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Capítulo 20: amargo. **

if i'm being candid (yeah, yeah)
i'm rippin' off the bandage (yeah, yeah)
'cause i don't want you thinkin'
my heart's in the equation
it's crazy that you'd be down to be a fucking rebound, no
ain't even in my right mind, and you think that's a green light
and that just doesn't seem right, no

'cause i don't wanna lead you on
i just wanna make it clear
i don't know what song of mine you heard that made you think
i'd want to spend the night with you
boy, take it easy
won't spend the night with you, boy

in these sour times, oh, yeah (in these sour times)
sour times

***

Narrado por Julian.

O primeiro raio de sol infiltrou-se pela janela do meu quarto, anunciando a partida de Romeo. Ele se foi, mas não sem antes me presentear com um beijo de despedida eletrizante e caloroso.

Após nossa conversa noturna, Romeo conseguiu dormir por algumas horas, o que me aliviou. Eu, por outro lado, mal consegui fechar os olhos. A ansiedade me consumia: os planos de Romeo, o baile em sua escola, a presença de seus amigos - um mundo ao qual eu não pertencia. E, é claro, o acordo com Liam, que me aterrorizava até o último instante.

Já tive vislumbres da obsessão e loucura de Liam, e não podia arriscar estragar tudo antes do baile dos Montéquio. Minha única opção era manter segredo e seguir suas exigências até que Romeo e eu pudéssemos deixar esta cidade para trás.

A manhã chegou, trazendo consigo a rotina familiar.

— Bom dia, pombinho. — ouvi Rose dizer ao entrar na cozinha, seu sorriso caloroso contrastando com minha inquietação interna. Eu estava de pé desde que Romeo partiu pelas portas dos fundos mais cedo, e o sorriso esperançoso dele ainda ecoava em minha mente. Queria sorrir também, mas a iminente chegada de Liam para me buscar apagava qualquer traço de felicidade. — Tudo bem, Julian? — ela me tirou dos devaneios, trazendo-me de volta à realidade.

— Ah. Oi, estou bem sim. — respondi automaticamente, tentando disfarçar minha noite mal dormida. — Quer um café? — perguntei, já pegando uma xícara no balcão. Rose assentiu, mas seu olhar preocupado continuou.

— Tem certeza? Parece que algo está te incomodando. — perguntou ela, franzindo as sobrancelhas enquanto pegava a xícara das minhas mãos. — É sobre Liam? Ainda acho uma loucura, e que você deveria desistir...

Suspirei, interrompendo-a.

— Rose, já estou decidido.

Nesse momento, a voz grave do meu pai ecoou pela cozinha.

— Decidido sobre o quê?

O perfume de sua loção pós-barba preencheu o ambiente, lembrando-me do ritual dominical de meus pais: o clube do condomínio, ponto de encontro da elite da Capuleto.

Rose, ágil, desconversou.

— Julian falava sobre seus planos para hoje.

— Ah, sim. Vai mesmo passar o dia na casa de sua amiga, filho? — meu pai se certificou se estávamos falando da mesma coisa, e eu só podia sentir o peso da mentira que estava prestes a dizer. Nunca fui de esconder coisas deles, sempre tivemos uma relação aberta, o que fazia com que eles raramente me questionassem.

— Sim, acho que vai ser bom para mim. — forcei um sorriso, sentindo a tensão crescer dentro de mim.

— Claro que vai, filho.

— Que surpresa ver vocês dois acordados tão cedo num domingo. — brincou minha mãe, entrando na cozinha com seu traje esportivo que mais parecia de uma tenista profissional.

— Bom dia, mãe. Bom dia, tia — Rose e eu respondemos ao mesmo tempo, rindo da sincronia.

Por um breve momento, as risadas e a conversa leve me fizeram esquecer a realidade que me aguardava.

Mais tarde, em meu quarto, busquei conforto nas mensagens de Romeo. Seu entusiasmo era palpável, fazendo meu coração acelerar.

