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Capítulo 11: lobo mau. **

i think that he likes to see the pain in my eyes

***

Narrado por Julian.

O dia amanheceu vibrante, como se tudo ao meu redor estivesse pintado com cores mais intensas. Eu me sentia diferente, consumido por uma sede insaciável por Romeo Montgomery. Essa sensação esgotava minhas forças, tanto longe quanto perto dele.

Ouvir seu "eu te amo" me fez flutuar, e até agora, sempre que me lembro desse momento, sinto-me leve como uma pluma. Sei que tudo está acontecendo rapidamente, mas o que sinto por ele é tão forte que parece que o conheço há muito tempo. Estranhamente, isso me faz sorrir.

Ontem, ao chegar em casa após meu encontro com Romeo, sentia-me como se ainda estivesse em um sonho. Tyler me esperava como um cão de guarda, fazendo inúmeras perguntas. Nathan suspirava a cada uma delas, enquanto eu apenas ignorava Tyler, deixando-o falar sozinho. Não pude evitar rir disso. Quando disse que ele não era meu pai e que eu não precisava o dar satisfações, Tyler saiu bufando.

Naquela noite, deitado em minha cama com o coração derretendo de amor, tudo que vinha à minha mente ao fechar os olhos era Romeo. Lembrei-me de quando dançamos lentamente, de quando ele me beijou, do momento em que seu corpo pairou sobre o meu, deixando-me quente, e, claro, quando ele disse "eu te amo" de forma tão doce.

Com um sorriso, finalmente posso afirmar que Romeo é meu.

***

No final da tarde do dia seguinte, eu estava distraído com pensamentos sobre Romeo e nosso próximo passo quando ouvi a campainha tocar. Curioso, desci metade das escadas.

— Você. — respondeu Nathan assim que abriu a porta. — O que você quer?

Reconheci imediatamente a voz de Liam, e meu coração gelou, fazendo-me estremecer.

— Natezinho. — debochou Liam, demonstrando que sua proposta de sairmos juntos era séria. Eu não sabia o que fazer. — Bom te ver... na verdade, não mesmo. Mas estou aqui para buscar Julian. Você pode chamá-lo?

Minha barriga gelou. Pular da janela do segundo andar não era uma opção segura. Eu tinha que encará-lo.

Nathan tentou dissuadir Liam, sua voz séria.

— Não acho que ele queira te ver.

Liam, impaciente e ríspido, insistiu:

— Você não tem que achar nada, apenas chame ele. — o suspiro irritado de Nathan ecoou pela casa.

Percebendo a tensão crescente, decidi intervir antes que outra briga começasse por minha causa. Desci as escadas, sentindo o olhar intenso de Liam sobre mim. Um sorriso malicioso brincava nos lábios dele, enquanto Nathan exibia uma expressão de pura preocupação.

— Tudo bem. — assegurei a Nathan. — Estou aqui.

Liam, triunfante, provocou:

— Viu? Ele está aqui. Já pode sair, cão de guarda. — Nathan apenas suspirou, retirando-se para a cozinha, mas não sem antes lançar a mim um olhar que prometia ajuda, caso necessário.

— Então, o que você quer, Liam? — indaguei, embora já soubesse a resposta.

Liam riu, incrédulo.

— Você esqueceu? Nós temos um encontro. — agora foi a minha vez de rir, embora sem humor.

— Eu nunca disse que sairia com você.

— Você nunca disse que sairia, mas também nunca disse que não sairia. — Liam argumentou, sua voz sedutora. — Qual é, Julian, é só um encontro.

Eu o estudei, tentando decifrar suas verdadeiras intenções. Talvez, pensei, um único "sim" fosse suficiente para Liam finalmente entender que não havia nada entre nós. Além disso, sair com Liam poderia convencer Tyler de que eu não estava mais vendo Romeo, por mais absurdo que isso parecesse.

Relutante, eu cedi, forçando um sorriso.

— Está bem. Eu saio com você.

O rosto de Liam se iluminou com minhas palavras.

— Prometo que você nunca vai esquecê-lo. — ele deixou escapar, suas palavras provocando um arrepio em mim.

— Eu... vou me arrumar. — respondi, subindo as escadas para meu quarto, minha mente repleta de dúvidas.

Enquanto me preparava, questionava minha decisão. Liam não era exatamente confiável, especialmente depois do nosso último encontro na escola. Uma batida na porta do meu quarto interrompeu meus pensamentos.

Nathan, apoiado no batente, olhou-me seriamente.

— Você não vai mesmo fazer isso?

— Vou. — respondi, ajeitando meu cabelo bagunçado. — Talvez, depois disso, ele me deixe em paz. Além disso, se Tyler descobrir, talvez assim ele pare de me encher sobre Romeo.

Nathan me lançou um olhar preocupado.

