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Capítulo 17: fervendo em minhas veias. **


now, if i keep my eyes closed
he looks just like you

***

Narrado por Romeo.

Fiquei parado, imerso em um oceano de confusão, sem saber como reagir.

Franzi as sobrancelhas quando minhas mãos ficaram suspensas no ar após Julian soltá-las. O que ele estava pensando? Observei suas costas enquanto se afastava, esperando que ele olhasse para trás, mas ele não o fez. O garoto que eu amava me deixou sozinho no mesmo lugar onde compartilhamos nosso momento mais especial para correr atrás de outro. Não sabia o que pensar ou sentir. Julian havia jurado me amar, e eu estava disposto a lutar por ele, mas agora ele perseguia o rapaz que o assediava.

Encarei o chão por um tempo até que meu celular tocou. Era Ben.

— Ei, cara, onde você está? — sua voz soou apressada. Levei um momento para responder, precisando limpar minha mente e respirar um pouco de ar fresco.

— Oi para você também. Eu... eu estou no lago, tentando respirar um pouco.

— E Julian, está com você?

— Não, não mais. — fiz uma pausa, lembrando do estado em que ele chegou aqui, chorando e se agarrando a mim como se temesse me perder. Algo havia acontecido e eu precisava saber o que era. — Por quê? O que aconteceu?

— Bom, eu sei que você está com Julian agora e tento não achar estranho, mas Joana, você sabe, a amiga da Hayley, está dando uma festa e Mat não pode ir comigo porque os pais o proibiram... — ele falava como um cãozinho abandonado, e eu já sabia aonde ele queria chegar. — Então pensei que você poderia ir comigo. Vamos lá, Romeo.

— Ah, eu não sei. — hesitei. — Acho que depois do que aconteceu, não é um bom momento.

— Qual é, Romeo. Não é porque você está com Julian que precisa ser um cuzão com seus amigos. Será bom para você esquecer essa briga. E você sempre adorou uma festinha. — ele riu, provavelmente lembrando de todas as loucuras que já fizemos juntos.

Eu realmente sentia falta disso. Julian havia me deixado depois de chorar nos meus braços e ir atrás do garoto maluco que o perseguia. Não queria ficar aqui pensando no porquê, pois isso só me enlouqueceria. Talvez me distrair fosse uma boa ideia, mas Julian ainda me devia algumas explicações. Só espero não me arrepender de ouvi-las.

— Droga, Ben. — ri, após uma pausa. — O que você não pede chorando que eu não faço sorrindo.

***

Narrado por Julian.

Rapidamente segui os passos de Liam, deixando Romeo no píer com o coração pesado. Ele poderia não entender por que eu estava fazendo isso, e até se sentir rejeitado, irritado ou traído, mas eu não podia deixar que as coisas continuassem arruinadas. Estava disposto a fazer qualquer coisa para evitar mais problemas, mesmo que isso significasse correr atrás de Liam.

— Liam! — gritei enquanto o via entrar no seu carro. Ele se sentou lá, calmamente me encarando com a porta aberta.

— O que você quer, Julian? Acho que seu namoradinho já deixou tudo bem claro lá. — ele zombou, sem olhar para mim.

— Olha, eu sei que nunca te dei uma chance e que sempre estou fugindo de você, Liam, mas acho que você não precisa contar a Tyler sobre o que viu. Podemos resolver as coisas só nós dois. — sugeri, suando frio. Liam não é nem um pouco confiável e já se provou ser um maluco sociopata, mas quando pensei em sacrifício, talvez esse fosse um deles.

— Ah, nós podemos? Estou começando a gostar disso. — disse ele, rindo excitadamente como um depravado. Engoli em seco, nervoso. Ele saiu do carro e encostou-se nele, cruzando os braços.

— Então, eu prometo que se você esquecer o que viu e ouviu hoje, eu... eu aceito sair com você outra vez, mas desta vez, não vou fugir. — as palavras saíam da minha boca parecendo cacos de vidro, de tão dolorosas e afiadas.

— Olha só. Você realmente gosta dele, não é, Julian? — ele balançou a cabeça com desdém. — Tudo que posso te oferecer e você escolhe ele. Sinceramente, me sinto enojado. — ele cuspia suas palavras em mim.

— Liam, você não sabe o que é amor. Ninguém escolhe por quem sentir. — tentei, mas ele deu de ombros.

— Eu não sei o que é amor? Você se faz de sonso ou realmente é? — ele disse bruscamente depois de virar-se e bater as palmas das mãos na lataria do carro, o que me fez saltar no lugar. — Eu todo esse tempo corro atrás de você para te oferecer meu amor, mas o que você faz? Você me rejeita. Você até já me mordeu quando eu te beijei, mas você está certo em algo. Ninguém escolhe por quem sentir.

