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Entre o certo e o Proibido...

"Você não é Google, mas tem tudo o que eu procuro."


Meses depois...

Tamara

Faz alguns meses que eu me mudei para o colégio interno vivendo fortes emoções fazendo amizades com as minhas colegas de quarto e também atormentando o professor de literatura que desde então não sai do meu pé vive me chamando atenção eu que não sou besta e nada bati de frente com ele e sem contar as vezes que eu sou obrigada a me retirar da sala de aula toda vez que o respondia diretoria isso só acontece na aula dele quando o estressado está atacado arruma pretexto para me infernizar fora as vezes que eu aprontei fazendo artes igual aos meus ex colegas da escola particular da qual me juntava para pregar brincadeiras de mau gosto com professores chatos na quinta série e na oitava série fiz tanto isso que fui parar aqui neste mausoléu não vejo a hora de ir embora se pudesse fugir pensei comigo enquanto ainda escrevia a lição no meu caderno e fiquei olhando para o professor chato que estava de costas escrevendo a matéria porém reparando o no seu jeito prepotente e na sua beleza ao ver tão concentrado eu então começo a escrevendo uma carta anônima para ele dizendo coisas ousadas para mais tarde colocar nas coisas dele enfim após a aula dele terminar o sinal do intervalo tocou lá vai eu na companhia das minhas colegas como sempre fazendo companhia e ficamos ali no refeitório do colégio interno. Eu, Camille e Analu estamos sentadas em uma mesa, comendo o ambiente está movimentado, mas nós três falamos em tom baixo, tentando evitar que alguém ouça.

- Gente, eu preciso contar uma coisa que vi hoje. É sério. - eu olhando para os lados, desconfiada

- O que foi agora, Tamara? Você sempre aparece com essas histórias. - disse Camille curiosa

- É, Tamara, do jeito que você fala, parece que vai explodir uma bomba. - disse Analu desconfiada

- Não é história, tá? É real. Eu vi o professor Roumie lendo uma carta. - eu sussurrando

- Carta? Que carta? - questionou Camille arregalando os olhos

- Espera... Não me diga que é aquela carta anônima que todo mundo tá comentando? - indagou Analu parando de comer

- Sim! Era ela. Ele estava sozinho na sala dos professores. Eu ia buscar meu caderno que deixei lá, mas aí parei na porta quando vi ele com a carta na mão. - eu balançando a cabeça

- Mas você tem certeza? Como sabe que era a carta anônima? - perguntou Camille franzindo o cenho

- Porque era exatamente como descreveram. Papel branco, escrita à mão, e dava pra ver que ele tava preocupado. falei convicta

- Isso não faz sentido. Ele não deveria estar com essa carta. Quem mandou isso pro colégio? - disse Analu nervosa

- Bom, se ele tá lendo, quer dizer que talvez ele saiba quem escreveu. - disse Camille pensativa

- Ou... ele tá tentando descobrir quem foi. - eu abaixando mais a voz

- Tá, mas por que ele leria escondido? - perguntou Analu olhando ao redor

- Será que ele tem algo a ver com isso? - disse Camille suspeitando

- Não sei, mas tenho certeza de uma coisa: ele parecia assustado. - falei séria

- E se essa carta for algo sério mesmo? Tipo, sobre o colégio ou... sobre a gente? - disse Analu apreensiva

- Se for, a gente precisa descobrir mais. Isso não pode ficar assim. - disse Camille cruzando os braços

- Exatamente. Acho que precisamos ficar de olho no professor Roumie. - eu concordando

- E se ele perceber que estamos investigando? - disse Analu hesitante

- Então temos que ser discretas. Mas uma coisa é certa: essa história tá longe de acabar. - disse Camille confiante

As três trocam olhares cúmplices enquanto o burburinho do refeitório continua ao fundo. Tamara, Camille e Analu estão na mesma mesa de antes, agora mais relaxadas, mas ainda falando em tom baixo. Tamara parece animada.

