˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E TRINTA E DOIS
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— VOCÊS FINALMENTE COMEÇARAM A NAMORAR?

A porta da frente da casa dos Han se abriu e Gowoon olhou entre os dois, sua pergunta pairando no ar.

— O que? — os olhos de Seojun estavam arregalados enquanto ele olhava entre sua irmã e Miyeon. — Eu só fiquei na casa dela porque já era tarde e esqueci minha chave... Como isso se encaixa? — ele perguntou.

— Parece que vocês estão namorando. Casais usam roupas combinando. — Gowoon estava segurando a porta aberta, mas não parecia que ela planejava deixá-los passar até obter as respostas. — Então o que aconteceu?

— Seojun escolheu minha roupa... Esse era o seu plano o tempo todo? — Miyeon se virou para olhar para o garoto atrás dela, que havia pegado o telefone e estava encostado na parede oposta.

— Talvez. — o menino Han saiu da superfície, passando por Miyeon e se abaixando para passar por baixo do braço de Gowoon com pouca dificuldade. — Você pode fazer suas perguntas quando eu me trocar. Vamos, Miyeon.

A garota mais velha sorriu se desculpando para Gowoon enquanto era puxada pela mão estendida de Seojun, acenando para a Sra. Lee enquanto observava em choque seu filho mais velho arrastar a melhor amiga para seu quarto.

— Então você fez isso de propósito? — Miyeon perguntou, gentilmente tirando os dedos de seu pulso e caminhando até o armário dele, abrindo as portas.

— Talvez. — Seojun sentou-se na cama e observou-a. — Então você está planejando escolher minha roupa para mim, ou o quê?

— Ah, não, só curiosidade. — Miyeon se virou e fechou as portas atrás dela, apoiando-se nelas com as palmas das mãos apoiadas na superfície. — Eu deveria responder algumas perguntas da sua irmã e da sua mãe enquanto espero, o quanto você quer que eu conte a elas?

— Não muito. Elas estão tentando ouvir do lado de fora da porta de qualquer maneira. — Seojun respondeu, sorrindo para a garota e seguindo seu olhar até a porta, onde se podia ouvir um barulho.

— Vou contar um pouco a elas. Agora tente parecer um pouco diferente, caso contrário as pessoas vão realmente pensar que estamos namorando. — Miyeon balançou a cabeça enquanto se afastava das portas do armário e caminhava em direção à entrada do quarto.

— Bem, esse era o objetivo. — a voz do menino Han a seguiu até a sala de estar do apartamento, onde seus olhos pousaram na mãe e na filha sentadas uma ao lado da outra no sofá, olhando para ela.

— Miyeon - que bom ver você. — Mihyang foi a primeira a quebrar o silêncio, levantando-se da cadeira e correndo até a garota, pegando suas duas mãos e guiando-a até uma das cadeiras menores ao lado deles. — Então, ouvi de Gowoon que você e Seojun têm passado bastante tempo juntos.

Miyeon nunca imaginou ter essa conversa com Mihyang, ou com qualquer adulto - bem, talvez isso fosse um exagero, mas a garota Hwang conhecia a mãe e a irmã de Seojun há anos e esse tipo de conversa não estava preparada para ou pensei em.

— Sim... Houve uma situação na última semana que nos fez passar muito tempo juntos. — a resposta de Miyeon foi bem pensada e um tanto diplomática, com um tom firme e sem indicar nada.

Seojun poderia ter dito que ela poderia contar um pouco, mas ela não tinha ideia do quanto elas sabiam e se iria apenas repetir as coisas para elas. E assim, ela ouvia atentamente as perguntas e navegava por elas.

Ela estava sendo muito calculada sobre isso, tentando avaliar as duas mulher que conhecia há algum tempo para não deixar escapar algo acidentalmente. Esse tipo de coisa definitivamente deveria acontecer quando Seojun estivesse lá, mas ela não poderia ter esperado no quarto dele enquanto ele se trocava, o que lhe dava pouca ou nenhuma escolha.

— Ouvi dizer que não foi apenas nos últimos dias, mas desde que vocês dois se reconciliaram. E de acordo com o que Gowoon ouviu, parecia haver um incidente no hospital? — Mihyang pressionou. Ela não estava tentando testar Miyeon, apenas assumindo a aparência de uma mãe curiosa para que Gowoon e ela pudessem descobrir o que aconteceu.

