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Capítulo 22: beijos e café. **

i need you to tell me when i'm being naive
'cause i know i can be


***

Narrado por Julian.

Depois de mandar minha localização para Nate, ele não demorou muito a chegar. Para evitar qualquer problema, me mantive longe da cabana de Liam e caminhei até a rua principal. Sabia que, se Nate me visse assim, ele ficaria furioso e iria atrás de Liam. E eu não precisava de mais confusão naquele dia.

Eu odiava me ver nesse estado. Minha pele estava vermelha, e meus olhos inchados de tanto chorar. Eu não queria que ninguém soubesse o que aconteceu naquela noite. Não importava quais fossem as intenções de Liam, parte da culpa era minha. Por causa do meu senso de bondade, ou da minha estupidez, permiti que isso acontecesse. Me perdi nesses pensamentos até avistar o carro de Nate se aproximando. Agradeci a Deus por ele ter finalmente chegado, já que eu estava exausto de andar por aí, sem rumo.

Nate parou o carro a poucos metros de mim e, como sempre, tentou fazer graça:

— Quem pediu um Uber? — brincou, abaixando o vidro da janela. Mas, ao me ver, sua expressão mudou de alegria para preocupação. — O que aconteceu? — perguntou, inclinando-se no banco.

Apenas balancei a cabeça em silêncio. Nate abriu a porta.

— Entra aí. — ele disse suavemente. Sentei no banco do passageiro, e assim que fechei a porta, o abracei apertado. Ele retribuiu o abraço com firmeza, beijando o topo da minha cabeça.

— O que aconteceu? Você está bem? — perguntou ele, em um tom mais suave. Eu dei de ombros.

— Não... não muito. — respondi, com a voz fraca.

— Tudo vai ficar bem. Vamos comer alguma coisa. — ele suspirou, ligando o carro. Permanecemos em silêncio durante todo o caminho.

Chegamos a uma lanchonete de posto, praticamente vazia àquela hora. Nate pediu duas fatias de torta de chocolate e refrigerantes. Ficamos em silêncio, com Nate me observando, mas eu evitava seus olhos. A garçonete logo trouxe o pedido, e ele agradeceu. Assim que ela saiu, Nate se virou para mim.

— Fala comigo, Julian. O que aconteceu? — insistiu. Respirei fundo, fechei os olhos e percebi que não tinha escolha. Precisava contar tudo. Nate sempre soube o que fazer, e eu sabia que podia confiar nele. Além disso, ele jamais me deixaria em paz se eu não falasse.

Contei tudo a ele, e, como esperado, ele ficou furioso.

— Você é um idiota, Julian! Por que você faz isso com você mesmo? O que estava pensando? — exclamou ele, segurando minha mão enquanto tentava se acalmar.

— Liam ameaçou destruir tudo o que eu tenho com Romeo. Eu não tive escolha. — falei fracamente, tentando conter as lágrimas, esperando que ele entendesse o quanto eu estava assustado.

— Claro que tinha uma escolha! Era só me contar ou falar com os nossos pais! Liam não tem esse direito! — disse ele, irritado. — Agora eles vão ficar ainda mais magoados porque você mentiu, Julian. — fiquei em silêncio, enquanto Nate jogava na minha cara as consequências das minhas escolhas.

— Por favor, não conta para eles. Eu não consigo lidar com isso agora. — implorei, lançando-lhe um olhar triste. Nate franziu a testa, pensando. — Não posso contar a eles a verdade. Pelo menos, não agora. Se soubessem, nunca mais me deixariam ver Romeo. — continuei. O silêncio tomou conta por alguns minutos, até que ele falou de novo.

— Tudo bem. Eu entendo se você não quiser contar para eles. Mas você tem que prometer que não vai esconder mais nada de mim. Se aquele maluco do Liam tentar mais alguma coisa... — ele suspirou. — Eu juro que eu mato ele. — as palavras saíram mais calmas dessa vez. Nate era o melhor irmão que eu poderia ter. Dei-lhe um sorriso fraco, sentindo um alívio tímido.

