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Reflexo

Um zumbido forte invadia meus ouvidos, parecia que um enxame de abelha estava dentro da minha cabeça. Abri os olhos enxergando uma luz embaçada sobre o meu corpo. As lâmpadas passavam tão rápidas quanto eu podia piscar pra enxerga-las, parecia estar dentro de um túnel vendo as luzes passarem. Pisquei espremendo os olhos e finalmente enxergando o que realmente acontecia a minha volta. Meu corpo estava preso em uma maca, uma máscara de oxigênio no meu rosto e alguns médicos e enfermeiros gritando feito loucos a minha volta. Eu estava sendo carregado pra dentro de um hospital.

-Ele esta consciente –um dos médicos a minha direita gritou fazendo sinal pra uma mulher do outro lado que tirou a minha máscara.

-Você consegue nós ouvir? –perguntou agitada.

-Consigo –respondi tão baixo que nem parecia que eu tinha voz.

A minha cabeça ainda parecia um enxame de abelhas quando me lembrei do que havia acontecido. A explosão tinha me arremessado longe, meu corpo parecia ter sido atingido por um caminhão em alta velocidade. E a Melody. Oh Deus, eu nem queria pensar no que poderia ter acontecido com ela, talvez estivesse bem. Talvez.

Outro grupo de médicos passaram ao meu lado carregando uma maca, tão agitados quanto os que cuidavam de mim. Eles estavam insanamente desesperados em cima do corpo.

Senti uma pontada no meu peito como se alguém estivesse apertando meu coração com meu peito aberto.

"Nós estamos a perdendo" "Ela não esta respirando" "Os batimentos pararam" eles gritavam ensandecidos pelo corredor.

Tentei levantar o corpo e ver quem era, mas parecia impossível preso a aquela maca. Forcei mais um pouco sentindo um dos médicos me segurar.

-Você não pode se mexer, nós já estamos chegando.

-Eu preciso descer! –disse tentando me mexer.

-Não, não precisa.

-Eu tenho que vê-la –disse tentando permanecer calmo e convencê-lo.

-Ela quem?

-Não é da sua conta, me solta logo –esbravejei perdendo o controle.

-Acalme-se –disse firme.

-Acalmar é um caralho eu preciso sair daqui –forcei as amarras tentando me soltar.

-Eu não queria se forçado a fazer isso rapaz. –o homem levantou uma seringa na direção do meu braço e aplicou.

Em questão de segundos perdi o pouco de força que ainda tinha, meus olhos pesaram e eu apaguei de novo.

Duas horas antes:

Melodys' P.O.V.

Eu ainda estava na cama quando alguém bateu na minha porta. Me arrastei até a mesma e perguntei:

-Quem é?

-Sou eu Melody! –minha professora.

Abri a porta e a encarei.

-A senhora nunca vem aqui, o que quer?

-Preciso conversar. –parecia tensa.

-Não poderia esperar até a aula? –perguntei entediada.

-É urgente, troca de roupa. Vamos conversar no jardim.

-Por que? –fiquei sem entnder.

-Sem mais perguntas, se troque. Vou te esperar no corredor.

Sem entender o que ela pretendia, mas curiosa fiz o que ela pediu. Troquei de roupa e a encontrei no corredor.

A casa estava mais vazia que de costume. Nem mesmo os "amigos do peito" do Bishop andavam pela casa, parecia que todos haviam saído. Segui a professora até a porta de saída, nós seguimos para as árvores no meio o jardim. Ela parou um pouco mais a minha frente me encarando.

-O que queria?

-Você precisa entender uma coisa –ela levou as mãos as costas e quando trouxe de volta estava segurando uma arma.

-Espera ai! O que você ta fazendo? –falei assustada.

-Calma, não é isso que você ta pensando. –ela abaixou a arma sorrindo pra mim.

-Você me traz pro meio do jardim, me aponta uma arma e ainda diz que não é isso que eu to pensando. Sério mesmo que não é o que eu to pensando? –cruzei os braços a encarando.

-Você mantém uma relação com um cara muito perigoso Melody. –disse fria.

-E daí?

-Você precisa aprender a se defender, não quero que ele faça algo contra você.

-Ele não vai –levantei os braços chateada –Mas que saco!

-Tudo bem, não quero brigar. Eu quero te ensinar a atirar e vou deixar uma arma com você.  –ela caminhou na minha direção e estendeu a arma pra que eu a pegasse. –Eu só quero te proteger –balançou a cabeça amigavelmente.

 Sobre uma coisa ela estava certa e eu já pensava nisso há muito tempo, eu precisava aprender a me defender, afinal eu não pretendia ficar embaixo da asa do Justin ou do Scooter a minha vida inteira.

Peguei a arma da mão dela, segurando de mau jeito e sentindo o quão pesado ela era, apesar de não parecer ser.