Julian - 8:35

Esta acordado, meu amor?

Respirei fundo enquanto aguardava a resposta, que não demorou a chegar.

Romeo - 8:38

Sim, estou! Estou tão animado desde que saí da sua casa, não consigo parar de pensar nos nossos planos. E você, está bem?

Julian - 8:40

Fico feliz que esteja animado. Estou bem, tomei café da manhã com meus pais. Ah, vou passar o dia na casa de uma amiga, então talvez não consiga falar com você mais tarde.

Romeo - 8:42

Nem mesmo um 'boa noite, eu te amo' antes de dormir?

Podia imaginá-lo fazendo aquele olhar irresistível que sempre me desarmava.

Julian - 8:43

Está bem, prometo mandar um 'boa noite, eu te amo'.

Sorri, imaginando-o sorrindo do outro lado da tela.

Romeo - 8:45

Você é incrível, Julian. Tenho tanta sorte.

Meu sorriso se alargou ainda mais. As borboletas em meu estômago agitavam-se.

Julian - 8:45

Eu também tenho sorte. Afinal, sou o namorado de Romeo Montgomery.

Mas, enquanto relia nossas mensagens pela terceira vez, o nome que temia apareceu na tela.

Liam - 8:50

Bom dia, amor. Já está pronto? Estou quase chegando. Não me decepcione, não seria legal.

Fechei os olhos por um segundo, sentindo o peso da situação cair sobre mim. Liam sempre surgia como uma guilhotina, pronto para cortar meus momentos de felicidade com Romeo. Não nego que já pensei em desistir, mas os planos mudaram. Romeo queria ir ao baile antes de fugirmos, e eu não tinha muita escolha. Liam era meu bicho-papão pessoal, e eu precisava enfrentá-lo para acender a luz no fim deste túnel sombrio para que, enfim, eu e Romeo ficássemos juntos.

Julian - 9:00

Só venha logo, Liam.

Respondi à sua mensagem e então desliguei o celular, jogando-o ao meu lado na cama. Suspirei profundamente, tentando me acalmar. A única coisa que me confortava era saber que, depois de tudo isso, eu poderia finalmente ficar com meu Romeo por um bom tempo, sem mais complicações. Sem rivalidade entre escolas, sem meu primo intrometido, sem Liam e suas chantagens, e sem precisar esconder que amo Romeo Montgomery.

Uma batida soou na porta do meu quarto.

— Julian? — a voz de Nathan me trouxe de volta ao presente.

— Só um segundo, Nate. — respondi. Precisava de um momento para respirar antes de abrir a porta para ele. Não queria que me visse assim. Fechei os olhos com força, soltei o ar lentamente e, em seguida, girei a maçaneta. — Pode entrar.

— Queria saber se você pode me emprestar suas raquetes de tênis. Não consegui encontrar as minhas, nossos pais querem que eu vá com eles ao clube... — Nathan falou apressadamente, mordendo os lábios ao final. Ele estava lindo com aquele short esportivo e a camiseta justa que destacava seus músculos, sem falar na faixa na cabeça que lhe dava um ar de jogador sério.

— Ah, claro. Elas estão no meu armário, espera um pouco. — falei, virando-me para procurar as raquetes.

— Vai mesmo passar o dia na casa de Sabrina? — ele perguntou, desconfiado, seus olhos astutos me estudando.

— Sim. Você nem vai acreditar, voltamos a nos falar pelo Instagram recentemente e, de repente, ela me convenceu a ir com ela para a casa da família no lago. Acho que vai ser bom, preciso de um tempo na natureza para clarear a mente. — expliquei enquanto vasculhava o armário, tentando parecer calmo. Mas sabia que isso não o convenceria, ele me conhecia muito bem.

— Julian? Você sabe que te conheço desde que você usava fraldas, né?