- Meninas, vocês não vão acreditar no que descobri sobre a carta. Falei sorrindo misteriosamente

- O que foi agora, Tamara? Fala logo! - disse Camille curiosa

- Vai direto ao ponto. Você descobriu quem escreveu? Indagou Analu impaciente

- Não exatamente. Mas descobri que a carta não tem nada a ver com o colégio. - eu balançando a cabeça

- Como assim? Então é sobre o quê? - disse Camille franzindo o cenho

- Acho que é uma carta de uma admiradora secreta. - eu sussurrando,divertida

- O quê?! Uma carta de amor? Para o professor Roumie? - disse Analu arqueando as sobrancelhas

- Nossa, isso tá ficando cada vez melhor. Quem seria louca de mandar uma carta dessas pra ele? - disse Camille gargalhando

- Ah, isso eu ainda não sei, mas tenho uma teoria. - eu fingindo mistério

- Conta logo, Tamara! Quem você acha que é? - disse Analu ansiosa

- Eu vi uns rabiscos no papel enquanto ele segurava a carta. A caligrafia era bem delicada... quase desenhada. Só pode ser de alguém com um perfil assim. - eu olhando ao redor cochichando

- Caligrafia bonita... Será que foi a Larissa? Ela vive fazendo aquelas letras perfeitas nos cadernos dela. - disse Camille pensativa

- Larissa? Não tem chance. Ela mal olha na cara do professor. disse Analu balançando a cabeça

- Tá, e a Bianca? Ela é toda artística também. - disse Camille

- Bianca? Não sei, hein. Ela é toda cheia de atitude, mas... pode ser. - eu rindo

- E se não for ninguém que conhecemos? E se for alguém de fora? - disse Analu séria

- Ai, Analu, deixa de ser dramática. Se fosse alguém de fora, como a carta teria chegado aqui? - disse Camille revirando os olhos

- Exatamente. Aposto que é alguém daqui do colégio. - eu sorrindo

- E se foi a professora Helena? - disse Analu sussurrando

- Helena?! Aí seria um escândalo! - disse Camille arregalando os olhos

- Ai, meninas, vocês são terríveis. Mas agora fiquei curiosa. A gente tem que descobrir quem é a admiradora secreta de verdade. - eu dando risada

- Concordo. Vamos prestar atenção em quem fica mais nervosa perto do professor. - disse Camille animada

- E quem começa a tremer quando ele fala. - Analu rindo

- Então é isso. Operação "Admiradora Misteriosa" começou. - falei decidida

As três trocam olhares cúmplices novamente e continuam conversando entre si enquanto o refeitório segue movimentado ao terminar a refeição elas vão direto ao Jardim do colégio interno. O dia está ensolarado, com uma leve brisa. Tamara, Camille e Analu saíram do refeitório e caminham juntas pelo jardim. Elas se sentam em um banco de madeira sob a sombra de uma árvore. No gramado à frente, os garotos jogam futebol, enquanto um grupo de meninas conversa e ri do outro lado. O professor Roumie passa ao longe, caminhando com as mãos nos bolsos e um semblante pensativo.

- Parece que o Miguel finalmente aprendeu a chutar a bola. Semana passada ele quase acertou a janela da biblioteca. - Camille olhando para o campo

- Verdade, mas hoje ele tá até que mandando bem. disse Analu rindo

- Vocês viram o Roumie? Ele tá tão pensativo... - eu distraída, observando o professor roumie

- É, ele tá estranho mesmo. Parece que tem alguma coisa incomodando ele. Será que é por causa daquela carta? - eu virando-se para olhar

- Pode ser, mas ele sempre foi meio reservado. Vai ver é só o jeito dele. - disse Analu dando de ombros

- Não sei, Analu. Hoje, no refeitório, ele tava diferente. Como se estivesse... sei lá, preocupado com alguma coisa. - eu ainda olhando para o professor

- Pode ser qualquer coisa. Professores também têm vidas fora do colégio, sabia? - disse Camille pegando uma folha caída no banco

- É, Tamara, você tá obcecada com essa história. - disse Analu sorrindo

- Não é isso. Só que... vocês não acham curioso que ele estivesse com aquela carta e agora fica andando assim, meio perdido? - eu na defensiva

- Acho que você tá vendo mistério onde não tem. Mas, olha, se quiser investigar mais, boa sorte. Eu já tô achando essa conversa meio repetitiva. - Camille suspirando

- Concordo com a Camille. Vamos dar uma volta? Quero ver se as meninas do outro lado sabem das novidades. - disse Analu se levantando

- Bora. Tamara, vem com a gente? - Camille puxando Analu

- Não, podem ir. Vou ficar aqui um pouco. - eu balançando a cabeça

- Sua escolha. Até mais, detetive! - Camille dando de ombros

Camille e Analu atravessam o gramado em direção ao grupo de meninas, deixando Tamara sozinha no banco. Ela cruza as pernas, olha para os garotos jogando bola, mas seus olhos e logo voltam para o professor Roumie, que está parado ao longe, encarando uma árvore como se estivesse perdido em pensamentos.

