˖࣪ ❛ CAPÍTULO NOVENTA E SETE
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— MIYEON, É UMA EMERGÊNCIA. — a voz de Jugyeong tinha um toque de alarme, mas foi abafada quando a garota Hwang atendeu o telefone.

— Hmm. E por que isso? — Miyeon estava muito mais calma do que o normal e sua mente estava tão tranquila que nem mesmo essas palavras conseguiram acordá-la. Ela estava equilibrando o telefone entre o ombro e a orelha, pintando as unhas da mão direita com a esquerda. Era uma cor rosa pálido, combinando vagamente com o rosa do elástico que Soojin deu a ela.

— Lee Suho e Han Seojun estão na minha sala! Fazendo bolinhos! — Jugyeong sibilou, ainda quieto e urgente. — E eles são realmente competitivos e isso é horrível e Juyoung odeia Seojun por algum motivo e minha mãe ama os dois!

— Parece... Realmente horrível, meu Deus. — Miyeon se forçou a sentar, soprando as unhas e colocando o esmalte na mesa à sua frente, pegando o controle remoto e pausando o show.

— Minha mãe fica falando sobre como eles são lindos e Juyoung derramou água no colo de Seojun e eles votaram em quem querem que eu fique! — Jugyeong ficava mais em pânico a cada minuto.

— Im Ju, respire fundo. Agora, presumo que sua família não saiba que você está namorando Suho, certo? Então, eu digo que você só precisa tentar evitar que eles se envolvam em uma briga física. Se eles brigarem para ver quem faz o melhor bolinho, então tudo bem. Contanto que eles não acabem fisicamente dando socos, então está tudo bem. Seojun sabe que você está namorando Suho. Suho sabe que você está namorando ele - bem, você esperaria o que, não é? — Miyeon não pôde deixar de rir um pouco com suas próprias palavras, esperando pela resposta de Jugyeong.

— Então... Permita que eles sejam competitivos, a menos que acabem lutando adequadamente. — Jugyeong repetiu, parecendo mais calma e com a voz um pouco menos aguda. — Então só estou preocupada com meus pais e Juyoung.

— Se você realmente não pode contar a eles sobre você e Suho, suponho que você não tenha escolha a não ser manter a calma e tentar ao máximo não ficar muito agitada com eles. — Miyeon disse. — Como você se sente sobre a situação de Soojin?

— Ainda me sinto mal. Conversei com Seojun e ele disse que deveríamos valorizar a irmandade... Mas que Suho não iria partir meu coração. — Jugyeong parecia desanimado.

— É claro que Seojun disse isso. — Miyeon balançou a cabeça. — Mas ele está certo. Suho não é do tipo que quebra seu coração. Não tem como. Eu prometo a você. Você não terá seu coração partido por ele.

— Você tem razão. — Jugyeong parecia estar se movendo do outro lado do telefone. — Oh! Alguém está na porta, eu tenho que ir.

— Boa sorte, Ju! Você vai se sair muito bem! — Miyeon cantou ao telefone, Jugyeong agradecendo antes de se despedir e desligar.

A garota Hwang soltou um suspiro, voltando a pintar as unhas e fazer seu show. Ela não poderia pensar em uma situação pior do que a de Jugyeong e honestamente se sentiu mal pela garota.

Ela pulou de susto quando ouviu seu telefone tocar mais uma vez, um número que ela não reconheceu. — Olá? — ela respondeu, sentando-se novamente.

— Hwang Miyeon? É a Sra. Hong, a mãe de Jugyeong! — uma voz alegre apareceu no final da linha. — Você me deu seu número há pouco tempo, quando eu disse que poderia preparar algumas refeições para você - e ouvi dizer que você se mudou recentemente para um novo apartamento, então este é o momento perfeito. Estamos fazendo alguns bolinhos e comemos bastante. Você quer um pouco? Posso reservar um pouco para você vir buscar agora, se estiver tudo bem?

— Oh, Sra. Hong, isso seria maravilhoso. — se Miyeon continuasse assim, recebendo comida de Eunjoo e da Sra. Hong, ela talvez não precisasse se preocupar com comidas pelo resto da vida.

— Bom, acabei de perguntar a Jugyeong se ela se importa que você venha, e é claro que ela não se importa. Na verdade, ela parece bastante feliz - temos dois convidados em casa e a tensão tem estado bastante alta. Eles estarão prontos quando você chegar aqui! — a voz da Sra. Hong continuou alegre até o momento em que ela desligou.

