Coraçãoes Indomáveis...
"Se eu te morder, você me perdoa?"
Dias depois...
Tamara
Desde o dia em que eu foi jogada no centro das consequências de meus atos, eu não conseguia afastar os meus pensamentos sobre o professor de literatura, senhor Roumie. todas as noites, sou atormentada por pesadelos vívidos, repletos de olhares de desaprovação e palavras de culpa que ecoavam na escuridão o remorso pelas travessuras anteriores parecia me esmagar , deixando-me suada e inquieta em minha cama compartilhada no dormitório.
As minhas colegas de quarto, percebendo meu estado fragilizado, trocavam olhares preocupados. Elas tentaram perguntar o que havia de errado, mas eu sempre desviava o assunto, incapaz de colocar em palavras o turbilhão interno que enfrentava foi em uma dessas noites, enquanto os soluços abafados que me encontrava preenchiam o ambiente, que minha amiga Analu, a colega de quarto mais próxima, se aproximou. Sem dizer uma palavra, Analu a envolveu em um abraço caloroso, os braços transmitindo conforto e segurança. Entre lágrimas e o cansaço acumulado, Tamara finalmente conseguiu se acalmar, permitindo-se ser embalada pela gentileza da amiga até adormecer novamente.
Na manhã seguinte, enquanto eu me preparava para as aulas, Tamara notou algo incomum em cima de sua mesa: uma carta anônima. a caligrafia era elegante, porém neutra, sem entregar pistas sobre o remetente. Ao abri-la, li a carta em poucas palavras que despertaram minha curiosidade e, ao mesmo tempo, meu nervosismo:
"Encontre-me na biblioteca após as aulas. Venha sozinha."
Sem assinatura ou qualquer indício de quem teria enviado, Tamara sentiu o coração disparar. A ansiedade que já a acompanhava parecia ganhar novas formas, enquanto ela tentava imaginar o que a aguardava ao final daquele dia.
A sala de aula estava em silêncio enquanto os alunos aguardavam a chegada do professor Roumie. O som dos passos firmes e decididos no corredor anunciou sua entrada. Quando ele abriu a porta, sua presença preenchia o ambiente de uma maneira quase magnética. Alto, com seu paletó impecavelmente alinhado, e os óculos que ele ajustou no rosto com um gesto automático, Roumie parecia carregar consigo a autoridade de um homem que dominava a literatura e a arte de ensinar.
Ele colocou os livros sobre a mesa com calma, examinando a turma.
- Bom dia a todos. - Sua voz ressoou com firmeza e um leve toque de seriedade, capturando a atenção de todos instantaneamente. - Hoje vamos explorar a poesia romântica e sua capacidade de evocar emoções profundas.
Enquanto falava, seus olhos fizeram um breve e quase imperceptível movimento na direção de Tamara, que estava sentada no fundo da sala. Seu semblante era fechado e preocupado, algo que ele notou imediatamente. Roumie sabia que ela tinha lido a carta. Era impossível não perceber a tensão em seu rosto e o modo como ela evitava encontrar o seu olhar.
Apesar disso, ele manteve a compostura. Pegou o giz e começou a escrever na lousa: "O romantismo e o drama da subjetividade humana." Ele falava com naturalidade, explicando cada conceito como se nada tivesse acontecido, mas, ocasionalmente, seus olhos voltavam para Tamara, analisando-a.
No fundo da sala, Camille e Analu trocaram olhares. Elas perceberam como o professor parecia olhar para Tamara de um jeito diferente, embora ele disfarçasse muito bem. Camille inclinou-se ligeiramente para Analu e sussurrou:
- Você viu isso? Ele está olhando para ela... de novo.
- Vi, mas tenta disfarçar, Camille. Não faz sentido chamarmos atenção. - respondeu Analu, ainda observando de relance.
O restante da aula passou sem grandes interrupções, mas a atmosfera parecia carregada para Tamara. Ela mal conseguia se concentrar, sentindo que os olhares esporádicos do professor queimavam sua pele.
Quando as aulas terminaram, Tamara foi direto para a biblioteca, o coração disparado e a mente cheia de pensamentos inquietos. Ao empurrar a porta de madeira pesada, o ambiente tranquilo e silencioso parecia acolhedor, mas também intimidante. As estantes altas e as fileiras de livros criavam corredores escuros e misteriosos.
Ela deu alguns passos hesitantes para dentro, sentindo-se completamente sozinha.
De repente, uma voz baixa e firme a surpreendeu:
- Está ansiosa para conversar, senhorita Tamara?