Senti-me mal depois de ouvir suas palavras. Com toda a certeza, Liam não é alguém equilibrado, talvez até longe disso, mas imagino que amar alguém e não ser correspondido seja algo realmente brutal. Suspirei. Liam encarou o vazio por um tempo, provavelmente pensando em como faria meu assassinato. Mal sabia ele que me sujeitar a estar com ele já me matava por dentro.

Romeo era mais importante, eu faria isso por ele.

— Que seja. — disse ele, de repente, pegando-me de surpresa. — Eu aceito, mas tem alguns poréns. — ele sorriu maldosamente.

— Quais? — perguntei, minha coragem às vezes me surpreendia e, ao mesmo tempo, me assustava.

— Ninguém deve saber, vamos passar o final de semana na cabana da minha família e leve roupas de frio. Ah, você vai amar lá. — disse ele em tom de deboche depois de levar a mão até meu rosto e acariciar minha bochecha. Eu estava imóvel. E inevitavelmente suas palavras faziam meu estômago rodopiar com uma sensação desagradável.

Não disse nada, apenas acenei.

— Entra, eu vou te levar para casa. — ordenou ele e eu aceitei. Dei a volta no seu carro antes de chegar à porta do carona, quando vi parado não muito longe um Romeo decepcionado. Ele levantou sua mão para acenar, Liam chamou minha atenção e eu ligeiramente entrei no carro.

Por que, Deus, isso tinha que ser tão difícil?

Durante todo o caminho, Liam invadia meu espaço, colocando a mão na minha perna, às vezes apertando-a, deixando-me enojado.

***

Narrado por Romeo.

A realidade me atingiu como um soco no estômago: Julian estava com Liam. Quando ele me pediu para encontrá-lo no lago, eu já suspeitava que fosse sobre isso. Julian simplesmente se cansou de mim, mas eu ainda não entendia por que ele não terminou comigo de uma vez. Agora, isso não importava mais. Julian me abandonou por outro cara, mas eu não estava perdendo nada. Ainda assim, a necessidade de entender o porquê me consumia.

Cheguei à casa de Ben à noite, completamente desanimado. Saber que Julian me deixou pelo garoto que o perseguia drenou todas as minhas forças, e minha cabeça latejava com pensamentos paranoicos. Cheguei a elaborar vários planos para falar com Julian, mas desisti após a vigésima mensagem não respondida. Eu estava agindo como um idiota obcecado. Talvez Julian estivesse sendo forçado pelo primo a sair com Liam, que é um maldito lunático e nada vindo dele me surpreenderia.

De qualquer forma, eu ainda precisava falar com Julian.

— Ei, Terra chamando o bobão aí? — Ben me chamou ao entrar no quarto com duas cervejas na mão. Ele me entregou uma e se sentou em sua cadeira gamer não muito longe de mim.

Estávamos bebendo cerveja na casa de Ben porque seus pais costumavam sair às sextas à noite. Ele descobriu, aos 17 anos, que eles eram frequentadores assíduos de uma casa de swing, mas isso não o incomodava. Na verdade, ele usava essa informação para chantagear o pai e conseguir o que queria, como o carro zero quilômetro que ganhou de presente de aniversário.

— O que... — comecei, mas Ben me interrompeu.

— Você está muito distraído. Tem certeza que está tudo bem? — perguntou ele, preocupação evidente em sua voz.

— Ah, sim, sim. — respondi depois de um tempo. — Então, festa na casa da Joana... sério, cara, só estou indo por sua causa.

— Relaxa, cara. Não é como se isso fosse arrancar um pedaço seu, mas a Joana quem sabe... — ele riu, fazendo referência ao fato de eu já ter ficado com ela no passado. Não foi nada sério. Nunca houve sentimento, pelo menos da minha parte.

— Cala a boca, sem noção. — retruquei, irritado.

— Ah, para de ser tão sensível. Você foi o primeiro cara com quem Joana ficou, e ela é muito gostosa. Você teve sorte. — provocou ele.

— Sinceramente, Ben, acho melhor você calar a boca antes que eu desista de ir com você. O que rolou entre nós já passou e estou com Julian agora. Eu o amo. — vi Ben fazer uma careta e logo ele girou na cadeira, indo até a mesinha para pegar seu celular.

— Está bem, não está mais aqui quem falou. — resmungou ele. — Julian realmente deve ter te deixado na mão.

— É, sério, Ben? Chega de falar do Julian, vamos focar na festa. Só quero me divertir com o meu melhor amigo como nos velhos tempos.

