˖࣪ ❛ CAPÍTULO CINQUENTA E QUATRO
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MIYEON SENTOU-SE EM silêncio, enfiada no canto de um táxi. Ela ligou para Suho - tendo decidido no meio do colapso que ele seria melhor para lidar com rupturas familiares do que Seojun.

E em quinze minutos, Suho chegou à rua do endereço que ela disse, parando o carro perto dela. Ela entrou no táxi e eles se sentaram.

Desde que a jornada juntos começou, um silêncio constrangedor caiu sobre todos eles, o único som sendo o rádio silencioso tocando na frente.

— Me desculpe se interrompi alguma coisa. — Miyeon finalmente falou, olhando para sua outrora melhor amiga. — Eu só... Eu sinto que Seojun não ficaria muito feliz se eu ligasse para ele toda vez que estou com algum tipo de problema. E tenho a sensação de que ele não gostaria que eu ligasse para ele, depois do que aconteceu da última vez que ele recebeu uma ligação minha.

— Como você está, depois de tudo isso? Eu sei que Jugyeong ficou bastante abalada com isso. — Suho olhou para ela, observando enquanto a garota torcia uma pulseira em seu pulso, parando ao reconhecê-la. — Ele te devolveu?

— Hum? — Miyeon olhou para ele e seguiu seu olhar até a pulseira em seu pulso. — Ah... Sim. Tive uma espécie de momento e ele me ajudou e me deu para mexer.

— Você teve um momento? — Suho repetiu, observando enquanto a pulseira girava em seu pulso, a compreensão inundando seus olhos. — Ele sempre se preocupou com isso.

— Outra razão pela qual ele não apreciaria uma ligação minha quase em lágrimas. Não quero mais preocupá-lo. Você já teve uma boa chance de falar com ele? Ou ainda estão brigando como idiotas absolutos? — Miyeon parecia ter se animado desde que a conversa.

— Hwang Miyeon, você fala demais. — Suho disse, Miyeon fazendo beicinho e desviando o olhar dele. — Eu pensei que vocês dois já teriam se reconciliado.

— Eu não contei a ele, se é isso que você está dizendo. E não pretendo fazer isso até que eu esteja completamente pronta. — Miyeon respondeu. — E eu interrompi alguma coisa? Sinto muito se o fiz. — ela repetiu.

— Não, eu estava deixando alguém em casa. — Suho disse a ela, e a garota se moveu ligeiramente em sua cadeira para ficar de frente para ele, com as sobrancelhas levantadas.

— Jugyeong?

— Como... Sim. — Suho acenou com a cabeça lentamente, estreitando os olhos enquanto a observava.

— A propósito, eu sei. Vi a identidade na carteira dela. — Miyeon admitiu e Suho congelou. — Ela sabe que eu sei, e isso não mudou nada para nenhum de nós. Eu teria pensado que você me conhecia bem o suficiente para entender isso sobre mim.

— Eu sei - eu sei. — Suho assentiu. — Eu simplesmente não esperava por isso, suponho. — o táxi parou em frente à casa de pedra branca e Miyeon olhou para ele. — Achei que você não gostaria de voltar para sua casa?

— Eu não quero. — Miyeon confirmou, com um pequeno sorriso no rosto ao sair do táxi, Suho fazendo o mesmo e a dupla agradeceu ao motorista do táxi, antes de entrar. — Bem, este lugar não mudou. — Miyeon tirou os sapatos e Suho acendeu as luzes, indo para a sala de estar.

Passando pela imagem do peixe e do mar no alto do teto, Miyeon olhou em volta, só para ter certeza de que nada havia realmente mudado. Não, ainda era exatamente a mesma cozinha, a mesma mesa comprida e vazia e o sofá de couro. Seus olhos passaram pela porta fechada por uma fechadura eletrônica, olhando para Suho, que estava na cozinha, olhando na geladeira.

— Vou pedir pizza. — ele disse, observando enquanto ela colocava a bolsa no sofá, sentando-se ao lado dela. — Vou pegar algumas roupas para você vestir.

— Oh - não, não. Está tudo bem, não se preocupe. — Miyeon disse rapidamente, sentando-se rapidamente. Costumava ser um cenário comum, Miyeon acabando na casa de Suho. Mas ela raramente passava a noite. Desta vez parecia ser uma das vezes em que Suho estava tentando convencê-la a ficar, enquanto a garota Hwang observava enquanto o garoto se movia pelo corredor, correndo atrás dele.

— Aqui, acho que esses são alguns dos que você costumava usar. — ele saiu do armário, vasculhou algumas das gavetas de baixo e tirou uma camisa e uma calça de moletom. Miyeon agradeceu, entrando no banheiro para tomar banho e se trocar.

Voltando para fora, ela foi até a sala de estar e encontrou Suho esperando com a pizza já lá. — Tudo bem se eu perguntar o que aconteceu? — o garoto Lee perguntou, enquanto Miyeon se sentava, pegando uma fatia de pizza.

— Bem... Acho que minha mãe está tendo um caso. — Miyeon começou, Suho respirando fundo. — E acho que foi com o investidor que fui arrastado para conhecer. Também faz sentido, ela está desaparecida há dias, parece mais controladora do que o normal.

— E seu pai? — Suho perguntou, Miyeon apenas encolhendo os ombros e se encolhendo levemente, puxando as pernas até o peito, terminando sua fatia de pizza.

— Eu não sei. Acho que ele sabe que ela está distante... — ela parou, contando as várias vezes em que realmente viu seu pai. — Ele estava bebendo outra noite, sozinho - e ele pode ser rígido, mas eu me sinto tão mal.

Lágrimas queimaram no canto de seus olhos, e ela as enxugou rapidamente, Suho se aproximando e abraçando-a inesperadamente, como ele teria feito antes de ela ir para Nova York.

Parecia ser um padrão recorrente, Miyeon discutindo com seus pais, sendo resgatada por seus dois melhores amigos - o terceiro não estava mais lá. E ela só podia esperar que isso não acabasse.

Pessoal que foram ler a história no perfil original e estão colocando spoiler aqui nos comentários: parem, por favor. Estou pedindo com educação, mas qualquer outro comentário que conter spoiler estarei apagando o comentário e bloqueando a pessoa sem exceções. E mais uma vez, essa história não é minha, portanto NÃO irei mudar nada da história, seguirei o que foi escrito. Temos esse e mais um livro pela frente sobre Miyeon e Seojun. Agradeço se respeitarem isso.