Ela deu um pequeno grito e girou sobre os calcanhares, encontrando o professor Roumie parado atrás de uma das estantes. Ele tinha uma expressão séria, mas seus olhos revelavam algo mais, uma mistura de preocupação e expectativa.
- Senhor Roumie! - exclamou ela, ofegante, tentando recuperar o fôlego. - O senhor me assustou!
- Não era minha intenção, mas parece que consegui. - disse ele que deu um leve sorriso, inclinando a cabeça
Tamara sentiu suas bochechas queimarem enquanto ele dava alguns passos em sua direção, a voz agora mais baixa para não romper o silêncio da biblioteca.
- Vamos falar sobre o que está acontecendo. - disse ele calmamente, indicando com a mão uma mesa afastada. - Tenho algo importante a dizer.
Ela engoliu em seco, seguindo-o com passos inseguros. Sabia que aquele momento mudaria tudo.
- Professor Roumie, o que está acontecendo aqui? Por que me chamou? O que o senhor quer de mim? - eu ainda recuperando o fôlego do susto,mas tentando parecer firme
- Tamara... Eu precisava falar com você. Precisava...esclarecer algumas coisas que venho guardando desde aquele dia no lago. - disse ele com a voz baixa,quase um sussurro, enquanto ele a observa com seriedade
- Esclarecer? Sobre o quê? Já está tudo resolvido. Foi só uma brincadeira que saiu do controle. Por que o senhor está insistindo nisso agora? - eu cruzando os braços, visivelmente desconfortável
- Porque não consigo esquecer. Não consigo esquecer você. Ele dando um passo à frente,a voz cheia de emoção contida
- O quê? - eu arregalando os olhos, surpresa
- Desde aquele dia... desde que a joguei no lago, algo mudou em mim. Achei que estava apenas irritado com suas travessuras, mas percebi que era muito mais do que isso. Eu me culpei, sim, mas também... também comecei a perceber que sinto algo por você, algo que não consigo ignorar. - ele respirando fundo, tentando manter a compostura mas claramente nervoso
- O senhor está dizendo que... está apaixonado por mim? - eu dando um passo para trás,confusa e ainda incrédula
- Sim. Eu sei que isso soa errado, e talvez até imperdoável, mas é a verdade. Você tem tomado meus pensamentos, Tamara. Não consigo mais fingir que isso não está acontecendo. - ele assentindo lentamente,com os olhos fixos nela
- Mas... isso é absurdo! Eu sou sua aluna! Como o senhor pode... pode pensar assim? - eu balançando a cabeça, lutando para encontrar as palavras
- Eu sei. E é por isso que estou aqui, para pedir desculpas. Não apenas pelo que fiz aquele dia no lago, mas por esses sentimentos que carrego. Eu não deveria sentir isso, mas não posso mudar o que está em meu coração. - ele aproximando-se dela,mas mantendo uma distância respeitosa, a voz mais calma
- Eu não sei o que dizer... - eu ainda atordoada, desviando o olhar
- Você não precisa dizer nada agora. Só queria que soubesse. E se isso a deixar desconfortável, prometo que me afastarei, farei o que for preciso para não prejudicar você ou sua vida. Só precisava ser honesto. - ele dando um passo para trás percebendo a tensão dela
- Eu... preciso de um tempo para pensar sobre tudo isso. - eu olhando para ele, tentando processar tudo
- Eu entendo. Vou respeitar o seu tempo e o seu espaço. - ele assentindo, a expressão carregada de arrependimento e sinceridade
O silêncio da biblioteca pareceu ainda mais pesado enquanto os dois permaneciam ali, cada um imerso em seus próprios pensamentos, tentando lidar com a complexidade daquela situação Tamara estava prestes a sair da biblioteca, os pensamentos uma confusão de sentimentos. As palavras do professor Roumie ainda ecoavam em sua mente, misturando-se à inquietação que sentia desde o início do dia. Enquanto ela dava o primeiro passo para atravessar a porta, sentiu uma mão firme segurar seu braço.
- Tamara, espere. - A voz dele era baixa, quase suplicante.
Ela parou, sem conseguir evitar, e virou-se para encará-lo. Seus olhos encontraram os dele, intensos e cheios de uma emoção que a deixou desconcertada.
- O que foi agora, senhor Roumie? - perguntou ela, a voz hesitante, tentando soar firme, mas falhando miseravelmente diante da proximidade dele.