— Então, Hayley mandou mensagem. Já podemos ir, ela pediu para a gente levar gelo e mais cerveja. Só espero que não saia de graça, ela e eu já não transamos há uma semana. — disse ele choramingando, e eu não pude deixar de rir. Ele zombou de mim.

— Até parece que o seu pinto vai cair se não usar. — zombei de volta. Ben é o típico cara super afetado quando o assunto é sexo, ou melhor, a falta dele. Mas, de qualquer forma, ele é um cara legal.

Saímos não muito depois de terminar nossas cervejas. Eu fiquei olhando para fora da janela do carro, as memórias de Julian chorando na minha frente assombravam minha cabeça, mas me esforcei para fazê-las sumir. Abaixei o vidro da janela e o vento soprou forte no meu rosto, fazendo-me arrepiar. Levei minha mão até o botão de volume do rádio, aumentando "Circles" do Post Malone que tocava. Ben cantava enquanto dançava segurando o volante, ele realmente estava bem animado e eu ria disso.

Quando chegamos à festa, Hayley nos recebeu na porta.

— Até que enfim vocês chegaram. — disse ela, correndo até Ben, que sorria para ela como um cachorrinho pedindo carinho na barriga. Eu acho que finalmente Hayley está conseguindo o que ela sempre quis: Ben correndo atrás dela. — Obrigada, meninos. Romeo, que bom que você veio, senti sua falta. — ela sorriu para mim e eu pude ouvir Ben gemer, reclamando do peso das coisas que carregava.

— Onde eu largo isso? — perguntou Ben.

— Ah, pode deixar as cervejas na cozinha, eu preciso ver onde colocar elas. Joana é totalmente perdida no quesito dar festas, felizmente, a melhor amiga dela dá as melhores festas de toda a Montéquio. — disse ela, totalmente orgulhosa do fato mencionado por ela mesma. Hayley era completamente alto astral e espontânea, eu sempre gostei disso nela. — Romeo, você poderia deixar o gelo nos freezers na garagem, por favor?

— Ah, é claro... — respondi, fazendo uma careta por não saber para que direção ir.

— Segue esse corredor, na última porta à esquerda. Obrigadinha. Ben, vem que vou achar onde colocar essas bebidas. — disse ela, e Ben a seguiu feito um cãozinho, ainda reclamando do peso, o que me fez rir.

Quando cheguei à garagem, me atrapalhei totalmente, pois não sabia onde estava o interruptor para ligar as luzes. Em completa escuridão, acabei tropeçando em algo e caí, derrubando os pacotes de gelo.

— Ah, droga. — xinguei baixinho.

Fiquei um tempo caído no chão, pensando no quão horroroso este dia estava sendo para mim. E novamente Julian vinha à minha cabeça. Puxei meu celular do bolso para ver se ele tinha respondido alguma das minhas várias mensagens, mas não. Soltei um suspiro pesado e, no mesmo instante, as luzes se acenderam.

— O que aconteceu aí? — a voz familiar de Joana soou, e eu a segui com o olhar. Ela estava na porta, confusão estampando seu rosto. Não pude deixar de sorrir sem jeito.

— Você ouviu o barulho, não foi?

— Foi. — ela riu. — Você caiu. Coitadinho, você está bem? — disse Joana docemente enquanto vinha em minha direção, me ajudando a ficar de pé.

Ela vestia uma blusa cinza de mangas longas que mostrava parte da sua barriga, junto com uma saia preta. Seu cabelo claro estava solto e eu havia esquecido o quanto Joana era linda. As covinhas que se formavam quando ela sorria eram tão encantadoras.

— Estou bem, não posso dizer o mesmo do gelo. — disse, constrangido. Ela pareceu notar e riu para desfazer o clima. — Aliás, obrigado... por acender a luz e me ajudar.

— Imagina, você já me salvou uma vez, lembra? — ela apertou os lábios em um sorriso.

— Claro. — eu ri. — Ainda me pergunto como você conseguiu ficar presa naquele banheiro.

— Coisas inexplicáveis ou sobrenaturais. — ela zombou, porque naquela época diziam que a escola era assombrada, um momento realmente memorável já que todos pregavam peças uns nos outros com a desculpa de ser um fenômeno sobrenatural. — De qualquer forma, você foi meu herói naquele dia, nada mais justo que eu te ajude agora.

— Você é incrível, Joana. Acho que todo mundo te fala isso, mas eles estão certos.

Depois que disse isso, houve uma pausa ainda mais constrangedora. Olhei para vê-la sorrir sem jeito.

— Obrigada.