— Obrigado, Nate. Não sei o que faria sem você. — disse, abraçando-o novamente. Após terminarmos de comer, decidimos que era hora de voltar para casa e descansar.

***

Nos dois dias seguintes, me isolei de tudo e todos.

Passei a maior parte do tempo na cama, faltando às aulas e ignorando as mensagens dos meus amigos e do Romeo. Eu só queria dormir e esquecer o que havia acontecido. Mas nem dormir eu conseguia. Pesadelos com Liam me deixavam em pânico. Nate percebeu que algo estava errado e, quando me perguntou, expliquei que precisava de um tempo sozinho para organizar meus pensamentos e sentimentos. Meus pais tentaram falar comigo sobre meu comportamento estranho, e eu joguei a desculpa da puberdade e do peso de ser gay. Nate me deu um apoio discreto, o que fez eles aceitarem melhor. Ainda assim, eu evitava o celular, e Nate me contou que Romeo havia perguntado por mim, mas ele apenas disse que eu precisava de um tempo.

Eu me sentia mal por deixar Romeo assim, mas precisava desse espaço. Liam quase tinha conseguido me quebrar.

Na quarta-feira, as coisas pareciam menos assustadoras. Depois de aprender a lidar com meus ataques de ansiedade, me senti pronto para voltar à escola.

Quando cheguei, fui direto ao meu armário. Peguei meus livros rapidamente e segui para a aula. No caminho, avistei Tyler e seus amigos no canto, com Liam ao lado deles. Ele evitou me olhar, o que, no fundo, me deu um pouco de alívio. Eu estava prestes a passar por eles quando Tyler se colocou no meu caminho. Seu olhar parecia preocupado. Apenas dei as costas e continuei andando.

No intervalo, encontrei Rose sentada sozinha debaixo de uma árvore. Me aproximei.

— Ei, Rose, posso ficar aqui com você? — ela sorriu e disse que sim. Sentei ao seu lado, encostando minhas costas na árvore e deixando o ar fresco me acalmar.

— Como você está se sentindo? — perguntou ela, após alguns segundos.

— Estou... bem, acho. — respondi, sem pensar muito.

— Isso é bom. — ela sorriu, mas logo acrescentou: — Você já falou com Romeo?

Franzi a testa, surpreso com a pergunta.

— Não... na verdade, ele me mandou uma mensagem hoje de manhã. — respondi, sentindo meu rosto esquentar ao pensar nele.

— E o que ele disse? — perguntou ela, animada. Não havia entrado em detalhes sobre Liam com ela, o desapontamento de Nate já era pesado demais para mim.

— Ele quer me ver. Acho que vou responder agora. — disse, pegando o celular.

Julian - 12:34

Oi, desculpa por não responder antes. Precisava de um tempo, espero que entenda.

Romeo - 12:34

Ah, que bom que você finalmente respondeu! Eu já estava ficando louco aqui, pensei até em invadir sua casa para te ver haha.

Julian - 12:36

Desculpa. Estou de volta agora. E sobre nos encontrarmos... eu também quero te ver. Depois da aula, pode ser?

Romeo - 12:37

Claro!

Julian - 12:38

Te espero no Café perto do parque. Te amo.

Romeo - 12:39

Também te amo, XD.

Sorri para mim mesmo. Era isso que estava faltando: meu Romeo. O sinal tocou, me trazendo de volta à realidade, e Rose me chamou para voltar à aula. Nos despedimos e segui para minha sala.

O dia passou voando, e, finalmente, era hora de ir para casa. Estava indo para o armário quando me deparei com a última pessoa que queria ver.

— Liam? — soltei, um pouco assustado e surpreso.

— Calma. — ele ergueu as mãos, notando meu desconforto. — Eu sei que você tem motivos para me odiar... só queria me desculpar.

Não deixei ele terminar.

— Sinceramente, não me importo, Liam. Você é doente. Só não quero que fale comigo, nem chegue perto de mim. Se acontecer de novo, eu juro que vou à polícia. — o encarei diretamente, sem medo.

Virei as costas e fui embora, sem dar chance para ele responder.