Abandonando as unhas de uma vez por todas, Miyeon rapidamente teve que correr e limpá-las com removedor de esmalte, sabendo que se saísse com elas ainda secando elas ficariam completamente arruinadas. Cinco minutos depois ela já havia saído de casa, pegando o ônibus mais próximo e seguindo para a curta viagem até a casa de Jugyeong.

Caminhando pelas ruas familiares, Miyeon chegou em casa e foi até a porta da frente, levantando a mão e batendo duas vezes.

Em segundos, a porta da frente foi aberta e Miyeon foi envolvida em um abraço. — Ah, graças a Deus você está aqui. — claro, era Jugyeong e quando ela finalmente a soltou, Miyeon nem conseguiu dizer uma palavra, ela foi arrastada para o lado.

— Eu te amo. — as sobrancelhas de Miyeon instantaneamente se ergueram com as palavras ditas com os dentes claramente cerrados, um sorriso bastante presunçoso aparecendo em seu rosto enquanto ela olhava para a frente da TV.

Suho e Seojun estavam de frente um para o outro, cortando as unhas dos pés um do outro e repetindo a frase um para o outro. Eles olharam para cima simultaneamente para ver quem era, congelando ao ver a garota.

— Eles entraram em uma briga física. — Jugyeong sussurrou em seu ouvido, Miyeon assentiu com o mesmo sorriso ali. Era seguro dizer que ela estava gostando muito disso.

— Bem, não pare por minha causa. — ela encolheu os ombros, virando-se quando a Sra. Hong se aproximou, segurando uma caixa de bolinhos aberta. — Eles estão maravilhosos, Sra. Hong. — Miyeon disse, recebendo um sorriso da mulher.

— Meu Jugyeong tem amigos tão lindos. É uma pena que dois deles não pareçam se dar bem. — a Sra. Hong respondeu, olhando para Seojun e Suho, que relutantemente começaram sua punição novamente. — Honestamente, rolando como se fossem crianças. — a mulher balançou a cabeça em desespero.

Com uma caixa de bolinhos no colo, Miyeon esperava ao lado de Jugyeong que parecia completamente envergonhada com toda a situação. E eventualmente, quando a Sra. Hong considerou necessário, os dois foram libertados da punição.

— Eu não quero ver vocês brigando de novo. — a Sra. Hong disse, conduzindo-os em direção à porta, Miyeon e Jugyeong seguindo atrás. Eles chegaram ao portão, a garota Im e a garota Hwang se abraçando antes que esta última se juntasse a Seojun e Suho na rua. — Não sei o que aconteceu entre vocês dois, mas essa briga não vai adiantar nada.

— Vamos entrar, deixe-os em paz. — Jugyeong correu, levando sua mãe de volta para dentro. — Obrigada por ter vindo Miyeon, vejo você amanhã.

— Sem problemas. — Miyeon respondeu quando o portão bateu, e ela observou os olhos dos dois meninos se encontrarem, encolhendo-se ao se lembrarem. Com um segundo olhar um para o outro, eles pareciam prestes a correr na direção oposta, mas deixando a alça da bolsa cair em seu pulso, Miyeon agarrou a parte de trás de suas camisas e puxou-as para trás.

— Esperem! — ela os puxou de volta. — O que diabos vocês estavam pensando? Isso não é apenas rude com a Sra. Hong, mas como vocês poderia colocar Jugyeong nessa posição? Eu realmente espero que essa punição tenha chegado até vocês, porque foi inaceitável o que vocês fizeram.

— Nossa, você sabe como fazer um cara se sentir culpado. — Seojun puxou a camisa para longe do suspiro dela. — Mas eu realmente preciso ir, minha mãe me pediu para comprar um pouco de ramyeon.

— Vejo você depois. — ela sorriu fracamente quando Seojun saiu correndo, virando-se para Suho. — Pensei que fosse melhor do que isso.

— Você não vai me deixar escapar facilmente como fez com Seojun, não é? — Suho perguntou, e com seu tom provocador, Miyeon sabia exatamente o que ele estava insinuando.

— Vá! — ela apontou na direção que ele estava indo, deixando escapar um suspiro enquanto ele desaparecia antes de começar seu caminho para casa.

Acompanhada de uma caixa de bolinhos e esperança de que Suho e Seojun não fizessem algo assim novamente.