- O que será que ele tá escondendo? - eu pensando alto,quase sussurrando

O vento balança as folhas das árvores, e Tamara continua observando Roumie de longe, intrigada, enquanto o jardim segue cheio de vida ao seu redor porém eu o continuei encarando e depois tornando a ler o seu livro preferido mas observando ele de longe No Jardim do colégio interno, fim de tarde. Tamara está sentada no banco de madeira sob a sombra de uma árvore. Em suas mãos, um livro de capa dura com páginas já marcadas por pequenas dobras. O sol se põe lentamente, espalhando uma luz dourada pelo jardim com pois eu estou com 16 anos, tenho cabelos castanhos escuros que caem em ondas naturais pelos ombros. meus olhos castanhos claros têm um brilho curioso e atento, como se eu estivesse sempre procurando entender mais do que vê. Estou vestida com o uniforme do colégio interno: uma saia azul-marinho, uma blusa branca com o brasão bordado no peito e um suéter de lã leve. Tamara carrega uma aura tranquila, mas há algo em sua postura que sugere um pensamento constante e inquieto.

Enquanto seguro o meu livro, meus olhos se desviam frequentemente para o professor Roumie, que está andando pelo jardim, ainda com um semblante pensativo. Ele para por alguns segundos, olha para o céu e, em seguida, caminha lentamente para fora da área do jardim

- Ele realmente parece perturbado... - Eu pensando

Eu respirando fundo e tentando afastar os pensamentos sobre o professor, abrindo o livro novamente. O vento leve vira algumas páginas, e eu ajeito as mechas do meu cabelo que caem em seu rosto. Após alguns minutos lendo, Camille e Analu surgem ao longe, acenando para mim .

- Tamara! Vem cá! A gente vai se reunir com as meninas! - disse Camille gritando,com as mãos em concha na boca

- Vamos, Tamara. Estão falando sobre o festival da próxima semana. - disse Analu aproximando-se

- Já tô indo. - eu olhando para o livro e depois para as amigas

Eu fecho o livro com cuidado, coloca o marcador na página e me levanto do banco, ajeitando a saia do uniforme. Antes de caminhar em direção a Camille e Analu, eu lanço um último olhar para o local onde o professor Roumie estava, agora vazio. Há algo em sua expressão que mistura curiosidade e determinação.

- Acho que vou precisar de mais do que um livro para tirar essa homem da cabeça... - eu pensando, enquanto caminho para se juntar as amigas

As três seguem juntas pelo jardim, conversando animadamente enquanto a luz dourada do fim de tarde ilumina o ambiente. Uma hora depois o intervalo terminou e Tamara e sua amigas retornaram para a sala de aula e o tempo foi passando e finalmente as aulas terminou era fim de tarde, e o sol tingia o céu com tons alaranjados. Tamara caminhava apressada pelos corredores do colégio interno, os livros ainda em mãos, mas a mente já longe das aulas do dia. Após atravessar o jardim florido que se estendia atrás do prédio principal, chegou ao lago escondido pela mata. Era seu lugar secreto, onde podia respirar sem as regras rígidas que lhe cercavam.

Largando os materiais ao pé de uma árvore, ela olhou ao redor para se certificar de que estava sozinha. Tirou o uniforme com cuidado e ficou apenas de lingerie antes de entrar na água, o frescor a envolveu, aliviando o calor acumulado do dia. Ela nadava tranquila, sem imaginar que alguém a observaria do outro lado da margem, passos pesados ecoaram sobre a ponte de madeira. Era o professor Roumie, conhecido por sua postura rígida e por sempre aparecer onde menos era esperado. Ele a viu e, com a expressão séria de sempre, parou na ponta da ponte, cruzando os braços.

- Tamara? - Sua voz ecoou firme. - O que você pensa que está fazendo aqui?

Tamara parou no meio do lago, congelada por um instante, mas logo recuperou a compostura.

- Banho - eu respondi com desdém, tentando soar casual, embora sua expressão traísse o nervosismo.

- Isso é completamente inapropriado! Você sabe as regras deste lugar. Está violando várias delas ao mesmo tempo. - Roumie inclinou-se ligeiramente, como se tentasse impor ainda mais sua autoridade.


Tamara revirou os olhos e começou a nadar lentamente em direção à margem.

- Relaxe, professor. Não tem ninguém aqui além de nós.