Antes que ela pudesse reagir, ele a puxou gentilmente, suas mãos firmes, mas não agressivas. Houve um instante de silêncio absoluto, como se o tempo tivesse parado. Então, ele se inclinou e a beijou o beijo foi inesperado, mas carregado de uma intensidade que fez Tamara perder o fôlego. Sua mente dizia para se afastar, mas seu corpo parecia ceder àquele momento, respondendo de maneira sôfrega e urgente. As emoções conflitantes que ela vinha reprimindo pareciam explodir de uma só vez por alguns segundos, ela permitiu-se ficar ali, presa naquele beijo que a consumia. Mas, de repente, a razão voltou como um balde de água fria. Tamara se afastou, ofegante, olhando para ele com os olhos arregalados.
- Eu... eu não posso fazer isso. - sussurrou ela, a voz trêmula.
Roumie a observava, a expressão de quem queria dizer algo, mas sabia que não deveria. Ele deu um passo para trás, respeitando a distância que ela impôs sem dizer mais nada, Tamara virou-se e saiu apressada, os passos ecoando pelos corredores da biblioteca. Quando finalmente alcançou o lado de fora, encostou-se na parede, sentindo o coração disparado.
Ela tocou os próprios lábios, ainda sentindo o gosto do beijo, enquanto a confusão se espalhava por sua mente. Não sabia como lidar com o que havia acontecido. Tudo parecia errado, mas, ao mesmo tempo, impossível de ignorar o vento frio da noite pareceu trazê-la de volta à realidade. Sem olhar para trás, ela começou a caminhar, tentando afastar os pensamentos que insistiam em persegui-la Tamara sai da biblioteca com os passos rápidos, mas a mente perdida o corredor está vazio, mas o som do coração dela parece ecoar pelo espaço. Sua mão toca os lábios suavemente, como se ainda sentisse o calor do beijo do professor Roumie. A confusão e o encantamento misturam-se em seu rosto, enquanto ela tenta organizar seus pensamentos. ao abrir a porta do quarto, ela se depara com Camille e Analu, que conversam animadamente.
- Finalmente! Achei que você tinha se perdido na biblioteca. - disse Camille erguendo o olhar
- Ou talvez foi raptada pelos livros... mas você está com uma cara estranha. O que houve? - perguntou Analu brincando
- Nada. Só estou cansada, só isso. - eu desviando o olhar e tentando parecer diferente
- Nada? Você tá literalmente vermelha, Tamara. - disse Camille arqueando as sobrancelhas
- Isso não é cara de cansaço. É cara de "alguma coisa aconteceu". Fala logo! - disse Analu se aproximando com um sorriso malicioso
- Vocês não vão desistir, não é? - eu suspirando profundamente e sentando-se na cama
- Não mesmo. Vamos, desembucha! - disse Camille sentando ao lado dela
- Tá bom... mas vocês têm que prometer que não vão contar pra ninguém. É sério. - Eu abaixando a voz
- Prometo solenemente! - disse Analu colocando a mão no peito
- Segredo de amigas, Tamara. Vai, fala. - disse Camille
- Foi com o professor Roumie... - falei nervosa
- O Roumie?! - perguntou Camille interrompendo, surpresa
- O que você quer dizer com "foi com o professor Roumie"?! disse Analu boquiaberta
- Ele... ele me beijou. Depois de se declarar pra mim na biblioteca. - eu corando
- Não acredito! O professor Roumie se declarou pra você?! - disse Camille de olhos arregalados
- Meu Deus! E você? O que você fez? Analu rindo nervosamente
- Eu... eu não sabia o que dizer. Foi tudo tão rápido. Mas... eu não recusei. - eu olhando para o chão, hesitante
- Eu sabia que tinha alguma coisa no ar entre vocês dois! Sempre percebi o jeito que ele te olha. - Camille sorrindo
- Mas isso é sério, Tamara. É perigoso. Você tem certeza que quer continuar com isso? - disse Analu apontando o dedo
- Eu não sei. Só sei que... foi intenso. E agora eu não consigo parar de pensar nele. - eu encarando as amigas
- Bom, seja lá o que você decidir, estamos aqui pra você. Mas tenha cuidado, ok? - disse Camille
- E, claro, segredo é segredo. Nossa boca está selada. - disse Analu
- Obrigada, meninas. Eu realmente precisava desabafar. - falei aliviada
- Agora, tenta dormir, porque amanhã queremos saber cada detalhe. - disse Camille
- Ou pelo menos o suficiente pra manter nossa curiosidade viva. - disse Analu rindo
- Vocês não prestam. - eu rindo de nervosa
Tamara se deita, mas o sono parece impossível. A voz do professor e o toque do beijo ainda ecoam em sua mente. Enquanto as amigas cochicham entre si do outro lado do quarto, ela fecha os olhos, sabendo que aquele segredo mudará sua vida.
