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˖࣪ ❛ CAPÍTULO CENTO E TRÊS
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O DIA PASSOU para tarde em diversas conversas e olhares sem jeito. E logo, chegou a hora em que as aulas terminariam e Miyeon já sabia que haveria pessoas vindo e visitando.
A primeira de muitas foi Soojin, e os olhos de Miyeon brilharam com súbita cautela quando ela entrou, carregando uma planta e uma sacola de presentes, tirou o uniforme e vestiu uma de suas roupas habituais, de aparência bastante rígida.
— Lee Suho! — havia um sorriso em seu rosto quando ela abriu a porta, a cabeça de Suho inclinando-se em direção ao som de sua voz e seus olhos se abriram, observando a visão.
— Ei. — ele respondeu, e na cama ao lado dele Seojun estava observando Miyeon, estreitando os olhos quando viu a expressão nos olhos dela.
— Você está aqui em um encontro às cegas? — a cabeça de Seojun virou para o lado e tentou ignorar o que tinha visto, Miyeon se mexeu um tanto desconfortável.
— Olá, Soojin. — ela disse suavemente, a garota Kang olhando e cumprimentando-a. — Jugyeong mencionou que eu fiquei aqui?
— Ficou óbvio quando houve outra lacuna além de seu assento. — Soojin respondeu, ignorando o comentário de Seojun e indo até a cama de Suho. — Como você sofreu um acidente? — ela perguntou. — Você deveria ter sido mais cuidadoso.
— Você não precisava vir. — Suho respondeu, olhando para a sacola de presentes em suas mãos, a voz em seu tom monótono de sempre.
— Eu vim porque estava preocupada. — Soojin desviou, ignorando a atitude e colocando a bolsa ao lado da mesa de cabeceira. — É uma planta purificadora de ar. Você não precisa regá-lo com frequência. — ela explicou, colocando-o na beirada da mesa. — Ouvi dizer que você se recusou a receber ajuda de um cuidador. Seu pai me pediu para cuidar de você, então trouxe algumas coisas que você pode precisar.
A cabeça de Miyeon virou-se para a cama de Suho tão rapidamente que ela pensou poder ouvi-la quebrar, os olhos se arregalando e tentando disfarçar fingindo dobrar o cobertor novamente.
Soojin não percebeu, indo até o que antes era considerado uma sacola de presentes, mas claramente cheia de itens essenciais. — Trouxe um limpador facial e um tônico. Também trouxe seu laptop. — como ela disse a ele, ela os tirou e começou a guardá-los.
— Obrigado.
— Sem problemas. — Soojin respondeu aproximando uma das cadeiras do final e se acomodando nela. — Obrigada, Han Seojun. — ela disse de repente. — Ouvi dizer que você se machucou enquanto tentava salvar Suho.
— Por que você está me agradecendo? Você não é namorada dele. — Seojun respondeu, e foi então que ele começou a entender o início da ideia por trás do motivo pelo qual Miyeon parecia tão preocupada, os olhos da garota indo e voltando enquanto a conversa continuava.
— Se você vai ficar tão mal-humorado com isso, então eu retiro o que disse. — Soojin respondeu, o garoto Han zombando e voltando seu olhar para Miyeon, que estava brincando com sua pulseira mais uma vez. — Você tem que usar gesso por muito tempo? — com as mãos cruzadas sobre a bolsa no colo, Soojin continuou com mais perguntas para Suho. — Você não precisa fazer uma cirurgia na perna, certo?
Suho não respondeu, em vez disso pegou algo na mesa e hesitou quando Soojin se levantou para pegar para ele. — Tudo bem. — ele disse, a expressão de Soojin vacilando por um minuto enquanto ela se recostava na cadeira.
— Eles só tinham um quarto duplo? — ela perguntou, os olhos piscando sobre os dois habitantes. — Devo pedir ao seu pai para transferi-lo para outro hospital?
— Não, eu estou bem. — Suho respondeu, segurando algo. — Aqui. — ele continuou, e quando Miyeon se sentou um pouco, ela viu uma garrafa verde. — Você não deveria estar na sua academia? — ele perguntou depois que ela aceitou.
— Ainda tenho tempo. Por que você está tentando me fazer sair tão rápido? — Soojin perguntou, começando a abrir a tampa. — Você é tão cruel.