Ele respirou fundo, visivelmente irritado. - Tamara, saia dessa água agora e vista suas roupas. Vamos resolver isso com a diretoria.

Ela se aproximou da ponte e, com um sorriso travesso, subiu nela de forma ágil, ficando frente a frente com ele. Apesar da diferença de altura, ela parecia desafiadora.

- O senhor fala demais, sabia? - disse, fingindo irritação.

- Tamara, não ouse -

Antes que pudesse terminar, ela o empurrou com ambas as mãos. Roumie perdeu o equilíbrio, tentou se agarrar à lateral da ponte, mas foi inevitável: caiu com um estrondo no lago.

Tamara gargalhou, pegando rapidamente suas roupas jogadas na margem.

- TAMARA! - ele gritou, emergindo encharcado e furioso. Seus cabelos normalmente alinhados estavam grudados em seu rosto, e sua expressão era um misto de surpresa e raiva. - Isso não vai ficar assim!

- Boa sorte tentando me pegar, professor! - gritou de volta enquanto corria para a mata.

Roumie ainda a chamou algumas vezes, mas ela já estava longe. Escondida entre as árvores, vestiu-se rapidamente e, ainda ofegante, retornou para o colégio. Caminhou pelos corredores de cabeça baixa, tentando não chamar atenção, e trancou-se no quarto.

Enquanto se jogava na cama, um sorriso vitorioso despontava em seu rosto.

"Isso foi arriscado, mas foi divertido."

No lago, Roumie ainda se sacudia, furioso, com as roupas pingando e o orgulho ferido. Roumie caminhava com passos pesados pelo caminho de pedras que levava ao convento, cada movimento sendo acompanhado pelo som irritante da água escorrendo de suas roupas. Suas vestes estavam grudadas no corpo, e o cabelo molhado pingava em seu rosto. Ele respirava fundo, tentando conter a raiva, enquanto praguejava baixinho pela atitude impulsiva de Tamara.

Ao entrar no convento, o ambiente fresco e silencioso fez com que seus sapatos encharcados ecoassem no chão de pedra. Para seu azar, logo na entrada do corredor principal, deparou-se com a figura severa de Irmã Isabel. A freira, uma mulher de meia-idade de postura impecável e olhar avaliador, parou imediatamente ao vê-lo naquele estado.

- Professor Roumie? - Sua voz soou cortante, carregada de surpresa e reprovação. - O que aconteceu com o senhor?

Roumie parou bruscamente, claramente desconfortável. Ele sabia que qualquer explicação deveria ser convincente.

- Irmã Isabel, não é nada demais - começou, forçando um sorriso. - Eu estava andando pela floresta para... refletir, sabe? E, bom... fui atacado por uma abelha.

Ela arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.

- Uma abelha?

- Sim, exatamente. - Ele assentiu com vigor, tentando parecer convincente. - Fui surpreendido por ela, perdi o equilíbrio, e acabei caindo no lago enquanto tentava me proteger. Foi um acidente... inusitado.

Irmã Isabel manteve-se em silêncio por um momento, avaliando a expressão dele com olhar desconfiado.

- Professor, essa explicação soa, no mínimo, curiosa. Não deveria estar vagando pela floresta sem motivo. É imprudente e fora das nossas regras.

Roumie engoliu em seco, percebendo que sua desculpa não havia sido muito eficaz.

- Eu entendo, Irmã Isabel. Foi um erro, mas posso garantir que isso não acontecerá novamente.

- Espero que não. Da próxima vez, levarei isso diretamente à Madre Superiora. - Sua voz carregava um tom de advertência que deixava claro que ela não estava para brincadeiras.

Roumie ergueu as mãos num gesto quase desesperado.

- Por favor, Irmã Isabel, não precisa envolver a Madre Superiora. Foi um incidente isolado. Prometo que terei mais cuidado daqui em diante.

Ela observou o professor por mais alguns segundos, antes de soltar um suspiro pesado.

- Está bem, mas lembre-se: estou de olho em você, professor.

Roumie assentiu rapidamente, sentindo-se aliviado por escapar de uma situação ainda pior.

- Obrigado, Irmã Isabel. Eu lhe agradeço pela compreensão.

Ela apenas fez um gesto com a cabeça, indicando que ele deveria se retirar. Roumie seguiu apressado pelos corredores, ainda molhado e com o orgulho mais uma vez ferido.

Enquanto subia as escadas rumo ao seu quarto, murmurava para si mesmo:

"Tamara... Isso não vai ficar assim. Ah, mas não vai mesmo."