No dia seguinte
Tamara caminhava pelos corredores da escola com um misto de ansiedade e nervosismo. A lembrança do beijo de Roumie ainda estava viva em sua mente, mas ela tentava ao máximo agir como se tudo estivesse normal. Ao se aproximar da sala de aula, notou um envelope discretamente deixado sobre a mesa onde costumava sentar a carta era simples, de papel creme, e seu nome estava escrito à mão com uma caligrafia elegante e precisa. O coração de Tamara disparou. Mesmo sem abri-la, ela sabia quem era o remetente com as mãos trêmulas, abriu o envelope e encontrou um bilhete com palavras que fizeram seu estômago revirar:
"Tamara,
Não consigo tirar você da cabeça desde ontem. Sei que pode parecer precipitado, mas preciso saber: você está disposta a seguir com isso?
Se sim, me encontre no meu quarto hoje à meia-noite. Quero conversar com você sem interrupções.
- R."
Tamara leu e releu o bilhete, como se precisasse confirmar que era real. A sala começava a encher-se de alunos, e ela rapidamente escondeu a carta em sua bolsa e a tensão tomava conta dela. Sua mente estava dividida entre o receio e a excitação. Era impossível ignorar a intensidade daquele convite, mas ao mesmo tempo, ela sabia dos riscos durante a aula, Tamara mal conseguiu se concentrar o professor explicava algo no quadro, mas suas palavras pareciam distantes, abafadas pelos pensamentos que ecoavam na mente dela a ideia de ir ao quarto dele a fazia questionar tudo - suas escolhas, suas emoções, e as consequências que poderiam surgir dessa relação proibida.
As horas seguintes foram preenchidas por um misto de ansiedade e expectativa. Camille e Analu perceberam que algo estava estranho, mas Tamara decidiu manter o novo segredo apenas para si, pelo menos por enquanto Ao se trancar no quarto após o jantar, Tamara segurou o bilhete nas mãos mais uma vez. A noite estava silenciosa, mas seu coração parecia tão alto que poderia ser ouvido a quilômetros de distância.
- O que eu faço agora? - eu sussurrando para si mesma
O relógio marcava 23h45. Ela sabia que precisava tomar uma decisão, mas sentia-se incapaz de se mover. Enquanto o tempo passava, Tamara percebeu que a escolha que faria naquela noite poderia mudar sua vida para sempre Tamara caminhava pelos corredores escuros e silenciosos da escola. Seus passos eram cautelosos, mas seu coração batia como um tambor acelerado. O papel do bilhete ainda estava em sua mão, amassado de tanto ser segurado ao chegar diante da porta do quarto do professor Roumie, hesitou por um instante respirou fundo, ergueu a mão e bateu suavemente quase de imediato, a porta se abriu, revelando Roumie ele estava vestido de maneira casual, sem o usual traje formal que usava nas aulas parecia relaxado, mas o olhar que lançou a ela era carregado de expectativa e intensidade.
- Você veio... - disse ele falando baixinho
- Eu precisava vir. - disse ela nervosa,mas decidida
Ele abriu mais a porta, gesticulando para que ela entrasse. Tamara deu alguns passos hesitantes para dentro do quarto, que era acolhedor, com móveis simples e bem organizados. A porta se fechou atrás dela com um clique quase inaudível, e o silêncio entre os dois tornou-se palpável.
- Eu imaginei que talvez não viesse. Não sabia se o que aconteceu ontem... significava o mesmo pra você. - com um leve sorriso,mas com olhos sérios
- Significou. Foi intenso, foi... novo. Mas também foi assustador. Eu passei o dia inteiro tentando entender o que isso significa pra mim. Pra nós. - ela virando-se para o encara-lo com um coração na garganta
- E o que você decidiu? - perguntou ele se aproximando lentamente
Tamara engoliu em seco, mas encontrou coragem em seus próprios sentimentos. Olhou diretamente nos olhos dele, sua voz firme apesar do nervosismo.
- Eu quero correr o risco. Quero estar com você, mesmo sabendo que isso é complicado, até perigoso mas... eu não consigo ignorar o que sinto.
Por um momento, Roumie ficou em silêncio, como se precisasse absorver aquelas palavras. Então, um sorriso genuíno e carregado de emoção surgiu em seu rosto.
Ele deu mais um passo em direção a ela, e a distância entre os dois desapareceu. Com delicadeza, mas também com intensidade, ele segurou o rosto dela entre as mãos, aproximando-se devagar.