— Não acho que você deveria fazer isso. Ele não é confiável.

Suspirei, sentindo o peso da decisão.

— Eu sei. Mas estou cansado de Tyler e Liam sempre no meu pé. Se preciso fazer algo, então vou fazer. — minha voz carregava uma determinação que encerrou nossa conversa.

Nathan pressionou os lábios, compreendendo minha decisão. Antes de sair, parei ao seu lado na entrada.

— Apenas fique atento ao celular. — pedi, preparando-me para encontrar meu "lobo mau".

Caminhando em direção ao carro de Liam, notei Tyler parado à porta de sua casa, exibindo um sorriso vitorioso. Revirei os olhos, ignorando-o. Para minha surpresa, Liam contornou o carro para abrir a porta para mim. Suspirei, entrando no veículo com apreensão.

Esta noite prometia ser intensa.

***

O silêncio no carro era palpável. Romeo não havia me mandado mensagens desde nossa despedida apaixonada na noite anterior, mas eu entendia. O jogo mais importante do ano se aproximava, e ele precisava se concentrar em vencer Tyler, depois de tudo.

— Para onde estamos indo? — perguntei, notando que não reconhecia mais o lugar. A preocupação começou a me invadir. E se Nathan estivesse certo?

— Um lugar especial. — respondeu Liam, sorrindo.

— No meio do nada? — franzi as sobrancelhas, desconfiado.

— Exatamente. Sem interrupções, só eu e você. — sua provocação me deixou inquieto.

Ignorei seu comentário e decidi ir direto ao ponto.

— Por que, Liam?

— Por que o quê? — ele se virou rapidamente, como se tivesse sido pego de surpresa.

— Por que você é tão obcecado por mim? — questionei, confuso. — Nunca dei a entender que queria algo com você ou que haveria chances para isso. Não entendo.

— Obcecado é uma palavra forte demais. Eu te amo, Julian. — ele declarou, rindo em seguida.

Fiquei atônito.

— Não, você não ama.

De repente, Liam parou o carro no meio da rua deserta, pegando-me de surpresa. Olhei para ele, assustado e confuso.

— Desde quando? — perguntei, incapaz de compreender como ele poderia me amar quando mal nos conhecíamos.

— Você não se lembra? — seu sorriso era enigmático. — Na festa de Halloween do Tyler, você estava vestido de anjinho. Parecia realmente uma visão angelical. Nunca tinha reparado em você antes, mas naquele momento, me apaixonei perdidamente.

Tentei me lembrar daquela noite, mas só me vinham flashbacks de tédio e solidão. Lembrei-me de pegar uma garrafa de vodka pela metade e subir para a varanda do quarto dos meus tios. Não tinha nenhuma lembrança de falar com Liam. A única imagem clara era de Nathan, com a boca borrada de batom vermelho, vestido de vampiro, me acordando e chamando para ir para casa.

Liam continuou, sua voz suave e inquietante.

— Eu sabia que você era fraco e precisava de alguém forte como eu para te manter. Depois daquele dia, quando colocava meus olhos em você, eu só tinha mais certeza que você foi feito para mim, que você me pertencia, meu anjinho.

Mantive-me em silêncio, tentando processar suas palavras. Quando ele começou a se aproximar, virei-me rapidamente.

— Já chegamos? — perguntei, tentando mudar de assunto.

Liam era estranho e irritante com sua mania de me perseguir, mas parecia realmente apaixonado. Não pude deixar de achar suas palavras um pouco tocantes, pensando que talvez ele não fosse o monstro que eu imaginava. Mas meu coração pertencia a Romeo, e isso não mudaria.

Suspirei, enquanto Liam ligava o carro e voltava a dirigir, seus olhos fixos na estrada à nossa frente.

***

— Chegamos. — anunciou Liam algum tempo depois, estacionando em um cinema drive-in.

Embora o lugar fosse encantador, não conseguia me sentir à vontade ao redor de Liam. Os carros se amontoavam diante de uma enorme tela branca, exibindo um filme de romance antigo e clichê. Não pude evitar pensar em como desejava que esse momento fosse com Romeo, para poder abraçá-lo.

Durante o filme, Liam quebrou o silêncio:

— O que achou daqui? — ele explicou que a ideia do cinema ao ar livre veio de sua mãe, apaixonada por esse tipo de entretenimento. Após sua morte, Liam quis criar algo que a lembrasse, e seu pai permitiu que ele realizasse esse sonho.

— Adorei este lugar. O cinema ao ar livre é realmente charmoso. — respondi, escolhendo minhas palavras com cuidado. Não sabia que sua mãe havia falecido, e isso talvez explicasse sua necessidade de atenção e instabilidade emocional. — Sinto muito pela sua mãe. Tenho certeza de que ela estaria muito orgulhosa de você.