O professor Roumie entrou no quarto com passos rápidos, ainda pingando água no chão de madeira polida. Assim que cruzou a porta, girou a chave com força, trancando-a rapidamente, como se quisesse manter o mundo do lado de fora. Sua respiração ainda estava acelerada, e seus punhos cerrados mostravam que a raiva causada por Tamara ainda fervia dentro dele o quarto era pequeno e organizado, com uma mesa de trabalho repleta de livros e papéis cuidadosamente empilhados, uma cama simples e um armário de madeira escura. Ele parou no centro do espaço, tirando o casaco pesado e molhado, jogando-o sobre uma cadeira próxima com irritação. A água pingava no chão, mas ele não se importava.

- Aquela insolente... - murmurou entre dentes, passando a mão pelos cabelos úmidos, que insistiam em cair sobre seu rosto. Seus olhos brilhavam com um misto de frustração e determinação. - Isso não vai ficar assim.

Roumie caminhou até a mesa, puxou uma cadeira e se sentou, inclinando-se para frente com as mãos entrelaçadas e o olhar fixo em um ponto invisível à sua frente. Ele começou a pensar em como retribuir o que Tamara havia feito, mas de forma que ela sentisse o peso de suas ações.

- Ela gosta de brincar, não é? - sussurrou para si mesmo, um sorriso frio surgindo em seus lábios. - Pois bem, Tamara. Vamos ver quem ri por último.

Ele puxou um caderno de anotações e começou a rabiscar ideias, o som do lápis riscando o papel ecoando no silêncio do quarto. A cada nova linha, parecia mais satisfeito com o plano que se formava.

- Vou esperar o momento certo. Quando ela menos esperar...

Roumie ergueu os olhos para a janela, onde o céu começava a escurecer, refletindo sua determinação sombria.

- Não vou ter piedade, Tamara. Não desta vez.

Ainda cheio de raiva, mas agora com um plano em mente, ele se levantou, tirou as roupas molhadas e se trocou. Antes de apagar a luz do quarto, deu uma última olhada para o caderno sobre a mesa. Seus pensamentos estavam claros.

- Amanhã será diferente. Amanhã ela aprenderá a não me desafiar.

Tamara estava deitada em sua cama, com os braços atrás da cabeça e os olhos fixos no teto. o quarto estava silencioso, exceto pelo som ocasional do vento batendo contra as janelas. a expressão no rosto dela era distante, um misto de satisfação e antecipação. Seu sorriso era travesso, claramente revivendo a cena no lago.

"A cara dele quando caiu na água... Foi impagável!" pensava, reprimindo uma risada.

Ela estava tão absorta em seus pensamentos que não ouviu a porta se abrir, nem os passos leves de suas colegas de quarto, Camille e Analu, que acabavam de voltar do refeitório.

- Olha só quem resolveu se jogar na cama sem nem tirar os sapatos - comentou Camille, pousando a bolsa sobre a cadeira.

Analu, que era mais direta, aproximou-se e deu um leve empurrão no ombro de Tamara.

- Ei, Tamara! Terra chamando Tamara!

Tamara piscou algumas vezes, como se estivesse retornando de um sonho, e olhou para Analu com uma expressão confusa.

- Hã? O quê?

- O que você está fazendo aí com essa cara de quem ganhou na loteria? - Analu cruzou os braços, estreitando os olhos. - Tá nas nuvens desde que a gente entrou.

Camille arqueou uma sobrancelha enquanto tirava os sapatos.

- Aposto que ela aprontou alguma coisa. Toda vez que faz essa cara de satisfação é porque alguém se deu mal.

Tamara soltou uma risada leve e virou-se de lado, apoiando o queixo na mão.

- Vocês me conhecem bem demais...

- Sabíamos! - exclamou Analu, sentando-se na ponta da cama dela. - Vai, desembucha. O que foi dessa vez?

Tamara hesitou por um momento, olhando para ambas com um brilho divertido nos olhos.

- Vamos só dizer que o professor Roumie teve um dia... molhado.

Camille arregalou os olhos.

- Não acredito! O que você fez?

Tamara apenas deu de ombros, tentando manter o mistério.

- Digamos que ele teve uma lição de humildade no lago.

Analu levou as mãos à boca, sufocando uma risada.

- Você empurrou o professor Roumie no lago?!

- Talvez... - respondeu Tamara, sorrindo de forma travessa.