Quando seus lábios se tocaram, foi como se o mundo parasse ao redor deles. O beijo começou suave, mas rapidamente se tornou carregado de paixão. Roumie a puxou para mais perto, envolvendo-a em seus braços como se temesse que ela pudesse desaparecer Tamara retribuiu com igual intensidade,esquecendo-se Momentaneamente de onde estava ou dos riscos envolvidos o calor do momento era avassalador, mas também cheio de ternura. Ambos estavam entregues ao sentimento que haviam tentado resistir por tanto tempo quando o beijo finalmente se interrompeu, Tamara abriu os olhos lentamente, vendo Roumie ainda perto, com o olhar fixo no dela.
- Eu prometo que vamos fazer isso dar certo, de alguma forma. Você confia em mim? - perguntou ele com uma voz rouca
- Eu confio. - eu sorrindo levemente
A noite ainda era longa, mas para ambos, aquele momento já era inesquecível, o quarto estava envolto em um silêncio profundo, quebrado apenas pela respiração acelerada de Tamara e Roumie. As mãos dele ainda repousavam suavemente no rosto dela, enquanto os olhos se fixavam intensamente nos dela a conexão entre os dois era palpável, uma mistura de desejo, emoção e uma pontada de hesitação diante do que estavam prestes a enfrentar roumie respirou fundo, como se reunisse coragem para colocar em palavras o que sentia.
- Tamara... eu passei tanto tempo tentando lutar contra isso. Contra o que sinto por você. Mas agora... eu não quero mais lutar. - ele com a voz baixa e carregada de emoção
Tamara sentiu o coração disparar, suas mãos involuntariamente segurando os braços dele, buscando ancorar-se naquele momento.
- Eu também não quero lutar, Roumie. Não mais. - ela quase em um sussurro
Ele deslizou os dedos pelo rosto dela, com uma delicadeza que contrastava com a intensidade de suas palavras.
- Eu quero me entregar a você, Tamara. Quero sentir cada parte de você, conhecer você por completo. Mas só se isso for o que você também deseja. Eu preciso que você confie em mim, e que isso seja tão importante para você quanto é para mim. - disse ele aproximando-se ainda mais
Tamara sentiu o calor subir pelo rosto as palavras dele eram profundas e carregadas de desejo, mas também de respeito.
- Eu confio em você, Roumie. E... eu quero isso também. Quero que seja verdadeiro, que seja só nosso - ela com a voz firme,mas cheia de emoção
Ele a observou por um momento, buscando em seus olhos qualquer sinal de dúvida. Quando viu apenas certeza e aceitação, sorriu suavemente, acariciando os cabelos dela.
- Eu prometo que vou cuidar de você, Tamara. Cada momento, cada toque... será especial. Você merece isso. - disse ele com ternura
Ele a puxou para mais perto, envolvendo-a em um abraço que misturava paixão e proteção. Tamara se sentiu segura nos braços dele, como se naquele instante nada mais no mundo importasse além dos dois a conexão entre eles era inegável e agora, com as palavras ditas e os sentimentos confessados, estavam prontos para viver aquele momento juntos, de forma plena e consentida o quarto estava envolto em um silêncio profundo, quebrado apenas pela respiração acelerada de Tamara e Roumie as mãos dele ainda repousavam suavemente no rosto dela, enquanto os olhos se fixavam intensamente nos dela a conexão entre os dois era palpável, uma mistura de desejo, emoção e uma pontada de hesitação diante do que estavam prestes a enfrentar enquanto isso eles ainda continuam se beijando e trocando carícias ousadas ele então pega Tamara no seu colo a conduzindo até a cama dele que e de casal enquanto isso ele foi desabotoando o pijama dela tirando também o seu sutiã de renda jogando de lado e terminando de tirar o restante de suas roupas ficando totalmente nua de frente pra ele como veio ao mundo deixando-a mais tímida pois é a sua primeira relação ele então foi mais cuidadoso com ela a tratando como uma princesa ele por sua vez foi tirando as roupas dele também enquanto isso Tamara fica deitada na cama observando ele se despir todo ficando de frente para ela mostrando o seu corpo esbelto e musculoso e seu belo peitoral definido e que ela nunca imaginou que por baixo desses pano ele tinha um corpo tão bonito apesar de ser um homem maduro e praticamente um monumento despido ficou mais surpresa da qual nunca imaginou vê-lo assim nu e muito menos o acharia tão belo...
