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˖࣪ ❛ CAPÍTULO NOVENTA
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O FIM DAS AULAS já havia chegado e passado, e Miyeon se viu caminhando ao lado de Soojin enquanto elas passavam pelo campo, afastando-se da escola.
— Eu ouvi Sooa dizer algo sobre Song Hyunwoo mais cedo? — Soojin perguntou, as sobrancelhas se erguendo enquanto ela perguntava.
— Possivelmente... — Miyeon parou de falar, batendo suavemente no ombro da amiga ao ver a expressão em seu rosto. — Ei! Você é igual ao Sooa, nada acontece com ele, éramos apenas amigos.
— Sim, bem, eu e Suho somos amigos há anos e agora tenho sentimentos por ele. — Soojin respondeu, suas palavras eram uma mistura de tom normal e murmúrio.
Miyeon parou no meio do caminho, fisicamente incapaz de reagir de qualquer maneira que não fosse seu queixo caído, olhando para a garota Kang. Ela sabia que algo estava errado quando Soojin reagiu tão mal ao ver o colar pendurado no pescoço de Jugyeong, mas ela admitir isso tão abertamente certamente a surpreendeu mais do que gostaria de admitir.
— Pare de me olhar desse jeito. — Soojin riu, Miyeon prontamente fechou a boca, mas ainda não se mexeu. — Você parece realmente chocada - você não acha que é natural algum tipo de sentimento por alguém de quem você é muito próximo depois de um tempo?
— Não... Não necessariamente. — considerando o frio na barriga de Miyeon toda vez que via Seojun, que parecia se multiplicar quando ele sorria, a garota Hwang estava sendo apenas um pouco hipócrita.
— De qualquer jeito. — Soojin começou de novo com um suspiro, um sorriso aparecendo em seu rosto quando viu Suho parado logo à frente delas, o sorriso oscilando ligeiramente enquanto ela o observava se inclinar e dizer algo para Jugyeong, que estava atrás dele. — De qualquer forma. — ela repetiu, limpando a garganta. — Eu desenvolvi... Esses sentimentos.
— Tem certeza? — Miyeon perguntou, virando-se para a garota enquanto elas se aproximavam de suas amigas. — Você não está confundindo-os com mais nada ou..?
— Não, estou bastante confiante sobre quais são os sentimentos. — Soojin assegurou à garota ao lado dela que o que ela estava dizendo era realmente verdade, e não disse mais nada enquanto avançava, rompendo o espaço deixado entre Suho e Jugyeong.
— Lee Suho! — ela disse enquanto se aproximava, Miyeon correndo para alcançá-la. — Você está indo para o grupo de estudos? — Soojin perguntou.
— Acho que não posso ir hoje. — Jugyeong parecia preocupada e evitou contato visual enquanto dizia isso, Miyeon observava sua amiga com bastante cuidado.
— Por que não? — Miyeon perguntou. — O que está errado?
Jugyeong pigarreou como se estivesse doente, levantando a mão para pousar na parte superior do peito por um momento. — Eu não me sinto muito bem. — a garota Im respondeu. — Eu devo ir.
Sem outra palavra, Jugyeong foi embora sem nenhum deles, Miyeon, Soojin e Suho olhando para ela um tanto confusos.
— Você sabe... Ainda tenho muito o que fazer no meu apartamento. — Miyeon estava dizendo antes que ela pudesse se conter. Ela precisava descobrir o que havia de errado com sua amiga - e se isso tinha alguma coisa a ver com os sentimentos admitidos livremente por Soojin.
— Realmente? — Suho perguntou, os olhos flutuando para longe de Jugyeong e para a garota que estava à sua frente. — Tenha cuidado então, não levante muitas coisas pesadas e coma adequadamente. — ele instruiu, sem perceber que Soojin parecia se mexer desconfortavelmente, lançando olhares furtivos na direção de Miyeon.
— Sim... Divirta-se estudando. — Miyeon nem se atreveu a olhar para Soojin enquanto corria, caindo ao lado de Jugyeong depois que eles viraram uma esquina. — Ela te contou também, então?
Jugyeong quase pulou fora de si, mas acenou com a cabeça, o rosto empalidecendo. — Eu me sinto péssima... Mas ela não me contou antes - então talvez ela entenda que estou namorando Suho. — a garota franziu a testa e Miyeon entrelaçou os braços.
— Eu não quero ser horrível, mas ela parece desconfiar de nós duas. Isso porque nós duas somos próximas do Suho então isso causa problemas. Só temos que ser legais e tentar respeitar os sentimentos dela. — a garota aconselhou.
— Seria horrível sermos imprudentes. — Jugyeong assentiu. — Acho que alguém estava esperando por você. — sua cabeça inclinou-se para um banco e, seguindo seu olhar, Miyeon viu Hyunwoo sentado ali, com um livro nas mãos.
— Tem certeza de que ele não está apenas lendo? — Miyeon inclinou a cabeça, antes de Jugyeong desvincular seus braços e empurrá-la lentamente para ele. — Tudo bem, se você quiser se livrar de mim.
— Eu nunca faria isso. — Jugyeong sorriu. — Mas você não deve se preocupar se ele estava esperando por você ou não, apenas vá falar com ele. Eu ficarei bem, vou para casa e tentarei resolver as coisas.
— Se você tem certeza. — Miyeon começou a se afastar da amiga. — Tenha cuidado, e se você estiver realmente se sentindo mal, tome um remédio! — ela se virou e acrescentou, encontrando os olhos de sua melhor amiga.
Em vez de gritar, Jugyeong apenas ergueu os polegares, um sorriso estranhamente reconfortante, mas encorajador, no rosto enquanto Miyeon se aproximava do banco.
— O Intérprete, hein? — ela perguntou, inclinando-se para estudar a capa. Hyunwoo pareceu bastante surpreso ao vê-la sentada ali, os óculos que estavam em seu nariz escorregando ligeiramente antes de ele empurrá-los de volta.
— Você gosta de ler? — ele perguntou, uma pitada de excitação escondida nas palavras.
— Sim - mas na verdade acabo fazendo isso muito raramente. Eu li no vôo de volta para cá - não esperava que você lesse algo assim. — ela sacudiu a capa suavemente, Hyunwoo colocou cuidadosamente um marcador (um pedaço de papel com algum tipo de desenho) entre as páginas e fechou-a.
— Na verdade, é muito bom - minha mãe comprou para minha irmã mais nova, mas ela decidiu que não era o tipo de coisa dela. — Hyunwoo explicou, e mais uma vez ele sorriu e uma covinha apareceu em sua bochecha. — Eu não queria que um bom livro fosse desperdiçado e, como você sabe, estou gostando imensamente dele.
— Isso atrai você, não é? — a garota sorriu, recostando-se na cadeira e cruzando as pernas, virando-se para olhar para ele. — Seus amigos estão por perto?
— Não.
— Perfeito. Eles te deram alguma frase estranha de novo?
— Não.
— Ótimo - vamos a um café, por minha conta? — ela ofereceu, e o sorriso de Hyunwoo pareceu ficar ainda maior, colocando o livro em sua bolsa e passando a mão pelos cabelos.
— Eu adoraria. — ele respondeu.
E assim o fariam.
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