— Então, Hayley disse para colocar o gelo, ou o que sobrou dele, nos freezers aqui.

— Ah. É. Eles ficam ali, espera aí que eu te ajudo de novo. — ela disse e nós rimos disso.

Era bom estar com o pessoal das antigas, meus amigos da enorme e vigorosa Montéquio. Saber que esse era meu último ano, que depois disso tudo iria mudar, era suavemente esmagador.

Era um novo começo.

Voltei com Joana para a festa, que já estava começando a encher de pessoas. Por onde passava, eu era cumprimentado, mesmo que às vezes nem soubesse o que eles diziam, porque o som da música estava extremamente alto. Todos enalteciam o grandioso Romeo Montgomery. Eu sentia falta disso, de como era bom se sentir no topo de tudo e todos.

— Romeo, você está pronto? — gritou Ben.

— Para quê eu deveria estar pronto?

— Para uma das melhores noites da sua vida. — respondeu ele, me fazendo beber dois copos de tequila e chupar um limão com sal.

Era tão forte que distanciava qualquer pensamento da minha cabeça, fazendo-me não lutar e sim pedir por mais.

***

Já havia passado um tempo, eu já havia bebido muito para me sentir entorpecido, mas decidi dar um tempo quando não me sentia mais confiante o suficiente. Estava sentado no topo das escadas, observando a festa acontecendo diante dos meus olhos: adolescentes dançando, rindo e bebendo até se sentirem livres para serem eles mesmos. Por mais que eu me esforçasse para manter Julian longe da minha cabeça por agora, eu falhava miseravelmente. Sempre havia vestígios dele, de nós. Suspirei pesadamente quando me lembrei da última vez que o vi hoje mais cedo, quando ele soltou minhas mãos para ir atrás de outro cara. Isso me corroía, e ainda mais com o fato de não saber o que ele queria conversar sobre. Obriguei-me a tomar outro gole do misto de vodka e energético que havia pegado. O copo gelado brincava nos meus dedos quando o beijei, fechando os olhos.

— Achei o meu herói. — ouvi a voz feminina de Joana soar animadamente antes de sentir sua mão na minha perna. Abri os olhos rápido o suficiente para vê-la pousar no meu colo.

Seu perfume era extremamente doce, algo totalmente distante do perfume de Julian.

— Ei, o que você está fazendo? — perguntei, mantendo minhas mãos nos seus braços.

— Estou sentando no meu herói. — ela ria alto, o que me fez rir também.

— Acho melhor você se acalmar.

— Estou calminha. Ben me disse para te animar, então aqui vai... — disse Joana rapidamente e, antes que eu pudesse impedir, ela me beijou. Mantive os olhos abertos sem reação. Acho que de alguma forma foi bom isso ter acontecido, porque foi depois disso que percebi o quanto eu amo Julian e preciso deixar claro isso para ele. Foda-se seu maldito primo.

Empurrei Joana para longe de mim, parando seu beijo roubado e trazendo-a de volta à realidade. Ela saiu do meu colo totalmente constrangida, mas eu não podia mudar nada.

— Eu... desculpa. Eu achei que você estava a fim, Ben disse...

— Tudo bem, não há porque se desculpar. Na verdade, eu é quem devo. — disse, e ela fez uma careta. A música ainda era alta e o nível de álcool no meu sangue ainda era o suficiente para me fazer o cara mais corajoso.

Então, por que não dizer a verdade?

— Desculpa, é que... eu amo um garoto. Ele se chama Julian. É, e... ele é a melhor coisa que já me aconteceu. — disse tudo tão rápido que até eu estava surpreso. Joana ergueu as sobrancelhas, incrédula. Ela olhou para a bebida nas suas mãos e depois para mim novamente.

— Ah, eu... hm... — ela tentou falar, claramente surpresa com minhas palavras libertadoras e tonta por conta do álcool em suas veias. — Eu fico muito feliz... por você. ela gaguejou.

— Obrigado. — ela sorriu para mim fracamente. — E eu cheguei à conclusão que preciso ir atrás dele para dizer que o amo. — disse antes de levantar e me preparar para ir atrás do garoto que eu amo.

— É claro. Vai atrás do Julian e diga que o ama. Seja feliz, Romeo. — ela gritou e eu ri.

— Eu vou. — disse antes de deixar Joana totalmente perdida em confusão com sua bebida.

Eu não sabia como iria fazer, mas eu precisava ver Julian e dizer a ele que eu o amava, aproveitando a coragem que fervia em minhas veias. Não falei com Ben, apenas fui embora para a casa de Julian.

Sendo guiado pela lua e o meu amor.

***

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