Depois disso ele se deitou ficando por cima dela a beijando com ternura apreciando cada parte do corpo dela sentindo o cheiro do seu perfume doce tocando nos seus seios pequenos dela e chupando e mordiscando os seus mamilos rosados alternando de um para outro e dando vários beijos no seu pescoço ao ponto de deixar marcados com a sua mordidas e depois beijando o restante de seu corpo chegando na sua intimidade a deixando totalmente relaxada ao explorá-la ficando molhada de tão excitada que estava ele por sua vez começo a colocar seu membro na sua intimidade devagarinho aos poucos rompendo o seu hímen embora a dor seja desconfortável no começo e depois foi intensificando os movimentos freneticamente dando uma estocada uma atrás da outra até chegar no seu limite ao terminar eles ficaram descansando um pouquinho recuperando o fôlego o quarto estava mergulhado em uma penumbra suave, iluminado apenas pela luz fraca que entrava pela janela o ambiente tinha um ar de serenidade e cumplicidade, com Tamara e Roumie deitados lado a lado na cama os dois estavam envoltos em um silêncio confortável, ainda processando a intensidade do momento que haviam compartilhado.
Tamara virou-se para encará-lo, um sorriso tímido e genuíno iluminando seu rosto. Seus olhos brilhavam com uma mistura de felicidade e emoção.
- Eu nunca imaginei que minha primeira vez seria assim... tão especial. Foi tudo o que eu sempre quis. - disse ela acariciando o rosto dele com delicadeza
Roumie segurou a mão dela, entrelaçando seus dedos nos dela.
- Foi especial pra mim também, Tamara. Você não tem ideia do quanto esse momento significou pra mim. Foi um prazer, um privilégio, dividir isso com você. - disse ele com um sorriso terno
Tamara sentiu o calor subir em seu rosto, mas não desviou o olhar.
- Eu te amo, Roumie. E agora tenho ainda mais certeza disso.
Ele a encarou profundamente, como se quisesse gravar aquele momento na memória.
- Eu também te amo, Tamara. Mais do que achei que seria possível. Você é tudo pra mim.
Eles trocaram um beijo suave, mas Tamara logo se afastou levemente, uma expressão de preocupação surgindo em seu rosto.
- Eu adoraria ficar aqui por mais tempo, mas... eu preciso voltar. Se alguém perceber que estou fora, principalmente Camille e Analu, elas vão desconfiar.
Roumie suspirou, embora compreendesse a necessidade dela.
- Eu entendo. Só queria que essa noite durasse um pouco mais.
Tamara sorriu, inclinando-se para dar um último beijo nele antes de começar a se vestir rapidamente. Enquanto ajustava sua roupa, ela olhou para ele uma última vez.
- A gente vai se ver amanhã. E eu vou lembrar dessa noite pra sempre. - disse ela sorrindo
- Eu também. E vou esperar ansiosamente pela próxima vez que estivermos juntos. - ele sentado, observando-a
Ela abriu a porta devagar, certificando-se de que o corredor estava vazio, antes de olhar para ele novamente.
- Boa noite, Roumie.
-Boa noite, Tamara. E... cuide-se.
Tamara saiu silenciosamente, sentindo o coração aquecido e a mente cheia de memórias preciosas. Enquanto deslizava pelos corredores em direção ao dormitório, sabia que aquela noite havia marcado um ponto de virada em sua vida e em seu relacionamento com Roumie Ela abriu a porta do dormitório com cuidado, tentando não fazer barulho. O relógio já passava da meia-noite, e o corredor estava em completo silêncio. Ao entrar, suspirou aliviada ao perceber que tudo parecia calmo porém, ao fechar a porta e virar-se para caminhar até sua cama, ela viu Analu sentada no colchão, os braços cruzados e um olhar curioso fixo nela.
- E aí, Tamara? Vai me contar onde esteve ou eu preciso adivinhar? - indagou Analu sussurrando
Tamara parou no meio do quarto, o coração disparado. Sabia que não havia como escapar dessa conversa.
- Analu... você não pode contar pra ninguém o que vou te dizer. Promete guardar segredo, por favor. - ela caminhando até a amiga
- Prometo! Mas agora fala! O que aconteceu? Você está com essa cara de quem viu um filme romântico ao vivo. - Analu levantando as mãos,como se jurasse
Tamara sentou-se ao lado de Analu, seu rosto ainda corado, e começou a contar.
- Eu fui encontrar o professor Roumie no quarto dele. Ele... queria conversar comigo depois do que aconteceu ontem. - ela abaixando a voz
- No quarto dele?! Meu Deus, Tamara! E aí? O que aconteceu lá? - indagou Analu arregalando os olhos
- Analu... foi tudo tão... intenso. Ele foi incrível. Conversou comigo, perguntou se eu realmente queria continuar com aquilo, me fez sentir... especial. Foi tudo tão romântico. - sorrindo timidamente
- Então vocês...? - Analu boquiaberta
- Sim. Foi a minha primeira vez. E eu nunca imaginei que seria tão... bonito. Ele foi tão cuidadoso, tão atencioso. Eu me senti completamente segura com ele. - ela assentindo,com um sorriso tímido
- Uau, Tamara. Isso é sério. Parece que ele realmente gosta de você. - Analu sorrindo
- Ele disse que me ama. E eu disse o mesmo. Analu, foi como se o mundo inteiro desaparecesse. Só existia a gente naquela noite.