Porque embora fossem em sua maioria educadas e sinceras, elas também sabiam o que queriam e eram francos sobre isso.

E, neste caso, elas queriam descobrir o que havia acontecido entre os dois melhores amigos que os tornou muito mais próximos do que antes. Foi pura curiosidade.

— Nós realmente não queremos bisbilhotar. — Gowoon interveio quando viu Miyeon vacilar com as palavras de sua mãe. — Estamos apenas curiosas.

— Oh, estávamos esperando o dia chegar, todos sabíamos que chegaria. — Mihyang explodiu de repente, um sorriso aparecendo em suas lindas feições. — Era só uma questão de tempo! E só queremos saber o que aconteceu!

A garota Hwang relaxou ao ver as expressões muito menos sérias cobrindo os rostos dos parentes, sentindo-se muito mais à vontade do que quando parecia que a estavam interrogando. — Não tenho certeza... Ainda é bastante complicado. — ela começou, com o coração pulando na garganta enquanto pensava em tudo.

— Gowoon me disse que muitas pessoas hoje em dia usam roupas combinando para mostrar que estão namorando - e você está vestindo algo muito parecido com o que Seojun usaria. — Mihyang estendeu a mão e endireitou a gola da jaqueta de Miyeon.

— Ele escolheu... E acho que foi por isso que ele fez isso. — a garota Hwang corou e as duas à sua frente assentiram com conhecimento de causa. Houve uma grande variedade de reações entre todos aqueles que sabiam; Sooa estava animada e gritando, Soojin tentou usar isso contra eles, Hyunwoo foi tão incrivelmente compreensivo, Suho apenas gostou da ideia de seus amigos estarem juntos mais uma vez. E agora a Sra. Lee e Gowoon, que esperavam pelo dia em que os dois melhores amigos se transformassem em algo diferente disso, algo muito mais.

— Mas por que é complicado? — Gowoon empurrou. — Se vocês não gostassem um do outro, um de vocês teria sido rejeitado e claramente nenhum de vocês é. O que significa que vocês dois compartilham sentimentos um pelo outro - o que não é nada complicado.

— Há outras coisas envolvidas. — Miyeon disse, os dedos se esticando para mexer no pingente de um dos muitos colares que Seojun havia colocado em volta do pescoço dela antes. — O que torna tudo complicado. Mas prometi que vou esperar, então você não precisa se preocupar.

— Você prometeu? — Mihyang repetiu. — Você prometeu e não Seojun? Entendo.

— Eu disse algo errado? — Miyeon perguntou a Gowoon, que estava observando sua mãe se levantar e bater na porta de Seojun, abrindo-a quase sem tempo entre as duas ações. Um grito chocado de 'mãe!' foi muito audível, Gowoon sorrindo e balançando a cabeça enquanto a porta se fechava.

— Você não fez nada de errado. — a jovem Han a tranquilizou. — Acho que minha mãe está apenas se certificando de algumas coisas, só isso.

— Realmente? — Miyeon mordeu o lábio inferior, esperando não ter colocado Seojun em apuros com o que ela havia dito.

Alguns minutos depois, Seojun passou pela porta, bochechas e orelhas rosadas. Sua roupa era extremamente parecida com a que ele havia escolhido para Miyeon, mas antes que ela pudesse comentar ele estava agachado na frente dela.

— Podemos simplesmente ir embora, por favor? — ele perguntou, claramente envergonhado por alguma coisa e olhando para sua família enquanto elas se sentavam juntas no sofá mais uma vez, tentando não observar a interação, mas incapazes de desviar o olhar ao mesmo tempo.

— Claro. — Miyeon acenou com a cabeça, despedindo-se rapidamente de Mihyang e Gowoon enquanto Seojun a puxava para fora do apartamento.

Uma sensação de déjà vu percorreu suas veias quando ela foi levada para um beco e se deparou com um lençol de plástico cobrindo uma massa de alguma coisa.

— Você ainda se sente bem com a minha moto? — Seojun perguntou, puxando o lençol e passando para Miyeon um dos capacetes - aquele que ela sempre usava.

E a garota Hwang pôde sorrir, estranhamente confortada pelo fato de que, apesar das instruções e do desenvolvimento inacreditável, Han Seojun ainda estava brincando com aquela imagem de menino mau com a qual ele se sentia confortável.

Se isso significasse um passeio de moto ou dois, Miyeon estava completamente bem com isso.

Mas comentários sobre serem armadilhas mortais ainda seriam feitos.