se levantando, obviamente ele tinha um plano, sempre tinha. Ele era o cara que perguntava antes de atirar, diferente de mim e Justin. –Os sinais das ligações que você recebe sempre vem de dentro da casa, ou seja, ou é alguém aqui de dentro ou algum dispositivo. O que seria mais coerente, já que somos nós três quem manda nessa casa, no entanto como nós não vimos ninguém entrar aqui? –perguntou retoricamente. Era o que ele sempre fazia antes de explicar um plano, dava voltas e voltas até finalmente dizer o que precisava ser dito.
Muitas coisas precisavam se ditas entre nós.
Continua...
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