- Eu fico feliz por você, de verdade. Mas, Tamara, você sabe que precisa tomar cuidado, né? Isso pode ser perigoso se alguém descobrir. - Analu segurando as mãos de Tamara
- Eu sei. É por isso que ninguém pode saber, além de você. Camille não pode desconfiar, nem ninguém mais.
- Minha boca está selada. Prometo. Mas, Tamara, por favor, pense bem antes de dar mais passos nessa relação. Eu quero que você seja feliz, mas também quero que esteja segura. Analu com um sorriso cúmplice
Tamara abraçou Analu, sentindo-se grata por ter alguém com quem pudesse compartilhar seu segredo.
- Obrigada, Analu. Você é a melhor amiga que eu poderia ter.
- Só não me deixe de fora das novidades, ok? Eu quero saber de tudo. Analu rindo
Tamara riu, sentindo-se aliviada por ter desabafado, e as duas se deitaram, conversando baixinho até que o sono finalmente as venceu.
No dia seguinte Tamara chegou à sala acompanhada de suas duas amigas, trocando risadas e comentários sobre o final de semana. A sala já estava movimentada, com os colegas ocupando seus lugares e conversando sobre assuntos variados. Tamara escolheu um lugar perto da janela, como sempre fazia, apreciando a luz natural que iluminava o ambiente.
Enquanto se acomodava, algo em sua mesa chamou sua atenção. Era uma carta dobrada cuidadosamente, com seu nome escrito em uma caligrafia elegante e familiar. Seu coração disparou; já sabia quem era o remetente antes mesmo de abrir. Com movimentos discretos, desdobrou o papel e leu rapidamente a mensagem:
"Encontre-me na biblioteca após a aula. É importante."
Tamara sentiu o rosto esquentar e olhou ao redor para se certificar de que ninguém havia notado. Suas amigas estavam ocupadas conversando e não prestaram atenção. Guardou a carta no bolso, tentando parecer indiferente, mesmo que sua mente estivesse agora em completo alvoroço poucos minutos depois, o professor Roumie entrou na sala, trazendo consigo sua aura de autoridade e confiança. Todos se ajeitaram em seus lugares, e o burburinho diminuiu. Ele deu início à aula com seu tom característico, que sempre prendia a atenção dos alunos. Tamara, no entanto, lutava para se concentrar. Seus pensamentos estavam fixos no encontro prometido na biblioteca, imaginando o que ele teria a dizer desta vez.
Poucos minutos depois, o professor Roumie entrou na sala, trazendo consigo sua aura de autoridade e confiança. Todos se ajeitaram em seus lugares, e o burburinho diminuiu. Ele deu início à aula com seu tom característico, que sempre prendia a atenção dos alunos. Tamara, no entanto, lutava para se concentrar. Seus pensamentos estavam fixos no encontro prometido na biblioteca, imaginando o que ele teria a dizer desta vez as aulas se arrastaram lentamente, e Tamara mal conseguia prestar atenção. O som da voz do professor e o rabisco dos lápis pareciam distantes, abafados por seus pensamentos. Quando a campainha finalmente anunciou o fim do período, ela se despediu rapidamente das amigas, alegando que precisava passar na biblioteca para revisar alguns tópicos da aula.
Com passos apressados, mas tentando não chamar atenção, ela seguiu pelos corredores quase vazios. Chegando à biblioteca, o ambiente silencioso a envolveu, com o cheiro característico de livros antigos e o som distante de páginas sendo viradas. Tamara passou pelos corredores até chegar à pequena área reservada no fundo, onde já havia se encontrado antes com o professor Roumie ele estava lá, esperando, com a expressão serena e um leve sorriso. Ao vê-la, ele se levantou, aproximando-se devagar. O coração de Tamara acelerou, uma mistura de nervosismo e excitação. Sem trocar muitas palavras, os dois se encararam por um instante, como se buscassem permissão no olhar do outro. Então, ele a puxou suavemente para mais perto, e seus lábios finalmente se encontraram o beijo foi intenso, carregado de emoção e desejo, como se o tempo tivesse parado ao redor deles aquele momento parecia perfeito, quase irreal, e nenhum dos dois queria que terminasse. Quando se separaram, seus rostos ainda próximos, um sorriso cúmplice se formou entre eles. Sem precisar dizer muito, já sabiam que aquele pequeno espaço na biblioteca havia se tornado seu ponto de encontro secreto desde então, os encontros se repetiam, sempre com a mesma intensidade e a promessa silenciosa de que manteriam tudo em segredo a biblioteca, antes apenas um lugar de estudo, havia se transformado em um refúgio para os dois, onde podiam esquecer do mundo ao redor e viver o que sentiam sem interrupções.