-Segura com a mão direita, dedo indicador no gatilho –ela passou a mão sobre a minha me guiando –Agora usa a esquerda como apoio, segurando a direita. 

-Assim? –ela assentiu e soltou a minha mão.

-Vou colocar o alvo. –caminhou até a arvore a nossa frente e tirou um papel com o desenho de alvo do bolso e pregou na parede. Voltou na minha direção ficando ao meu lado. –Coloca um pé pra trás distribuindo o peso, se não quiser levar um solavanco pra trás.

Fiz o que ela mandou me equilibrei colocando o pé direito pra trás. Ela pediu pra que eu mirasse no alvo e apertasse o gatilho e que eu não precisava ficar nervosa. E bem, eu não estava até então. Meu coração disparou e por alguns segundos parecia que aquela arma ia soltar da minha mão e ironicamente cair no meu pé.

-Não precisa ficar nervosa, mira e atira. –disse confiando em mim.

Posicionei o canto da arma mirando o centro do alvo. Apertei o gatilho quase caindo pra trás, sem falar no zumbido que quase me deixou surda.

-Não passou nem perto, de novo –disse num tom alto e autoritário.

Mirei mais uma vez me pondo mais firme no chão. Apertei o gatilho e a bala nem chegou perto do alvo. Carmen gritou mais uma vez pra que eu continuasse. Tentei mais uma, duas, três...Na quarta vez eu já não sentia o solavanco e nem o barulho parecia tão alto.

-Ah por favor Melody –esbravejou –Você mora em uma casa cheia de bandidos e não consegue acertar a porcaria de uma bala no centro de um alvo –esbravejou levando as mãos a cabeça.

Levantei o dedo do meio mostrando pra ela que me fuzilou irritada. Ela tinha me tirado do sério. Tudo bem que eu não conseguia acertar uma bala no alvo, mas precisava me esculachar.

Voltei a posição inicial, dessa vez eu ia descarregar até acertar aquela porcaria de alvo. Apertei o gatilho várias vezes até acertar o centro do alvo e terminei de descarregar ali. A sensação daquela arma sendo descarregada pela minha mão era como adrenalina direto na veia. Definitivamente aquele pedaço de ferro poderia ter dar mais confiança.

Sra. Carmen pulou em cima de mim me abraçando.

-Isso a ai garota, isso foi ótimo. –ela pegou a arma da minha mão. –Vou colocar mais munição pra você.

Num instante ela sorria e no outro ela já estava séria. Olhava por cima do meu ombro como quem via um fantasma.

-O que foi? –me virei, vendo um carro atravessar os portões da casa.

-Tenho que te levar de volta se não o Bishop me mata. –ela correu na direção da arvore e voltou guardando o alvo no bolso e a arma na cintura. –Vamos! –ela me puxou pelo braço e nós camsinhamos lado a lado pelo jardim. Já haviam outros dois carros estacionado quando chegamos a estrada de ladrilhos que dava a acesso a entrada da frente da casa.

A voz desesperada do Scooter me assustou em meio às esculturas de folhas por onde eu passava. Estreitei os olhos tentando enxerga-lo quando uma onda quente me atingiu e eu fui arremessada pra longe. Apaguei no mesmo instante.

Agora.

Justin's P.O.V.

Acordei vendo um borrão na minha frente, parecia um homem. Logo minha visão se estabilizou e eu pude ver que era o Scooter parado a minha frente de braços cruzados.

-Se a sua intenção era me matar, devia ter tentando enquanto eu dormia. –Cocei o olhos me erguendo até ficar sentando.

-Vivo você sofreria mais –ele riu encostando na beirada da cama.

-A Melody ta bem? –perguntei antes mesmo que o meu cérebro pudesse formular a pergunta. Eu ainda estava aterrorizado com o fato de que ela poderia estar morta.

-Na medida do possível.

-O que quer dizer com –fiz aspas com as mãos –na medida do possível.

-Ela deslocou o ombro, fraturou o braço direito e tem tantos hematomas que parece uma Dálmata. Mas ela ta viva e respirando sozinha, já é um começo.

-Ainda bem, eu pensei que ela tinha...espera! Quando eu estava na maca pelo corredor passaram com uma mulher, você sabe quem era.

-A Carmem, ela estava mais perto que a Melody e sofreu muitas queimaduras.

-É uma pena. –pensei alto fitando o chão.

-Não haja como se  importasse, você já tentou mata-la mesmo.

-Mas eu tava fora de mim, perdi a cabeça. Eu não queria realmente que acontecesse algo do tipo com ela. –me expliquei, mas ele fez como quem ignorava o que eu dizia.

-Falando em acontecer. Não quer saber qual é o seu estado? –ele puxou uma prancheta no pé da cama.

-Saber que eu não estou morto já vale.