— Por que você veio sozinha? — Seojun falou com sua própria pergunta. — Onde está Jugyeong? — ele pressionou.
— O que?
— Vocês não são melhores amigas? — ele perguntou. — Vocês, Jugyeong e Miyeon, duas de vocês já estão aqui... Uma de forma mais permanente, mas não vejo a terceira. Vocês sempre fazem coisas juntas, então por que não a trouxeram com vocês?
— Ela tinha um emprego de meio período hoje. — era quase como assistir a uma partida de tênis, os tons frios refletindo uns nos outros. — Por quê? Você estava esperando ela chegar?
— Por que você está me perguntando? — Seojun respondeu. — Você deveria perguntar a ele. — a cabeça dele se inclinou na direção de Suho, e Miyeon sentiu o ar alojar-se em sua garganta, forçando-se a respirar hesitantemente.
Soojin olhou para Suho por um momento, antes de se voltar para Seojun e tirar o cabelo dos olhos. — Por que eu deveria perguntar a ele? Não é você quem está namorando Jugyeong? — ela perguntou. — Isso é o que nossos colegas pensam.
— O que? — Seojun exclamou, Soojin terminando de tirar o papel alumínio da bebida e tomando um gole, os olhos indo para a janela, mas evitando Miyeon.
Ela saiu pouco depois e deixou Seojun e Miyeon tentando se comunicar apenas através de olhares apressados. Mas não durou muito, e ela observou, com as sobrancelhas levantadas, enquanto Suho tinha que ajudar Seojun com sua camisa, abafando uma risada quando eles caíram de costas na cama assim que a porta se abriu.
— Im Ju! — seu tom bastante animado quebrou o silêncio, palavras logo seguidas pelos dois garotos lutando para se afastarem um do outro. — Estou tão feliz que você está aqui. — Miyeon levantou-se de sua cadeira para ficar ao lado de sua amiga, entrelaçando os braços e inclinando a cabeça diante da visão diante deles.
— Ei, pessoal. — Jugyeong acenou com a mão livre, olhando nervosamente para os meninos e oferecendo um sorriso hesitante para sua melhor amiga. — Vocês parecem muito próximos. — ela parecia nervosa, Miyeon tentando não rir mais uma vez.
— Eu estava ajudando ele a se trocar. — Suho disse, metade da camisa do hospital de Seojun ainda pendurada nele.
— Devo esperar lá fora? — Jugyeong perguntou, o olhar de Miyeon deslizou para sua melhor amiga nervosa e os garotos desajeitados, antes de puxar seu braço para fora do elo.
— Puxa. Você deveria ter continuado com isso. — ela murmurou, movendo-se para o outro lado de Seojun enquanto Jugyeong saía, puxando a camisa enquanto mal olhava para ele, Suho olhando entre eles e a porta.
— Se você tivesse feito isso antes, não teríamos terminado assim. — Seojun reclamou enquanto a garota amarrava os cordões no topo, os dedos roçando sua nuca.
— Foi inapropriado. Mas agora Jugyeong viu e sinto pena dela. — Miyeon encolheu os ombros, o garoto tentando não reagir enquanto as pontas dos dedos dançavam ao longo da pele sensível ali. — Pronto, agora sente-se. — ela gentilmente empurrou os ombros dele para baixo, Suho correndo para ir buscar Jugyeong.
— Sente-se. — Seojun deu um tapinha no espaço ao lado dele, Miyeon aceitou o convite e sentou-se. Jugyeong sentou-se na frente do namorado, mas uma palavra ainda não foi dita, os olhos se voltando para Miyeon e Seojun.
— Vamos? — Miyeon ofereceu, mal esperando por uma resposta enquanto colocava Seojun de pé, caminhando em direção à porta.
— Você vai ao banheiro? — Suho perguntou com uma cara perfeitamente séria. — Você precisa da minha ajuda?
O rosto de Jugyeong era impagável, os olhos se arregalando quando ela olhou para o namorado e depois para o garoto Han. — Você o ajuda com isso? — ela perguntou, descrença evidente em seu tom. — Eu... Eu acho que você não pode ir sozinho.
— Não imagine isso na sua cabeça. Vou dar um passeio. E ela vai comigo. — ele acenou com a cabeça em direção a Miyeon, passando pela porta.
A dupla se afastou, risadas saindo dos lábios de Miyeon, embora ela tentasse impedi-las. — Não fique tão triste, Sr. Trickle, você estava sendo um bom amigo.