Tamara saiu da biblioteca com passos ligeiros, ainda sentindo o calor do momento recente. Suas bochechas estavam rosadas, e o coração batia acelerado. Ela ajustou a mochila nos ombros, respirou fundo e tentou organizar seus pensamentos. Sabia que precisava esconder qualquer indício de seu encontro com o professor Roumie.
No corredor principal, avistou Camille e Analu encostadas nos armários, conversando animadamente. Ao vê-la, Camille acenou com entusiasmo.
- Finalmente, hein? Achei que você nunca ia sair da biblioteca! - brincou Camille, com um sorriso malicioso.
- Estava mesmo estudando ou dormindo entre os livros? - provocou Analu, piscando divertida.
Tamara revirou os olhos e soltou uma risada leve, tentando disfarçar o nervosismo.
- Estava revisando umas coisas para a prova de história, mas vamos logo, ou vamos perder os melhores lugares no clube.
As três caminharam juntas até a saída do colégio, conversando sobre as expectativas para o show daquela noite. O evento era um dos mais aguardados pelos alunos: um concurso entre bandas formadas por colegas de diferentes turmas.
- Aposto que a banda do Gustavo vai arrasar! - disse Analu, com olhos brilhando.
- Será? Eu ouvi dizer que a galera do terceiro ano tem uma banda incrível - respondeu Camille. - Eles ensaiam todo fim de semana.
Tamara ouvia as amigas com atenção, mas sua mente ainda vagava entre o presente e o momento recente na biblioteca. Apesar disso, ela sorriu, sentindo-se animada com a ideia de uma noite divertida.
Ao chegarem ao clube, o lugar já estava lotado de alunos e professores. As luzes coloridas e o som dos instrumentos sendo ajustados no palco criavam um clima vibrante. As três amigas encontraram um bom lugar próximo ao palco e aguardaram ansiosamente o início do concurso. Tamara, ainda que dividida entre pensamentos e a animação da noite, decidiu aproveitar aquele momento único com suas amigas.
No meio da agitação do concurso, uma das bandas participantes estava enfrentando um imprevisto. Uma das integrantes, responsável pela guitarra base, havia informado de última hora que não poderia comparecer. A líder da banda, Júlia, uma das colegas de sala de Tamara, parecia preocupada, andando de um lado para o outro nos bastidores.
Tamara, que estava acompanhando tudo com curiosidade, se aproximou para entender o que estava acontecendo.
- O que houve, Júlia? - perguntou, notando o nervosismo da garota.
- A Carol não vai vir! Não temos ninguém pra tocar guitarra base. Vamos ter que desistir - respondeu Júlia, a voz carregada de frustração.
Tamara pensou por um instante antes de tomar coragem e se voluntariar.
- Eu posso ajudar! Sei tocar guitarra. Não sou profissional, mas acho que consigo segurar as músicas.
Júlia arregalou os olhos, surpresa, mas sem muito tempo para pensar, assentiu.
- Sério? Você salvaria nossa apresentação, Tamara!
Depois de uma rápida conversa sobre o setlist e um ensaio improvisado nos bastidores, Tamara subiu ao palco junto com a banda. As luzes brilhavam intensamente, e o som da plateia parecia distante enquanto ela ajustava a guitarra nos ombros. Quando a primeira música começou, Tamara sentiu a adrenalina percorrer seu corpo.
Com confiança crescente a cada nota, ela se entregou à performance. Seu estilo enérgico e carismático contagiou a plateia. A turma começou a aplaudir e gritar em apoio, surpreendidos com o talento de Tamara. Ao final da música, os aplausos eram ensurdecedores, e a banda sentiu uma nova onda de confiança graças à energia que ela trouxe ao palco.
Quando a apresentação terminou, Júlia abraçou Tamara com entusiasmo.
- Você arrasou! Não acredito que quase desistimos.
Tamara sorriu, ainda ofegante, e olhou para a plateia, onde Camille e Analu gritavam e pulavam de alegria. Sentindo-se mais viva do que nunca, percebeu que aquele momento não era apenas sobre salvar uma apresentação, mas sobre descobrir algo novo sobre si mesma. A noite que prometia ser apenas diversão com as amigas acabou se tornando um marco para Tamara e sua turma.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro