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˖࣪ ❛ CAPÍTULO CINQUENTA E TRÊS
— 53 —

HWANG MIYEON. — assim que a menina abriu a porta da frente, ela pulou fora de si, olhando para cima para ver sua mãe e seu pai parados sob o arco que separava a cozinha da sala de estar.

Foi a primeira vez que ela os viu juntos de verdade e ela congelou em seus passos. Ela mal tinha visto o pai e a mãe estava ausente há dias a fio, como sempre.

Endireitando-se, Miyeon engoliu em seco, pensando que provavelmente era por causa de suas notas - mas o que exatamente, ela se saiu muito bem. Mas observando a aparência de seus pais, seu pai em um terno novo e sua mãe em uma saia lápis rosa, blusa e um casaco pendurado nos ombros, Miyeon começou a ter uma ideia do porquê exatamente por que eles estavam esperando ali.

— Seu pai tem uma reunião com potenciais investidores. Pedi a Eunjoo que preparasse uma roupa apropriada. Preciso que você volte aqui e esteja apresentável em quinze minutos. — Yujin instruiu, observando enquanto Miyeon lutava para tirar os sapatos rapidamente. — Bem, apresse-se então.

— Estou indo... Estou indo. — Miyeon subiu as escadas correndo e entrou em seu quarto, suspirando ao ver as roupas. Não era exatamente o tipo de roupa, mas era só junto que a fez saber que a noite era realmente importante.

E a garota Hwang realmente não tinha energia para isso. De qualquer forma, ela vestiu a saia, a camisa preta e o casaco combinando com a saia, calçou as botas de salto alto e se maquiou, terminando lá embaixo bem na hora.

— Bom. — Yujin olhou a filha de cima a baixo, antes de dar um passo à frente para ficar bem na frente da filha, escondendo-a do marido. Silenciosamente, Yujin passou os dedos com bastante severidade pelos cabelos da filha. — É melhor você se comportar da melhor maneira, caso contrário as regras vão piorar.

Miyeon assentiu, incapaz de fazer mais nada enquanto Yujin se afastava, assumindo a liderança com Sangwon quando eles entraram no carro, Miyeon sentada em silêncio no banco de trás. Era como se ela nem estivesse lá, seu presente era apenas físico e nada ativo. Seus pais agiram como se ela não estivesse lá, estacionando do lado de fora do restaurante e mal dizendo uma palavra para ela enquanto entravam, cumprimentando as pessoas com quem estavam se encontrando.

— Prazer em conhecê-lo, senhor. — Miyeon estava com seu sorriso falso praticamente premiado enquanto cumprimentava um dos homens. — Tenho certeza que você ficará feliz em conhecer minha mãe, Yujin. — ela puxou a mão do homem depois de apertar a dele, virando-se para olhar para a mulher atrás dela. — Mãe?

— Oh. — Kwon Yujin olhou para a filha e depois olhou para o homem, que observava a mulher com uma expressão bastante vazia.

— Mãe?

— Ah... Sim, olá. — Yujin deu um passo à frente, cumprimentando o homem e seguindo o marido até se sentar em um lado da mesa, Miyeon sentando-se do outro lado de Sangwon.

O jantar estava lotado e Miyeon estava lá apenas para parecer. As pessoas eram mais propensas a investir se pensassem que a empresa era dirigida por um homem de família feliz. E ela sabia em quantos problemas estaria se não se comportasse, e por isso agiu como uma filha perfeita, respondendo obedientemente às perguntas.

— Então, Miyeon, no jantar anterior em que conheci seu pai, você não estava lá - como foi seu tempo em Nova York? — o homem de repente dirigiu uma pergunta para Miyeon e, entrando em pânico, a garota olhou para sua mãe, cujos olhos transmitiam uma mensagem bastante simples - não estrague tudo.

— Foi uma experiência muito boa... Eu... bem, foi um bom lugar para curar e seguir em frente. — Miyeon limpou a garganta, tomando um gole de água e evitando os olhos da mãe.

— Veja, um amigo dela faleceu. Você pode ter ouvido falar dele... — Miyeon fechou os olhos com força, bloqueando o que a mulher estava dizendo. — Claro, eu simplesmente não pude acreditar na notícia quando soube que ele havia falecido.

— Miyeon, você era próxima desse garoto? — os olhos de Miyeon se abriram mais uma vez, olhando para seus pais para ver como ela deveria responder.

O pai dela conversava bastante alegremente com a esposa do investidor, sem ter ideia da conversa que estava acontecendo ao lado dele. Mas foi a mãe dela quem foi bastante interessante. Ela estava enrolando uma mecha de cabelo no dedo e tomou um gole de vinho, olhando para o investidor enquanto limpava o batom manchado.

— Eu... Bem... Sim. — Miyeon admitiu, e a cabeça de Yujin virou-se para olhar para ela. — Na verdade, eu era um amigo próximo dele. E possivelmente foi por causa da minha mãe que ele morreu.

Ela nem precisou pensar direito sobre isso, sua mente juntando as peças sozinha. Os dias completamente desaparecidos, o botão desfeito, o choque em seu rosto ao ver o investidor, e agora isso.

— Miyeon, o que você quer dizer com isso? — o tom de Yujin era incrivelmente perigoso, afiado como o de uma faca.

— Bem, mãe, quero dizer exatamente o que disse. — Miyeon se levantou, sua comida apenas pela metade. — Peço desculpas por isso. — ela não estava falando com o investidor, mas sim com a esposa dele, que sorriu para ela.

Algo estremeceu dentro dela, e ela se sentiu péssima por aqueles que estavam sentados ao lado deles - seu pai e a esposa do homem com quem sua mãe estava ouvindo falar dele.

— Miyeon. Sente-se. — Yujin disse, olhando para sua filha, Sangwon e a esposa do investidor assistindo confusos.

— Não, obrigada. — Miyeon respondeu, caminhando até sua mãe e se inclinando, baixando a voz para um sussurro. — Se você tivesse algum senso de decência, pararia o que está fazendo. Você é uma mulher casada. Não se esqueça disso, mãe.

E com isso, Miyeon saiu do restaurante, apenas andando a algumas ruas de distância antes que a dor estremecedora irrompesse novamente, e ela se moveu para o lado da rua, afundando-se em uma posição agachada, segurando as pernas.

No fundo, desde que vira aquele botão, ela suspeitava disso. Mas agora que era uma realidade, e ela não tinha ideia de como lidar com isso.

Mas com isso em mente, Miyeon pegou o telefone e digitou um contato, movendo-o até o ouvido e suspirando como a pessoa do outro lado da linha.

— Você se importaria de vir me buscar? Eu não perguntaria se não fosse importante.

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