Camille balançou a cabeça, mas não conseguiu esconder o riso.

- Você é completamente louca. Ele vai querer te matar, sabia?

Tamara suspirou, deitando-se novamente.

- Que ele tente. Até lá, vou dormir tranquila.

Analu e Camille trocaram olhares cúmplices, já imaginando as consequências. Mas sabiam que, de alguma forma, Tamara sempre encontrava uma maneira de sair das enrascadas que criava.

O dia amanheceu ensolarado, marcando o retorno do professor Roumie às aulas. Ele parecia recuperado fisicamente, mas ainda havia um ar diferente em sua postura: algo entre a serenidade e a determinação. Suas roupas estavam impecáveis, como de costume, mas seu olhar era mais atento, especialmente ao observar Tamara.

Ela estava quieta, algo incomum para a aluna normalmente rebelde. Não houve risos provocativos nem tentativas de atrair atenção. Tamara parecia ter aprendido a lição, especialmente após o episódio no lago. As cartas anônimas também haviam cessado, o que despertou em Roumie um misto de alívio e curiosidade porém, conforme o dia avançava, ele percebeu que algo dentro de si ainda o inquietava. A sensação de que sua "vingança" ainda não estava completa o perturbava. No fundo, ele sabia que não era apenas uma questão de disciplina, mas algo mais que ele não queria admitir.

No lago, ao entardecer. Tamara, distraída, está sentada à margem, jogando pedrinhas na água.]

- Por que ele teve que complicar tudo? Eu só queria... Ah, esquece. - ela falando sozinha

De repente, passos leves se aproximam. Tamara olha por cima do ombro e vê Roumie.

- Professor? O que o senhor está fazendo aqui de novo? - pergunto ela surpresa

- Parece que esse lago tem uma atração especial, não acha? - disse ele com um leve sorriso no rosto,mas um olhar enigmático

- Talvez. Mas eu não esperava vê-lo aqui de novo. - disse ela desviando o olhar, tentando parecer indiferente

- Achei que precisávamos encerrar algo que ficou... inacabado. - ele aproximando-se calmamente

- Encerrar? O senhor já deixou tudo bem claro, não acha? - ela nervosa levantando-se

- Não exatamente. Ainda há uma lição que você precisa aprender. - ele chegando mais perto,agora bem diante dela

- Que tipo de lição? - perguntou ela dando um passo para trás, desconfiada

Sem aviso, Roumie estende a mão e a empurra delicadamente para o lago. Tamara cai com um grito curto, surpreendida pela água gelada. Antes que ela possa protestar, ele pula atrás dela, criando uma pequena onda ao mergulhar.

- O senhor está maluco?! - ele em meio a água, indignada

- Talvez. Mas achei que você precisava sentir o que eu senti naquele dia. - ele rindo suavemente enquanto nada até ela

- Isso é ridículo! Eu já pedi desculpas, não foi suficiente? - ela tentando nadar para longe dele,mas sem muito sucesso

- Não se trata só de desculpas, Tamara. Você precisa entender que as ações têm consequências. - ele segurando-a pelo braço para impedi-la escapar, com um olhar sério

Ela tenta responder, mas Roumie a puxa levemente para mais perto. Por um momento, há apenas silêncio entre eles, interrompido pelo som da água ao redor. Então, inesperadamente, ele a beija novamente. Dessa vez, o beijo é mais longo, carregado de intensidade e algo que nenhum dos dois esperava.

- Por que o senhor... fez isso? - ela afastando-se levemente, ofegante,com um misto de choque e confusão

- Talvez porque, às vezes, lições não se aprendem apenas com palavras. - ele calmo,mas com um sorriso enigmático

- Isso é... tão errado. - ela olhando para ele,sem saber se está brava ou perdida no momento

- Errado, Tamara, é desafiar alguém que sempre estará um passo à sua frente. - ele navegando até a margem,saindo da água com tranquilidade

Ele estende a mão para ajudá-la a sair da água, e ela aceita, ainda atônita. Ambos ficam em silêncio por um momento, encarando-se, antes de ele se virar e caminhar de volta para o colégio, deixando Tamara sozinha para processar o que acabou de acontecer e logo depois ele retorna para o quarto tirando as suas vestes molhada e vestindo outra roupa colocando o seu uniforme para secar na máquina secadora em seguida ao anoitecer as meninas a chama para ir ao refeitório porém se recusa a ir ficando no quarto sozinha processando o que havia acontecido no lago pegando no sono em seguida...

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