-Mas eu faço questão –falou como quem se divertia com aquilo. –O seu corpo estava em choque quando deu entrada no hospital, você tem um corte na nuca e pra finalizar: O corte que você tem na altura da costela esta tão infeccionado que você vai ter que ficar aqui em observação por alguns dias. –colocou a prancheta no pé da cama e me encarou com um sorriso satisfeito.

-Por que toda essa felicidade? –perguntei o encarando de volta.

-Depois de ter quase matado a minha filha isso é o mínimo que você merecia.

-Isso não estava nos meus planos.

-Não estava, mas aconteceu. –resmungou se levantando e indo até a porta e olhando pros lados. –Antes que você esperneie pra ver a Melody eu vou te levar lá. As enfermeiras vão adorar ver você nesse vestidinho sexy.

Olhei pra baixo vendo o que eu vestia, era uma daquelas broxantes camisolas de hospital, pelo mesmo eu estava de cueca. Me levantei com uma certa dificuldade sentindo os músculos doloridos do meu corpo se dilatarem. Puxei uma agulha que estava dando soro no meu braço e Scooter me repreendeu dizendo que eu devia ir com ela.

-Agora já era –resminguei.

Ele saiu do quarto e eu o segui sentindo o corte da costela queimar. Atravessamos um longo corredor com dezenas de enfermeiras e médicas passando a todo tempo e me lançando sorrisos safados, mesmo sem querer eu acabei retribuindo cada um deles.

Paramos em frente ao quarto três meia cinco e ele segurou a maçaneta quase a abrindo.

-Ela ta dormindo a quase quatro horas desde que chegou aqui, os médicos disseram que ela vai acordar a qualquer momento. Tenha paciência.

-Tudo bem.

-Vou terminar de preencher uns papéis, daqui uns quarenta minutos eu volto pra te deixar no seu quarto.

-Ok babá –ele deu as costas e eu segurei seu braço curioso –Ninguém perguntou o que aconteceu?

-Essa cidade é do Bishop há muito tempo pra alguém questionar o que acontece.

Ele foi embora sumindo no corredor, entrei no quarto a vendo deitada na cama, nem sequer parecia respirar, o que definitivamente era assustador. Me aproximei a observando. A sensação de vê-la sã e salva era impagável, ainda depois de tudo o que aconteceu ter sido culpa minha, ainda assim era um alivio poder vê-la ali viva. Depois de longos minutos a olhando, sem ela sequer mover um músculo, resolvi me sentar e esperar até que ela acordasse.  

Seus olhos se abriram preguiçosamente e ela passou a mão entre os fios de cabelo os jogando pra trás. Me levantei e me aproximei sentando na beirada da cama.

-Quem é você? –disse com a voz fraca, me deixando em choque quase que por alguns segundos. Ela havia perdido a ... a sua gargalhada fraca e debochada me dispersou dos meus pensamentos.

-A sua cara foi impagável Justin –murmurou ainda rindo.

-Isso não tem graça Melody –segurei sua mão.

-Depende do seu ponto de vista. –Apertou minha mão sorrindo fraco.

-Sinceramente eu não estou sentindo nada, parece que eu fui dopada. Aliás, onde eu to mesmo?

-No hospital, você sofreu um acidente no –me interrompeu.

-No jardim, a senhora Carmen estava comigo.

-Me desculpa.

-Pelo que? –disse confusa.

-Fui eu quem explodiu os carros no jardim.

-Isso é horrível – estremeceu mordendo os lábios. –No entanto não é a primeira vez que você tenta me matar. –Era incrível como ela tentava ser engraçada em um momento como esse.

-Seu senso de humor ficou mais afiado com a dúzia de medicamentos que devem ter te dado.

-Já você, parece que perdeu todo o senso. –espremeu os olhos tentando permanecer acordada. –Você ta bem?

-Melhor agora que eu sei que você ta bem –beijei sua testa sentindo ela se arrepiar por um instante –Eu fiquei em pânico só de pensar em te perder.

Ela levantou o braço não quebrado e tocou o meu rosto acariciando.

-Você não vai. Nada nunca vai nos separar, não importa o que aconteça. –abaixei o corpo e a beijei – Eu te amo –ela sussurrou me fazendo tremer na base pela primeira vez.

-Eu te amo –sussurrei de volta com a testa colada na dela.

-Eu pensei que você nunca fosse dizer isso pra mim –ela riu fraco tocando os lábios nos meus rapidamente.

-Parece que você é parte de mim, a parte que eu não quero perder nunca. –disse me sentindo estranho ao falar aquilo.

-Como o reflexo de um espelho –murmurou entre um bocejo.

-Um espelho olhando de volta pra mim.

Ela riu fraco antes de voltar a dormir lentamente. Minutos depois Scooter apareceu me levando de volta ao meu quarto, onde eu pude descansar e esquecer do mundo por algumas horas.

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