***

Do lado de fora do café, eu segurava a alça da mochila ansioso, esperando por Romeo. Sentia-me ligeiramente desconfortável, mas sabia que não deveria - ainda o amava o suficiente. Minutos depois, ouvi passos se aproximando e fui envolvido por um aroma familiar. Era ele. De repente, fiquei nervoso e apreensivo.

Senti sua mão cobrindo meus olhos antes de ouvir sua voz suave.

— Feche os olhos. — ele pediu gentilmente. Sem hesitar, obedeci. — Você confia em mim, Julian? — sussurrou no meu ouvido.

— Claro que confio. Por que estamos sussurrando? — murmurei, confuso.

Antes que ele pudesse responder, senti seus lábios nos meus. O calor e a suavidade me reconfortavam. Imediatamente, retribuí o beijo e, devagar, envolvi meus braços ao redor de seu pescoço. Ele me puxou para mais perto, e nosso beijo se intensificou. Sabia que deveria me afastar, mas não conseguia. Sua boca era gentil, mas quando sua língua encontrou a minha, o desejo tomou conta. Minhas mãos foram parar em seus cabelos, e me aproximei ainda mais, aprofundando o beijo. Pude sentir o gosto de menta em seus lábios, e o calor de seu corpo despertava uma eletricidade que percorria o meu. Um gemido escapou de mim, e ele me puxou para um beijo que parecia eterno, mas durou apenas alguns segundos.

Abri os olhos e, percebendo onde estávamos, não consegui conter o riso. Romeo riu junto comigo.

— Você não faz ideia do quanto senti falta disso. — comentei, enxugando as lágrimas de riso do rosto. Ele sorriu satisfeito, inclinou-se e encostou sua testa na minha, fechando os olhos.

— Eu também. — admitiu ele, rindo suavemente. Ele me olhou nos olhos antes de dar outro beijo, desta vez doce e amoroso.

De repente, ouvi alguém pigarrear atrás de nós. Quebrei o beijo e me virei, vendo uma senhora nos encarando, visivelmente irritada. Mas a ignoramos e entramos no café. Lá dentro, nos sentamos perto da janela, observando as pessoas passando na rua.

O dia estava lindo, com o céu azul e o sol brilhante.

— Você está lindo. — Romeo sussurrou suavemente, colocando sua mão sobre a minha e entrelaçando nossos dedos. Eu, nervoso, apoiei meu pé na perna da cadeira.

— E eu penso em te beijar todos os dias desde que te conheci. — respondi, corando levemente, o que fez Romeo sorrir ainda mais.

Ficamos assim por um tempo, trocando olhares, carinhos e palavras doces. Até que, após alguns minutos de silêncio, Romeo falou:

— É bom estar aqui com você.

Eu sorri, olhando nos seus olhos castanhos profundos e assenti, tomando um gole do meu café. Ele parecia hesitante antes de falar novamente:

— Então... não sei se é o momento mais adequado, mas o baile dos Montéquios é no próximo fim de semana e... — ele pausou, visivelmente nervoso. Lancei-lhe um olhar curioso, me perguntando o que o deixava tão tímido. — Julian Dawes, você gostaria de ir ao baile comigo?

Fiquei um momento fixo em seus olhos, que brilhavam como estrelas. Era a primeira vez que um garoto me chamava para um baile. Claro, Liam já tinha feito isso antes, mas agora... não importava.

— Sim, é claro que aceito. — respondi, mordendo o lábio inferior, acenando entusiasmado e sorrindo.

— Graças a Deus. — ele riu, visivelmente aliviado. Eu ri junto, puxando-o para mais perto com o braço ao redor de seus ombros. — Estava com medo de você não aceitar. É a primeira vez que levo um garoto ao baile, e eu tenho sentimentos por ele. — acrescentou, e eu não pude evitar olhá-lo com ternura.

— Eu sempre vou dizer sim para você. — sussurrei, deixando as palavras escaparem. Romeo sorriu e levou minha mão até seus lábios, beijando-a com doçura.

Seus olhos gritavam um "eu te amo", e eu sabia exatamente como responder.

***

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