— Não comece a me chamar assim. — Seojun avisou enquanto eles continuavam pelo corredor e se afastavam da sala. — Então você pode me dizer o que foi toda aquela coisa de Soojin, ou eu não tenho permissão para saber.
— Bem, não vejo o que você fará com a informação, e você é inteligente o suficiente para adivinhar. Mas... Soojin gosta de Suho. E raramente é óbvio. Ela estava pensando em confessar seus sentimentos. — Miyeon começou. — Jugyeong está em pânico por causa disso.
A dupla andou um pouco, continuando a discutir o assunto enquanto passavam pela área ao redor de onde ficava o quarto de Seojun e Suho.
— Talvez eu venha aqui um pouco amanhã. — Miyeon anunciou, olhando ao redor do que parecia ser uma área de lazer geral, uma série de plantas e bancos em frente a janelas que iam até o teto. — Acho que vi meu livro de letras em algum lugar da minha bolsa, então pude escrever alguma coisa.
— Por conta própria ou continuando algo que você começou com Seyeon? — Seojun perguntou, a dupla continuando longe da área tranquila e em direção aos corredores mais bem iluminados e movimentados.
— Provavelmente algo que comecei com Seyeon. Meu objetivo é terminá-los antes de começar qualquer um. Eles merecem ser terminados, eles realmente merecem. — ela havia chegado a essa decisão algum tempo antes, e a determinação ecoou em sua expressão.
— Bom. Quando você terminar - posso ouvir você cantando? — Seojun perguntou, Miyeon fazendo uma pausa a seu pedido.
— Claro... Vou até tentar gravá-los. — ela
estava brincando, mas Seojun assentiu bastante sério. — Ei - aquela é Gowoon? — ela olhou para o final do corredor. — E esse é... Irmão de Jugyeong? — eles pegaram o final de uma frase bastante estranha.
— Oh meu Deus. — exclamou Seojun, caminhando apressadamente e sendo cumprimentado por sua irmã, não parecendo muito impressionado com o garoto à sua frente. — Você está tão doente.
— O que? — o irmão de Jugyeong estava erguendo os punhos como se fosse lutar.
— Pobrezinho. — Seojun continuou, Miyeon deslizando para longe e aparecendo ao lado de Gowoon, um sorriso florescendo em seu rosto. — Mas se for insuportável você morrerá. Porque eu vou te matar.
Minutos depois e eles de alguma forma acabaram na área do refeitório, Miyeon e Gowoon ficaram ao lado de Seojun enquanto Juyoung se agachava na frente deles, beliscando as orelhas e repetindo uma frase - 'Deixe Gowoon em paz'.
— Como você ousa dar em cima da minha irmãzinha? — Seojun exclamou. — Ela disse que não estava interessada!
— Vou deixá-la interessada. — Juyoung respondeu, Seojun respirando fundo antes de responder. Isso durou um pouco mais, antes de Juyoung prometer continuar gostando de Gowoon e sair correndo.
— Ele é uma aberração. — Gowoon balançou a cabeça antes de começar e tirar uma bolsa do ombro. — Aqui, você está de cueca - Miyeon, você não se importa em carregar a bolsa para ele? Está tudo embaixo de algumas outras coisas, então...
— Ela não deveria carregar isso. — Seojun respondeu. — Eu vou levar. — ele insistiu, Gowoon fez uma pausa antes de colocar a alça em volta do pescoço. — Jugyeong também sabe? Que o irmão dela gosta de você?
— O quê? Ele é irmão de Jugyeong? — Gowoon engasgou, olhando para o caminho que o menino havia desaparecido. — Entendo... — ela suspirou, olhando para os dois adolescentes mais velhos com um certo olhar. — Bem, vou deixar vocês dois caminharem. — Ela sorriu, virando-se. — Vou avisar a mamãe que você está bem.
E sem dizer mais nada, ela saiu correndo. Franzindo a testa diante do final estranho, Miyeon se virou para olhar para seu amigo. — Nós demos a eles tempo suficiente, podemos voltar?
Seojun assentiu, olhando na direção que sua irmã foi antes de encontrar o olhar de Miyeon, e juntos eles começaram a caminhar de volta para a ala hospitalar.
A garota esperando que eles não tropeçassem em algo que alterasse ainda mais o humor de Seojun.
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