— Aqui estão elas... — interrompi-o, ignorando completamente o que ele havia dito. Virei-me sem olhar diretamente em seus olhos e entreguei as raquetes. — Estão praticamente novas. Nem sei se já usei alguma vez. — fiz uma careta.

— Valeu, Julian. — ele agradeceu, mas o tom de sua voz mudou. — Agora falando sério, você e Sabrina realmente voltaram a ser amigos? Não quero ser chato, mas eu sei quando você está mentindo. Você desvia o olhar e começa a falar mais rápido. Seja lá o que for, se cuida, por favor. — ele franziu as sobrancelhas, preocupado, e eu me senti mal por não poder contar a verdade sobre Liam. Se eu dissesse, Nate jamais me deixaria ir.

— É complicado, Nate. Prometo que te conto tudo depois. Confia em mim.

— Eu confio em você e te amo demais. Só não quero que se machuque ou que alguém te machuque.

— Ah, pelo amor de Deus, Nate. Não é como se algo assim fosse acontecer, mas entendo a preocupação. Também te amo, irmãozinho. Vem cá. — falei, tentando tranquilizá-lo, mesmo que soubesse que aquilo não era verdade. Estava mentindo para as pessoas que amo, e odiava isso. Odiava Liam por me colocar nessa situação. Abracei Nate com força, tentando encontrar algum conforto naquele gesto.

Que merda. Quem eu estava me tornando?

— Já chega de drama. E, aliás, você vai arrasar no clube hoje, hein? Está um gato. — brinquei, quebrando o clima. Nós rimos juntos.

— Valeu, senhor Bom Gosto. — ele respondeu.

— Nate, não esquece de levar o celular. E aproveite por lá. — disse quando ele estava saindo do quarto. Meu coração apertado me forçou a lembrá-lo disso. Ele sorriu e disse "pode deixar".

Após a saída de Nathan, verifiquei meu celular. Dez mensagens de Liam me aguardavam, sua persistência um lembrete constante do pesadelo que eu enfrentaria.

***

Estava sentado na varanda, após me despedir dos meus pais e de Nate. Liam já estava a caminho, e meu nervosismo só aumentava.

O sol brilhava no céu, mas o vento frio arrepiava minha pele sempre que soprava. Eu usava uma camiseta preta de mangas longas e jeans, além dos meus inseparáveis Vans. Meu estômago se contorcia, alertando-me de que algo não estava certo, mas eu ignorava. Ir para um lugar distante com Liam era arriscado, e o pensamento de ele tentar algo contra minha vontade me aterrorizava. Mas havia Romeo... Se nossos planos de fuga fossem descobertos, meus pais jamais permitiriam, e Tyler poderia ferrar com Romeo, junto com Liam, que era igualmente perigoso. Meu sacrifício parecia o menor preço a ser pago. Com esse pensamento, ouvi a buzina do carro de Liam, tirando-me dos devaneios.

A única pergunta que restava era: isso é o certo? Sacrificar-se por quem você ama? Coisas ruins acontecem o tempo todo. Estou apenas evitando algumas.

Caminhei até o carro, e Liam abaixou a janela quando me aproximei. A lembrança de quando ele tentou me beijar à força ali e quando eu o mordi veio à tona, mas a empurrei para longe.

— Bom dia, meu amor. Entra. — disse ele com uma doçura que soava estranha, quase artificial. Revirei os olhos e entrei rapidamente, sem querer ser visto por Tyler de novo no carro de Liam. Ele não teria mais esse prazer.

— Aqui estou, cumprindo o prometido. — falei sem entusiasmo. Liam riu e colocou a mão na minha perna.

— Sabia que você não ia me decepcionar. — ele disse, apertando minha perna. Afastei sua mão com desgosto e respirei fundo enquanto ele ria novamente, dando partida no carro.

Um gosto amargo se espalhava na minha boca. Minhas mãos suavam frio, e eu sabia, sem sombra de dúvida, que iria me arrepender disso.

***

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