— Espero que sim. — ele respondeu com um sorriso triste. Retribuí o sorriso, apreciando sua abertura emocional.

Voltei minha atenção para o filme, absorto na tela. Distraído, mal percebi quando Liam se aproximou. Permiti sua presença, notando que ele precisava de atenção e conforto. Ele encostou o braço no meu e deitou a cabeça em meu ombro. Ofereci-lhe conforto, deixando-o descansar ali.

Ao fim do filme, enquanto Liam observava os créditos, a chuva começou a cair. Suspirei, lembrando do meu medo de trovoadas e relâmpagos. Não pude deixar de recordar com carinho as noites em que Nathan dormia comigo para me acalmar quando éramos crianças. O pensamento me fez sorrir.

No caminho de volta, agradeci silenciosamente por a noite não ter sido o desastre que imaginei. Começava a perceber que Liam não era um monstro; talvez eu tivesse tirado conclusões precipitadas.

De repente, Liam parou o carro novamente, me surpreendendo com uma pergunta:

— Julian, você gosta de mim?

— Como assim? — virei-me para ele, atordoado. — Liam, agora vejo que você é um cara legal, mas...

— Mas? — ele repetiu, visivelmente incomodado. — Depois de tudo, você ainda não me ama? Julian, o que há de errado com você?

— Comigo? Talvez você devesse se perguntar isso. —retruquei, tenso. — Você pode me levar para casa agora?

— Então me beije e diga que me ama. — ele insistiu, virando-se completamente para mim. Engoli em seco, assustado com seu movimento brusco. Quando ele tentou agarrar minha mão, puxei-a para longe, mas ele agarrou meu pulso com força.

— Diga, Julian! — gritou ele. Eu tremia, aterrorizado.

— Não. — respondi firmemente.

Ele avançou sobre mim, puxando-me pelo pulso e aproximando nossos corpos. Seu aperto me fez gemer de dor.

— Liam, está me machucando. — gritei, mas fui ignorado.

Liam soltou meu pulso para abrir seu cinto de segurança e, em seguida, agarrou meu rosto com força, forçando-me a encará-lo. Não consegui conter as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. Então, ele me beijou à força, sua língua invadindo minha boca. Não correspondi. Em vez disso, reuni coragem e mordi sua língua com toda a força que pude. Ele interrompeu o beijo abruptamente, levando a mão à boca.

— Eu jamais te amaria! — gritei antes de abrir a porta do carro e sair correndo. O gosto metálico de seu sangue ainda em minha boca.

Enquanto corria pela rua escura sob a chuva forte, ouvi Liam gritando:

— Você ainda vai ser meu! — ignorei-o, percebendo que Nathan estava certo desde o início.

Abriguei-me sob algumas árvores no acostamento, me sentindo péssimo, furioso e apavorado. Liam não tinha o direito de fazer o que fez, e o pior era não saber como voltaria para casa ou mesmo onde estava.

Peguei meu celular e enviei uma mensagem desesperada para Nathan compartilhando minha localização:

Julian - 21:15

Nathan, pode vir me buscar? Algo aconteceu e preciso de ajuda. Por favor, vem rápido.

A resposta de Nathan foi quase imediata:

Nathan - 21:17

O que aconteceu, Julian? Que merda, olha onde você está. Liam fez alguma coisa? Por Deus. Vou matar ele.

Meus olhos ainda estavam marejados enquanto lia suas mensagens, sentindo-me ainda pior.

Julian - 21:23

Vem logo.

Nathan - 21:24

Indo.

Quando Nathan chegou, parou o carro com os faróis em minha direção. Eu estava encharcado pela chuva torrencial. Ele saiu do carro com um guarda-chuva e correu para me abraçar. Não disse uma palavra enquanto o agarrava, sentindo-me finalmente seguro. No carro, ele me encheu de perguntas sobre o ocorrido, mas eu apenas encarava a estrada em silêncio.

Em casa, meus pais já dormiam, o que me poupou de explicações sobre meu estado. Após um banho quente e roupas secas, Nathan sentou-se ao meu lado na cama.

— Você não vai mesmo me dizer o que aconteceu? — insistiu ele. — Você sabe que pode contar comigo.

— Eu sei. — murmurei. — Só preciso descansar.

Ele assentiu, compreendendo, e se preparou para sair.

— Nate? — chamei suavemente.

— O quê?

— Dorme aqui comigo hoje. Você sabe, os trovões. — ele sorriu.

— Como nos velhos tempos. — ele deitou-se ao meu lado, e eu coloquei minha cabeça em seu peito, sentindo-me seguro novamente.

Naquela noite, embalado pelo conforto de Nathan e pelo som da chuva, adormeci, grato por ter escapado e com a certeza de que nunca mais confiaria em Liam.

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